HISTÓRIA DA MINHA VIDA
08 de Novembro de 1953
Owensboro – Kentucky – E. U. A.
Tradução: Crentes da Bíblia [Chapecó-SC]
1 Obrigado. Boa tarde, amigos. Estou muito feliz por estar aqui esta tarde. E este é um tempo que temos para nos reunirmos e evitar ficarmos congelados, não é mesmo? Bem, sempre ouvi que não existe situação ruim que não traga algum bom resultado. Mas disseram que havia algum tipo de jogo de bola em outro lugar, e isso de alguma maneira nos afetou um pouco.
Sinto muito, irmã. Tenho um grande chapéu aqui que você pode pendurar lá se quiser. Mas é o sol que está indo e vindo, e penso que todos vocês são muito leais e muito amáveis por saírem numa tarde tão fria e virem aqui para esta ocasião, apenas para ouvir a experiência de uma história de vida. E eu rogo que Deus os abençoe abundantemente por seus esforços, e por virem nesta tarde.
2 E eu sinto muito que… Vocês sabem, nós… Essas coisas são, elas vêm e não sabemos quando chegam, e é assim que é a vida, não é mesmo?
Eu estava descendo o elevador há um tempo e disse ao homem: “Seu trabalho tem altos e baixos”.
Ele confirmou: “Isso é certo”.
Eu afirmei: “Bem, toda a vida tem isso”.
E nós… Você sabe, não apreciaríamos os altos senão tivéssemos os baixos. Correto? Você percebeu que não teríamos montanhas se não tivéssemos vales? Você não apreciaria o sol se não houvesse noite. É isso certo? E uma pessoa às vezes, com saúde muito, muito boa, talvez não saiba apreciá-la, a menos que tenha tido um caso de doença em algum momento, e tenha quase morrido, e assim ela pode apreciar sua boa saúde. Então você tem que ter… Como se chama? É a lei do contraste, eu creio.
3 Duvido que vocês possam ouvir isso bem, porque está repercutindo por aqui. Vocês podem ouvir bem aí? Se puderem, lá atrás no fundo, levantem as mãos. É uma espécie de sussurro, ou… Está melhor? Fica melhor se eu afastar um pouco? Não conseguem ouvir…? Agora, vamos ver. Quem cuida do assunto? Tudo bem. Isso é… Agora, podem ouvir melhor? Quantos podem ouvir lá atrás? Levantariam a mão? Não conseguem ouvir nada lá atrás. Muito bem. Aumente um pouco. Podem ouvir agora? Agora estão ouvindo. Agora está melhor.
4 Bem, amigos, não vou segurá-los, senão somente por um pouco, vou ser tão rápido quanto puder. É uma história de vida. Dificilmente alguém que tenha tido uma vida como a minha, gosta de contá-la. Mas, ao contá-la, às vezes, faz com que aqueles que ainda não trilharam essas estradas acidentadas, talvez vejam as saídas e os ajude a contornar muitos lugares acidentados.
E agora, confio que vocês estarão no culto hoje à noite. Não sei, mas sempre procurei dar o melhor de mim para fazer o melhor que sabia nos cultos. Esta é, na verdade, uma das minhas primeiras campanhas em Kentucky, meu estado natal, e eu queria muito que fosse um sucesso para a glória de Deus. Claro, posso esperar que satanás me ofereça o caminho mais áspero possível. Mas eu sei que tenho milhares de amigos em todo o Kentucky, o povo de Deus.
5 E eu estava conversando faz um tempo com alguns amigos, e lhes dizendo que houve algum… Contaram-me como o Espírito Santo havia falado com uma mulher, e como Ele havia dito a ela diversas coisas. E o que foi… Disseram que não sabiam como eu podia entender isso. E eu disse a ela: “Não fui eu. Eu somente vejo suceder em minha frente, e só digo o que vejo. Isso é tudo o que sei dizer, é simplesmente o que posso ver.”
E eu creio que estamos vivendo agora em um dos tempos mais gloriosos que os mortais já viveram. Creio que estamos perto da vinda do Senhor Jesus Cristo. E estou tão feliz por estar vivo hoje para falar Dele ao povo.
6 Desejo ler uma Escritura antes de começarmos o culto, encontrada em Hebreus capítulo 13, do versículo 10 ao 14.
E agora, vocês estão ouvindo melhor, em todo lugar? Vocês podem ouvir neste canto? Eu noto muitas pessoas saindo, parece que olham umas para as outras, e balançam a cabeça, e simplesmente se levantam e saem. Elas não conseguem ouvir. Tenham um pouco de paciência comigo, por favor.
Eu leio estas palavras:
Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.
Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial.
E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio Sangue, padeceu fora da porta.
Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério.
Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
7 (Obrigado.) Podemos inclinar as cabeças por um momento agora? Nosso Pai Celestial, nós Te agradecemos pelo privilégio de estarmos reunidos aqui no edifício hoje, e por vivermos em uma nação onde há liberdade de religião e podemos ter o direito de conversar e falar, e de nos reunirmos. E como disse o poeta: “Que nossa terra seja brilhante, com a santa luz da liberdade. Proteja-nos por Teu poder, grande Deus, nosso Rei”.
8 E hoje, que vamos fazer uma pequena visita, se for Tua vontade, descendo a estrada, voltando, onde costumávamos andar anos atrás, rogamos que estejas conosco e nos ajude. E que muitos aqui que estão afastados de casa, em um país estranho, rogo, Deus, que Tu permitas que se acheguem a Ti. Porque sabemos que somos peregrinos e estrangeiros neste mundo. Estamos buscando uma cidade por vir, cujo Arquiteto e Construtor é Deus. Abençoe a todos. Que algo milagroso aconteça hoje, porque essas pobres pessoas se esforçaram para sair e se assentar neste ambiente frio, sob esta dificuldade, só para reunir por amor ao Evangelho. Rogamos que concedas estas coisas, em Nome de Jesus. Amém.
9 Vamos, hoje, enquanto… E vou me apressar e observar meu relógio. A vida não tem sido um canteiro de flores para mim, amigos cristãos. Tem sido uma batalha atrás da outra. Para entrar no assunto da maneira correta e contar o que Deus tem feito levaria horas, então se tem que cortar em alguns momentos, para vocês não ficarem com muito frio, enquanto estamos tentando nesta tarde.
Mas não há ninguém aqui que não goste de pensar na infância. Não é certo? A maior parte da minha audiência nesta tarde é composta de pessoas de meia-idade, são poucos jovens. Mas não importa por onde você ande, você nunca encontrará um lugar como sua casa, não importa onde ela esteja.
Muitos de vocês, idosos aqui nesta tarde, com cabelos grisalhos, se pudessem tão somente fechar os olhos e fazer uma pequena viagem mental de volta à velha estrada onde vocês andavam quando eram crianças, e pensar no velho portão do jardim, e muitas coisas, uma mãe que partiu há muitos anos, o velho pai, isso traz de volta algo que apreciamos como uma imagem em nosso coração; mas nada pode tirá-la dali. Quantos de vocês conseguem se lembrar de um velho lar nesta tarde? Vejamos suas mãos. Deem uma olhada. Quantos de vocês estão longe de casa, longe de seu lar? Vejamos suas mãos. Deem uma olhada.
10 Há algo concernente à infância e à idade da adolescência, que nenhuma outra coisa na vida tomará o seu lugar. Lembre-se do velho… Como nossas mães nos pegavam, e papai, quando fazíamos coisas erradas, e nos davam uma pequena surra. Oh, isso era horrível. Mas vocês sabem, muitos de vocês, nesta tarde, como eu, simplesmente eu daria qualquer coisa que pudesse pensar se meu pai estivesse nesta terra para me dar uma surra. Ele não existe mais; meu pai já partiu, e muitos pais de vocês também já partiram. Não há nada como a infância.
Eu, como muitos de vocês aqui nesta tarde, nasci aqui em Kentucky, em uma pequena cabana de madeira. Bem, nós nos mudamos para Indiana, do outro lado do rio, quando eu era apenas um garotinho, muito jovem, não tinha mais do que dois ou três anos.
