A HISTÓRIA DA MINHA VIDA
19 de Abril de 1959
Los Angeles – Califórnia – E.U.A.
Tradução: Gravações A Voz De Deus [EUA]


1 Vamos inclinar nossas cabeças só um momento para oração.

2 Nosso bondoso Pai Celestial, realmente é um privilégio que temos de nos aproximar de Ti, nosso Deus e Salvador. Ouvindo este hino maravilhoso: Quão Grande És Tu, nos emociona porque sabemos que Tu és grande. E oramos que Tua grandeza nos seja manifestada de novo nesta tarde, enquanto falamos. E coube a mim, pela primeira vez em muitos anos, tentar voltar ao passado da vida, e eu oro que Tu me dês força e—e o que eu preciso, Senhor, para estar nesta hora. E que todos meus erros na vida somente sejam para outros uma pedra sobre a qual dar passos, que os trouxesse mais perto de Ti. Concede, Senhor. Que os pecadores vejam as pegadas na areia do tempo, e que eles sejam guiados a Ti. Estas coisas pedimos em Nome do Senhor Jesus. Amém. (Podem sentar-se.)

3 [O irmão Glover diz: “O irmão poderia orar por estes lenços antes de começar?”—Editor] Será um prazer. [“Há aqueles e estes pelos quais orar.”] Sem dúvida, senhor, obrigado. Quanto a este santo homem, o irmão Glover, a quem conheço faz alguns anos, eu tive o privilégio de estar com ele um pouco ontem à noite. E ele me disse que tinha parado por um pouco, descansando. E agora, aos setenta e cinco anos de idade, está voltando ao serviço do Senhor. Eu não estou cansado nem a metade do que estava antes de ouvir isso. Eu achei que estivesse cansado, mas eu—eu não creio que estou. Ele acabou de me colocar aqui alguns lenços, na—na forma de envelopes, etc., onde estão dentro e já fechados.

4 Agora, qualquer um de vocês em alcance de rádio, ou aqui, que deseje um destes lenços, e você desejaria, o Templo Angelus os envia constantemente, a qualquer tempo. Você poderia escrever para cá mesmo, para o Templo Angelus e orarão sobre ele, porque eu lhe garanto que é a Escritura. É uma promessa de Deus.

5 E se você quisesse que eu orasse sobre um lenço para você, ora, será um prazer fazer isso. Apenas me escreva à caixa postal 3-2-5, 325, Jeffersonville, escreve-se J-e-f-f-e-r-s-o-n-v-i, dois eles, e. Jeffersonville, Indiana. Ou se você não conseguir lembrar da caixa postal, simplesmente escreva “Jeffersonville.” É uma cidade pequena; população de mais ou menos trinta e cinco mil. Todos me conhecem aí. E assim seria um prazer orar sobre um lenço e mandá-lo para você.

6 E agora, temos tido grande êxito com isto, porque… Você receberá um formulário com o lenço, que gente em todo o mundo ora cada manhã às nove horas, e ao meio dia e às três horas. E você pode imaginar por detrás de todo o mundo, a que hora da noite tem que se levantar para fazer esta oração. Por isso se todos estes milhares e milhares e vezes milhares estão enviando orações a Deus exatamente naquele mesmo momento por este ministério, a sua enfermidade, Deus simplesmente não pode rejeitar isso. E então, agora nós, como digo, não temos programas, não estamos querendo um centavo de dinheiro. Nós estamos apenas… Se pudermos ajudá-lo, para isso estamos aqui. E vamos…

Alguém está trazendo outro punhado de lenços.

7 Agora, se você não tem um lenço que queria enviar, bem, então escreva mesmo assim. Se você não o necessita no momento, guarde-o no Livro de Atos, na Bíblia, no capítulo 19. E será um tipo de uma fitinha branca que lhe será enviada, e as instruções como confessar seus pecados primeiro. E (obrigado) como confessar seus pecados. Você não deve nunca tentar receber nada de Deus sem primeiro estar certo com Deus. Está vendo? E então nisso você está instruído a chamar seu próximos e o seu pastor. Se você tem algo em seu coração contra alguém, vá acertar isso primeiro, e volte. E então ore, tenha um culto de oração em seu lar, e prenda este lenço com alfinete na sua roupa de baixo, então creia em Deus. E naquelas mesmas três horas, cada dia, haverá gente no mundo todo orando, uma corrente em todo o mundo.

8 E agora é seu, absolutamente grátis, apenas peça. E—e, agora, não estaremos escrevendo-lhe para importunar-lhe ou para dizer-lhe de algum programa que temos. Nós queremos que você apóie o programa, mas não temos nenhum para você apoiar. Você vê? Por isso você… Não é para conseguir seu endereço, é apenas boa vontade e um ministério do Senhor que estamos procurando levar avante.

9 Agora vamos inclinar nossas cabeças. E se você está no alcance de rádio, tenha o seu lenço colocado aí, apenas coloque sua própria mão sobre ele enquanto oramos.

10 Senhor Misericordioso, trazemos a Ti estes pacotinhos, talvez alguns deles pareçam ser pequenas vestes para um bebê, ou—ou alguma camisetinha, ou talvez um par de botinhas de tricô, ou—ou algo assim, um lenço, que irá ao doente e aflito, Senhor, é de acordo com Tua Palavra que fazemos isto. Pois lemos, no Livro de Atos, que levaram do corpo do Teu servo, Paulo, lenços e aventais, porque creram que Teu Espírito estava no homem. E espíritos imundos saiam das pessoas, e aflições e enfermidades os deixavam, porque criam. E agora nós compreendemos, Senhor, que não somos São Paulo, mas sabemos que Tu ainda permaneces Jesus. E oramos que Tu honres a fé deste povo.

11 E uma vez foi dito que quando Israel (tentando obedecer a Deus) tinha sido pego numa cilada, o mar diante deles, as montanhas de um lado e de outro, e o exército de Faraó aproximando-se. E alguém disse que “Deus olhou para baixo através daquele Pilar de Fogo, com olhos encolerizados, e o mar se assustou e rolou para trás, e formou um caminho para Israel atravessar à terra prometida.”

12 Ó Senhor, olha para baixo de novo, quando estes pacotes forem colocados sobre os corpos enfermos em comemoração da Tua Palavra vivente. E que a enfermidade se assuste, olhe através do Sangue do Teu Filho, Jesus, o Qual morreu para esta expiação. E que o inimigo seja assustado e que se afaste, para que este povo possa entrar na promessa, que “Sobre todas as coisas,” o que é Teu desejo, “que prosperemos em saúde.” Concede-o Pai, porque nós o enviamos com essa—com essa atitude em nosso coração. E esse é nosso objetivo. Nós o enviamos em Nome de Jesus Cristo. Amém.

Obrigado, irmão Glover. Obrigado, senhor.

13 Agora, hoje à noite, sendo o fim desta parte do reavivamento, eu não sei se será transmitido pelo rádio ou não, mas eu gostaria de dizer (se não) à audiência de rádio, que esta tem sido uma das melhores reuniões que tenho tido por muitos, muitos anos. Tem sido sólida, íntegra; a reunião mais amorosa e cooperativa em que tenho estado por muito tempo.

14 [Um irmão diz: “Estamos no ar até às quatro e quinze, irmão. E estão escutando o irmão por todo o sul de Califórnia, lá nas ilhas e nos navios. Recebemos recados deles. Desse modo o irmão tem uma audiência grande, milhares e milhares.”—Editor] Obrigado, senhor. Isso é muito bom. Alegro-me em ouvir isso. Deus abençoe todos vocês.

15 E eu certamente tenho sempre tido um lugar caloroso em meu coração pelo Templo Angelus, pela sua posição pelo Evangelho completo de Jesus Cristo. E agora, parece ser mais pessoal para mim agora. Parece que, depois de conhecer todos e ver o seu espírito fino, parece que sou mais de vocês do que era antes. Deus lhes abençoe, é minha oração. E… [Audiência aplaude—Editor] Obrigado encarecidamente.

16 Agora, foi anunciado que era para eu falar-lhes hoje um pouco sobre: A História da Minha Vida. Isso é uma—uma coisa difícil para mim. Esta será a primeira vez que tenho tentado aproximar-me dela por muitos anos. E não teria tempo de entrar em detalhes, mas apenas parte dela. E aqui, tenho cometido muitos erros, feito muitas coisas que foram erradas. E eu desejarei que vocês no alcance do rádio e vocês que estão presentes, que vocês não tomem meus erros para serem pedras de tropeço, senão pedras sobre as quais dar passos para trazer-lhes mais perto do Senhor Jesus.

17 Então, esta noite, os cartões de oração vão ser distribuídos para o culto de curas hoje à noite. Agora quando falamos de culto de cura, não quer dizer que vamos curar alguém, vamos “orar por alguém.” Deus cura. Ele tem sido muito misericordioso comigo, por responder orações.

18 E eu estava falando com o diretor de um evangelista famoso, aqui há algum tempo, e—e foi perguntado por que este evangelista não orava pelos enfermos. E o evangelista respondeu ao—ao diretor das minhas reuniões, disse: “Se… Este evangelista crê em cura Divina. Mas se ele começasse a orar pelos enfermos, interromperia o trabalho dele porque ele é patrocinado por igrejas. Muitas igrejas e muitos deles não crêem em cura Divina.”

19 De modo que tenho honra e respeito pelo evangelista porque ele está guardando o lugar dele, seu posto de dever. Ele poderia talvez… Eu nunca poderia tomar o lugar dele, e duvido que ele pudesse tomar o meu lugar. Todos nós temos um lugar no Reino de Deus. Todos nós estamos unidos juntos. Dons diferentes, mas o mesmo Espírito. Manifestações diferentes, quis dizer, mas o mesmo Espírito.

20 E, agora, esta noite o culto começará… Creio que foi dito que o culto musical começa às seis e meia. E, agora, se você estiver no alcance do rádio, venha para escutá-lo. É… Será bonito, sempre é.

21 E então desejo dizer que os cartões de oração serão distribuídos imediatamente depois deste culto, logo que este culto seja encerrado, se você estiver aqui e quiser um cartão de oração. Eu fui instruído lá dentro, há pouco, meu filho ou o Sr. Mercer ou o Sr. Goad, eles estarão entregando cartões de oração. Apenas permaneça em seu assento. Logo que o culto é encerrado, apenas permaneça em seu assento para que os moços possam passar pela fila e entregar os cartões de oração o mais rápido possível. Isso será na galeria ou no chão, onde quer que seja, no andar de baixo ou onde quer que você esteja, simplesmente permaneça em seu assento e os moços saberão que você está aqui para um cartão de oração. E então hoje à noite estaremos orando pelos enfermos. E se o Senhor não mudar meus pensamentos, quero pregar sobre o tópico, hoje à noite: Se Nos Mostrares O Pai, Isso Nos Bastará.

22 Agora desejo ler para texto desta tarde, para começar a História Da Minha Vida, encontrado no Livro de Hebreus, no capítulo 13. E vamos começar aqui mais ou menos… Eu diria mais ou menos com o versículo doze:

E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo Seu próprio Sangue, padeceu fora da porta.

Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério.

Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.

23 Agora isso é um tipo de tema. Porque, você vê, se for a história de uma vida, ou qualquer coisa com respeito a um ser humano, nós não glorificamos isso, e especialmente o passado de um—um homem, se foi tão escuro como o meu. Mas pensei, se lêssemos a Escritura, Deus abençoaria a Escritura. E o meu pensamento é:

Que não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.

24 Agora, sei que vocês gostam muito de Los Angeles. Vocês têm direito de gostar dela. É uma grande, bela cidade. Com sua neblina e outras coisas, ainda é uma cidade bela, clima bom. Mas esta cidade não pode continuar, tem que ter um fim.

25 Eu estive em Roma (onde os grandes imperadores) e as cidades que eles pensaram que construiriam imortais, e cavam vinte pés [Seis metros—Tradutor] para até mesmo encontrar as ruínas dela.

26 E estive onde os Faraós tiveram seus grandes reinos, e você cavaria no chão para encontrar onde os Faraós reinavam.

27 E todos nós gostamos de pensar em nossa cidade e nossa região. Mas, lembre-se, não pode permanecer.

28 Quando eu era menino, eu acostumava ir a um grande pé de ácer. Em minha terra nós temos muita madeira dura. E naquele tempo tínhamos este pé de ácer, o pé de ácer de açúcar, e o que nós chamamos “o ácer duro” e “ácer branco.” Esta grande e gigantesca árvore, era a árvore mais linda. E quando eu vinha do campo, de trabalhar no feno e—e nas colheitas, eu gostava demais de ir à esta grande árvore e—e sentar debaixo dela e—e olhar para cima. E eu via seus grandes e fortes galhos balançar no vento, enorme tronco. E eu disse: “Sabe, creio que esta árvore estará aqui centenas e centenas de anos.” Não faz muito tempo eu vi a velha árvore, é apenas um toco.

29 “Porque não temos aqui cidade permanente.” Não, nada aqui na terra que você pode ver continuará. Tem que ter um fim. Tudo o que é mortal tem que entregar-se a uma imortalidade. Por isso, não importa quão bem construídas façamos nossas estradas, quão boa seja nossa arquitetura, tudo tem que terminar, porque aqui não há nada que possa continuar. Apenas o Invisível é o que continua.

30 Eu me lembro da casa em que moramos. Era uma velha casa de tronco de árvore tapada de barro nas fendas. Eu… Talvez muitos nunca viram uma casa tapada de barro. Mas era toda tapada de barro nas fendas, e os enormes troncos que estavam na velha casa, eu achava que aquela casa permaneceria em pé centenas de anos. Mas, sabe, hoje onde aquela casa estava tem um projeto de habitação. É tão diferente. Tudo está mudando. Mas…

31 E eu via meu pai, ele era um homem bem baixo, atarracado, muito forte, e ele era um dos baixinhos mais fortes de que eu tinha conhecimento. Fiquei conhecendo o Sr. Coots, um homem com quem ele trabalhava na mata, ele era madeireiro, e há um anos mais ou menos, e o Sr. Coots é um amigo muito bom meu e diácono na Primeira Igreja Batista, e ele disse: “Billy, você deve ser um homem muito forte.”

Eu disse: “Não, eu não sou, Sr. Coots.”

32 Ele disse: “Se você puxou pelo seu pai, você é.” Disse: “Eu vi aquele homem, pesando cento e quarenta libras [Sessenta e quatro quilos—Tradutor], colocar uma tora na carroça sozinho, que pesava novecentas libras [Quatrocentos e oito quilos—Tradutor].” Ele sabia como fazer isso. Ele era forte. Eu o via vir para dentro para lavar-se e aprontar-se para o jantar, quando minha mãe o chamava.

33 E nós tínhamos uma velha macieira no jardim da frente, e então havia três ou quatro pequenas junto à parte de trás. E bem na árvore do meio, havia um velho espelho que estava quebrado. Espelho grande. E estava pregado no lado da árvore com alguns pregos entortados. Mais ou menos o que alguns de vocês carpinteiros, escutando, chamariam de “cabide de pendurar casaco.” Tinha sido entortado para segurar o espelho no lugar. E havia um velho pente de estanho. Quantos já viram um velho pente… o antigo pente de estanho? Eu posso até vê-lo.

