A SOMBRA DA MORTE
Por Martin Pewitt
Saudações no nome do Senhor. Sou o irmão Martin Pewitt de Brush Creeck, Tennessee. Fui privilegiado ao freqüentar as reuniões que o profeta de Deus, o irmão Branham, conduziu em Southern Pines, na Carolina do Norte em 1962. Eu estava presente (Abaixo da flecha branca na foto) quando a foto da “sombra da morte” foi tirada. Tenho tido várias experiências com a sombra da morte. Eu gostaria de compartilhar com você uma pequena porção da história da minha vida.
No dia 20 de Julho de 1940, eu nasci como o sétimo filho de Jerry Samuel e Anna May Pewitt. Minha avó Mary Ann McNeal Pewitt foi a parteira, e ela era meia índia Cherokee. Meu nascimento ocorreu num vale fora de Pewitt Road no Condado de Williamson, Tennessee, que é onde moramos. Éramos muito pobres. Meu lar de infância era uma casa de dois quartos sem janelas de vidros. Ainda posso recordar de olhar nas fendas do assoalho para observar as galinhas embaixo da casa e da coleta dos ramos de vassouras nos campos para colocar dentro de nossos travesseiros e colchões.
Um incidente de que me lembro foi quando eu estava com três anos de idade. Meu irmão Daniel tinha um martelo e estava batendo na parede. Havia uma ferradura acima da porta que a minha mãe acreditava que protegeria dos maus espíritos. Ela caiu e me atingiu em cima da cabeça. Não havia água na casa e a nascente ficava acerca de cinqüenta jardas [45 metros – NT.] distante. Mamãe agarrou um balde de soro de leite e derramou-o sobre mim para me trazer de volta à consciência. Por vários anos, eu tive uma visível cicatriz em cima de minha cabeça.
Quando eu era criança, eu comi uma porção de marmotas, coelhos e esquilos. Ocasionalmente, papai capturava um gambá e comíamos isso por várias semanas. Mamãe os assava no forno com batatas doces. Nós também desfrutávamos de miolos de esquilos. Nós fervíamos as cabeças e quando elas ficavam prontas nós pegávamos uma colher e segurávamos as cabeças entre os nossos dedos e batíamos no topo da cabeça e retirávamos os miolos. No outono, papai vendia as colheitas e conseguíamos um par de sapatos por ano. Lembro-me de papai pegando o couro das marmotas e fazendo tiras de sapatos deles.
Na maioria do tempo, nós simplesmente saíamos descalços. Havia uma porção de cobras cascavéis na região onde morávamos. Deus sempre conservou Suas mãos sobre nós.
Mesmo quando eu era criança, eu amava ler a Bíblia. Por volta dos quinze anos, eu havia lido a Bíblia completamente. Eu também havia lido A História da Igreja, As Grandes Vozes da Igreja Reformada, O Livro dos Mártires de Fox, John G. Lake, e A História de Vida de Alexander Dowie. Eu desfrutava lendo. Freqüentamos uma Igreja Batista Livre. Eu sempre pensava: “Deve haver mais de Deus do que o que estou recebendo nesta igreja”. Eu almejava ver uma igreja como a que eu li a respeito no livro de Atos. Mesmo como um jovem garoto, eu acreditava que Deus era o mesmo e se Ele não era o mesmo então todos nós estávamos sendo lesados. Eu queria ver profetas como Moisés, Elias, Samuel, Paulo, Pedro e João. Um ano durante o seu tempo de avivamento eles me incitaram para me unir e ser batizado na trindade. Então eu fui, só para pará-los de me incitar.
Por volta da idade de dezoito anos, eu encontrei um povo pentecostal. Eles me falaram sobre o batismo no nome do Senhor Jesus Cristo, o qual eu não pude entender naquela época. Pouco tempo depois, eu tive um sonho de uma mão que saía para fora e que se convertia numa luz, como uma lâmpada. Isso foi durante aquele tempo em que o Senhor me revelou o batismo em água no nome do Senhor Jesus Cristo e da unidade de Deus. Quando eu primeiro me encontrei com o povo pentecostal, eu achava que isso era o que eu estava procurando. Eles tinham uma unção, cantando e gritando. Porém depois de poucos meses, eu percebi que eu não estava em meio a anjos. Então eu jejuei por três dias e noites. No dia 28 de Novembro de 1960, após três dias de jejum, eu tive uma experiência com Deus. Eu falava em línguas, interpretava línguas, gritava, dançava no Espírito. Via algumas visões e tive sonhos que vieram a ser verdade.