Lembro-me da nossa primeira experiência aqui, éramos muito, muito pobres. Esta é a razão hoje porque eu, minha escolha… E digo isso com reverência. Minha escolha é ser um homem pobre. Eu poderia ser multimilionário se quisesse. Uma pessoa me trouxe um cheque (um agente do FBI), de um milhão e quinhentos mil dólares, um cheque bancário, e eu me recusei a olhar para ele, da Vinícola Mission Bell, na Califórnia. Uma mulher foi curada, ela havia estado em St. Louis, e lhe retiraram os dois seios, e ela foi… O câncer a tomou. E o médico que cuidou do caso dela se converteu, o Dr. Theodore Palouveas, que está pregando o Evangelho esta tarde em Oakland, Califórnia. E como o Senhor falou com a mulher, disse que em três dias ela estaria fazendo compras na rua. Disse a sua filha que ela estava inconsciente. O médico questionou: “A mera ideia, Reverendo Branham, de dar uma falsa esperança assim a alguém, e a mulher deitada ali morrendo”.
11 Eu respondi: “Estou disposto a ficar aqui. Se essa mulher não estiver andando na rua em três dias, vou colocar uma placa nas minhas costas, como um falso profeta, e você me levará pela cidade na frente do seu carro. E então, se ela não estiver andando, eu farei isso. E se ela estiver, deixe-me colocar uma placa nas suas costas e seguir”.
O médico se converteu, está pregando o Evangelho hoje. Um dos melhores cirurgiões da Costa Oeste, as pessoas voam até de Nova York para serem operadas por ele. E eles me enviaram um cheque bancário de um milhão e quinhentos mil dólares; dois agentes trouxeram, e eu morando em um barraco de dois quartos na época. Mas não é o dinheiro que faz a felicidade.
A felicidade não consiste em quanto dos bens do mundo você possui, mas em quão satisfeito você está com a porção que lhe coube. Sinta-se feliz, contanto que uma coisa te traga contentamento, e unicamente isso, Jesus Cristo.
12 Aqui há algum tempo, o Sr. Avak, na mesma região, recebeu um grande e bonito Cadillac. Eu gosto do carro. Qualquer pessoa que possa dirigir um, eu aprecio isso. E naquela época, eu tinha um velho Chevrolet, uma velha caminhonete, toda surrada, de uns oito a dez anos de uso. E alguns daqueles armenianos ricos e finos disseram: “Irmão Branham, demos um Cadillac a Avak. Temos um para você”.
E eu respondi: “Obrigado, mas não creio que poderia usá-lo”.
Disseram: “Bem, vamos dar a você. Vamos te dar um Packard, ou o que você quiser”. E prosseguiram: “Aquela caminhonete velha, você fica andando por aí nela…”
Eu disse: “Se eu tivesse o que merecia, eu andaria”. E isso é verdade. Mas como eu poderia vir ao Arkansas, onde algumas das minhas reuniões são realizadas entre as pessoas mais pobres, uma pequena e velha mãe puxando um saco de algodão, meio morta com problemas femininos ou algo assim, comendo bacon e pão de milho no café da manhã, colocando um dólar na oferta à noite, e eu passando por ali em um grande e bonito Cadillac… “Ali vai o irmão Branham”. Eu não poderia fazer isso. Não, não, eu não… eu prefiro ter favor com Deus a ter qualquer coisa que eu conheça no mundo. E se tenho favor com Deus, eu posso servir ao Seu povo.
13 Sempre fui uma ovelha negra na minha família. E sempre fui uma ovelha negra em minha igreja. E só recentemente que entrei a um grupo de pessoas que me amam. E a esse grupo de pessoas estou disposto a dar minha vida em serviço. E eu os amo, e eles me amam. E por toda a minha vida, fui uma pessoa que desejou que alguém pensasse algo de mim.
Lamento dizer, mas minha família não era religiosa. Meu pai era apenas um moço típico de Kentucky aqui em cima, bebia cada centavo que tinha. E eu detesto dizer essas coisas, mas o que é verdade é verdade, não importa se fere ou não. Se é escuro e está sobre mim, bem, está sobre mim. É a verdade. E você, seja verdadeiro e honesto com Deus. Deus vai te abençoar por isso. E embora meu pai bebesse, e a bebida foi o que o matou, não importa o que ele fez, ele ainda é meu pai. E lá em seu túmulo hoje, onde a neve branca cai, ele ainda é meu pai.
E deixem-me lhes dizer uma coisa, jovens, não importa oque façam, nunca despreze ou desobedeça a sua mãe e a seu pai.
14 Eles têm uma certa palavra hoje, dizem: “O velho e a velha”. Num dia desses, quando um caixão fazendo rangidos estiver saindo pela porta, e apontando a cabeça deles primeiro, e você olhar para baixo para ver sua mãe ou seu pai pela última vez nesta terra, você vai se dar conta de que não é o “velho e a velha” naquele momento. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”. Esse é o primeiro mandamento com promessa: obedecer.
Eu vi o papai trabalhar. Morávamos em uma pequena cabana em Utica Pike, de onde nos mudamos de Kentucky para Indiana, bem na River Road. Eu o vi trabalhar no corte de toras na floresta por setenta e cinco centavos por dia para ganhar o sustento para mim, quando eu era bem novo, com quatro, cinco ou seis anos de idade, a ponto de o sol queimar a camisa em suas costas. Vi minha mãe cortar a camisa de suas costas com uma tesoura. Não me importa o que ele fez; ele é meu papai. E eu o amo.
15 Ele morreu em meus braços, seu cabelo preto e ondulado caído sobre meu braço e seus olhinhos irlandeses azuis olhando para mim. Vi um Anjo branco de pé diante dele; eu o conduzi a Cristo pouco antes de morrer. Ele era meu pai e tinha um grande respeito por mim. A última vez que bebeu em sua vida, ele estava num pequeno bar ali embaixo, não foi nem duas semanas antes de morrer. Ele começou a… Alguém estava tratando dele. Foi durante o tempo da Depressão [colapso na economia americana, também conhecida como Crise de 1929 – Trad.]; ele estava sem dinheiro. Deram-lhe um pouco de bebida, e ele a tomou nas mãos e foi derramando-a. Ele tentou beber e aquilo se derramou por todo o seu rosto. E começaram a provocá-lo. Antes de pegá-lo, ele disse: “Olhem, companheiros”, contou-lhes: “Eu tenho um filho de pé ali no púlpito. Esse rapaz está certo e eu estou errado”. Ele disse: “Não deixem que isso se reflita no meu filho”. Declarou: “Este é o último gole que tomarei em toda a minha vida”. E assim foi.
16 Portanto, eu o honro hoje como meu pai. Seu trabalho duro. Lembro-me de quando íamos à escola. Sou firmemente contra a bebida. Lembro-me de ter lido sobre um homem que nasceu a cem milhas [160 km – Trad.] de mim, cem anos de diferença, em uma pequena cabana de madeira. Seu nome era Abraão Lincoln, um dos maiores homens que Kentucky já teve, em minha opinião. E Abraão Lincoln, quando saiu do barco em New Orleans, ele os viu leiloar algumas pessoas de cor como escravas, e um homem alto e robusto. Sua pequena e pobre esposa e filhos parados ali, chorando. Eles os cruzavam, como gado, com mulheres mais altas e mais fortes para fazer melhores escravos. Lincoln, como muitos de vocês conhecem a história, quando ele cerrou os punhos, bateu-os juntos e disse: “Isso está errado. E com a ajuda de Deus, ainda que me custe a vida, vou golpear isso com tudo que tenho”. E ele o fez.
17 Aqui há algum tempo, eu estava em um museu, e quando ele teve que atravessar o rio, em Illinois… Vi um ancião de cor com uma pequena mecha de cabelo branco ao redor de sua cabeça, dando uma olhada ali, esperando por algo. Ele olhou para uma pequena caixa, parou bem rápido e voltou. Pareceu que aquilo simplesmente o congelou. E as lágrimas caindo de suas bochechas, ele ergueu os olhos assim para Deus e fez uma oração. Eu parei, observei-o um pouco. Fui até onde ele estava e o saudei: “Como vai, tio?”
Ele respondeu: “Como vai, senhor?”
Interroguei: “O que te emocionou tanto?”
Ele respondeu: “Não compreende?”
Respondi: não.
Disse: “Venha, olhe aqui”.
18 E eu olhei ali; detrás de um vidro estava uma vestimentazinha velha, só uma vestimentazinha dobrada, colocada ali. Eu afirmei: “Bem, vejo só uma vestimenta”.
Ele sustentou: “Mas aquela mancha no canto é o sangue de Abraão Lincoln”. Prosseguiu: “Eu tenho uma marca aqui de uma correia de escravo, e o sangue daquele homem tirou a correia de escravo de mim. Isso não te emocionaria?”
Eu fiquei ali. Não pude lhe responder. Pensei: “Se um homem de cor, por lhe ser tirada a correia de escravo, quanto mais um cristão deveria se emocionar com o Sangue de Jesus Cristo, que tirou o pecado de sua vida e o fez uma nova criatura em Cristo Jesus?” Sua vida foi dada.