34 E então havia uma pequena tábua de lavar roupa, uma tábua pequena com uma perna inclinada debaixo dela, pregada contra a árvore. Uma pequena, velha bomba feita com metade de enxofre aí, da qual bombeávamos água, e nós nos lavávamos nesta velha árvore. E mamãe tomava sacos de farinha e fazia toalhas. Alguém já usou uma toalha de saco de farinha? Pois, tenho certeza que me sinto em casa agora. E aquelas grandes, velhas toalhas ásperas! E quando ela dava banho em nós, crianças, ela… parecia que ela estava arrancando a pele cada vez que ela nos esfregava. E eu me lembro daquele velho saco de farinha. E ela puxava alguns dos fios e fazia franjas pequenas, para decorá-lo um pouco.

35 Quantos já dormiram numa cama de palha? Pois eu—eu vou lhe dizer! Quantos sabem o que era um travesseiro de palha? Pois, irmão Glover, estou em casa agora, sem dúvida! Cama de palha, ora, não faz muito tempo que deixei de usar uma, e era… O, é—é boa para dormir, fresca. Então no inverno eles tomavam a velha cama de penas e deitavam nela, você sabe, e então tinham que por um pedaço de lona em cima de nós porque a neve soprava pelas—as—as frestas da casa, você sabe, onde os velhos sarrafos entortavam para cima, você sabe, e a neve entrava por elas. E, oh, eu posso me lembrar disso muito bem.

36 E então papai tinha um pincel de barba. Eu… Agora isto vai lhe surpreender. Era feito de palha de milho, um pincel de barba com palha de milho. Ele tomava o velho sabão de cinza da mamãe que ela fazia, aprontava e punha no rosto com este pincel de palha de milho, e fazia a barba com uma navalha grande, velha. E aos domingos ele tomava os—os pedaços de papel, punha em volta da gola dele; eles usavam golas de celulóide, e punha em volta da gola, deste jeito, para não deixar a—a—a espuma cair na gola da camisa. Você já viu se fazer isso? Pois, que coisa!

37 Eu me lembro de uma velha fontezinha lá em baixo, onde tomávamos água, e pegávamos nossa água com uma velha concha de cabaça. Quantos já viram uma concha de cabaça? Pois, quantos de vocês são de Kentucky, afinal? Sim, ora, olhe só aqui os de Kentucky. Pois, que coisa, eu—eu estou bem em… Eu pensei que fosse só os de Oklahoma e Arkansas aqui, mas parece que Kentucky está mudando para cá. Pois, descobriram petróleo em Kentucky há poucos meses, você sabe, por isso, talvez esses sejam alguns deles vindo para cá.

38 E então me lembro quando papai vinha para dentro e se lavava para o jantar; ele enrolava suas mangas e aqueles braços pequenos e atarracados. E quando ele levantava os braços para lavar-se, jogar água no rosto, aqueles músculos simplesmente formavam uma bola em seus pequenos braços. E eu disse: “Sabe, meu pai viverá até completar cento e cinquenta anos de idade.” Ele era tão forte! Mas ele morreu com cinquenta e dois anos. Está vendo? “Não temos aqui cidade permanente.” Isso é correto. Não podemos continuar.

39 Agora vamos fazer uma pequena viagem, todos nós. Cada um de vocês aqui tem uma história da sua vida, assim como eu tenho, e é bom passear pela avenida da lembrança de vez em quando. Você não acha? Simplesmente volte, e vamos todos voltar por um pouco, de volta às experiências semelhantes como de crianças.

40 E agora a primeira parte da história da minha vida. Eu vou tocar nela só um pouco, porque está no livro, e muitos de vocês têm o livro.

41 Eu nasci numa pequena cabana nas montanhas, lá em cima nas montanhas de Kentucky. Eles tinham um cômodo no qual morávamos, sem tapete no chão, nem sequer madeira no chão, era apenas chão descoberto. E um toco, parte de cima de um toco cortado com três pernas nele, essa era nossa mesa. E todos aqueles pequenos Branhams se amontoavam aí em volta, e em frente da pequena e velha cabana, e rolavam, parecia onde um bando de gambás tinha estado rolando lá fora no pó, você sabe, todos os irmãozinhos. Éramos em nove e uma menininha, e ela ficava em situação difícil mesmo entre aquele grupo de meninos. Temos que respeitá-la, ainda hoje, das coisas que fazíamos naqueles dias. Ela não podia ir conosco à parte alguma, nós a mandávamos de volta, ela era menina. Assim que ela não podia conosco, você sabe. Assim nós tínhamos… E todos…

42 Eu me lembro que atrás da mesa só tínhamos duas cadeiras, e eram feitas de casca de galhos finos. Simplesmente velhas nogueiras pequenas colocadas juntas, e a base delas entrelaçada com casca de nogueira. Alguém já viu uma cadeira de casca de nogueira? Sim. E eu ainda posso ouvir mamãe. Oh, mais tarde quando mudamos para um lugar onde ela podia ter chão de madeira, com aqueles nenês no colo, deste jeito, e balançando aquela velha cadeira, pam, pam, pam, pam no chão. E eu me lembro de não deixar os pequenos saírem para fora da porta quando ela estava lavando roupa ou algo assim, ela deitava uma cadeira e virava meio de canto, de lado na porta, para não deixar os pequenos sair quando ela tinha que ir à nascente para buscar água, etc.

43 E mamãe tinha quinze anos de idade quando eu nasci, papai tinha dezoito. E eu fui o primeiro dos nove filhos. E eles me contaram que na manhã em que nasci…

44 Agora, nós éramos muito pobres, os mais pobres dos pobres. E nem sequer tínhamos uma janela nesta pequena cabana. Tinha como se fosse uma portinhola de madeira que você abre. Eu duvido que você já viu alguma coisa assim. Uma portinhola de madeira que abria em vez de uma janela, você a deixa aberta durante o dia e a fechava à noite. Nós não podíamos ligar a luz elétrica ou nem sequer queimar querosene naqueles dias; nós tínhamos o que se chama de “lampião de gordura.” Agora, não sei se você sabia o que era um lampião de gordura. Pois, o que você… E você já comprou… queimou uma pinha? Tome uma pinha e acenda e coloque-a sobre uma tampa, ela queimará. E isso… fazia um pouco de fumaça, mas de qualquer modo, eles não tinham móveis, para encher de fumaça. Assim simplesmente… a cabana enchia de fumaça. Puxava bem a fumaça porque havia telhado suficiente aí em cima para ela passar. Assim…

45 E eu nasci dia seis de abril de 1909. Claro, você sabe, isso quer dizer que tenho um pouco mais de vinte e cinco agora. E assim, na manhã que eu nasci, mamãe disse que eles abriram a janela. Agora, não tínhamos médico, havia uma parteira. Simplesmente… E essa parteira era minha avó. E assim quando nasci e comecei a chorar, e—e mamãe queria ver seu filho. E—e ela mesma não era mais do que uma criança. E quando eles abriram a janelinha, bem ao amanhecer, mais ou menos às cinco horas. E o… Havia um velho papo-roxo sentado ao lado de um arbusto pequeno. Como todos vocês têm visto a fotografia disto em—em meu livro da história da minha vida. Um velho papo-roxo estava sentado aí cantando com tudo o que tinha.

46 Eu sempre gostei de papos-roxos. Agora, vocês meninos aí no alcance do rádio, não atirem em meus passarinhos. Você vê, eles… eles… eles… Eles são meus passarinhos. Você já ouviu a lenda do papo-roxo, como ele ganhou seu peito vermelho? Vou parar aqui um momento. Como ele ganhou seu peito vermelho… Havia o Rei dos reis que estava morrendo um dia na Cruz, e Ele estava sofrendo e ninguém vinha a Ele. Ele não tinha ninguém para ajudá-Lo. E havia um passarinho marrom que queria tirar aqueles pregos de Cruz e ele continuava voando à Cruz e dando puxões naqueles pregos. Ele era muito pequeno para tirá-los, e ele sujou seu peitinho todo de vermelho com sangue. E desde aquele tempo seu peito tem sido vermelho. Não atirem nele, meninos. Deixem ele em paz.

47 Ele estava sentado ao lado da janela, cantando como os papos-roxos cantam. E—e papai empurrou a janela para trás. E quando eles empurraram a portinha da janela para trás, aquela Luz que você vê na fotografia entrou girando pela janela, diz minha mãe, e pairou sobre a cama. Vovó não sabia o que dizer.

48 Agora, nós somos… não éramos uma família religiosa. Meu povo é católico. Eu sou irlandês nos dois lados. Meu pai é estritamente irlandês, Branham. Minha mãe é Harvey; só que seu pai se casou com uma índia cherokee, assim que isso quebrou a linhagem ou o sangue dos irlandeses. E papai e mamãe não iam à igreja, e eles se casaram fora da igreja e eles não tinham religião alguma. E lá longe nas montanhas nem sequer havia uma igreja católica. Assim eles vieram dos colonos no começo, dois Branhams vieram, e daí procedeu a inteira geração dos Branhams; é a genealogia da família.

49 E então ela abriu… Quando eles abriram esta janela e esta Luz ficou parada aí dentro, eles não souberam o que fazer. Papai tinha comprado (mamãe disse) um macacão novo para este acontecimento. Ele estava de pé com os… seus braços no peitilho do antigo macacão, como os lenhadores e madeireiros usavam naqueles dias. E os assustou.

50 Pois bem, depois que eu tinha dez dias, ou mais ou menos isso, eles me levaram à uma igrejinha batista chamada “Reino do Gambá,” Igreja Batista do Reino do Gambá. É um nome e tanto. Havia um velho pregador itinerário. O antiquado pregador batista passava por aí mais ou menos uma vez cada dois meses. Em… O povo tinha um pequeno culto junto, eles iam cantar uns hinos, mas tinham culto de pregação de vez em quando com o pregador itinerante. Eles o pagavam todo ano com um saco de abóboras e umas coisinhas assim, você sabe, que o povo plantava para dar para ele. E o velho pregador passou por aí e ofereceu oração por mim como um menininho. Essa foi minha primeira viagem à igreja.

51 À idade de mais ou menos… mais ou menos um pouco mais de dois anos de idade, a primeira visão aconteceu.

52 Pois, eles contaram lá pelas montanhas que “Esta Luz veio.” Assim eles tentaram compreendê-la. Alguns disseram que havia sido a luz do sol refletindo num espelho dentro da casa. Mas não havia espelho lá dentro. E o sol não tinha saído, pois era muito cedo, cinco horas. E então, oh, simplesmente não fizeram caso d’Ela. E quando eu tinha mais ou menos… suponho que tinha mais ou menos três anos de idade…

53 Agora, eu tenho que ser honesto. Há coisas aqui que não gosto de dizer, eu gostaria de ignorá-las e não ter que dizê-las. Mas ainda, para dizer a verdade, você tem que dizer a verdade se for a seu respeito ou de seu pessoal. Seja honesto quanto a isso, e então é sempre a mesma coisa.

54 Meu pai estava longe de ser uma pessoa religiosa. Ele era moço típico das montanhas que bebia constantemente, todo o tempo. E ele tinha entrado em apuros numa briga, e dois ou três homens quase morreram enquanto brigavam, atiravam, se cortavam com facas, num tipo de festa lá nas montanhas. E papai tinha sido um dos cabeças desta briga, porque havia um amigo dele que tinha se machucado, e tinha batido em alguém com uma cadeira. E tinha… O homem tinha uma faca na mão e ia cortar o amigo do papai no chão com esta faca, no coração, e papai o defendeu. E realmente devia ter sido uma briga terrível, porque eles, desde Burksville, à muitas milhas de distância, mandaram um xerife para lá em busca de papai, à cavalo.

55 Assim que o homem estava à beira da morte. Talvez haja alguns da família dele escutando. Vou dizer o nome dele, Will Yarbrough era o nome dele. Eles provavelmente… Creio que alguns deles estão em Califórnia, dos filhos dele. Mas ele era um valentão, homenzarrão forte, matou seu próprio filho com um mourão de cerca. Assim ele—ele era um homem muito forte e mau. E assim houve uma grande briga de faca entre ele e papai. E meu pai quase matou o homem, assim ele teve de fugir e sair de Kentucky e atravessar o rio para Indiana.

56 E ele tinha um irmão que morava, naquele tempo, em Louisville, Kentucky, era o superintendente assistente das Serralherias de Madeira Mosaica em Kentucky, em Louisville. E assim papai veio a encontrar seu irmão mais velho. Papai era o mais novo dos filhos, de dezessete filhos. E assim ele veio a encontrar seu irmão mais velho, e enquanto ele estava lá por quase um ano. Ele não podia voltar porque a lei o estava buscando. E então quando tivemos notícias dele por carta, assinada com outro nome, mas ele tinha dito à mamãe como seria que ela teria notícias dele.

57 E então eu me lembro de um dia a nascente (esta cabana pequena) estava bem atrás da casa. E—e durante aquele tempo depois de… Há nove… onze meses de diferença entre eu e meu irmão mais novo, e ele ainda estava engatinhando. E eu tinha uma pedra grande na mão, e eu estava tentando mostrar quão forte eu podia atirar esta pedra na velha lama, de onde a nascente tinha corrido no chão e formado um lamaçal. E eu ouvi um pássaro, e estava cantando em cima duma árvore. E olhei para aquela árvore e o pássaro voou, e, quando voou, uma Voz falou comigo.

58 Agora, eu sei que você acha que eu não poderia pensar e lembrar-me disso. Mas o Senhor Deus, Que é Juiz, a terra e céus e tudo o que há, sabe que estou dizendo a verdade.

59 Aquele pássaro, quando voou, uma Voz veio de onde o pássaro estava na árvore, como um vento enroscado no arbusto, e Ela disse: “Você viverá perto de uma cidade chamada New Albany.” E tenho vivido, desde o tempo que tinha três anos de idade até agora, dentro de três milhas [Cinco quilômetros—Tradutor] de New Albany, Indiana.

60 Eu vim para dentro e contei para minha mãe a respeito disto. Pois, ela pensou que eu simplesmente tivesse sonhado ou algo assim.

61 E mais tarde nós mudamos para Indiana e papai foi trabalhar para um homem, o Sr. Wathen, um homem rico. Ele é dono das Destilarias Wathen. E ele possuía grandes ações. Ele é um multimilionário nos coronéis de Louisville e—e beisebol, etc. E então morávamos aí perto. E papai sendo um homem pobre, todavia não podia ficar sem beber, então ele—ele começou a fazer uísque num—num alambique.

62 E então isso foi um sofrimento para mim porque eu era o mais velho dos filhos. Eu tinha que vir e carregar água para este alambique, para conservar aqueles tubos em espiral frios enquanto faziam o uísque. Então ele começou a vendê-lo; então ele conseguiu dois ou três daqueles alambiques. Agora, essa é a parte que não gosto de contar, mas é a verdade.

63 E eu me lembro de um dia, do estábulo, estar vindo para casa, chorando. Porque lá atrás desse lugar havia uma pequena lagoa, ela… onde eles cortavam gelo. Muitos de vocês se lembram de quando eles cortavam gelo e o colocavam em serragem. Pois, era assim que o Sr. Wathen guardava gelo lá no campo. E papai era um—um chofer para ele, um chofer particular. E quando esta lagoa estava cheia de peixes e quando eles podiam cortar o gelo e trazê-lo para dentro e colocá-lo na serragem, então quando o gelo derretia no verão, enquanto baixava, estava meio limpo, suponho, mais como o gelo dum lago, e eles podiam usá-lo, não para beber, senão para manter a água fria, pôr em volta dos seus baldes e seu leite, etc.