Eu ainda não estava completamente feliz. Minha irmã mais velha Dorothy sempre dizia que eu era como um profeta chorão. Era estranho que ela dissesse aquilo porque nem ela e nem eu sabíamos o que era um profeta naquele tempo. Mais tarde, Deus revelaria a Mensagem da Hora para ambos de nós dois. Eu nunca aparentava ser feliz porque para mim “Se Deus ainda era Deus então onde estavam todos os milagres?”. Minha irmã Dorothy, havia encontrado um pregador pentecostal que ela queria que eu o conhecesse. Após poucas semanas, eu o encontrei e fui à casa dele. Ele tinha um livro chamado William Branham, Um Homem Enviado de Deus. Eu fiquei acordado a noite inteira e li o livro. Eu percebi que era isso o que eu tinha almejado por toda a minha vida. Eu estava determinado que se eu tivesse que andar, eu iria examinar isso até o fim. Eu sabia que se isso era a verdade isso estaria em linha com a Bíblia.
Na noite de ano novo de 1961, eu ouvi o irmão Branham pregar pela primeira vez. Naquela noite, havia em volta doze ministros que falaram por cerca de quinze minutos cada. Às 10 da noite o irmão Branham entrou e tomou o seu texto Se Deus Está Conosco Então Onde Estão Todos Os Milagres? [Mensagem pregada na noite do dia 31 de Dezembro de 1961, em Jeffersonville, Indiana – NT.] Depois que o irmão Branham pregou, ele serviu a comunhão. Eu fui privilegiado de ter os pés lavados no mesmo quarto com o irmão Branham e o irmão Neville. Saímos àquela noite e fomos para a casa do irmão Ben Bryant. Ouvimos gravações de fita em fita da 1:30 da manhã até por volta das 8:00; creio que foram as fitas das eras da igreja. Quando então tomamos o café da manhã com o irmão Ben e sua esposa, saímos para retornar ao Tennessee.
Daquele tempo em diante, eu frequentava a cada reunião que eu podia. Foi na reunião em Southern Pines, na Carolina do Norte, onde eu tive a minha primeira experiência com o espírito da morte. Eu estava sentado à direita atrás de uma senhora com a sombra da morte, quando o irmão Branham chamou-a. Creio que seu nome era Vincent. Eles eram de uma igreja pentecostal em Birmingham, Alabama. Eles haviam sido bastante amáveis por pagarem nossa conta do hotel. Durante aquele culto, depois que o irmão Branham a chamou, eu fiquei muito doente e pensei que eu estava morrendo. Fui até o estacionamento para pegar um pouco de ar fresco. Enquanto estive do lado de fora, eu encontrei alguns ministros e eles oraram por mim. Mais tarde, o irmão Branham chamou a irmã e Deus a curou. Naquelas mesmas reuniões eu percorri a fila de oração por um astigmatismo em meu olho esquerdo. Na fila de oração, o irmão Branham me abraçou e sussurrou em meu ouvido para “Perseverar e nunca se render”. Isso é o que eu sempre tenho tentado fazer.
Em um outro culto, em Jeffersonville, o mesmo espírito de morte me atingiu. Creio que isso foi no culto em que o irmão Branham pregou Ao Nascer do Sol. [Mensagem pregada no dia 18 de Abril de 1965, em Jeffersonville, Indiana – NT.] Isso foi antes que o irmão Branham viesse à plataforma. Várias vezes, eu quase desfaleci de enfermo. Havia uma irmã atrás de mim que estava respirando com dificuldade. Eu girei em volta e murmurei para ela: “Você tem câncer em sua garganta”. “Sim”, ela respondeu. Eu lhe disse para não se preocupar, porque o profeta de Deus repreenderia isso. O irmão Branham repreendeu e Deus a curou.
Posteriormente, eu estava sentado numa cadeira de barbearia em Dickson, Tennessee. Eu não sabia que o barbeiro tinha câncer. Aquele mesmo espírito de morte me atingiu. Eu pensei que ele iria cortar meu pescoço com a navalha que ele estava usando para me barbear. Mais tarde, ele morreu com câncer.
Em um culto, eu vi a Coluna de Fogo. Isso foi enquanto o irmão Branham estava orando por uma irmã, enquanto ele estava tendo uma visão. Ele lhe disse que ela tinha um tumor que eu creio que ele disse que estava em sua espinha dorsal. Naquela época, eu vi isso. Isso estava em volta, cerca do tamanho de um pneu e tinha todas as cores de luzes nisso. A irmã que recebeu oração faleceu alguns meses depois. Isso não foi porque Deus não estava ali, mas foi porque ela não pôde aceitar a sua cura.
Em 1963, casei-me com minha primeira esposa (ela já faleceu). Eu estava com vinte e três anos e ela com dezessete. Sua mãe era uma forte crente da Igreja de Deus da Profecia. June, minha esposa, escondia as mensagens do irmão Branham, de sua mãe. Fomos a Jeffersonville para a nossa lua de mel, e o irmão Willard Collins a batizou. Frequentamos uma porção de reuniões do irmão Branham juntos.