19 Nós passamos por momentos difíceis, muito difíceis. Lembro me de ir para a escola quase sem roupa. Fui para a escola durante um ano sem nem mesmo uma camisa. Meu pai era um bom homem, mas foi a bebida que o arruinou. Vesti meu casaco assim, abotoei-o com um… Ou melhor, preguei-o com um alfinete. Uma mulher rica, a Sra. Watham, havia me dado o casaco. E eu, sabendo como isso nos fazia ir sem nada para comer… Fez com que ficássemos sem sapatos, e eu nunca tive escolaridade, tudo por causa da bebida que levou meu pai a essa situação, um hábito. Esta é a razão pela qual sou contra isso hoje, para lutar contra isso com tudo que tenho. É errado. E irmãos, ou mulheres, se vocês estão aqui e fazem isso, Deus tenha misericórdia, não façam mais. Não deixe isso mandar em você. Que você seja o chefe.
E eu me lembro de ir para a escola um dia… Isso soa um pouco como uma piada. Chegou o verão e eu não tinha nenhuma camisa para vestir. Ainda estava usando aquele casacão pesado. Estava usando um tênis, com os dedos para fora, o tempo todo molhado. É um milagre, se Deus não tivesse sido comigo, eu teria contraído pneumonia e morrido.
20 Então a professora disse… Estava muito quente… As árvores, os carvalhos silvestres estavam todos florescendo. E a professora disse: “Bem…” Eu estive… Tínhamos um pequeno fogo na sala da escola, numa sala da escola, e ela disse: “William, por que você não tira esse casaco?” Eu não podia tirar aquele casaco. Não estava usando camisa.
Respondi: “Obrigado, professora. Eu… só estou com um pouco de frio”.
Ela disse: “Bem, é melhor você vir aqui para o fogão”. Continuou: “Você está resfriado”. E eu estava quase me queimando de calor de todas as maneiras, e ela acendeu o fogo e me colocou atrás do fogão.
Eu fiquei sentado ali, e o suor escorrendo do meu rosto, ela perguntou: “Você não pode tirar esse casaco ainda?”
Respondi: “Não, senhora”.
Não podia tirar porque não tinha camisa. E então eu simplesmente tive que me assentar ali e sofrer com aquilo.
21 Lembro-me da camisa que adquiri. Uma prima minha que veio ficar com a gente, uma menina da minha idade, e quando ela foi embora, deixou uma de suas saias. Eu comecei a pensar um dia, vendo que tinha mangas curtas, por que eu não poderia cortar a parte inferior dela, e até embaixo, e fazer para mim uma camisa com o vestido dela? Então eu fui e cortei. E tinha aquele pequeno… Como vocês chamam aquilo nos lados, sabem? Franjas em zigue-zague por toda parte assim, vocês sabem. E esse nome é errado. Não é ziguezague, é? Ou algo em… De qualquer forma, era aquela coisa toda nos lados, vocês sabem.
Então fui para a escola com aquilo, sabe, e me senti muito bem e agradável. Os meninos começaram a rir de mim e eu disse: “Não riam. Este é o meu terno indígena”. Era a saia da minha prima. Eles riram de mim, e eu comecei a chorar, fui para casa.
22 Muitos de vocês aqui conseguem se lembrar, em 1917, quando houve uma grande nevada. Oh, que coisa. Ela ficou amontoada aqui em cima. Foi um dos invernos mais rigorosos que já tivemos. Minha mãe costurava para o governo na época. E lembro que todos os meninos da escola tinham trenós. Eles podiam deslizar colina abaixo. Eu não tinha nenhum trenó, nem meu irmão nem eu. Então fomos até ao velho lixão da cidade e pegamos uma bacia. Havia bastante água de chuva com neve sobre o chão, nós sentamos e colocamos nossas pernas umas em cima das outras, nos abraçamos e descemos a colina. Não tínhamos tanta classe quanto o resto deles, mas estávamos escorregando do mesmo jeito. Então descemos a colina com essa velha bacia girando, e girando, e girando. Quando chegamos ao pé da colina… Tudo corria bem até que o fundo dela se soltou. O fundo saiu, bem, conseguimos uma tora, e descemos sobre essa tora.
Eu me lembro, havia um garoto chamado Lloyd Ford. E foi na época da Primeira Guerra Mundial. Éramos meninos, e ele estava vendendo a revista Pathfinder. Quantos se lembram da velha revista Pathfinder? Bem, ele estava vendendo essa revista e teve que usar um traje de escoteiro mirim. E ele pertencia a algum tipo de batedor, ou algo assim…. Traje de batedor para vendê-lo, batedores solitários ou algo assim. Ah, tudo que era… Tinha que estar de uniforme, e eu sempre desejei ser um soldado. E eu perguntei a Lloyd, disse-lhe: “Lloyd, quando já tiver desgastado, você o daria para mim?”
Ele respondeu que “sim”, que ele ia me dar.
23 Parecia que a coisa nunca iria se desgastar, simplesmente continuava durando. Um dia eu lhe indaguei: “Lloyd, o que aconteceu com aquele traje?”
Ele respondeu: “Oh, esqueci-me, Billy”. Ele prometeu: “Vou ver se consigo encontrar”.
A única coisa que ele conseguiu encontrar foi uma perna do traje de escoteiro, com um cordãozinho no lado, e eu disse: “Bem, traga-a para mim”.
Eu usava em casa aquela perneira, e achei que parecia bem. Eu queria usá-la na escola, então simplesmente a enfiei no meu casaco. Estava descendo na minha tora naquele dia e agi como se tivesse machucado a perna. Eu queria usar aquela perneira diante dos meninos (veem?), na escola. Coloquei essa única perneira, então disse: “Sabem, machuquei a perna. E me veio à mente: tenho uma das minhas perneira aqui do meu traje de escoteiro mirim”. Coloquei essa perneira e aqui vim para a escola. Levantei-me para a atividade no quadro-negro.
Vocês se lembram da velha escola do interior e do quadro-negro? Eu me levantei para resolver os problemas; juntei as duas pernas assim, e essa perneira na frente para que não vissem a outra. Fiquei de lado e fiz as atividades assim, para que vissem aquela perna. Os meninos começaram a rir de mim e a professora… Comecei a chorar. A professora me fez ir para casa.
24 Sempre desejei ser um soldado. Quando veio a Segunda Guerra [Primeira Guerra – Trad.], aquela guerra, eu era muito novo, na guerra seguinte eles não me aceitaram, mas finalmente consegui entrar no exército, o exército dos soldados da Cruz. Meu uniforme não está do lado exterior nesta tarde; está no lado interior. Deus me deu um uniforme que eu não trocaria por nada no mundo, o Batismo do Espírito Santo, que me revestiu o interior como um soldado, para me dar graça para resistir nas horas de prova.
Como me lembro tão bem daquela velha escola rural, e de nós, garotos, indo lá à velha escola em Utica Pike. Lembro que a professora tinha uma grande palmatória no fundo da sala, e isso era o que produzia o efeito desejado pela escola. Certamente recebíamos o que precisávamos quando aquela boa e velha professora rural aparecia e tínhamos feito algo errado, ela em verdade nos dava aquilo. Eu recebi minha parte.
25 Então eu me lembro de um dia, era perto da época do Natal… Quantos se lembram de ir buscar a velha árvore de cedro, estourar pipoca e amarrar em volta da velha árvore de Natal? Vocês se lembram disso? Bem, que coisa, que coisa! Não sou o único garoto do interior aqui, sou? Então, eles colocaram essa velha pipoca em volta da árvore de Natal, e mamãe ficou com um pouco, então ela deu para mim e para meu irmão, o que estava ao meu lado, em um pequeno balde de meio galão de xarope. E o levamos para a escola. Nós o colocamos no guarda-volumes, e isso era algo incomum.
Não podíamos lanchar com o resto das crianças. O resto das crianças, eles… Suas mães assavam pão leve e preparavam sanduíches. Mas nós tínhamos um pequeno balde de meio galão de xarope e um pequeno jarro de verduras e um pequeno jarro de feijão, duas colheres e dois pedaços de pão de milho. Isso era o que tínhamos, talvez. E tínhamos vergonha de comer diante dos outros meninos, porque eles tinham biscoitos e coisas assim; e nós passávamos um tempo difícil. Com o cabelo caindo em nosso pescoço, sapatos com numeração maior e velhos, qualquer tipo de sapato que pudéssemos usar, qualquer coisa. Bem, foi terrível, mas eu gostaria de viver aquele tempo novamente. Eu amaria voltar àquele tempo outra vez. Isso é verdade.