64 E um dia carregando água desta bomba, a qual estava mais ou menos a um quarteirão. Eu estava reclamando até não poder mais, porque eu tinha vindo da escola e todos os meninos tinham ido ao lago, para pescar. Eu simplesmente gostava demais de pescar. De modo que todos eles foram pescar, menos eu, e eu tinha que carregar água para este alambique. Claro, que coisa, isso tinha que ser em silêncio, era proibido. E eu… Era um sofrimento. Eu me lembro de vir por aí com um dedo do pé machucado de tropeçar, e tinha um sabugo amarrado debaixo do meu dedo para conservá-lo fora do pó. Você já fez isso? Apenas ponha um sabugo debaixo do seu dedo deste jeito e amarre um cordão em volta dele. Isto segura o seu dedo bem para cima quase como cabeça de tartaruga, você sabe, esticada para cima. Você podia seguir meu rastro por toda parte que eu ia, com este sabugo debaixo do meu dedo; onde eu tropeçava, você sabe. Eu não tinha sapatos para usar. Assim que nunca usamos sapatos, às vezes até à metade do inverno. Se usamos, nós… era só o que podíamos conseguir, o que alguém dava para nós. E roupas que alguém, caridade dava para nós.

65 E eu parei debaixo desta árvore, e estava sentado aí só reclamando (foi em setembro) porque queria ir pescar, eu tinha que carregar vários barris de água com baldes pequenos de melado, mais ou menos desta altura, meio galão [Mais ou menos dois litros—Tradutor], porque eu era apenas um menino de cerca de sete anos de idade. E os despejava num barril grande e então voltava e pegava outros dois baldes e voltava, bombeando a água. Essa era a água que tínhamos. E eles iam fazer uma porção de uísque de milho aquela noite, estes homens com papai, lá em cima perto da casa.

66 E eu estava chorando, e subitamente ouvi algo fazendo um barulho como um redemoinho de vento, algo assim (agora espero que não seja muito alto), fazendo: “Vuum, vuum,” um barulho assim. Pois, tudo estava muito quieto, e olhei por todos os lados. E você sabe de uma coisa, um pequeno redemoinho de vento, creio que vocês o chamam de um pequeno ciclone. No outono do ano eles se levantam pelos campos de milho, você sabe, as folhas, etc., no outono aí, as folhas estão começando a mudar de cor. E eu estava debaixo dum grande pé de choupo branco, ficava mais ou menos na metade do caminho entre o estábulo e a—a casa. E ouvi aquele barulho. E olhei por todos os lados, tudo estava tão quieto como neste salão. Nenhuma folha soprando em parte alguma, ou nada. E pensei: “De onde está vindo esse barulho?” Pois, pensei: “Tem que estar longe daqui.” Simplesmente um menino. E ficou mais e mais alto.

67 Apanhei meus pequenos baldes e reclamei mais umas duas vezes e comecei a subir a trilha, eu estava descansando. E cheguei a poucos pés daquilo, saindo de debaixo dos ramas desta árvore grande, e, oh, que coisa, fez um barulho de um redemoinho. E eu me virei para olhar, e mais ou menos no centro daquela árvore havia outro redemoinho de vento, enroscado naquela árvore só girando e girando, mexendo aquelas folhas. Pois, pensei que não havia nada de estranho com isso porque simplesmente era aquele tempo de ano, e o outono, ora, aqueles redemoinhos de vento vêm. Pequenos… Nós os chamamos de “redemoinhos de vento.” E eles—e eles levantam pó. Você já os viu no deserto desse jeito. Mesma coisa. Assim eu observei, mas não foi embora. Normalmente é só um sopro por um momento, então vai embora, mas já tinha estado lá dentro dois minutos ou mais.

68 Pois, eu comecei a subir na trilha de novo. E eu me virei para dar uma olhada nisto outra vez. E quando girava, uma Voz humana tão audível como a minha, disse: “Nunca beba, nem fume, nem corrompa seu corpo de maneira alguma. Haverá uma obra para você fazer quando você ficar mais velho.” Ora, isto quase me matou de susto! Você pode imaginar como um menino se sentiu. Larguei aqueles baldes, e fui para casa o mais rápido que podia, berrando.

69 E havia copperhead naquela região, cobras, e são muito venenosas. Mamãe pensou que, vindo ao lado da horta eu talvez tivesse pisado numa copperhead e ela correu ao meu encontro. E eu pulei nos braços dela, gritando, abraçando-a e beijando-a. E ela disse: “O que você tem, você foi mordido de cobra?” Ela me olhou de cima em baixo.

Eu disse: “Não, mamãe! Há um homem naquela árvore lá embaixo.”

70 E ela disse: “Ora, Billy, Billy! Que é isso!” E ela disse: “Você parou e deu uma dormida?”

71 Eu disse: “Não, senhora! Há um homem naquela árvore, e Ele me disse que não bebesse e não fumasse.”

72 “Beber uísque e—e coisas assim.” E eu estava carregando água a um alambique de álcool clandestino, naquela mesma hora. E Ele disse: “Nunca beba nem corrompa seu corpo em maneira alguma.” Isso é imoral, você sabe, e meu filho… moços com mulheres. E que eu saiba, nem uma vez fui culpado de tal. O Senhor me ajudou nessas coisas, e à medida que eu continuar você vai descobrir. Assim então: “Não beba ou fume, nem corrompa seu corpo, porque haverá uma obra para você fazer quando você tiver mais idade.”

73 Pois, eu disse isso à mamãe, e—e ela riu de mim. E eu simplesmente estava histérico. Ela chamou o médico, e o médico disse: “Pois, ele só está nervoso, é só isso.” Assim ela me pôs na cama. E eu nunca, desde aquele dia até hoje, nunca passei por aquela árvore outra vez. Eu tinha medo. Eu descia pelo outro lado da horta, porque eu achava que havia um homem naquela árvore e Ele estava falando comigo, Vozeirão baixo que falou.

74 E então uma vez mais ou menos um mês de pois disso, eu estava jogando bola de gude com meus irmãozinhos fora, no pátio da frente. E subitamente eu senti algo estranho vir sobre mim. E parei e me sentei ao lado de uma árvore. E nós estávamos bem em cima na margem do Rio Ohio. E olhei para baixo em direção a Jeffersonville, e vi uma ponte levantar-se e atravessar aquele, o rio, passar sobre o rio. E vi dezesseis homens (eu os contei) que caíram daí e perderam suas vidas naquela ponte. Corri para dentro bem depressa e contei para minha mãe, e ela pensou que eu tivesse dormido. Mas não esqueceram, e vinte e dois anos desde aquele tempo, a Ponte Municipal agora (a qual muitos de vocês atravessam quando atravessam aí) atravessou o rio naquele mesmo lugar, e dezesseis homens perderam suas vidas construindo aquela ponte sobre o rio.

75 Nunca falhou de ser perfeitamente a verdade. Como você O vê aqui no auditório. Tem sempre sido assim.

76 Agora, eles pensaram que eu apenas fosse nervoso. O que, eu sou uma pessoa nervosa, isso é verdade. E, se você já notou, pessoas que são—são inclinadas a serem espirituais são nervosas.

77 Veja os poetas e profetas. E veja William Cowper que escreveu aquele hino famoso: “Há uma fonte cheia de Sangue, tirado das veias de Emanuel.” Você já… Você conhece o hino. Eu estive ao lado da sua sepultura não há muito tempo. O irmão Julius, creio, não sei, não… sim, isso está certo, esteve conosco lá na sua sepultura. E—e aí, depois que ele tinha escrito aquele hino, a inspiração saiu dele, ele tentou achar o—o rio para suicidar-se. Vê, o espírito tinha saído dele. E pessoas como poetas e autores e… ou não… quero dizer profetas.

78 Veja Elias, quando ele estava na montanha e invocou fogo do céu e invocou chuva do céu. Então quando o Espírito saiu dele, ele fugiu por causa de uma ameaça de uma mulher. E Deus o encontrou escondido numa caverna, quarenta dias mais tarde.

79 Veja Jonas, com bastante inspiração quando o Senhor o tinha ungido para pregar lá em Nínive, ao ponto de uma cidade do tamanho de Saint Louis se arrepender com saco. E então quando o Espírito saiu dele, que aconteceu a ele? Nós o achamos em cima da montanha depois que o Espírito saiu dele, orando a Deus para tomar sua vida. E, você vê, é inspiração. E quando estas coisas acontecem, isto—isto mexe com você.

80 Então me lembro de crescer. Cheguei a ser um jovem. (Vou me apressar para terminar dentro de pouco.) Quando cheguei a ser um moço, tinha ideias como todos os jovens. Eu… estudando, encontrei aquelas mocinhas. Você sabe, eu era muito tímido, você sabe. E eu—eu finalmente consegui uma namoradinha. E como todos os mocinhos, de mais ou menos quinze anos de idade, creio. E—e assim, ah, ela era bonita. Que coisa! Ela tinha olhos como uma pomba, e tinha dentes como pérolas, e um pescoço como cisne, e ela—ela era muito bonita.

81 E outro mocinho, ele… nós éramos colegas, assim ele conseguiu o velho Ford modelo-T do seu pai, e nós tínhamos um encontro marcado com nossas moças. E íamos levá-las para passear. Compramos bastante, mais ou menos dois galões [Mais ou menos oito litros—Tradutor] de gasolina. Tínhamos que levantar a roda de trás para dar partida com uma manivela. Não sei se você se lembra disso ou não, você sabe, usar a manivela. Mas nós—nos estávamos indo muito bem.

82 E assim eu tinha umas moedas de cinco centavos no bolso, e nós paramos num lugarzinho e compramos… você podia comprar sanduíche de presunto por cinco centavos. E assim, ah, eu estava rico, eu podia comprar quatro! Está vendo? E depois que tínhamos comido os sanduíches e bebido as coca-colas, eu comecei a levar as garrafas de volta. E para a minha surpresa, quando eu vim (as mulheres tinham começado a cair da graça naquele tempo, ou da feminilidade) minha pombinha estava fumando um cigarro.

83 Pois sempre tenho tido minha opinião a respeito de uma mulher que teria coragem de fumar um cigarro, e não a tenho mudado nem um pouco desde aquele tempo. Isso é certo. É a coisa mais baixa que ela poder fazer. E isso é exatamente certo. E eu—eu pensei que eu… Agora, a companhia de cigarros poderia vir atrás de mim por causa disto, mas, estou lhe dizendo, isso é apenas uma proeza do diabo. É o maior matador e sabotagem que esta nação tem. Preferiria que meu filho fosse um bêbado que um fumador de cigarro. Isso é a verdade. Preferiria ver minha esposa caída no chão, bêbada, que vê-la com um cigarro. É assim que…

84 Agora, este Espírito de Deus que está comigo, se Esse é o Espírito de Deus (como você poderia perguntar), você fumando cigarros tem uma chance escassa quando chegar lá, porque isso simplesmente… cada vez. Você nota na plataforma, como Ele condena isso. É uma coisa horrível. Mantenha-se longe disso. Senhora, se você é culpada disso, por favor, no Nome de Cristo, afaste-se disso! Isso lhe arruína! Isso lhe matará. Isso… é um—é um vagão cheio de câncer.

85 Os médicos tentam advertir-lhe. E então como podem vender esse negócio para você! Se você fosse à farmácia e dissesse: “Comprar… quero comprar cinquenta centavos de câncer.” Ora, eles viriam fechar suas portas. Mas quando você compra cinquenta centavos de cigarros, você está comprando a mesma coisa. Médicos assim dizem. Oh, esta nação louca por dinheiro. É uma pena. É um matador. Tem sido provado.

86 Pois, quando vi aquela mocinha bonita portando-se inapropriadamente, este cigarro na mão, isso foi como se me tivesse matado, porque eu realmente pensava que eu a amava. E eu pensei: “Pois…”

87 Agora, sou chamado um “detestador de mulheres,” você sabe disso, porque sempre sou meio contra mulheres, mas não contra vocês, irmãs. Simplesmente sou contra o jeito que as mulheres modernas se portam. Isso é correto. Boas mulheres devem ser incentivadas.

88 Mas posso me lembrar de quando o alambique de meu pai estava funcionando lá. Eu tinha que estar lá fora com água e outras coisas, via moças que não tinham mais de dezessete, dezoito anos de idade, lá com homens da minha idade agora, bêbadas. E eles tinham que desembriagá-las e dar-lhes café preto para irem para casa fazer o jantar para seus maridos. Oh, algo assim, eu disse: “Eu…” Este foi meu comentário então: “Elas não valem uma boa bala limpa para matá-las.” É isso mesmo. E eu odiava mulheres. Isso é correto. E só tenho que ter cuidado com cada movimento agora, para manter-me longe de ainda pensar a mesma coisa.

89 Assim, mas agora, uma boa mulher é uma jóia na coroa de um homem. Ela deve ser honrada. Ela… Minha mãe é uma mulher, minha esposa é, e elas são adoráveis. E tenho milhares de irmãs Cristãs que respeito muito. Mas se—se elas puderem respeitar o que Deus as fez, uma maternidade e uma verdadeira rainha, isso está bem. Ela é uma das melhores coisas que Deus poderia dar para um homem, foi uma esposa. Além da salvação, uma esposa é a melhor coisa se ela for uma boa esposa. Mas se não for, Salomão disse: “Uma boa mulher é uma jóia na coroa de um homem, mas uma—uma ruim ou uma que não é boa é água no sangue dele.” E isso é correto, é a pior coisa que poderia acontecer. Assim uma boa mulher… Se você tiver uma boa esposa, irmão, você deve respeitá-la com a mais alta consideração. Isso é correto. Você deve fazer isso. Uma verdadeira mulher! E, filhos, se vocês tiverem uma verdadeira mãe que fica em casa e procura cuidar de vocês, mantendo sua roupa limpa, manda vocês à escola, ensinando vocês sobre Jesus, vocês devem honrar essa dócil mãe com tudo o que estiver em vocês. Vocês devem respeitar essa mulher, sim senhor, porque ela é uma verdadeira mãe.

90 Eles falam do analfabetismo nas montanhas de Kentucky. Você vê isso nesta coisa de estória em quadrinhos. Algumas daquelas velhas mães lá poderiam vir cá a Hollywood e ensinar vocês, mães modernas, como criar seus filhos. Deixe a filha dela entrar uma noite com seu cabelo desarrumado, e lábios… bato (como se chama isso?) negócio de maquiagem que elas põe no rosto, e seu vestido todo espremido de lado, e tivesse estado fora a noite toda, bêbada, ai! ai! ai!, ela tiraria um daqueles galhos daquela parte de cima daquela nogueira e ela nunca mais sairia. Estou lhe dizendo, ela… E se você tivesse um pouco mais disso, você teria uma Hollywood melhor aqui, e uma nação melhor. É isso mesmo. É verdade. “Simplesmente tente ser moderno,” isso—isso é um dos artifícios do diabo.

91 Agora, esta mocinha, quando olhei para ela, meu coração simplesmente sangrou. E pensei: “Coitadinha.”

E ela disse: “Ah, você quer um cigarro, Billy?”

Eu disse: “Não, senhorita.” Eu disse: “Não fumo.”

92 Ela disse: “Agora, você disse que não dançava.” Elas queriam ir a um baile e eu não quis. Assim elas disseram que havia um baile lá, o que chamavam de Sycamore Garden.

E eu disse: “Não, eu não danço.”

93 Ela disse: “Agora, você não dança, não fuma, não bebe. Como você se diverte?”

94 Eu disse: “Pois, eu gosto de pescar e gosto de caçar.” Isso não lhe interessou.

Assim ela disse: “Tome este cigarro.”

E eu disse: “Não, senhorita, obrigado. Não fumo.”

95 E eu estava em pé no estribo. Tinha um estribo nos velhos Fords, você lembra, e eu estava em pé naquele estribo, sentados no assento de trás, ela e eu. E ela disse: “Você quer dizer que não quer fumar um cigarro?” Disse: “E nós moças temos mais coragem do que você.”