Em 1964, o médico disse a ela que ela não seria capaz de ter filhos. Acredite nisso ou não a conta do médico era de apenas 3 dólares. Eu ainda tenho o recibo. Naquela primavera, fomos às reuniões em Birmingham. No final do culto “Amnésia Espiritual”, [Mensagem pregada no dia 11 de Abril de 1964 – NT.] eu estava parado cerca de dez pés [3 metros – NT.] do irmão Branham. A plataforma não era mais do que um pé de altura. O irmão Branham começou a orar pelo ardente poder do Espírito Santo para cair sobre o povo, quando o poder de Deus começou a sacudir o edifício. O irmão Branham gritou: “Aí está. Isso é o Espírito Santo se aproximando. Eu provoquei isto”. [“Amnésia Espiritual”, (11/04/1964) § 81 – NT.] Isso foi exatamente como Elias fez uma vez diante do Monte Carmelo. Nunca me esquecerei daquele momento.
No culto seguinte, “Um Tribunal de Julgamento”, percorremos a fila de oração, com uma oração para ter um filho. Creio que minha esposa recebeu sua cura naquele momento. Não muito tempo depois ela ficou grávida de nosso primeiro filho, Joe. Deus nos deu seis filhos, quatro meninos e duas meninas. Outro médico disse-lhe que ela nunca seria capaz de ter normalmente. Ela teve todos os seis filhos normal. Com cada criança ela não ficou no trabalho de parto mais do que três horas. Ela foi capaz de receber cura muitas vezes por causa da sua fé de criança.
Durante os Selos, ficamos no hotel Riverview. Naquela semana estava caindo neve. Chegávamos na igreja por volta das 11:00 da manhã, e ficávamos no frio esperando para o culto começar. Queríamos conseguir um assento na fila da frente. Geralmente chegávamos bem perto na frente. Muitas vezes, dirigíamos a noite toda à Jeffersonville. Algumas vezes após o culto nós dirigíamos de volta. Inúmeras vezes, corríamos para fora da estrada porque éramos tão apressados. O irmão Branham disse: “…pessoas se reunindo de vários estados sentados bem aqui agora, de longa distância, centenas e centenas de milhas. E nos reunimos juntamente para termos companheirismo ao redor do mundo, porém virá brevemente um tempo quando isto será apenas uma carinhosa memória”. Aqueles tempos são de estimadas lembranças.
Estávamos nas reuniões quando o irmão Branham pregou “Casamento e Divórcio” e “Hoje Se Cumpriu Esta Escritura”. [Sermões pregados em Jeffersonville nos dias 21 e 19 de fevereiro, respectivamente – NT.] Nestes cultos, ele virou o púlpito de lado. A congregação no seu lado direito estava no auditório. A congregação no seu lado esquerdo estava no ginásio. O púlpito ficou aproximadamente onde o irmão Branham, anos antes, havia visto Jesus quando ele saiu para fora para o campo para orar por seu pai. Eu sou uma testemunha.
Eu frequentei o culto quando ele pregou “O Futuro Lar”. [Mensagem pregada em 2 de agosto de 1964, em Jeffersonville, Indiana – NT.] Eu havia estado dizendo a cada um por anos, que eu havia sido salvo no dia 28 de Novembro de 1960. Parecia que o irmão Branham olhava diretamente para mim quando ele disse: “Você nunca foi salvo em algum determinado dia”. Isso levou anos para entender o que ele quis dizer. Pela graça de Deus, eu compreendi que eu estava na mente de Deus antes da fundação do mundo.
Depois que o irmão Branham havia partido, estávamos deitados na cama ouvindo a uma fita de seu culto memorial. O irmão Billy Paul e o irmão Borders haviam falado. Um ministro chamado T. L. Osborn, que eu creio que era um trinitário, estava falando. A sombra da morte como aquela na foto tirada sobre a senhora em Southern Pines, entrou no quarto. Ela nos assustou gravemente. Antes que eu soubesse o que eu estava dizendo, eu repreendi aquele espírito no nome do Senhor Jesus Cristo. Ela saiu. Isso nos assustou tão gravemente, que afastamos a fita e a jogamos fora. Creio que um dia, não muito longe, isso estará terminado. Creio que a Noiva receberá um grande derramamento do Espírito Santo. Creio que veremos poderosos milagres outra vez. Não sabemos como isso terminará. Mas, creio que estamos no fim. Sei que um dia eu verei meus irmãos ou irmãs que já tem partido. Estou desejando por ver minha irmã Dorothy, que Deus a levou para o Lar. Que faz as coisas que sabemos serem certas. Estude a Palavra de Deus. Peça a Deus por revelação. Seja simples e humilde. Devemos perseverar. Por favor, ore por nossa família. Deus te abençoe.
Irmão Martin & Irmã Linda Fay Pewitt
(615)683-3395
Fonte: Revista Eagle’s View, nº 36, 2006.