26 Eu me lembro de um dia quando a mamãe tinha assado e nos trouxe aquele milho, e nós o colocamos ali. Comecei a pensar sobre aquele milho. Pensei: “Sabe, acho que vou pegar um punhado antes da aula”. Isso foi desonesto com meu irmão. Eu levantei a mão e perguntei à professora se eu poderia ser dispensado, e quando saí para o guarda-volumes, peguei um grande punhado daquela pipoca, saí, fiquei atrás da escola e comi.
Bem, a hora do lanche chegou, os meninos como, quando nós… O restante deles todos começaram a sair de suas salas para comer, e pegamos nosso pequeno balde e descemos a encosta em direção ao rio, bem nas margens do rio aqui, e nós abri… Claro, tínhamos que comer a pipoca primeiro. Nunca havíamos tido nada parecido em casa, talvez uma vez por ano. Então, abrimos o balde; estava quase pela metade. Meu irmão interrogou: “Diga, algo aconteceu com isso, não é?”
Eu respondi: “Claro que sim”. Eu sabia o que havia acontecido.
27 Sabem, aqui não faz muito tempo eu estava vindo do Texas, e estava… Estive muito cansado na reunião, e estava parado ali na margem, e minha esposa foi e pegou os meninos, eles estavam colhendo umas violetas. E eu estava tentando descansar minha mente, e oh, que coisa, aquelas visões… Vocês não fazem ideia, gente, o que isso faz com a pessoa. E eu estava ali de pé inclinado sobre a cerca assim, olhando, e lembrei como costumávamos nos ajuntar ali, garotinhos, e com buracos em nossas meias. E olhei para o alto da colina, e lembrei-me de quando papai costumava atravessar o campo com uma pequena carroça e uma mula.
Todos os sábados à noite íamos para a cidade comprar mantimentos para a semana. E pensei naquele punhado de pipoca. Sabe, é melhor não fazer nada errado, não é mesmo? Isso voltará para você algum dia.
28 Fiquei ali e comecei a pensar: “Agora, Edward já partiu. Ele está morto há anos. Assim que alcançou certa idade, ele foi morto”. Ele morreu chamando por mim. Eu estava trabalhando em uma fazenda de gado no Oeste. E quando… Fiquei ali e comecei a pensar nele. Pensei: “Lembro-me daquele punhado de milho que tirei daquele balde”. E pensei: “Eu daria tudo o que pudesse possuir neste mundo, se pudesse ir até ele novamente e levar-lhe aquele punhado de milho que eu peguei”. Não consigo fazer isso. Aqui não temos cidade permanente.
Lembro-me da velha casa que foi construída ali, grande casa de madeira, e do tamanho das toras que ela tinha, e havia uma pequena macieira do lado de fora. Tinha um pedaço de espelho pregado lá, um espelho no banquinho construído na árvore, e íamos lá e o papai entrava e se lavava. Ele tinha cerca de trinta anos, eu acho, então ele lavava as mãos e coisas assim do lado de fora, e entrava na pequena cabana para comer. E eu me lembro de quão forte ele era. Eu ficava olhando. Meu pai era um homem pequeno, porém com grandes músculos. E eu pensei: “Que coisa, ele viverá para sempre”, um homem tão forte e musculoso, um típico irlandês. E ele era tão musculoso quanto poderia ser. E eu pensei: “Oh, como meu pai é forte”.
29 Eu simplesmente olhei para a velha casa de madeira e vi como ela foi montada; eu expressei: “Que coisa, essa velha casa estará ali quando meus filhos já estiverem velhos”. E sabe de uma coisa? Há cerca de vinte e cinco anos, tem um conjunto habitacional lá.
A velha fonte onde eu costumava beber foi aterrada e desapareceu. A casa não existe mais. Papai morreu aos cinquenta e dois anos. Aqui não temos cidade permanente. Isso é certo. Mas irmão, irmã, somos peregrinos e estrangeiros hoje, buscando uma cidade que tem fundamentos eternos, cujo Arquiteto e Construtor é Deus.
Eu era muito tímido quando garoto. Lembro-me de tentar ser um homem de negócios quando era um garoto. Quantos já entraram numa velha carroça, ou algo assim, e colocaram algumas mantas em sua volta e jogaram um pouco de palha em uma cama e cavalgaram no centro da cidade? Vejamos. Vinha para pegar os mantimentos… Oh, que coisa! No sábado, lembro que costumávamos fazer isso, e toda vez que papai pagava a conta de grande valor da mercearia, que era cerca de dois dólares e setenta e cinco centavos, ou três dólares por semana, para cinco filhos. O homem da mercearia ficava tão feliz em receber aquela conta alta, que ele lhe dava um saquinho de balinhas. E quando traziam aquele saquinho de balinhas, balas de hortelã. Vocês lembram? Diz-se que é muito bom, não é? Aquilo e biscoitos salgados ainda fazem sentir-me bem.
Então eles pegavam aquele saquinho cheio de balinhas e o tiravam, e sentados nessa pilha de feno na carroça havia cerca de cinco pares de olhinhos azuis procurando por aquelas balinhas, pelas quais haviam esperado a semana inteira. Se não houvesse uma varinha por ali… Tinha que separá-las de forma exatamente igual para cada um, para alcançar para cada um deles.
30 Lembro-me de cada um esperando por sua parte. E nós as chupávamos. Não podíamos comer, ir rápido de mais, tínhamos que chupar. Então, eu me lembro de pegar a minha e embrulhar em um pedaço de papel e colocar no bolso. E chegava a segunda-feira, eu vivia como um rei. Mamãe dizia: “William?”
Eu respondia: “Sim, mamãe?”
“Vá até a nascente e pegue um balde d’água.”
“Sim, mamãe.” Eu dizia: “Ei”. Chamava meu irmão Humpy, falava: “Humpy, vou te contar o que farei, se você for buscá-la…” Eram grandes baldes de cedro, vocês sabem, e uma concha de cabaça, e você… Dizia-lhe: “Se você for pegar esse balde de água, vou deixar você dar cinco lambidas neste pedaço de balinha”. Eu descascava e dizia: “Sinta o cheiro. Veja, é bom”. A arte de vender… Irmão, eu estava bem enquanto aquela balinha durava. Eu realmente conseguia aquilo, enquanto tivesse aquele pedaço de bala. Ele ia buscá-la. Eu me assegurava que fossem só cinco lambidas; não seis, mas cinco lambidas. Tudo que tinha que ser feito, eu deixava que fizesse por mim, o resto deles, um homem de negócios, com esse pedaço de balinha.
31 Refleti sobre isso quando estava lá pensando sobre quando costumávamos nos ajuntar. E talvez hoje, acho que eu poderia comprar uma caixa inteira de chocolate Hershey’s se quisesse, mas isso nunca vai ter um gosto tão bom como aquela boa e velha balinha de menta. Era muito boa.
Sei que está frio aqui. Vamos nos apressar o mais que pudermos. Eu os amo, e um dia glorioso, talvez não nesta vida, quando todos nós cruzarmos o rio do outro lado, vou me assentar com vocês lá. Vamos conversar sobre isso tudo então. Não vai fazer frio lá, não. Vamos nos assentar ao lado da árvore sempre verde.
Quero lhes contar sobre quando me casei. Meu pai, fazendo uísque, e vendo as pessoas chegando lá e pegando uísque e bebendo, e vendo o mau comportamento das mulheres, como as jovens iam lá com outros homens, sabendo que não eram seus maridos, eu jurei que nunca teria nada a ver com uma mulher. Achei que fosse o menor, o mais baixo… E não mudei de opinião; é assim. Isso é certo. Oh, que coisa! Pensei: “Isso é horrível”. E afirmei: “Serei um velho solteirão enquanto viver”.
32 Eles davam pequenas festas em casa, vocês sabem, e jogavam esses velhos joguinhos sobre “caça ao búfalo”, ou o que for, vocês sabem, as velhas danças de Kentucky que costumavam ter. E colocavam o violinista em cima de uma caixa, e viam o violino, e todos… Oh, não sei. Todo tipo… Mas eu nunca fiquei com um deles em minha vida.
Eu tinha um velho cachorro-guaxinim [cão esportivo treinado para caçar guaxinins – Trad.]. Agora, quantos sabem o que é isso? Quer dizer que estamos em Kentucky, e apenas uns cinco homens sabem o que é um cachorro-guaxinim em Kentucky? Pode-se dizer que isso é Kentucky? Não creio que já estejamos tão embaixo assim. Vocês estão muito perto de Indiana aqui. Muito bem. Um velho cachorro, e eu tinha um velho rifle calibre 22, e foi lá que vivi na floresta quase toda a minha vida. Eu saía, deitava lá em cima no cume. Nunca fui a um baile em minha vida.