E eu disse: “Não, senhorita, creio que não quero fazer isso.”

96 Ela disse: “Ora, seu maricão!” Ah, que coisa! Eu queria ser o Bill grande e mau, assim eu—eu certamente não queria nada de maricas. Vê, eu queria ser um boxeador, essa era minha idéia da vida. De modo que eu disse… “Maricas! Maricas!”

97 Eu não podia aguentar isso, por isso eu disse: “Dê isso para mim!” Minha mão estendida, eu disse: “Mostrarei para ela se sou maricas ou não.” Tirei aquele cigarro e comecei a riscar o fósforo. Agora, sei que você… Agora, não sou responsável pelo que você pensa, somente sou responsável por dizer a verdade. Quando comecei a acender aquele cigarro, tão determinado a fumar como estou a pegar esta Bíblia, você vê, ouvi algo fazendo: “Vuuum!” Tentei de novo, não pude chegá-lo à minha boca. E comecei a chorar, joguei o negócio no chão. Começaram a rir de mim. E eu voltei andando para casa, campo acima, sentei lá fora, chorando. E—e era uma vida terrível.

98 Eu me lembro que um dia papai estava descendo até o rio com os homens. Meu irmão e eu, nós tínhamos que levar um barco e subir e descer o rio, procurando garrafas para pôr uísque. Recebíamos cinco centavos por dúzia delas, por pegá-las ao longo do rio. E papai estava comigo, e ele tinha uma destas achatadinhas… Creio que eram garrafas de meia onça [Duzentos e trinta e sete mililitros—Tradutor]. E havia uma árvore que tinha sido derrubada pelo vento, e papai… E este homem estava com ele, o Sr. Dornbush. Eu tinha seu… Ele tinha um barco bonito, e eu queria achar favor com ele porque eu queria usar aquele barco. Tinha um leme bom e o meu não tinha leme nenhum. Nós só tínhamos tábuas velhas para remar. E se ele deixasse eu usar aquele barco… De modo que, ele soldava e fazia os alambiques para o papai. Assim ele… Eles colocaram a perna para cima sobre aquela árvore, e papai colocou a mão no bolso de trás e tirou uma garrafinha achatada de uísque, passou para ele e ele bebeu, passou de volta para o papai e ele bebeu, e ele a colocou num galhinho ao lado da árvore, que saia de lado. E o Sr. Dornbush a pegou, disse: “Aqui está, Billy.”

Eu disse: “Obrigado, não bebo.”

99 Ele disse: “Um Branham, e não bebe?” Todos morreram de rir, quase. E ele disse: “Um Branham, e não bebe?”

Eu disse: “Não, senhor.”

“Não,” papai disse, “eu criei um marica.”

100 Meu pai me chamando de marica! Eu disse: “Passe essa garrafa para mim!” E arranquei aquela rolha da parte de cima, determinado a beber, e quando comecei a virá-la: “Vuuum!” Passei a garrafa de volta e saí correndo pelo campo afora o mais rápido que podia, chorando. Algo não me deixava beber. Está vendo? Eu não podia dizer que eu era bom (eu estava determinado a beber), mas é Deus, graça, graça maravilhosa que me guardava de fazer aquelas coisas. Eu queria fazê-las, eu mesmo, mas Ele simplesmente não me deixava fazer.

101 Mais tarde achei uma moça quando tinha cerca de vinte e dois anos de idade, ela era muito boazinha. Ela era uma que ia a igreja, Luterana Alemã. O nome dela era Brumbach, B-r-u-m-b-a-c-h, veio do nome Brumbaugh. E ela era uma boa moça. Ela não fumava nem bebia, nem—nem dançava ou nada, uma boa moça. Eu a namorei por um pouco de tempo, e naquele tempo eu tinha cerca de vinte e dois anos de idade. Eu tinha ganhado bastante dinheiro para comprar para mim um velho Ford, e eu… nós saíamos juntos. E assim, naquele tempo, não havia nenhuma igreja luterana por perto, eles tinham mudado de Howard Park para lá.

102 E assim havia um ministro, aquele que me ordenou na Igreja Batista Missionária, o Doutor Roy Davis. A irmã Upshaw, o mesmo que mandou o irmão Upshaw a mim, ou falou com ele sobre mim, o Doutor Roy Davis. E assim ele estava pregando, e tinha a Primeira Igreja Batista, ou a—a… Creio que tampouco era a Primeira Igreja Batista, era a Missio-… chamada a Igreja Batista Missionária em Jeffersonville. E ele estava pregando no local naquele tempo, e nós íamos à igreja de noite, assim… e voltávamos. E eu nunca me uni à igreja, mas só gostava de ir com ela. Porque o pensamento principal era de “sair com ela,” melhor que seja honesto.

103 Assim então namorá-la, e um dia eu… Ela veio de boa família. E comecei a pensar: “Sabe, sabe, eu não devo tomar o tempo dessa moça. Não é—não é certo, porque ela é uma moça simpática, e eu sou pobre e—e eu…” Meu pai tinha decaído em saúde, e eu—eu… Não havia jeito de ganhar o pão para uma moça como ela, que tinha sido acostumada a uma casa boa e tapetes no chão.

104 Eu me lembro do primeiro tapete que já vi, eu não sabia o que era. Andei do lado dele. Achei que era a coisa mais bonita que tinha visto em minha vida. “Como poriam algo assim no chão?” Foi o primeiro tapete que já vi. Foi—foi um destes… Creio que chama-se “tapetes de esteira.” Pode ser que isso esteja errado. Algum tipo de “vime” ou algo que é entrelaçado, e colocado no chão. Bonito, verde e vermelho, e grande rosa trabalhada no meio dele, você sabe. Era um negócio bonito.

105 E assim eu me lembro que eu—eu resolvi que tinha de pedi-la em casamento, ou tinha que deixá-la e deixar que algum bom homem se casasse com ela, alguém que fosse bom para ela, pudesse ganhar o pão para ela e pudesse ser bom para ela. Eu poderia ser bom para ela, mas eu—eu—eu estava ganhando só vinte centavos por hora. Por isso eu não podia oferecer uma vida muito boa para ela. E eu… Com toda a família que nós tínhamos para cuidar, e papai decaído em saúde, e eu tinha que cuidar de todos eles, assim que eu estava tendo muita dificuldade.

106 Assim pensei: “Pois, a única coisa para eu fazer é dizê-la que eu—eu—(ela)—eu—eu não voltarei, porque eu tinha muita consideração por ela para estragar a vida dela e deixá-la perder tempo comigo.” E então pensei: “Se algum puder consegui-la e se casar com ela, e formar um lar admirável. E talvez se eu não pudesse me casar com ela, eu poderia—poderia saber que ela estava contente.”

107 assim pensei: “Mas eu—eu mal—eu mal posso desistir dela!” E eu—eu estava numa situação terrível. E dia após dia eu pensava nisso. De forma que, eu era muito tímido para pedí-la em casamento. Toda noite eu resolvia: “Vou pedi-la.” E, ora, o que é isso, borboleta, ou algo que vem no seu…? Todos vocês irmãos aí provavelmente tiveram a mesma experiência nisso. E uma sensação muito engraçada. Meu rosto ficava quente. Eu—eu não sabia. Eu não podia pedi-la.

108 Assim suponho que você se pergunta como eu cheguei a me casar. Você sabe de uma coisa? Escrevi uma carta para ela e a pedi. E assim seu… Agora, não foi “estimada senhorita,” foi um pouco mais (você sabe) no lado do amor do que isso. Não era simplesmente um—um acordo, era… eu—eu escrevi o melhor que pude.

109 E eu tinha um pouco de medo da mãe dela. Sua mãe era… era meia severa. E, mas seu pai era um velho holandês bom, um velho bom mesmo. Ele era um organizador da fraternidade e guarda-freios na estrada de ferro, ganhando mais ou menos quinhentos dólares por mês naquele tempo. E eu ganhava vinte centavos por hora, para casar-me com a filha dele. Ai! Eu sabia que isso nunca funcionaria. E sua mãe era muito… Agora, ela é uma mulher simpática. E ela—ela era mais ou menos uma destas de alta sociedade, você sabe, e meio vaidosa, você sabe, e de maneira que ela não precisava muito de mim de qualquer modo. Eu apenas era um simples jovem caipira do campo, e ela pensava que Hope devia namorar um tipo de moço um pouco melhor, e eu—eu—eu creio que ela tinha razão. E assim… Mas eu—eu não pensava assim naquele tempo.

110 De maneira que pensei: “Bem, agora, não sei como. Eu—eu não posso pedir ao pai dela, eu—eu com certeza não vou pedir à sua mãe. E desse modo tenho que pedi-la primeiro.” Assim me escrevi uma carta. E aquela manhã a caminho para o trabalho, a coloquei na caixa de correspondência. A correspondência… Nós iríamos à igreja quarta-feira à noite, e isso foi na segunda-feira de manhã. Tentei o dia todo, no domingo, dizê-lo que queria casar, e simplesmente não podia juntar coragem.

111 Assim que a coloquei na caixa de correspondência. E no trabalho aquele dia aconteceu de pensar: “E se a mãe dela pegou aquela carta?” Oh, que coisa! Então sabia que estava arruinado se—se ela a pegou, porque ela não me queria muito. Bem, eu estava suando frio.

112 E aquela quarta-feira à noite quando vim, oh, que coisa, pensei: “Como vou chegar lá? Se a mãe dela pegou aquela carta ela me tratará duro, por isso espero que ela a recebeu.” Eu a escrevi para “Hope.” Esse era o seu nome, Hope. Assim eu disse: “Eu só escreverei aqui para Hope.” E assim… E achei que talvez ela não tenha pego a carta.

113 Desse modo eu sabia que não devia parar lá fora e buzinar para ela vir. Ora, ora! E qualquer moço que não tem coragem suficiente de chegar até à casa e bater na porta e perguntar pela moça, não tem nada que sair com ela, de qualquer maneira. Isso é exatamente certo. Que tolice. Que atitude barata.

114 E assim parei meu velho Ford, você sabe, e tinha dado brilho nele. E desse modo fui e bati na porta. Misericórdia! A mãe dela veio à porta. Quase não consegui pegar o fôlego. Eu disse: “Como—como—como vai, Sra. Brumbach?” É.

Ela disse: “Como vai, William.”

Eu pensei: “Que coisa, ‘William’!”

E—e ela disse: “Você vai entrar?”

115 Eu disse: “Obrigado.” Entrei. Eu disse: “A Hope está quase pronta?”

116 E bem naquela hora aqui vem Hope dando pulinhos pela casa, apenas uma garota de mais ou menos dezesseis. E ela disse: “Oi, Billy!”

117 E eu disse: “Oi, Hope.” E eu disse: “Você está quase pronta para ir à igreja?”

Ela disse: “Num minutinho.”

118 Pensei: “Oh, que coisa! Ela não a pegou. Ela não a pegou. Que bom, que bom, que bom. Hope também não a recebeu, por isso tudo estará bem, porque ela a teria mencionado a mim.” Assim que me senti bem.

119 E então quando saí da igreja, me ocorreu de pensar: “E se ela a recebeu?” Vê? E não podia ouvir o que o Doutor Davis estava dizendo. Eu olhei do lado dela, e pensei: “Se talvez ela só está segurando para não falar, e vai me dizer umas verdades mesmo quando sair daqui por tê-la pedido.” E não podia ouvir o que o irmão Davis estava dizendo. E—e eu olhava do lado dela, e pensei: “Que coisa! Detesto deixá-la, mas… E eu—eu… a demonstração dos fatos certamente virá.”

120 Assim, após a igreja começamos a andar juntos pela rua, indo para casa, e—e assim fomos até o velho Ford. E de modo que o tempo todo a lua está brilhando forte, você sabe, olhei de lado e ela era bonita. Que coisa, eu olhava para ela e pensava: “Que coisa! Como gostaria de tê-la por esposa, mas suponho que não posso.”

121 E de modo que andei um pouco mais, você sabe, e olhei para ela de novo. Eu disse: “Como—como você se sente hoje à noite?”

Ela disse: “Ah! Estou bem.”

122 E paramos o velho Ford e começamos a sair, você sabe, pelo lado, virar a esquina e ir para a sua casa. E estava indo até à porta com ela. Eu pensei: “Sabe, ela provavelmente nem recebeu a carta, por isso é melhor esquecer. De qualquer modo eu terei outra semana de graça.” Por isso comecei a me sentir bem.

Ela disse: “Billy?”

Eu disse: “Sim.”

Ela disse: “Recebi sua carta.” Que coisa!

Eu disse: “Você recebeu?”

123 Ela disse: “Sim.” Bem, ela simplesmente continuou andando, não disse nenhuma palavra.

124 Pensei: “Mulher, me diz alguma coisa. Mande-me embora ou me diz o que você acha disso.” E eu disse: “Você—você a leu?”

Ela disse: “Sim.”

125 Que coisa! Você sabe como uma mulher pode manter você em suspense. Oh, eu—eu não falei isso com intenção de criticar, está vendo. Vê? Mas, de qualquer modo, você sabe, eu—eu pensei: “Porque você não diz alguma coisa?” Vê? E continuei. Eu disse: “Você a leu toda?”

E ela… [Espaço em branco na fita—Editor] “Sim.”

126 Assim estávamos quase à porta, e pensei: “Que coisa! Não me leve até à varanda, porque talvez não possa correr mais do que eles, por isso me diga agora.” E assim continuei esperando.

127 E ela disse: “Billy, eu gostaria muito de fazer isso.” Ela disse: “Eu lhe amo.” Deus abençoe a sua alma agora, ela está na Glória. Ela disse: “Eu lhe amo.” Disse: “Eu acho que devemos dizer ao nosso pai, aos pais a esse respeito. Você não acha?”

128 E eu disse: “Querida, ouça, vamos começar isto fazendo uma proposta de meio a meio.” Eu disse: “Eu direi ao seu pai se você disser à sua mãe.” Jogando a pior parte nas mãos dela, para começar.

Ela disse: “Muito bem, se você disser ao papai primeiro.”

Eu disse: “Está bem, direi a ele no domingo à noite.”

129 E assim a noite de domingo veio, eu a trouxe para casa, da igreja, e eu… Ela ficava olhando para mim. E eu olhei, e era nove e meia, era hora de eu ir. De modo que Charlie estava sentado à sua escrivaninha, datilografando. E a Sra. Brumbach sentada no canto, fazendo um tipo de crochê, você sabe, ou aqueles pequenos aros que você coloca em cima de coisas, você sabe. Não sei como se chama isso. E então ela estava fazendo um pouco daquele tipo de coisa. E Hope ficava olhando para mim, e ela franzia a sobrancelha para mim, você sabe, dando sinal em direção ao pai dela. E eu… Oh, que coisa! Eu pensei: “E se ele disser: ‘Não’?” Assim comecei a andar em direção à porta, eu disse: “Bem, acho que é melhor eu ir.”

130 E fui até à porta, e—e ela começou a vir até à porta comigo. Ela sempre vinha até à porta para me dizer “boa noite.” Assim que comecei a ir em direção da porta, e ela disse: “Você não vai dizer para ele?”

131 E eu disse: “Quê!” Eu disse: “Com toda certeza estou tentando, mas eu—eu—eu não sei como vou fazer isso.”

132 E ela disse: “Eu volto e você o chama para fora.” De maneira que ela voltou e me deixou em pé lá.

E eu disse: “Charlie.”

E virou e disse: “Sim, Bill?”

