CORO CELESTE

Celeste, estranho coro,
Jamais ouvido aqui,
Com seu poder excelso,
Agora, alegre, ouvi;
É o canto dos arcanjos,
Louvando o Salvador,
Dizendo que na terra
Foi salvo um pecador.

Tão lenta e branda soa,
Ao peito dando paz,
A voz de Deus, aquela
Que as ânsias vâs desfaz!
Escuta, irmão, escuta,
O doce canto seu,
Que vibra pelo espaço,
E ecoa lá no céu.

Da vaga o som bravio,
Da brisa a ciciar
Na mata o passaredo,
Cantando ao despertar,
A mãe em doce canto,
Ao pé do filho seu,
Não tem aquele encanto
Da linda voz do céu.

Ao meu ouvido chega
O canto sem igual;
Tão belo em sonho ouvira
Jamais qualquer mortal.
Meu canto extasiado,
Espera, sem cessar,
Unir-se à voz dos anjos
Ali no eterno lar.

Sublime e doce canto
Da nossa pátria além
Só ouve o que, contrito,
A Deus por Cristo vem.