33 Quando eu tinha cerca de sete anos, certo dia estava carregando água. Vocês já ouviram esta parte da história. Lamento dizer, estava carregando para um alambique de meu pai. Dois baldes de meio galão de melaço. E enquanto eu subia a estrada, era setembro, as folhas começavam a ficar meio marrons, e eu me sentei debaixo da árvore e estava sentado lá, chorando porque não pude pescar num velho lago de gelo. Todos os outros meninos foram para o lago de gelo.
E enquanto estava assentado ali, tão quieto como está nesta sala sem o vento, eu pude ouvir algo soprando, como um “Ushhhh”. Eu me perguntei onde estava isso, e não pude ver nenhuma folha soprando. Pareciam folhas. E eu chorei algumas vezes. Usava um macacão com barbante… e uma garrinha como botão, ou para abotoar. Não sei se vocês já usaram um ou não. Veste bem. E eu tinha meu…
Eu machuquei o dedão do pé, e tinha uma espiga de milho amarrada embaixo dele para não sujar, vocês sabem, andando com uma espiga de milho amarrada embaixo do dedão. Oh eu estava uma graça! E estava chorando alto. Eu queria ir pescar, e o resto dos meninos tinham ido lá. Eu estava sentado lá embaixo da árvore pensando: “Agora, os pais deles não fazem isso. E por que eu teria que fazer isso? Carregar essa água para um alambique, fazendo algo proibido”. Papai fez milhares de galões disso, morreu pobre, com fome quando morreu. Isso não te faz nenhum bem. O mal sempre pagará mal.
34 Então eu me lembro de estar sentado lá e ouvir aquelas folhas soprando, e me levantei, e não pude vê-las em lugar nenhum. E eu chorei várias vezes, peguei meus baldes e comecei a subir. Tínhamos vários galões para carregar. Eles iam destilar uísque naquela noite. E subindo a estrada, ouvi aquilo de novo. Virei-me e, na metade do caminho acima, em uma grande árvore de álamo, chamada de álamo prateado, aquilo estava ali, parecia um redemoinho. Nós os chamamos de pequenos ciclones, ou redemoinhos em Kentucky, acho que é o melhor nome. Ficou girando no arbusto.
Bem, eu já tinha notado essas coisas antes. Porém aquilo não foi embora. Agora, vocês podem pensar o que quiserem, amigos. Eu posso tão somente ser honesto com vocês. Mas de lá veio uma Voz audível, que disse: “Nunca fume, nem beba, ou corrompa seu corpo de forma alguma. Haverá uma obra para você fazer quando você for mais velho”.
35 Bem, fiquei tão assustado que quase morri. Deixei cair os dois baldes, comecei a correr, gritando com todas as forças. Havia muitas serpentes cabeças de cobre naquela região, e mamãe pensou que uma serpente cabeça de cobre havia me mordido. Ela tinha apenas uns vinte e dois anos. Ela me pegou e eu fiquei beijando-a e abraçando-a. Ela me colocou na cama e foi até os Wathen e chamou o médico. Ele disse: “Oh, ele só está nervoso”.
Eu dizia: “Há um homem naquela árvore. E eu ouvi o que Ele me disse”. E eu afirmei: “Nunca mais vou passar por ali”. E até hoje, nunca mais estive ali. Eu descia atrás do jardim, voltando por… A bomba estava no celeiro, e tínhamos que levar água para a casa. Não estive lá até hoje, desde então. E isso foi há muito tempo.
36 Então, eu me lembro que cerca de duas semanas depois disso, eu estava jogando bola de gude com meu irmão, e ali senti algo estranho vir sobre mim. Não sabia o que estava acontecendo. E saí, sentei por um minuto, e olhei, e bem diante de mim, vi algo se movendo. E as águas… parecia que o rio estava mais perto de mim. E eu vi a Ponte Municipal que agora atravessa o rio, sobe e cruza o rio, eu vi uma quantidade de homens caindo, e entrei e contei para minha mãe. Ela disse: “Você teve um sonho, querido”.
Respondi: “Não, senhora. Eu me levantei e olhei diretamente nisso, e vi o que aconteceu”.
E vinte e dois anos depois, a ponte que se estende sobre o Rio Ohio, e exatamente a mesma quantidade de homens perderam suas vidas. E eles simplesmente seguiram em frente. Todas às vezes, em toda parte, simplesmente uma visão após outra. Ninguém…
37 Lembro-me do primeiro encontro que tive com uma garotinha. Vocês sabem como são os meninos. Quando se tem uns dezesseis, dezessete anos, tem que ter uma namorada. E oh, aquela primeira, vocês sabem como ela era. Eu era um meninão tímido do interior, mas me lembro da primeira garota que tive. Oh, ela tinha dentes como pérolas. Tinha olhos de pomba e pescoço de cisne. Oh, era a coisa mais bonita que eu já tinha visto em minha vida.
Então, ela tinha acabado de entrar na escola, então eu disse para o outro rapaz meu amigo: “Pegue o velho Ford do seu pai. Tenho setenta e cinco centavos. E vamos conseguir dois galões de gasolina por vinte e cinco centavos. E assim me sobrarão cinquenta centavos, e vamos sair e nos divertir.”
38 Então tivemos que elevar o velho Ford, e você sabe, fazer… Você já fez isso com o seu velho Ford quando ele estava meio arriado de qualquer maneira, vocês sabem? E o manivelamos até que o fizemos funcionar, e ele pegou sua garota, e eu peguei a minha, e lá fomos nós. Que coisa, eu pensei, ela vai sair comigo. Saímos à noite, não precisava se vestir bem, vocês sabem; não íamos a lugar nenhum de todos os modos. Então eu me sentei no banco de trás do carro conversando com essa daminha, ela de um lado, e eu lá do outro lado, tão tímido, vocês sabem. Que coisa, eu sei que meu rosto estava fadado a ficar vermelho.
39 Então paramos ali em um lugar para comprar alguns sanduíches. Você compra um sanduíche bem grande de presunto por cinco centavos. Então eu era a diversão da multidão. Eu ia entrando e ia comprar alguns sanduíches de presunto. Então peguei os sanduíches e saí com algumas cocas, e nós tomamos as cocas e comemos os sanduíches, e eu pensei: “Oh, que coisa. Sou um verdadeiro sujeito agora. Alguém gosta de mim e, oh, que coisa,
estamos simplesmente tendo um bom momento”.
E mais ou menos nessa época, foi quando as mulheres começaram a se perverter o suficiente para fumar cigarros. E quando eu voltei, minha pequena rainha estava fumando um cigarro.
Bem, sempre tive minha opinião sobre uma mulher que fuma cigarros. É a coisa mais baixa que ela poderia fazer. E eu não mudei minha opinião nem um pouco. Se Deus… Se o Espírito Santo que trata comigo… Se você espera chegar ao céu, é melhor parar com essa coisa antes de chegar lá. Isso é certo.
40 Agora, não estou aqui para pregar o Evangelho. Há ministros aqui que fazem isso. Mas deixem-me dizer-lhes algo, mulheres, isso é uma desgraça para o mundo. Vê-la com… Quando recebo estatísticas do governo mostrando que oitenta por cento dos bebês que nascem têm que ser criados com leite de vaca. Se suas mães os amamentassem, morreriam em dezoito meses por causa do veneno da nicotina.
Comunistas, quintos colunistas? Ouça, irmão, não tema que a Rússia venha aqui e faça qualquer coisa, ou a Alemanha, ou qualquer outra nação. É nossa própria podridão que está nos matando. Não é a bicada do peito-roxo que estraga a maçã; é a larva no interior dela que a mata. Estamos ficando tão desmoralizados que não é de admirar que estejamos destruídos. Estamos nos destruindo. Muito bem, é muito por isso.
41 De qualquer forma, ela estava fumando um pequeno cigarro. Eu olhei para ela e, que coisa, ela, é claro, saiu da minha presença. E olhei para ela, e mal pude acreditar que era ela, aquela garotinha bonita, sentada ali fumando aquele cigarro. Ela estava soprando pelo nariz, vocês sabem, com uma aparência doentia. Qualquer homem que deixa sua esposa fumar cigarros, isso mostra de que ele é feito. Isso é certo. Isso é certo. Exatamente. Irmão, a minha mulher pode fazê-lo, e se o fizer, pela mesma porta que ela entrou ela pode sair. Isso é corretíssimo. Sentada ali fumando… Isso mostra quem manda na casa. Sentada ali, isso é deplorável, e igualmente deplorável para os homens. E lá estava ela assentada soprando aquela fumaça pelo nariz. Eu pensei: “Bem, pobre garota”.