Eu disse: “Poderia conversar com o senhor só um minuto?”

133 Ele disse: “Claro.” Ele se virou da sua escrivaninha. Sra. Brumbach olhou para ele, olhou para Hope, e olhou para mim.

E eu disse: “O senhor faria o favor de sair à varanda?”

134 E ele disse: “Sim, eu sairei.” De modo que ele saiu para a varanda.

Eu disse: “Com certeza é uma noite bonita, não é?”

E ele disse: “Sim, é.”

Eu disse: “Com certeza tem feito calor.”

“Certamente que tem,” ele olhou para mim.

135 Eu disse: “Tenho trabalhado tanto,” eu disse, “sabe, até minhas mãos estão criando calos.”

Ele disse: “Pode se casar com ela, Bill.” Oh, que coisa! “Pode se casar com ela.”

136 Pensei: “Oh, assim é melhor.” Eu disse: “O senhor realmente fala a sério, Charlie?” Ele disse… Eu disse: “Charlie, olhe, sei que ela é sua filha, e o senhor tem dinheiro.”

137 E ele estendeu sua mão e me pegou pela mão. Ele disse: “Bill, ouça, dinheiro não é tudo na vida humana.” Ele disse…

138 Eu disse: “Charlie, eu—eu só ganho vinte centavos por hora, mas eu a amo e ela me ama. E eu lhe prometo, Charlie, que trabalharei até que estes… os calos se gastem das minhas mãos, para ganhar o pão para ela. Serei o mais fiel que posso para ela.”

139 Ele disse: “Acredito, Bill.” Ele disse: “Ouça, Bill, quero lhe contar.” Disse: “Sabe, felicidades, não se necessita completamente de dinheiro para ser feliz.” Disse: “Apenas seja bom para ela. E sei que você será.”

Eu disse: “Obrigado, Charlie. Farei isso com certeza.”

140 Então foi a vez dela de dizer à mamãe. Não sei como ela se arranjou, mas nós nos casamos.

141 Então, quando nos casamos, não tínhamos nada, nada para tomarmos conta de casa. Acho que tínhamos dois ou três dólares. Assim alugamos uma casa, custava-nos quatro dólares por mês. Era um lugar pequeno e velho de dois cômodos. E alguém nos deu uma velha cama de armar. Eu me pergunto se alguém já viu uma velha cama de armar? E nos deram isso. E fui até à Sears and Roebucks [Nome de uma rede de lojas—Tradutor] e comprei uma mesinha com quatro cadeiras, e—e não era pintada, você sabe, e compramos essa à prestação. E assim, então fui ao Sr. Weber, um negociante de ferro velho, e comprei um fogão. Paguei setenta e cinco centavos por ele, e um dólar e qualquer coisa pelas bocas para ele. Começamos a tomar conta de casa. Eu me lembro de tomar e pintar um trevo nas cadeiras, quando as pintei. E, oh, éramos felizes, entretanto. Tínhamos um ao outro, por isso que isso era o necessário. E Deus, por sua misericórdia e bondade, éramos o casalzinho mais feliz que poderia estar na terra.

142 Descobri isto, que felicidade não consiste em quanto dos bens do mundo você possui, mas em quão satisfeito você está com a porção que coube a você.

143 E, depois de um tempo, Deus desceu e abençoou nosso pequeno lar, tivemos um menininho. O seu nome era Billy Paul, no culto aqui agora mesmo. E um pouco depois daquele tempo, mais ou menos onze meses, Ele nos abençoou de novo com uma menininha chamada Sharon Rose, tomado da palavra “A Rosa de Sarom.”

144 E eu me lembro que um dia eu tinha economizado meu dinheiro e ia tirar umas feriazinhas, indo a um lugar, o Lago Paw Paw, para pescar. E no caminho de volta…

145 E durante este tempo… Estou omitindo minha conversão. Fui convertido. E fui ordenado pelo Doutor Roy Davis, na Igreja Batista Missionária, e tinha me tornado um ministro e tenho o Tabernáculo em que agora prego em Jeffersonville. E estava pastoreando a igrejinha. E eu…

146 Sem dinheiro, pastoreei a igreja dezessete anos e nunca peguei um centavo. E não cria em tom-… Nem sequer havia um prato de ofertas nela. E os dízimos que tinha de trabalho, etc., tinha uma caixinha na parte de trás do prédio, dizia, uma plaquinha nela: “Quando o fizestes a um destes pequeninos, a Mim o fizestes.” E então foi assim que a igreja foi paga. Tínhamos um empréstimo de dez anos para pagá-la, e foi paga em menos de dois anos. E eu nunca tomei uma oferta de qualquer tipo.

147 E então eu tinha, ah, uns dólares economizados para minhas férias. Ela trabalhou, também, na Fábrica de Camisas Fine. Uma moça adorável, encantadora. E a sua sepultura provavelmente está coberta de neve hoje, mas ela ainda está em meu coração. E lembro-me quando ela tinha trabalhado tanto para me ajudar a ter dinheiro suficiente para ir até este lago para pescar.

148 E quando eu estava voltando do lago, comecei a ver, entrando em Mishawaka e South Bend, Indiana, e comecei a notar carros que tinham letreiros na traseira, diziam: “Só Jesus.” E pensei: “Isso parece estranho: ‘Só Jesus.’” E comecei a notar aqueles letreiros. E estava em toda parte, de bicicletas, Fords, Cadillacs, e tudo mais, “Só Jesus.” E acompanhei alguns deles, e vieram a uma grande igreja. E descobri que eles eram Pentecostais.

149 Eu tinha ouvido falar de Pentecostais, mas eram um bando de “roladores santos que deitavam no chão e punham espuma pela boca,” e tudo o que tinham me contado a respeito. Por isso eu não queria nada a ver com isso.

150 De maneira que os ouvi todos comportando-se agitadamente aí, e pensei: “Creio que vou dar uma entradinha.” Assim parei meu velho Ford e entrei, e cantavam como você nunca ouviu na sua vida! E descobri que haviam duas grandes igrejas, uma delas chamada uma P.A. de J.C., e a P.A. de W., pode ser que muitos de vocês se lembrem daquelas velhas organi-… Acho que são unidas, chamadas agora, e chamadas a igreja Pentecostal Unida. Bem, ouvi alguns dos seus mestres. E estavam em pé aí, ah, estavam ensinando a respeito de Jesus e quão grande foi Ele, e quão grande foi tudo, e a respeito de um “batismo do Espírito Santo.” Pensei: “Do que estão falando?”

151 E, passado um pouco, alguém se levantou rapidamente e começou a falar em línguas. Ora, nunca ouvi algo assim na minha vida. E aqui veio uma mulher por aí correndo o mais que podia. Então todos eles se levantaram e começaram a correr. E pensei: “Ora, que coisa, com certeza eles não tem modos na igreja!” Berrando e gritando e portando-se assim, pensei: “Que bando!” Mas, sabe, algo a respeito disso, quanto mais ficava sentado aí, mais eu gostava. Havia algo que parecia muito bom. E comecei a observá-los. E continuou. Pensei: “Serei paciente com eles por um pouco, porque eu… estou perto da porta. Se alguma coisa começar a ser irracional, sairei correndo pela porta. Sei onde o meu carro está estacionado, pertinho da esquina.”

152 E comecei a ouvir alguns daqueles pregadores, eram eruditos e estudantes. Ora, pensei: “Tudo bem.”

153 Assim a hora do jantar chegou, e disseram: “Venham todos jantar.”

154 Mas pensei: “Espere um pouco. Tenho um dólar e setenta e cinco centavos para voltar para casa, e eu…” Era todo o dinheiro que tinha para gasolina. Gastaria isso tudo para me levar até em casa. E tinha meu velho Ford, era um bom Ford antigo. Não era desviado, era exatamente como este aqui fora, a não ser que bem usado. E ele… eu realmente cria que aquele Ford ia trinta milhas [Quarenta e oito quilômetros—Tradutor] por hora, mas claro que era quinze nesta direção e quinze nesta direção. Você vê, juntando, você tem trinta. E assim ele… Pensei: “Pois, aquela noite acho que eu ia sair e depois de…” Eu ia ficar para o culto da noite.

155 E, ah!, ele disse: “Todos os pregadores, sem levar em conta a denominação, venham à plataforma.” Pois, havia uns duzentos de nós lá em cima, eu subi. E assim ele disse: “Agora, não temos tempo para todos vocês pregarem.” Ele disse: “Apenas passe por aqui e diga quem é você e de onde é.”

156 Pois, minha hora chegou, eu disse: “William Branham, batista. Jeffersonville, Indiana.” Passei por aí.

157 Eu ouvia todo o resto deles se designarem: “Pentecostal, pentecostal, pentecostal, P.A. de W., P.A.J.C., P.A.W., P…”

158 Eu passei por aí. Pensei: “Pois, acho que eu sou o patinho feio.” Assim eu me sentei, esperei.

159 E, aquele dia, eles tinham bons pregadores jovens aí, e eles tinham pregado poderosamente. E então eles disseram: “Aquele que vai trazer a mensagem esta noite é…” Creio que o chamaram: “Ancião.” E os ministros deles, em vez de “Reverendo,” era “Ancião.” E trouxeram um homem velho de cor aí, e ele tinha um destes casacos antigos de pregador. Acho que você nunca viu um. Longa cauda de pombo na parte traseira, você sabe, com um gola de veludo, e ele tinha somente uma bordinha branca de cabelo em volta da cabeça. Coitado do velho, ele veio deste jeito. E ele ficou em pé lá e ele se virou. E onde todos os pregadores tinham pregado sobre Jesus e o grande… quão grande Ele era, etc., aquele velho tomou seu tópico de lá de Jó. “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra, ou quando as estrelas da alva cantavam, e os Filhos de Deus rejubilavam?”

160 E o coitado, velho, pensei: “Por que não puseram alguns daqueles jovens lá em cima para pregar?” Grande… o lugar estava lotado e apertado. E pensei: “Por que eles não fizeram isso?”

161 Assim então este velho, em vez de pregar o que estava acontecendo aqui na terra, ele começou a pregar o que estava acontecendo no Céu todo o tempo. Pois, ele começou com Ele no começo, no princípio do tempo, e trouxe-O de volta na Segunda Vinda pelo arco-íris horizontal. Ora, eu nunca ouvi tal pregação em minha vida! Mais ou menos naquela hora o Espírito caiu nele, ele pulou mais ou menos desta altura e bateu um calcanhar contra o outro, jogou os ombros para trás e foi se dobrando pela plataforma, disse: “Vocês não tem bastante espaço aqui em cima para eu pregar.” E ele tinha mais espaço do que eu tenho aqui.

162 Pensei: “Se Isso fará um velho portar-se assim, o que faria se caísse em mim?” Eu—eu pensei: “Talvez eu precise um pouco Disso.” Ora, ele veio aqui, eu tive tanta pena do velho. Mas, quando ele se foi, eu tinha pena mim mesmo. E olhei ele descer daí.

163 Eu saí aquela noite, e pensei: “Agora, na manhã seguinte não vou deixar ninguém saber onde, quem sou.” Assim eu fui, e aquela noite eu passei minha calça. Tomei o… fui ao campo de milho para dormir, e fui e comprei uns pãezinhos amanhecidos. Você… Comprei uma porção deles por cinco centavos. Havia um hidrante lá embaixo, consegui um pouco de água. Assim eu sabia que isso duraria para mim um pouco de tempo, assim consegui para mim um pouco de água e a bebi, e fui e comi meus pãezinhos. E voltei e tomei mais água. Fui ao campo de milho, tomei os dois assentos e coloquei minha calça tecida de algodão listrada aí, passei-as no assento.

164 E, aquela noite, orei quase toda a noite. Eu disse: “Senhor, o que é isto em que entrei? Nunca vi um povo tão religioso em minha vida.” E eu disse: “Ajuda-me a saber o que é tudo isto.”

165 E na próxima manhã cheguei lá. Eles nos convidaram para o café da manhã. Claro, eu não queria ir comer com eles, porque eu não tinha nada para pôr na oferta. E eu simplesmente voltei. E na manhã seguinte quando entrei, ora (comi alguns dos meus pãezinhos), e me sentei. E eles tinham um microfone. E eu nunca tinha visto um microfone antes, e eu tinha medo daquela coisa. Assim eles… E ele tinha um fiozinho pendurado lá em cima, e descia. Como um daqueles microfones dependurados. E ele disse: “Ontem à noite, na plataforma, havia um pregador jovem aqui, um batista.”

Pensei: “Ó não, eu vou levar uma boa agora.”

166 E ele disse: “Ele era o pregador mais jovem na plataforma. Seu sobrenome era Branham. Alguém sabe onde ele está? Diga-lhe que venha, queremos que ele traga a mensagem da manhã.”

167 Oh, que coisa! Eu estava usando uma camiseta, e calça tecida de algodão listrada, você sabe. E nós batistas cremos que você tem que usar terno para ir no púlpito, você sabe. Assim… E eu—eu simplesmente fiquei sentado bem quieto. E durante o tempo… Eles a tiveram lá no norte naquele tempo porque (a convenção internacional deles) as pessoas de cor não poderiam vir ao sul. Eles tinham os negros aí, e eu era do sul, era formal ainda, você vê, pensava que eu fosse um pouco melhor que alguma outra pessoa. E aconteceu de ser que naquela manhã sentado bem ao meu lado, estava um—um homem de cor. Assim estava sentado e olhava para ele. Pensei: “Pois, ele é um irmão.”

168 E ele disse: “Alguém sabe onde William Branham está?” Eu abaixei-me no assento deste jeito. Assim ele disse, anunciou a segunda vez, disse: “Alguém lá fora” (ele puxou este pequeno microfone) “sabe onde William Branham está? Diga-lhe que queremos ele na plataforma para a mensagem da manhã. Ele é um pregador batista do sul de Indiana.”

169 Simplesmente fiquei sentado bem quieto abaixado, você sabe. Ninguém me conhecia, afinal. Aquele homem de cor olhou para mim e disse: “O senhor sabe onde ele está?”

170 Pensei. Ou eu—eu tinha que mentir ou fazer algo. Assim eu disse: “Abaixe-se aqui.”

Ele disse: “Sim, senhor?”

Eu disse: “Quero dizer-lhe algo.” Eu disse: “Eu—eu sou ele.”

Ele disse: “Pois, suba lá.”

171 E eu disse: “Não, não posso. Vê,” eu disse: “estou usando esta calça de algodão velhinha listrada e esta camisetinha.” Eu disse: “Eu não poderia subir lá.”

172 Ele disse: “Esse povo não se importa como você se veste. Suba lá.” Eu disse: “Não, não.” Eu disse: “Fique quieto, não diga nada agora.”

173 E eles voltaram ao fone num minuto, disseram: “Alguém sabe onde William Branham está?”

174 Ele disse: “Aqui está! Aqui está! Aqui está!” Oh, que coisa! Aí eu subi usando aquela camisetinha, você sabe. E aqui eu…

175 Ele disse: “Suba, Sr. Branham, queremos que traga a mensagem.” Oh, que coisa, na frente de todos aqueles pregadores, todo aquele povo! E eu subi de mansinho, você sabe. Meu rosto vermelho, e minhas orelhas queimando. E subi de mansinho, calça de algodão listrada e camiseta, pregador, pregador batista subindo ao microfone, nunca vi um antes, você vê.