Ela indagou: “Você quer um cigarro, Billy?
“Respondi: “Não, senhorita. Obrigado. Eu não fumo”.
Ela disse: “Agora, eles… Você diz que não dança”. Ela é uma dessas pequenas pop, ou do tipo menininha problemática, vocês sabem. Ela arrazoou: “Você não dança. E disse que não bebe, e agora, você não fuma”. E interrogou: “O que você gosta de fazer?”
E eu respondi: “Bem, eu gosto de caçar e pescar”.
Isso não lhe interessou. Então ela disse: “Bem, você é um grande maricas”.
Oh, que coisa! Eu estava prestes a me tornar o grande malvado Bill. Veem? E aqui eu era considerado por ela um efeminado.
42 Uma vez, antes disso, meu pai me chamou de maricas. Estávamos descendo para pegar algumas garrafas no rio, vocês sabem, ao longo do rio, e meu irmão e eu ganhávamos cinco centavos por dúzia de garrafas apanhadas, onde colocavam o uísque. E eu tinha um velho barco, não tinha leme na parte de trás, e tínhamos duas pranchas. Meu irmão de um lado e eu do outro, e esse homem tinha um grande barco de patos [barco leve, impulsionado por remos ou vela e empregado na caça ao pato – Trad.]. … e eu pensei… Seu nome era McKinney. E ele ia me deixar usar seu barco, e eu pensei: “Ali está uma pessoa que gosta de mim”. E quando ele ia me deixar remar em seu barco, e naquele dia estávamos atravessando a colina, abaixo da antiga casa, e estava ali no caminho uma árvore tombada pelo vento, e papai simplesmente colocou a perna em cima da árvore… Num domingo de manhã, ele parou e tirou uma garrafinha rasa de uísque do bolso, deu ao Sr. McKinney e ofereceu: “Quer um gole?”
Ele tomou um gole e passou para mim, dizendo: “Quer beber um gole?”
Eu respondi: “Não, obrigado. Eu não bebo”.
Ele afirmou: “O quê? Um Branham e não bebe?”
E papai disse: “Não, eu criei uma maricas”. Maricas?
43 Bem, aquilo me atingiu. Eu falei: “Dê-me essa garrafa”. E peguei aquela garrafa com tanta determinação para tomar um gole quanto estou para ter um culto nesta noite. E tirei a rolha, comecei a virar para beber… Agora, você pode chamar isso do que quiser. Mas quando comecei a tomar aquele gole de uísque, ouvi algo que fez: “Whooosh”.
Pensei: “O que é isso?” Comecei de novo, e algo simplesmente continuou fazendo aquele barulho como o vento do redemoinho nas folhas, o mesmo “barulho” que me disse para nunca fumar, ou beber, ou me contaminar. Eu não pude aguentar. O que era aquilo? Não era porque eu era bom demais; era porque Deus estava protegendo Seu dom. Veem? Não é nada do homem. Ele não é nada. É Deus.
44 Deixei a garrafa cair e comecei a chorar. Corri para o campo. E naquela noite, quando aquela garota me chamou de maricas, porque eu não quis fumar um cigarro, eu disse: “Ninguém me quer, e aqui nem as minhas garotas querem ter algo a ver comigo. Dê-me esse cigarro”. E o peguei, tão determinado a pegar aquele cigarro e fumá-lo quanto estou de concluir esta história. E ela me entregou; tirei um dos cigarros do maço, abaixei-me e risquei um fósforo, e comecei a colocá-lo na boca. E assim que comecei a fazê-lo, eu ouvi: “Whoosh”.
45 “Bem, isso é só minha imaginação.” Eu o peguei de novo e comecei a levá-lo à boca novamente, e outra vez rugiu. Olhei para o cigarro; o fósforo estava queimando. Olhei para ela. Lembrei-me daquilo: “Nunca beba ou contamine seu corpo de forma alguma”. Permaneci ali um pouco. Fiquei muito abalado. Comecei a chorar. Larguei o cigarro. Ela disse: “Bem, você é um grande maricas”. E eu simplesmente joguei-o no chão e comecei a andar sozinho pela estrada, chorando, com as mãos no bolso. E eles me seguiram com o carro, com os faróis acesos em minha direção, em um velho Ford modelo T, rindo de mim. E eu saí e me sentei no campo. Saí e atravessei o campo. Eu poderia pegar vocês e colocá-los no mesmo lugar.
46 Eu me sentei lá e disse: “Vou para casa e terminarei o trabalho. Ninguém me quer, e ninguém… Minha vida é uma miséria, então de que me serve viver?” Sentado lá no campo naquela noite… a graça de Deus… Gostaria de ter mais tempo (mas não posso) para entrar nisso, para dizer o que aconteceu; mas um dia eu o farei, com a ajuda de Deus.
Vocês podem estar se perguntando como foi que me casei. Finalmente encontrei uma moça que não bebia nem fumava. Deem uma olhada; elas ainda estão aqui. A espinha dorsal da nação… Então, ela era uma jovem encantadora. Como estou feliz… Feliz de poder falar sobre ela e seu filho, e sobre ela e eu… sentados lá atrás me ouvindo. Ela era uma rainha. Ela era tudo o que uma dama poderia ser.
Eu fui com ela. Ela era de uma boa família. Minha família não era grande. Mas ela era uma moça muito boa, uma moça cristã. Eu ia com ela para a igreja; foi para lá que ela me levou, para a igreja.
47 E lembro-me de minha conversão, quando me converti. Vou ter que saltar a maior parte para me apressar agora. Eu me lembro no… comecei a me convencer de que ela era uma moça muito boa para eu sair com ela. Alguém deveria se casar com ela, que lhe desse uma boa vida, e eu estava ganhando apenas vinte centavos por hora, então eu sabia que não poderia sustentá-la com isso, trabalhando como escavador de valas. E seu pai ganhava quinhentos e tantos por mês durante a época da Depressão, um organizador de uma associação de irmandade na ferrovia da Pensilvânia.
Mas ela me amava e eu a amava. Então pensei que só ia haver um… Eu só teria que contar a ela e ir embora. E eu não consegui. Eu tentei. Todas as noites eu pensava em lhe dizer que simplesmente não voltaria mais, e a deixaria ir adiante e encontrar um bom moço que pudesse fazê-la viver e fazê-la feliz. E eu estava tomando seu tempo, sua jovem vida, e eu não queria fazer isso. Então eu estava todo confuso. E eu não queria desistir dela, porque a amava demais. E eu certamente estava numa condição ruim.
48 Então, eu era tímido demais para lhe pedir em casamento. Eu simplesmente não conseguia fazê-lo. Acho que vocês se perguntam como então me casei. Eu lhe escrevi uma carta e perguntei se ela aceitaria. Deu certo. Agora, não foi: “Querida senhorita”, eu… foi, vocês sabem, um pouco mais que isso. Eu me assentei um dia e preparei tudo, e redigi uma carta.
Agora, o pai dela era um bom amigo. Sua mãe era uma boa mulher, mas ela pertencia a uma igreja muito rígida, vocês sabem, na qual ela cria. Para um moço como eu, eu imagino, não era de mais. Então pensei: “Eu poderia me virar com o pai dela, mas é a mãe dela que está me preocupando”.
49 Então fui trabalhar naquela manhã. Eu disse: “Agora, se não der certo, tudo bem, então isso ficará resolvido”. E fechei a carta, coloquei-a na caixa de correio e fui trabalhar. E tinha que levá-la à igreja na quarta-feira à noite, tinha um encontro. Então fui até lá e coloquei a carta na segunda de manhã. Então, quarta-feira à noite, tinha que ir à igreja. E comecei a pensar, vocês sabem. Nunca havia pensado nisso antes, mas ao enviar aquela carta, e se a mãe dela a pegasse? E então, bem, se ela não recebesse. Pensei: “Oh, que coisa. Tenho certeza que vou me dar mal quando chegar lá, se a mãe dela recebeu, em vez dela”. Bem, quanto mais eu pensava nisso, mais eu achava que seria melhor ficar longe quarta-feira à noite.