176 E fiquei em pé lá em cima, eu disse: “Pois, eu—eu—eu não sei não.” Eu estava atrapalhando-me, muito nervoso, você sabe. E—e cheguei em mais ou menos Lucas 16, e pensei: “Pois bem, agora…” E eu—eu comecei no assunto: “E no Hades ele levantou os olhos, e chorou.” E eu… Assim eu—eu comecei a pregar, você sabe, e comecei a pregar e me senti um pouco melhor. E eu disse: “O rico estava no Hades, e ele chorou.” Essas três palavras pequenas, como tenho muitos sermões assim: “Crês Tu Nisto,” e “Fale à Rocha,” você me ouviu pregar isso. E eu tinha: “E então ele chorou.” E eu disse: “Não há crianças lá, certamente que não no inferno. Então ele chorou.” Eu disse: “Não há flores lá. Então ele chorou. Não há Deus lá. Então ele chorou. Não há Cristo lá. Então ele chorou.” Então eu chorei. Algo me pegou. Que coisa! Oh, que coisa! Depois, não sei o que aconteceu. Quando mais ou menos voltei a mim mesmo, eu estava em pé lá fora. Aquele povo começou a berrar e gritar e chorar, e eu, nós tivemos um culto tremendo.

177 Quando saí para fora houve um homem que aproximou-se de mim com um chapéu bem grande de Texas, botões, aproximou-se, disse: “Eu sou Ancião Fulano.” Pregador, botas de vaqueiro, roupa de vaqueiro.

Pensei: “Pois, minha calça de algodão listrada não é tão má, então.”

178 Disse: “Quero que o senhor venha ao Texas e realize um reavivamento para mim.”

179 “Sim, deixe-me marcar isso, senhor.” E eu marquei assim.

180 Aí aproximou-se um homem usando este tipo de calça de golfe [Calça curta pouco abaixo dos joelhos—Tradutor], a qual usava-se para jogar golfe, você sabe, tinha aquela calça abaloada. Ele disse: “Sou Ancião Fulano de Miami.” “Eu gostaria…”

181 Pensei: “Pois, talvez o vestir não é tão importante.” Olhei, e pensei: “Tudo bem.

182 Assim peguei estas coisas, e fui para casa. Minha esposa se encontrou comigo, ela disse: “Sobre o que você parece estar tão contente, Billy?”

183 Eu disse: “Oh, eu conheci o creme do leite. Que coisa, é o melhor que você já viu. Aquele povo não tem vergonha da sua religião.” E, oh, eu contei tudo para ela. E eu disse: “E olhe aqui, meu bem, uma lista inteira de convites. Aquele povo!”

Ela disse: “Eles não são roladores santos, são?”

184 Eu disse: “Não sei que tipo de roladores eles são, mas eles têm algo que eu precisava.” Vê? Eu disse: “Essa—essa é uma coisa de que estou certo.” Eu disse: “Vi um velho, de noventa anos de idade, voltar a ser jovem de novo.” Eu disse: “Nunca ouvi tal pregação em minha vida. Ora, nunca vi um pregador batista pregar assim.” Eu disse: “Eles pregam até ficar sem fôlego, e dobram o joelho a prumo com o chão, levantam de novo, recobram seu fôlego. Você pode ouvi-los à dois quarteirões de distância, ainda pregando.” E eu disse: “Eu—eu nunca ouvi tal em minha vida.” E eu disse: “Eles falam numa língua desconhecida, e o outro diz sobre o que estão falando. Nunca ouvi tal em minha vida!” Eu disse: “Você irá comigo?”

185 Ela disse: “Meu bem, quando eu me casei com você, eu ficarei com você até que a morte nos separe.” Ela disse: “Eu irei.” Ela disse: “Agora, contaremos aos nossos pais.”

186 E eu disse: “Bem, você conta para sua mamãe e eu contarei para minha mãe.” Assim nós… Eu fui e contei para mamãe.”

187 Mamãe disse: “Pois, claro Billy. O que quer que o Senhor chamou você para fazer, vá fazê-lo.”

188 E assim a Sra. Brumbach pediu que eu fosse até sua casa. Fui. Ela disse: “Sobre o que é isto que você está falando?”

189 E eu disse: “Oh, Sra. Brumbach,” eu disse, “mas vocês nunca viram tal povo.”

Ela disse: “Fique quieto! Fique quieto!”

Eu disse: “Sim, senhora.” Eu disse: “Desculpe-me.”

E ela disse: “Você sabe que isso é um bando de roladores santos?”

190 Eu disse: “Não, senhora, eu não sabia disso.” Eu disse: “Eles—eles sem dúvida são pessoas boas.”

191 Ela disse: “Que idéia! Você acha que levaria minha filha lá no meio de uma coisa dessa!” Disse: “Ridículo! Isso não é nada senão lixo que as outras igrejas jogaram para fora.” Ela disse: “De fato! Você não vai levar minha filha para fora desse jeito.”

192 E eu disse: “Mas, a senhora sabe, Sra. Brumbach, no fundo de meu coração eu sinto que o Senhor quer que eu vá com esse povo.”

193 Ela disse: “Você volte à sua igreja até que eles tenham meios de pagar uma casa pastoral para você, e porte-se como um homem que tem um pouco de bom senso.” Disse: “Você não vai levar minha filha por aí.”

Eu disse: “Sim, senhora.” Eu me virei e saí.

194 E Hope começou a chorar. Ela saiu, ela disse: “Billy, indiferente ao que mamãe diz, eu ficarei com você.” Deus a abençoe!

E eu disse: “Oh, não tem problema, querida.”

195 E eu simplesmente deixei passar. Ela não deixava sua filha ir com tal povo como aquele porque “Não era nada senão lixo.” E assim eu mais ou menos deixei passar. Foi o pior erro que eu já cometi na minha vida, um dos piores.

196 Um pouco mais tarde, poucos anos depois, os filhos vieram. E um dia nós estávamos… Uma enchente veio, em 1937. Veio uma enchente. E nosso… Eu estava patrulhando naquele tempo e eu estava tentando da melhor maneira, trazer o povo para fora da enchente, casas caindo aos pedaços. E minha própria esposa adoentou-se, e ela estava muito, muito doente com pneumonia. E eles a levaram… O hospital estava tão cheio que não podíamos pô-la aí, por isso a levamos para o—o governo onde tinham um salão lá fora. E assim então eles me chamaram para voltar. E eu sempre morei no rio, e um barqueiro muito bom, assim eu estava tentando pegar as pessoas, salvá-las da enchente. E então eu… um…

197 Eles me chamaram, disseram: “Há uma casa lá na Rua Chestnut, está para cair. Há uma mãe e um grupo de crianças lá dentro,” disseram, “se você acha que seu barco, seu motor pode chegar a eles.” Eu disse: “Bem, farei tudo o que eu puder.”

198 E eu, varando aquelas ondas. O dique tinha quebrado lá em cima, e, oh, que coisa, o… simplesmente arrastando a cidade. E eu dava tudo que podia nele, e finalmente através dos becos e através dos lugares. E cheguei lá perto de onde o velho dique estava, a água correndo por aí. E ouvi alguém gritar, e vi uma mãe em pé na varanda. E havia aquelas grandes ondas passando por aí assim. Pois, subi neste lado o mais que pude, e peguei a corrente de água e voltei e cheguei àquele lado. Eu tinha conseguido parar meu barco bem a tempo para amarrá-lo em volta do pilar, do poste da porta, poste, ou poste da varanda. E entrei correndo e peguei a mãe e a pus aí dentro, e duas ou três das crianças. E desamarrei meu barco e levei-a à… de volta. Saí lá por baixo, e levei-a à margem, mais ou menos uma milha e meia [Dois quilômetros e meio—Tradutor] de um lado ao outro da cidade, até levá-la à margem. E então quando cheguei lá, ela tinha desmaiado. E ela tinha começado… ela estava gritando: “Meu nenê! Meu nenê!”

199 Pois, eu pensei que ela quis dizer que ela tinha deixado o nenê na casa. Oh, que coisa! Voltei de novo enquanto eles estavam tentando cuidar dela. E, descobri, era… ou ela estava querendo saber onde seu nenê estava aí. Havia um menininho de mais ou menos três anos de idade, e eu pensei que ela quis dizer um nenezinho de peito ou algo assim.

200 Assim eu voltei e cheguei lá. E quando cheguei com aquele barco e entrei e não pude achar nenhum nenê, e a varanda soltou-se e a casa caiu. E eu corri bem depressa e agarrei o—o pedaço que estava flutuando meu barco, entrei no barco e puxei aquilo e soltei-o.

201 E me levou fora na corrente do rio principal então. E eram mais ou menos onze e meia da noite, e simplesmente caindo saraiva miúda e nevando. E agarrei no cordão de partida e tentei puxar o barco, e não quis pegar, e tentei e não quis pegar, e tentei de novo. Chegando mais adiante naquela corrente, a cachoeira bem na minha frente. E eu estava tentando mesmo, e pensei: “Oh, que coisa, aqui—aqui está meu fim! Esse é meu fim!” E eu estava tentando muito mesmo. E eu disse: “Senhor, por favor, não me deixe morrer assim,” e eu puxava e puxava.

202 E voltou a mim: “E aquele monte de lixo ao qual você não quis ir? Está vendo?” Sim.

203 Eu pus minha mão no barco de novo, e eu disse: “Deus, tem misericórdia de mim. Não me deixes deixar minha esposa e nenê assim, e eles estão lá doentes! Por favor!” E eu continuava puxando assim, e não queria pegar. E eu podia ouvir o rugido lá em baixo, porque eu… Só uns minutos, e, oh, que coisa, isso seria o fim. E eu disse: “Senhor se Tu me perdoares, eu Te prometo que farei qualquer coisa.” Ajoelhei-me naquele barco lá e a saraiva miúda batendo em meu rosto, eu disse: “Farei qualquer coisa que Tu quiseres que eu faça.” E puxei de novo, e pegou. E acelerei o mais que pude, e finalmente cheguei à margem.

204 E voltei para achar a camioneta, a camioneta de patrulha. E pensei em… Havia alguns deles que disseram: “Ei, o governo acaba de ser arrastado pela água.” Minha esposa e nenê lá dentro, os dois nenês.

205 E parti para o governo o mais rápido que pude, e a água tinha cerca de quinze pés [Quatro metros e meio—Tradutor] de fundura por tudo lá: E havia um major lá, e eu disse: “Major, o que aconteceu com o hospital?”

Disse: “Agora, não se preocupe. O senhor tem alguém nele?”

E eu disse: “Sim, a—a esposa doente e dois nenês.”

206 Ele disse: “Todos escaparam.” Disse: “Estão num trem de carga e estão indo para Charlestown.”

207 Eu corri, peguei meu barco e… ou peguei meu carro, e meu barco na parte traseira dele, e corri lá para… E então os riachos tinham aumentado até quase duas milhas e meia ou três [Quatro ou cinco quilômetros—Tradutor] de largura. E toda a noite eu tentei… Alguns deles disseram: “O vagão, o trem de carga, foi arrastado da linha férrea lá na ponte de cavaletes.”

208 Pois, eu me encontrei abandonado numa pequena ilha, fiquei lá três dias. Eu tive bastante tempo para pensar se Aquilo era lixo ou não. Simplesmente repetindo: “Onde está minha esposa?”

209 Finalmente quando achei-a, em uns poucos dias depois que eu saí e atravessei, ela estava longe em Columbus, Indiana, no Auditório Batista onde eles tinham feito um—um tipo de hospital, quartos para os doentes em pequenas camas do governo. E corri até ela o mais que pude, tentado encontrar onde ela estava, gritando: “Hope! Hope! Hope!” E olhei, e aí ela estava deitada numa caminha, e tuberculose tinha entrado nela.

Ela levantou sua mãozinha ossuda, e ela disse: “Billy.”

E corri até ela, e eu disse: “Hope, meu bem.”

Ela disse: “Eu me pareço horrível, não é?”

Eu disse: “Não, meu bem, você se parece bem.”

210 Por uns seis meses nós trabalhamos com tudo o que estava em nós, para tentar salvar a vida dela, mas ela continuava ficando cada vez pior.

211 Um dia eu estava patrulhando e eu tinha meu rádio ligado, e pensei que ouvi dizer, fazer uma chamada no rádio, disse: “Para William Branham, eles querem o senhor no hospital imediatamente, esposa morrendo.” Apressei-me de volta ao hospital tão rapidamente como pude, liguei a luz vermelha e a sirene, e fui. E então eu—eu cheguei ao hospital e parei, entrei correndo. Passando pelo—pelo hospital, eu vi um colega meu com quem eu pescava, corríamos juntos quando meninos. Sam Adair.

212 O Doutor Sam Adair; é ele a quem a visão veio há pouco tempo e lhe disse sobre a clínica. E ele disse, se alguém duvidou da visão, simplesmente o chame a cobrar, se quiser saber se foi certo ou não.

213 E assim então aí ele saiu assim, e ele tinha seu chapéu na mão. Ele olhou para mim e simplesmente começou a chorar. E eu corri até ele, joguei meus braços em volta dele. Ele me abraçou, disse: “Billy, ela está morrendo.” Ele disse: “Sinto muito. Fiz tudo o que pude, tenho tido especialistas e tudo mais.”

Eu disse: “Sam, certamente ela não está morrendo!”

Disse: “Sim, ela está morrendo.”

E ele disse: “Não entre aí, Bill.”

E eu disse: “Tenho que entrar, Sam.”

E ele disse: “Não entre. Por favor, não faça isso.”

Eu disse: “Deixe-me entrar.”

Disse: “Eu vou com você.”

214 Eu disse: “Não, você fique aqui fora. Eu quero ficar com ela nos últimos minutos dela.”

Disse: “Ela está inconsciente.”

215 Eu entrei no quarto. E a enfermeira estava sentada aí, e ela estava chorando porque ela e Hope eram companheiras de escola. E assim eu olhei, e ela começou a chorar, levantou sua mão e começou a ir-se daí.

216 E olhei para ela, a sacudi. Aí ela estava, ela tinha ido de cerca de cento e vinte libras a cerca de sessenta [Cinquenta e cinco quilos a cerca de vinte e sete—Tradutor]. E eu—eu a sacudi. E se eu viver até completar cem anos de idade, eu nunca me esquecerei do que aconteceu. Ela se virou, e aqueles olhos bem grandes e bonitos olharam para mim. Ela sorriu. Ela disse: “Por que você me chamou de volta Billy?”

Eu disse: “Meu bem, acabo de receber a… transmissão.”

217 Eu tinha que trabalhar. Estávamos muito endividados e uma conta do médico de centenas de dólares, e nada para pagá-la. E eu tinha que trabalhar. E eu a duas ou três vezes por dia, e cada noite, e naquele tempo quando ela estava naquela condição

Eu disse: “O que você quer dizer, ‘Chamar’ você de ‘volta’?”

218 Ela disse: “Bill, você tem pregado sobre Isso, você tem falado sobre Isso, mas você não faz idéia o que é.”

Eu disse: “De que você está falando?”

219 Ela disse: “O Céu.” Ela disse: “Olhe,” ela disse, “eu estava sendo escoltada ao Lar por algumas pessoas, homens ou mulheres ou algo que estava vestido de branco.” E ela disse: “Eu estava sossegada e em paz.” Disse: “Grandes pássaros, bonitos, voando de árvore em árvore.” Ela disse: “Não penses que estou fora de mim.” Ela disse: “Billy, vou lhe dizer nosso erro.” Ela disse: “Sente-se.” Eu não me sentei, ajoelhei-me, tomei a mão dela. Ela disse: “Você sabe onde está nosso erro?”

E eu disse: “Sim, querida, eu sei.”

220 Ela disse: “Nunca devíamos ter escutado mamãe. Aquele povo estava certo.”

E eu disse: “Eu sei.”

221 Ela disse: “Prometa-me isto, que você irá àquele povo,” disse, “porque eles estão certos.” E ela disse: “Crie meus filhos assim.” E eu… Ela disse: “Eu quero dizer algo para você.” Ela disse: “Estou morrendo, mas,” disse, “é… eu não—eu não temo morrer.” Disse: “É—é tão belo.” Ela disse: “O único porém, eu não gosto de deixar você, Bill. E eu sei que você tem estas duas criancinhas para criar.” Ela disse: “Prometa-me que—que você não ficará solteiro e não deixará meus filhos serem levados de vento em popa.” Isso foi uma coisa sensata para uma mãe de vinte e um anos de idade.

E eu disse: “Eu não posso prometer isso, Hope.”

222 Ela disse: “Por favor, prometa-me.” Disse: “Uma coisa quero dizer-lhe.” Disse: “Você se lembra daquela espingarda?” Eu sou absolutamente doido por espingardas. E ela disse: “Você queria comprar aquela espingarda aquele dia e você não tinha bastante dinheiro para dar a entrada?”

Eu disse: “Sim.”

223 Ela disse: “Tenho poupado meu dinheiro, meus níqueis [Moedas de cinco centavos—Tradutor], para tentar dar aquela entrada naquela espingarda para você.” Ela disse: “Agora, quando isto estiver acabado, e você volte para casa, olhe na cama de abrir… ou na cama de armar, debaixo daquela folha de papel em cima, e você encontrará o dinheiro lá.” Ela disse: “Prometa-me que você comprará aquela espingarda.”

224 Você não sabe como eu me senti quando vi aquele dólar e setenta e cinco centavos (em moedas de cinco centavos) aí. Eu comprei a espingarda!

225 E ela disse: “Você se lembra daquela vez que você foi à cidade comprar-me um par de meias, e nós íamos a Fort Wayne?”

Eu disse: “Lembro.”

226 Eu tinha voltado de pescaria, e ela disse… Nós tínhamos que ir a Fort Wayne, eu tinha que pregar aquela noite. E ela disse: “Sabe, eu disse para você: ‘Há dois tipos diferentes.’” Um chamado “chiffon.” E o que é o outro, raion? Está certo? Raion e chiffon. Pois, seja qual for, chiffon era o melhor. Está certo? E ela disse: “Agora, compre-me uma de chiffon, no estilo.” Você sabe, aquele negócio que tem aquela coisinha na parte de trás de meia, na parte de cima? E eu não entendia de roupas de mulheres, assim eu…

227 E eu estava descendo a rua dizendo: “Chiffon, chiffon, chiffon, chiffon,” tentando continuar pensando, dizendo, “chiffon, chiffon, chiffon.”

Alguém disse: “Oi, Billy!”

228 Eu disse: “Ah, oi, oi.” “Chiffon, chiffon, chiffon, chiffon, chiffon.”

229 E cheguei à esquina e encontrei-me com o Sr. Spon. Ele disse: “Ei, Billy, você sabe que as percas [Tipo de peixe—Tradutor] estão mordendo agora lá no lado daquela última pilastra da ponte.”

Eu disse: “Certamente, isso é verdade?”

“Sim.”

230 Pensei agora, quando o deixei para trás: “O que era aquele negócio?” Esqueci.

231 Assim Thelma Ford, uma moça que eu conhecia, trabalhava na loja dos dez centavos. E eu sabia que eles vendiam meias para mulheres lá, por isso fui lá. Eu disse: “Oi, Thelma.”

E ela disse: “Oi, Billy. Como vai? Como está Hope?”

232 E eu disse: “Bem.” Eu disse: “Thelma, quero um par de meias curtas para Hope.”

Ela disse: “Hope não quer meias curtas.”

Eu disse: “Sim, senhorita, ela certamente quer.”

Disse: “Você quer dizer meias de senhoras.”

233 “Ah, claro,” eu disse, “é isso.” Pensei: “Oh, não, já mostrei minha ignorância.”

E ela disse: “Que tipo ela quer?”

Pensei: “Oh, não!” Eu disse: “Que tipo você tem?”

Ela disse: “Pois, temos raion.”

234 Eu não sabia a diferença. Raion, chiffon, tudo parecia o mesmo. Eu disse: “É essa que quero.” Ela disse… Eu disse: “Apronte-me um par delas, no estilo.” E ela… Isso está errado. O que é? Na moda. “Na moda.” E assim eu disse: “Apronte-me um par delas.”

235 E quando ela foi dá-las para mim foi só mais ou menos trinta centavos, vinte centavos ou trinta centavos, cerca de metade do preço. Pois, eu disse: “Dê-me dois pares delas.” Vê?

236 E voltei para casa, e eu disse: “Você sabe, meu bem, vocês mulheres vão pelas lojas por toda a cidade para achar preço barato.” Você sabe como você gosta de se gabar. E eu disse: “Mas aqui, olhe aqui, eu comprei dois pares pelo preço que você compra um par. Está vendo?” Eu disse: “O, essa—essa é minha habilidade pessoal.” Vê, eu disse—eu disse: “Você sabe, Thelma me vendeu estas.” Eu disse: “Talvez ela me deixou comprá-las pela metade do preço.”

Ela disse: “Você comprou chiffon?”

237 Eu disse: “Sim, senhora.” Tudo isso parecia o mesmo para mim, eu não sabia que havia diferença.

238 E ela me disse, ela disse: “Billy.” Eu achei estranho quando ela chegou a Fort Wayne, ela teve que comprar outro par de meias. Ela disse: “Eu as dei para sua mãe,” disse, “elas são para mulheres mais velhas.” Disse: “Desculpe-me por ter feito isso.”

E eu disse: “Oh, não tem problema, querida.”

239 E ela disse: “Agora, não—não viva solteiro.” E ela disse… Ela não sabia o que ia acontecer poucas horas de então. E eu segurei suas preciosas mãos enquanto os Anjos de Deus a levaram.

240 Fui para casa. Eu não sabia o que fazer. Eu me deitei lá à noite e ouvi… creio que foi um ratinho, estava na velha lareira onde tínhamos alguns papéis lá dentro. E fechei a porta com meu pé, e lá estava pendurado o quimono dela na parte de trás (e ela deitada lá embaixo naquele necrotério.) E depois de um pouco alguém me chamou, disse: “Billy!” E era o irmão Frank Broy. Ele disse: “Seu nenê está morrendo.”

Eu disse: “Meu nenê?”

241 Disse: “Sim, Sharon Rose.” Disse: “Doutor está lá agora, e disse: ‘Ela tem meningite tuberculosa, ela a pegou mamando da mãe dela.” E disse: “Ela está morrendo.”

242 Entrei em meu carro, fui para lá. E lá estava ela, a doçura. E a levaram às pressas ao hospital.

243 Eu fui vê-lo. Sam subiu e disse: “Billy, não entre nesse quarto, você tem que pensar em Billy Paul.” Disse: “Ela está morrendo.”

Eu disse: “Doutor, eu—eu tenho que ver meu nenê.”

244 Ele disse: “Não, você não pode entrar.” Disse: “Ela tem meningite, Billy, e você levaria isso ao Billy Paul.”

245 E eu esperei até que ele saiu. Eu não estava aguentando vê-la morrer, e a mãe dela deitada lá na casa funerária. Vou lhe contar, o caminho do prevaricador é áspero. E eu—eu fui, entrei de mansinho pela porta, e quando Sam saiu e a enfermeira saiu, desci ao porão. É um hospital pequenino. Ela estava num lugar isolado, e as moscas estavam em seus pequenos olhos. E eles tinham um pequeno… o que nós chamamos “obstáculo para pernilongos,” ou redinha sobre seus olhos. E ela… tendo pequenos espasmos, sua perninha gorda estava movendo-se para cima e para baixo assim, e suas mãozinhas, com aquele espasmo. E eu olhei, e ela era grandinha para ser engraçadinha, cerca de oito meses de idade.

246 E sua mãe a punha lá fora com sua roupa de três peças, você sabe, no jardim, quando eu me aproximava. E eu tocava a buzina, e ela dizia: “gu—gu, gu—gu,” estendendo as mãos para mim, você sabe.

247 E lá estava deitada minha querida, morrendo. Olhei para ela, e eu disse: “Sharry, você conhece papai? Você conhece papai, Sharry?” E quando ela olhou… Ela estava sofrendo tanto até que um daqueles pequenos olhos azuis bonitinhos cruzou. Quase me arrancou o coração.

248 Eu me ajoelhei, eu disse: “Senhor, o que tenho feito? Não tenho pregado o Evangelho nas esquinas, e tenho feito tudo o que eu sei fazer? Não me condenes por isto. Eu nunca chamei aquele povo de ‘lixo.’ Foi ela que chamou aquele povo de ‘lixo.’” Eu disse: “Sinto muito que tudo isto aconteceu. Perdoa-me. Não—não leves meu nenê.” E enquanto eu orava, parecia um preto… que um lençol ou um pano desceu. Eu sabia que Ele me tinha recusado.

249 Agora, aquele foi o tempo mais duro e o mais traiçoeiro da minha vida. Quando eu me levantei e olhei para ela, e pensei… Satanás pôs em minha mente: “Pois, você quer dizer que o tanto quanto você tem pregado, e a maneira que você tem vivido, e agora quando vem a seu próprio nenê, Ele recusará você?”

250 E eu disse: “Isso é correto. Se ele não puder salvar meu nenê, então eu não posso…” Parei. Eu—eu simplesmente não sabia o que fazer. E então eu disse isto, eu disse: “Senhor, Tu a deste para mim e Tu a tomaste, bendito seja o Nome do Senhor! Se Tu tomares a mim, ainda Te amarei.”

251 E eu pus minha mão sobre ela. Eu disse: “Deus te abençoe, querida. Papai queria criar você, com todo meu coração eu queria criá-la, e criá-la para amar ao Senhor. Mas os Anjos estão vindo para buscá-la, querida. Papai levará seu corpinho lá e o deitará nos braços de mamãe. Eu enterrarei você com ela. E algum dia papai se encontrará com vocês, você só espere lá em cima com mamãe.”

252 Quando a mãe dela estava morrendo, ela disse, últimas palavras que ela disse, ela disse: “Bill, fica no campo.”

253 Eu disse: “Eu…” Ela disse… eu disse: “Se eu estiver no campo quando Ele vier, juntarei a crianças e nós nos encontraremos. Se não, serei enterrado ao seu lado. E você vai ao lado direito da grande porta, e quando você vir todos eles entrar, fique em pé aí e comece a gritar: ‘Bill! Bill! Bill!’ realmente o mais alto que você puder. Eu me encontrarei com você lá.” Eu dei-lhe um beijo de despedida. Estou no campo de batalha hoje. Aquilo foi quase vinte anos atrás. Tenho meu encontro marcado com minha esposa, vou me encontrar com ela.

254 E levei o nenezinho, e quando morreu, e a pus nos braços da mãe, e a levamos lá ao cemitério. E fiquei lá para ouvir o irmão Smith, o pregador metodista que pregou no funeral: “Cinza à cinza, e pó ao pó.” (E pensei: “Coração ao coração.”) Lá ela se foi.

255 Não muito tempo depois daquilo, levei Billy Paul lá uma manhã. Ele era apenas um menino pequenininho. Ele era…

256 Essa é a razão por que ele se apega a mim e eu me apego a ele, eu tinha que ser não só papai mas também mamãe (os dois) para ele. Eu tomava a pequena mamadeira dele. Não tínhamos meios para ter fogo de noite para manter seu leite aquecido, e eu a colocava debaixo de minhas costas assim e a mantinha aquecida pelo calor de meu corpo.

257 Nós temos nos apegado como companheirões, e um destes dias quando eu sair do campo, quero entregar-lhe a Palavra e dizer: “Vai, Billy. Fique com Ela.” Algumas pessoas se perguntam porque tenho ele comigo todo o tempo. Não posso ficar sem ele. Ele está até casado, mas ainda eu me lembro que ela disse: “Fique com ele.” E temos nos apegado como companheirões.

258 Eu me lembro de andar pela cidade, e mamadeira debaixo de meu braço, ele começava a chorar. Uma noite ele estava—estava andando no quintal de trás onde simplesmente… (Quando ela estava para dar à luz a ele, ela estava sufocando, e eu… apenas uma moça, você sabe.) E eu andava de um lado para outro do velho carvalho no quintal de trás. E ele estava chorando querendo a mamãe dele, e eu não tinha mamãe para quem levá-lo. E eu o carregava, eu dizia: “O, querido.” Eu disse…

259 Ele disse: “Papai, onde está minha mamãe? O senhor pôs ela naquela terra?”

Eu disse: “Não, querido.” “Ela está bem, ela está lá no Céu.”

260 E ele disse algo aí, quase me matou uma tarde. Ele estava chorando, era tarde, ao entardecer, e eu estava carregando ele nas costas desse jeito, carregando ele no ombro e dando palmadinhas nele deste jeito. E ele disse: “Papai, por favor, vá buscar mamãe e traga ela aqui.”

E eu disse: “Meu bem, não posso buscar mamãe. Jesus…”

Disse: “Pois, diga para Jesus mandar-me minha mamãe. Eu quero ela.”

261 E eu disse: “Pois, querido, eu… eu e você vamos vê-la algum dia.”

E ele parou, disse: “Papai!”

E eu disse: “Sim?”

Disse: “Eu vi mamãe lá em cima naquela nuvem.”

262 Que coisa, quase me matou! Pensei: “Que coisa! ‘Vi mamãe lá em cima naquela nuvem.’” Eu justamente quase desmaiei. Abracei o menininho ao meu peito desse jeito, e simplesmente coloquei minha cabeça para baixo e entrei.

263 Dias passaram. Eu não pude me esquecer disso. Tentei trabalhar. Não podia voltar para casa, não era mais um lar. E eu queria ficar. Nós não tínhamos nada senão apenas aqueles velhos móveis arrebentados, mas era algo que ela e eu gostávamos juntos. Era um lar.

264 E eu me lembro que um dia eu estava tentando trabalhar no serviço público. Eu tinha subido para arrumar um velho secundário, estava pendurado, era muito cedo, de manhã. E eu subi nesta cruz. (E eu não podia entregar aquele nenê. Eu podia entender a morte de minha esposa, mas a morte daquele nenê, apenas tão pequeninha.) E eu estava lá, e estava cantando: “Numa colina lá longe, estava uma velha Cruz áspera.” E as linhas primárias corriam para baixo ao transformador e saíam às (você sabe) secundárias. E eu estava pendurado lá em cima nela. E aconteceu que olhei, e o sol estava saindo atrás de mim. E lá, minhas mãos estiradas, e o sinal daquela Cruz no—no lado do monte. Pensei: “Sim, foram meus pecados que puseram Ele lá.”

265 Eu disse: “Sharon, meu bem, papai quer tanto ver você, meu bem. Como eu gostaria de segurar você em meus braços de novo, você queridinha.” Eu fiquei fora de mim mesmo. Havia semanas. Tirei minha luva de borracha. Há dois mil e trezentos volts correndo bem ao meu lado. Tirei minha luva de borracha. Eu disse: “Deus, não gosto de fazer isto. Sou um covarde.” “Mas, Sharry, papai vai ver você e mamãe apenas em poucos minutos.” Comecei a tirar minha luva, para pôr minha mão nesses dois mil e trezentos. Isto quebraria… Pois, você nem sequer teria mais sangue em você. E assim eu—eu—eu comecei a tirar aquela luva, e algo aconteceu. Quando voltei a mim mesmo, eu estava sentado no chão com minhas mãos para cima deste jeito, ao meu rosto, chorando. Foi a misericórdia de Deus, ou eu não estaria tendo um culto de curas aqui, tenho certeza disso. Foi Ele protegendo Seu dom, não eu.