50 “Bem”, pensei, “não, não posso fazer isso agora. Tenho que ir. Então, o que vou fazer acerca disso?” Então, pensei: “Vou dirigir até a frente da casa e vou com calma”. Eu sabia que era melhor dirigir até a frente e buzinar. E rapazes, estou dizendo isso agora também a vocês, e a vocês, meninas, se o seu namorado não te considera o suficiente para vir até a sua casa, perguntar por você, fique longe dele. Isso é certo.
Então guiei o velho Ford até lá; parei. Cheguei até a varanda e pensei: “Não vou entrar na casa, sabe. Ela vai me levar para dentro, então estarei num dilema terrível”. Então, bati à porta. E então, Hope, minha esposa, ou melhor, minha querida naquela época, veio até a porta. Ela me cumprimentou: “Olá, Billy. Entre”.
51 E eu pensei: “Oh, oh. Não, não. Tenho medo de entrar. Se sua mãe recebeu aquela carta, então vou entrar na casa, e não poderei sair. Então, estarei num dilema terrível”.
Então, ela indagou: “Você não vai entrar?”
Respondi: “Obrigado, vou esperar aqui na varanda”.
E ela insistiu: “Oh, entre”.
Que coisa, eu andei e sentei à porta, e segurei meu chapéu na mão. Pensei: “Oh, isso está sob muita pressão”.
Depois de um tempo, a mãe dela entrou. Ela cumprimentou: “Como vai, William?”
Respondi: “Como vai, Sra. Brumbach? Com certeza um bom dia”.
“Sim, claro.”
Então seguiu adiante. Pensei: “Ela não recebeu a carta”.
52 Fomos à igreja. Não ouvi nada que o Dr. Davis disse naquela noite. A única coisa em que eu pensava era: “Ela está… Assim que o culto acabar, ela vai me dizer: ‘Muito bem, esta é sua última noite’. Eu ia perder minha garota então”. Tinha isso em mente. Você sabe como o diabo pode lhe contar mentiras. Então pensei: “Vou perder minha garota assim que o culto acabar”.
Então, não ouvi nada do que o pregador disse. Quando voltamos para casa naquela noite, nós… Ela disse: “Vamos caminhar”.
53 Pensei: “Oh, oh, agora sei que ela recebeu a carta”. Então, eu estava andando pela rua. Continuei olhando para ela. Oh, que coisa, aqueles olhos escuros, e a lua iluminando, vocês sabem. Eu simplesmente detestava a ideia de ter que perdê-la. Então pensei: “Sei que não posso me casar com uma moça assim. Então acho que talvez eu deva seguir em frente e terei que ser um velho eremita. Sempre disse que ia ter um monte de armadilhas e um cachorro, e viveria lá na floresta.
Então pensei: “Bem, agora acho que é isso”. E continuamos andando e já quase chegando em casa, bem, pensei: “Sabe, talvez ela não tenha recebido a carta. Quem sabe tenha ficado pendurada na caixa de correio e ela não tenha recebido”. Então fui muito ousado, vocês sabem. Continuei falando. Ela não recebeu a carta, então fiquei um tanto feliz por ela não ter recebido.
54 Então segui, vocês sabem, falando bem. No momento em que estávamos quase em casa, ela disse: “Billy?”
E eu respondi: “Sim, Hope?”
E ela declarou: “Recebi sua carta”.
E oh, que coisa, eu interroguei: “Você recebeu?”
Ela respondeu: “aham!”
Bem, pensei: “É isso”.
Então caminhamos mais um pouco, e ela seguiu caminhando silenciosamente. Você sabe como uma mulher pode mantê-lo em suspense, vocês sabem. Pensei: “Bem, diga algo. Diga-me para não voltar mais ou fazer algo”. Então, continuei andando. Olhei para ela, e ela olhou para mim, e simplesmente continuou. Então pensei: “Bem, o que você vai dizer?” Assim, ela continuou andando, mas não disse nada. Pensei em quebrar o gelo e lhe perguntei: “Você leu?”
Ela respondeu:”Aham”.
55 Bem, pensei: “Bem, fale alguma coisa”. Então não disse uma palavra, apenas seguiu adiante. Faltava só um pouquinho para chegarmos à casa e pensei: “Você vai me levar até sua mãe, não é? E então eu sei que vamos chegar a isso”.
E então lhe interroguei: “Você leu tudo?”
Ela respondeu: “Aham”. Isso é tudo que consegui arrancar dela: “Aham”.
Então lhe perguntei: “O que você achou?”
Ela respondeu: “Oh, está tudo bem”. Nós nos casamos realmente. E deu certo. Sim, senhor.
O problema era que eu… Tivemos que perguntar aos pais dela. E ela disse: “Billy, você terá que perguntar a minha mãe e ao meu pai”.
56 Eu disse: “Olha, Hope,” e expus: “Você sabe, o melhor que me lembro, agora, é que a vida de casado deve ser cinquenta e cinquenta. Veem?” Eu afirmei: “Agora, vou lhe dizer uma coisa, vou fazer um acordo com você”. Esclareci: “Minha parte, os cinquenta, vou perguntar ao seu pai. E sua parte, os outros cinquenta, você pergunta a sua mãe. Eu sabia que lidaria bem com seu pai, mas tinha minhas dúvidas com relação à sua mãe.
Ela confirmou: “Tudo bem”. E pontuou: “E se você perguntar ao papai primeiro?”
Respondi: “Bem, tudo certo”.
Ela afirmou: “Devemos lhe perguntar imediatamente”.
Concordei: “Acho que isso é certo”.
57 Então eu fui até a casa dela, naquela noite, e me assentei lá. E me preparei para ir. Estávamos todos sentados, e o Sr. Brumbach estava sentado em sua escrivaninha datilografando algo, vocês sabem. E oh, que coisa. Só pensei em ficar a noite toda. Então finalmente chegou a hora, eu tinha que dizer algo. Então eu disse… Deu nove e meia, era hora de ir para casa. Como os tempos mudaram! Então eu disse… Levantei-me para ir para casa e despedi: – “Boa noite a todos”, e saí.
E Hope se aproximou e questionou: “Você não perguntou? Por que você não lhe pergunta?”
Respondi: “Oh, simplesmente não posso”. Eu disse: “Simplesmente não posso”.
Ela insistiu: “Bem, você tem que perguntar para ele”.
E eu afirmei: “Bem, pegue sua mãe e vá para a outra sala”.
E ela respondeu: “Tudo bem”.
Então ela voltou e disse: “Mamãe, a Sra. poderia vir aqui um minuto?”
Então, fiquei um pouco parado na porta. E disse: “Charlie?”
58 Ele estava escrevendo em algo. Virou-se e disse: “Hã? O que você disse, Bill?”
E eu respondi: “Posso falar com o Sr. um minuto?”
Ele se virou e disse: “Sim, por quê? Qual é o problema, Bill?”
E lhe pedi: “O senhor poderia vir aqui só um minuto?”
E ele concordou: “Sim”.
Ele saiu para a varanda. E oh, eu estava suando e meu coração acelerado. E eu afirmei: “É certo que está uma noite bonita, não é, Charlie?”
Ele pontuou: “Claro, Bill”.
E continuei: “Gosto desse tipo de noite”.
Ele declarou: “Você pode se casar com ela”. Como ele me poupou.
Eu lhe perguntei: “O senhor quis dizer isso mesmo?”
Ele respondeu: “Sim.”
Eu lhe perguntei: “E quanto à mãe dela?”
Ele respondeu: “Eu me encarrego disso”.
59 Eu afirmei: “Obrigado, Charlie”. E continuei: “Agora olhe, Charlie”, “sei que o Sr. pode conseguir roupas boas para ela e tudo mais. E provavelmente há muito mais rapazes por aqui que poderiam dar a ela uma vida melhor; e ela é uma menina bonita e uma dama simpática”, e prossegui: “qualquer um quereria sair com ela”. Eu disse: “Não sei como esses descontroles acontecem assim comigo”. Declarei: “Charlie, não há ninguém no mundo que a ame mais do que eu”. Prossegui: “Não posso fazer por ela o que o senhor faz, porque eu não… Só ganho uns vinte centavos por hora”. Mas expus: “Charlie, vou trabalhar o máximo que puder e fazer tudo o que sei que está ao meu alcance para sustentá-la e ser bom para ela”.
60 Nunca esquecerei. E ele colocou a sua (ele era um alemão, e eu um irlandês, e estávamos sempre brincando um com o outro) colocou sua grande mão sobre o meu ombro e declarou: “Bill, prefiro que você a tenha a qualquer pessoa que conheço”. E continuou: “A vida não consiste do que você possui; é o quão contente você está com o que tem”.