266 Comecei dando a volta na casa. Parei, guardei minhas ferramentas. E voltei. Eu disse: “Eu vou para casa.”

267 Comecei a ir em volta da casa, e apanhei a correspondência em casa, meio frio, e entrei. Nós tínhamos um cômodo pequeno, eu dormia numa caminha lá, e a geada começando a chegar, e aquele fogão velho. Peguei a correspondência e dei uma olhada na correspondência, e a primeira coisa nela foi a pequena poupança de Natal dela, oitenta centavos, “Senhorita Sharon Rose Branham.” Lá estava, tudo de volta outra vez.

268 Eu era guarda-florestal. Estendi a mão e tirei meu revólver, pistola, do coldre. Eu disse: “Senhor, eu—eu não posso aguentar mais isto, eu—eu estou morrendo. Eu—eu estou tão atormentado.” Puxei o cão de pistola para trás, pus na minha cabeça, ajoelhado lá naquela caminha, naquele quarto escuro. Eu disse: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu Nome. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade,” e enquanto tentava, e apertava aquele gatilho o mais que podia, eu dizia: “assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” E não disparava!

269 E pensei: “Ó Deus, Tu simplesmente estás me rasgando em pedaços? O que fiz? Tu nem sequer me deixas morrer.” E joguei a pistola no chão, e ela disparou e atirou no quarto. E eu disse: “Deus, porque eu não posso morrer e sair disto? Simplesmente não posso continuar mais. Tu tens que fazer algo para mim.” E eu caí e comecei a chorar lá em minha pequena, velha beliche suja.

270 E devo ter dormido. Não sei se eu estava dormindo ou o que aconteceu.

271 Sempre ansiei por estar no oeste. Eu sempre quis um daqueles chapéus. Meu pai domava cavalos em seus dias de jovem, e eu sempre quis um daqueles chapéus. E o irmão Demos Shakarian me comprou um ontem, o primeiro que tenho (já tive) assim, um daquele tipo de chapéu de oeste.

272 E pensei que estava descendo pela pradaria, cantando aquela canção: “Há uma roda na carroça que está quebrada, sinal na fazenda: ‘Vende-se.’” E enquanto eu seguia, notei uma velha carroça coberta, como um carroção da pradaria coberto com toldo, e a roda estava quebrada. Claro, isso representava minha família destruída. E à medida que eu me aproximei, olhei, e lá estava em pé uma—uma jovem muito bonita, mais ou menos vinte anos de idade, cabelos bem loiros e longos, olhos azuis, vestida de branco. Olhei para ela, eu disse: “Como vai você?” Continuei.

Ela disse: “Oi, papai.”

273 E virei para trás, eu disse: “Papai?” “Pois,” eu disse, “como, senhorita, você pode… eu posso ser seu pai quando você tem a minha idade.”

Ela disse: “Papai, o senhor simplesmente não sabe onde está.”

E eu disse: “O que você quer dizer?”

274 Ela disse: “Este é o Céu.” Disse: “Na terra eu era sua pequena Sharon.”

“Pois,” eu disse, “meu bem, você era apenas um nenezinho.”

275 Disse: “Papai, nenezinhos não são nenezinhos aqui, são imortais. Eles nunca ficam velhos ou nunca crescem.”

276 E eu disse: “Pois, Sharon, querida, você—você é uma moça bonita.”

Ela disse: “Mamãe está esperando o senhor.”

E eu disse: “Onde?”

Ela disse: “Em cima, em sua casa nova.”

277 E eu disse: “Casa nova?” Os Branhams são vagabundos, eles não tem casas, eles simplesmente… E eu disse: “Pois, eu nunca tive uma casa, querida.”

278 Ela disse: “Mas o senhor tem uma aqui em cima, papai.” Não quero ser criança, mas é simplesmente tão real para mim. [O irmão Branham chora—Editor] Quando começo a pensar nisto, tudo volta de novo. Disse: “O senhor tem uma aqui, papai.” Eu sei que tenho uma lá, algum dia irei a ela. Ela disse: “Onde está Billy Paul, meu irmão?”

279 E eu disse: “Pois, deixei ele na casa da Sra. Broy, há poucos minutos.”

Disse: “Mamãe quer ver o senhor.”

280 E virei-me e olhei, e havia palácios muito grandes, e a Glória de Deus subindo em volta deles. E eu ouvi um coro Angélico cantando: “Meu Lar, doce Lar.” Comecei a subir uma escada longa, correndo realmente o mais rápido que podia. E quando cheguei à porta, lá estava ela em pé, vestida de branco, aqueles cabelos pretos e longos caídos nas costas dela. Ela levantou os braços, como ela sempre fazia quando eu voltava para casa cansado do trabalho ou algo. Peguei-a pela mão, e eu disse: “Meu bem, eu vi Sharon lá embaixo.” Eu disse: “Ela se tornou uma moça bonita, não é?”

281 Ela disse: “Sim, Bill.” Ela disse: “Bill.” Ela pôs os braços em volta de mim, (e ela disse) apenas em volta de meus ombros, ela começou a me afagar, ela disse: “Pare de se preocupar comigo e com Sharon.”

Eu disse: “Meu bem, não posso evitar.”

282 Ela disse: “Agora, Sharon e eu estamos melhor do que você.” E disse: “Não se preocupe mais conosco. Você me promete?”

283 E eu disse: “Hope,” eu disse, “tenho achado muita falta de você e de Sharon, e Billy chora todo o tempo por você.” Eu disse: “Eu não sei o que fazer com ele.”

284 E ela disse: “Tudo estará bem, Bill.” Ela disse: “Simplesmente prometa-me que você não se preocupará mais.” E ela disse: “Você não quer sentar?” E olhei em volta e aí estava uma poltrona muito grande.

285 E eu me lembro que tentei comprar uma poltrona. Agora terminando. Tentei comprar uma poltrona uma vez. Nós só tínhamos aquelas velhas—velhas cadeiras comuns com assentos de madeira para aquele jogo de cozinha. Tínhamos que usá-las, as únicas cadeiras que tínhamos. E pudemos comprar uma destas poltronas que você empurra para trás, como um… Eu me esqueço do tipo de poltrona de descanso. E custou dezessete dólares, e podia-se pagar três dólares de entrada e um dólar por semana. E nós compramos uma. E, oh, quando eu chegava… Eu trabalhava o dia todo e pregava até a meia-noite pelas ruas e onde quer que eu pudesse pregar.

286 E—e um dia atrasei meus pagamentos. Não podíamos fazê-lo, e dia após dia passou, e finalmente um dia eles vieram e pegaram minha poltrona e a levaram embora. Aquela noite, nunca esquecerei, ela tinha uma torta de cerejas assada para mim. Coitadinha, ela—ela—ela sabia que isso me deixaria desapontado. E depois da janta eu disse: “Por que você está tão boazinha hoje, meu bem?”

287 E ela disse: “Olhe, eu pedi para os meninos da vizinhança para pegar minhocas para você. Você não acha que devemos descer ao rio e pescar um pouco?”

E eu disse: “Sim, mas…”

288 E ela começou a chorar. Eu sabia que havia algo errado. Eu tinha uma idéia porque eles já tinham mandado um aviso para mim que eles vinham buscá-la. E nós não podíamos fazer aquele pagamento de um dólar por semana. Nós não podíamos, apenas não tínhamos meios para fazê-lo. Ela me abraçou, e eu fui à porta e minha poltrona não estava aí.

289 Ela me disse Lá em cima, ela disse: “Você se lembra daquela poltrona, Bill?”

E eu disse: “Sim, meu bem, eu me lembro.”

Disse: “É nisso que você estava pensando, não é?”

“Sim.”

290 Disse: “Pois, eles não vão levar esta, esta já está paga.” Ela disse: “Sente-se só um minuto, quero falar com você.”

E eu disse: “Meu bem, eu não entendo isto.”

291 E ela disse: “Prometa-me, Billy, prometa-me que você não se preocupará mais. Você vai voltar agora.” E disse: “Promete-me que você não se preocupará.”

E eu disse: “Não posso fazer isso, Hope.”

292 E justamente naquela hora eu voltei a mi mesmo, estava escuro no quarto. Olhei em volta, e senti o braço dela em volta de mim. Eu disse: “Hope, você está aqui no quarto?”

293 Ela começou a me afagar. Ela disse: “Você vai fazer essa promessa para mim, Bill? Prometa-me que você não vai casar… preocupar-se mais.”

Eu disse: “Eu lhe prometo.”

294 E então quando ela me afagou duas ou três vezes, e ela desapareceu. Eu me levantei rapidamente e acendi a luz, olhei por toda a parte, ela tinha desaparecido. Mas ela só desapareceu do quarto. Ela não está morta, ela está vivendo ainda. Ela era uma Cristã.

295 Billy e eu fomos à sepultura aqui há pouco tempo, levando uma pequena flor para a mãe e irmã dele, simplesmente numa manhã de Páscoa, e nós paramos. O menininho começou a chorar, ele disse: “Papai, minha mamãe está lá embaixo.”

296 Eu disse: “Não, querido. Não, ela não está lá embaixo. Irmã não está lá embaixo. Temos uma sepultura fechada aqui, mas longe, ao outro lado do mar, há uma sepultura aberta onde Jesus ressuscitou. E algum dia Ele virá. Ele trará irmã e mamãe com Ele.”

297 Eu estou no campo de batalha hoje, amigos. Eu—eu simplesmente não posso dizer mais nada. Eu… [O irmão Branham chora—Editor] Deus lhes abençoe. Vamos inclinar nossas cabeças um minuto.

298 Ó Senhor! Muitas vezes, Senhor, tenho certeza que as pessoas não entendem, quando pensam que estas coisas vem facilmente. Mas há um grande dia que virá quando Jesus virá e todos os pesares serão enxugados. Eu oro, Pai Celestial, que Tu nos ajude a estarmos preparados.

299 E aquela última promessa, quando a beijei na face naquela manhã, que eu me encontraria com ela naquele dia. Creio que ela estará em pé naquele posto, gritando meu nome. Tenho vivido fiel àquela promessa desde aquele tempo, Senhor, em volta do mundo, em todos tipos de lugares, tentando trazer o Evangelho. Ficando velho agora, e cansado, estou desgastado. Um dia destes vou fechar esta Bíblia pela última vez. E, Deus, mantém-me fiel à promessa. Mantém Tua misericórdia em volta de mim, Senhor. Permita que eu não olhe para as coisas desta vida, mas viva para as coisas que estão além. Ajuda-me a ser honesto. Eu não peço um mar de rosas, não, Senhor, quando meu Cristo morreu lá debaixo de sofrimento. E todo o resto deles morreram assim. Não peço nada fácil. Só deixa-me ser honesto, Senhor, verídico. Deixa o povo amar-me para que eu possa guiá-los a Ti. E algum dia quando tudo estiver acabado e nós nos reunirmos debaixo dos pinheiros, quero pegá-la pela mão e levá-la, para mostrar ao povo do Templo Angelus e a todos os outros. Será um tempo maravilhoso então.

300 Eu oro que Tuas misericórdias descansem sobre cada um de nós aqui. E aqueles que estão aqui, Senhor, talvez nem sequer Te conheçam. E talvez eles tenham um pequeno ente querido além no outro lado do mar. Se eles nunca cumpriram a promessa deles, que façam agora, Senhor.

301 Enquanto nós temos nossas cabeças inclinadas, será que neste grande, enorme auditório nesta tarde, quantos de vocês dizem: “Irmão Branham, eu quero me encontrar com meus amados, também. Eu—eu—eu tenho uns entes queridos bem lá no outro lado do rio?” Talvez você fez uma promessa, que você se encontraria com eles, talvez quando você se despediu da mamãe lá na sepultura aquele dia, talvez quando você se despediu da irmãzinha, ou do papai, ou de algum deles na sepultura, prometeu que você se encontraria com eles, e você—você não se preparou ainda. Você não acha que agora é uma boa hora para fazer isso?

302 Perdoe-me por chorar. Mas, oh, que coisa, vocês não compreendem, amigos. Vocês não sabem que—que sacrifício! Isso mal é uma parte pequena na história da minha vida.

303 Quantos de vocês gostariam de levantar-se agora e vir até aqui para oração, dizer: “Quero me encontrar com meus entes queridos?” Levante-se da audiência e desça até aqui. Você quer fazê-lo? Se alguém não fez essa preparação ainda. Deus lhe abençoe, senhor. Vejo um velho de cor vindo, outros vindo. Mova-se, você na galeria lá em cima, simplesmente mova-se diretamente ao corredor. Ou levante-se, você que quer ser lembrado numa palavra de oração agora mesmo. Assim mesmo. Levante-se mesmo. Isso é bom. Levante-se, em toda a parte, você que diria: “Tenho um pai lá longe, tenho uma mãe ou um amado lá longe. Quero ir vê-los. Quero me encontrar com eles em paz.” Você quer se levantar, simplesmente se coloque-se em pé, em qualquer parte da audiência? Coloque-se em pé, diga: “Quero aceitar.”

304 Deus lhe abençoe, senhora. Deus lhe abençoe você lá atrás. E abençoe você lá em cima. O Senhor abençoe você aqui, senhor. É assim mesmo. Em cima, na galeria, o Senhor abençoe você. Por toda a parte, em toda parte, levante-se agora para ter uma palavra de oração, enquanto o Espírito Santo está aqui e movendo-Se sobre nossos corações, para—para—para quebrantar-nos.

305 Você sabe, o que a igreja precisa hoje é de um quebrantamento. Precisamos descer à Casa do Oleiro. Nossa rígida teologia caseira às vezes não funciona tão bem. O que nós precisamos é de um quebrantamento à moda antiga, arrependimento em nossos corações, abrandando-nos com Deus. São esses todos os que agora estão prontos a se levantar?

Vamos inclinar nossas cabeças então para orar.

306 Ó Senhor, Quem trouxe Jesus de novo para os—dos mortos, para justificar todos nós pela fé, crendo. Eu oro, Senhor, que estes que estão em pé agora para aceitar-Te, eu oro que perdão seja para eles. E, ó Senhor, eu oro que eles Te aceitem como seu Salvador e Rei e Amador. E talvez eles tenham uma mãe ou um pai ou alguém apenas do outro lado do mar. Há uma coisa certa, eles tem um Salvador. Que eles sejam perdoados de seus pecados, e toda sua iniquidade apagada, que suas almas sejam lavadas no Sangue do Cordeiro, e que vivam em paz de hoje em diante.

307 E algum dia glorioso quando tudo estiver acabado, que nós nos reunamos em Tua Casa, e estejamos lá como famílias inteiras, para encontrar-nos com nossos amados que estão esperando do outro lado. Isto, nós entregamos eles a Ti, pelo que “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme n’Ele.” Concede-o, Senhor. E entregamos eles a Ti, no Nome de Teu Filho, o Senhor Jesus. Amém.

308 Deus lhes abençoe. Tenho certeza que os obreiros vêem onde você está em pé, e eles logo estarão com você dentro em pouco.

309 E agora àqueles que vão receber cartões de oração. Billy, onde estão Gene e Leo, eles estão na parte de trás? Eles estão aqui para entregar os cartões de oração dentro em pouco. Irmão despedirá a audiência em oração, e os cartões de oração serão entregues. Estaremos de volta aqui dentro em pouco, para orar pelos enfermos. Muito bem, irmão.

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