Respondi: “Obrigado, Charlie. Eu a amo”. E disse mais: “Serei bom para ela e verdadeiro. E vou trabalhar tão duro quanto puder por ela”.
Ele afirmou: “Eu creio nisso”.
Nós nos casamos e nos mudamos para uma casinha de dois quartos. Nunca esqueço o que compramos de utensílios para a casa. E vou terminar em um minuto.
61 Nós… Fui lá, eu tinha dinheiro suficiente para ir à Sears e Roebucks e comprar um conjunto de mesa e cadeiras que não tinham sido pintadas ainda. E nunca me esqueço disso. Eu as estava pintando de amarelo, e coloquei um grande trevo verde em cada cadeira, um irlandês, vocês sabem. E tínhamos uma velha cama dobrável. Quantos alguma vez souberam o que é uma cama dobrável? Alguém a deu para nós. E fui a um vendedor de ferro velho e comprei um fogão por setenta e cinco centavos, um fogão de cozinha. E tive que pagar um dólar e algo para colocar grelhas nele. E o instalamos lá e fomos cuidar da casa
Não tínhamos muito, mas éramos felizes. Tínhamos um ao outro. Isso era tudo o que importava. Nós nos amávamos, isso era tudo.
62 Mais tarde, Deus nos deu um garotinho, que está de pé bem ali atrás olhando para mim agora. E como ficamos felizes quando ele veio ao mundo. E nós amamos a Deus com todo nosso coração.
Pouco antes, ou logo depois que o menino nasceu, tirei minhas primeiras férias. Nós economizamos dinheiro suficiente até eu ter, creio, que cerca de seis, oito ou dez dólares economizados, além do pagamento do carro. E fui a Michigan visitar um velho amigo que conheci, chamado John Ryan, que está sentado aqui agora.
Eu não sabia muito sobre o povo pentecostal. E esse ancião, eu pensava que ele pertencia à “Casa de Davi”, porque ele usava cabelo e barba longos. Mas descobri que estava errado. Fui visitá-lo. E assim, você se lembra, irmão Ryan. Ficamos lá alguns dias.
E na minha viagem de volta foi quando encontrei o povo pentecostal pela primeira vez. Viemos por Dawa… ou Mishawaka, Indiana. E estava sendo realizada uma grande convenção. E havia velhos Fords e Cadillacs, e tudo mais estacionados por ali, e ouvi muito barulho. E entrei para ouvir essas pessoas. E eles gritavam “Whooo!”, com suas danças, e correndo e gritando. Pensei:”shh, shh, shh, ssh, que conduta dentro da igreja”. E como estavam se comportando dessa maneira. Pensei: “Bem, é terrível as pessoas agirem assim na igreja”. Então os escutei, e eles estavam correndo para lá e para cá, dançando, gritando e comportando-se assim. E pensei: “É simplesmente horrível eles fazerem isso”. Meu estilo próprio de batista, vocês sabem, então eu… pensei…
63 Então, naquela noite eu apenas esperei para ver o que eles iam fazer. Eles fizeram com que todos os pregadores subissem à plataforma.
Disseram: “Nós temos…” Cerca de quinhentos de nós lá em cima, e nos foi dito: “Agora, não temos tempo para vocês dizerem algo, apenas diga quem você é, e de onde”.
Então eu disse apenas: “William Branham, Jeffersonville”. Fui…
No dia seguinte, ali estava algo, ou outro daqueles pregadores pregando; trouxeram até ali um ancião, um velho homem de cor, que estava usando um casaco bem comprido. Todos aqueles pregadores tinham pregado sobre diversas coisas naquele dia, mas ele tomou seu texto em Jó. “Onde estavas tu quando lancei os fundamentos do mundo…” e assim por diante. Eles tinham pregado sobre coisas terrenas, mas ele pregou sobre coisas celestiais. E ele tomou Cristo antes da fundação do mundo, trouxe-O à segunda vinda, através do arco-íris horizontal.
64 Quando trouxeram o ancião ali, ele era tão idoso que tiveram que ajudá-lo a sair. E na hora em que ele ficou todo agitado pregando, ele deu um pulo, bateu os calcanhares, disse: “Glória a Deus! Uuh”. E afirmou: “Não há espaço suficiente aqui para eu pregar”, e saiu da plataforma.
E eu refleti: “Rapaz, se isso faz um ancião agir dessa maneira, eu quero isso também. O que isso não fará em mim?” Declarei: “É isso que eu quero”.
Eu não tinha dinheiro, então não podia comer com eles. Tinha setenta e cinco ou oitenta centavos, além da gasolina que teria que comprar. Não poderia ficar em uma área turística, então fui e comprei uma grande sacola cheia de pães amanhecidos, vocês sabem… Então, eu os comi. E saí para um milharal e me deitei naquela noite, e apertei minhas calças entre os dois assentos do carro, vocês sabem, o banco de trás e o da frente, e coloquei ali e apertei. E orei a noite toda para que Deus me desse favor com aquelas pessoas. Eles tinham algo que eu queria. E então pensei: “Oh, é isso que eu estava buscando, bem ali”.
65 Então voltei na manhã seguinte, e eu brilhava com o melhor que eu tinha. Estava de camiseta e calça de algodão listrado. Ninguém me conhecia, de qualquer maneira. Então eu entrei e me sentei. O pessoal de cor negra estava lá. Eles tiveram que usar o espaço acima da linha Mason Dixie para que essas pessoas de cor pudessem ser acomodadas por ali. E sucedeu que ao me sentar, de repente um homem de cor se assentou ao meu lado, e eu sou um sulista também, vocês sabem. Olhei em volta e pensei: “Agora, isso não está certo”. Olhei para ele… De repente, eles aparecem. Todo aquele grande grupo de pessoas, todas cantando, e agindo assim. E eu pensei: “Isso é maravilhoso”.
Então o homem saiu. Ele disse: “Na noite passada, na plataforma, havia um jovem evangelista chamado William Branham”. Continuou: “Alguém sabe o paradeiro dele?” Havia duas ou três mil pessoas ali. Eu estava usando calça listrada e uma camiseta, então eu fiquei bem quieto no assento assim. Repetiu: “Alguém sabe onde está William Branham? Queremos que ele traga a mensagem da manhã”. Mensagem da manhã, calça listrada e uma camiseta? Eu simplesmente me agachei bem suave assim, vocês sabem, embaixo do assento.
66 Então ele anunciou novamente, dizendo: “Alguém aí fora, se você sabe onde William Branham está, diga-lhe para entrar”. Ninguém me conhecia.
Então, esse homem de cor deu uma olhada por ali e interrogou: “Conhece o homem?”
Eu teria que mentir ou fazer alguma coisa, vocês sabem. Então respondi: “Olha, eu o conheço, sim.”
Ele afirmou: “Bem, vá buscá-lo”.
Pedi-lhe: “Olha, não diga nada”. Confidenciei: “Sou eu.” Veem?
Ele disse: “Bem, suba lá”.
E eu argumentei: “Bem, não posso fazê-lo. Olha aqui, como estou vestido”.
Ele ponderou: “As pessoas não se importam com a forma como você se veste. Suba lá”.
E eu insisti: “Não, pense… Shhh, não diga nada”.
Foi perguntado: “Alguém encontrou William Branham?”
Ele respondeu: “Ele está aqui. Ele está aqui”.
67 Oh, que coisa! “Ele está aqui”. Oh, que coisa! Vestido com uma calça listrada e uma camiseta, subi ali. Nunca havia visto um microfone antes. E ali ia eu subindo, nessa grande catedral, lá, subindo ali, vocês sabem, e pensei: “Oh, tão fora de lugar”.
Tomei meu texto da passagem quando o homem rico, em Lucas, vocês sabem, levantou os olhos no inferno e chorou. Lá em cima eu disse: “E ele levantou os olhos. Não havia crianças no inferno, então ele chorou. Não havia flores, então ele chorou. Não havia reunião de oração, e ele chorou. E não havia isso, aquilo e aquilo outro”. Então eu chorei. E de repente, o Espírito Santo tomou o controle naquele edifício, e eu nunca havia visto tal comportamento em toda… Bem, quase fiquei inconsciente. Eu estava no lugar certo e não sabia.
68 Depois de estar do lado de fora, voltamos aos nossos sentidos. Eu saí e um companheiro se aproximou de mim usando um grande chapéu do Texas e botas de caubói e se apresentou: “Olha, eu sou o Reverendo Fulano de Tal”.
Eu disse: “Bem, diga”. Talvez minha calça listrada não seja tão ruim.
Um outro se aproximou, vestido com essas roupas de golfe, sabe, e se identificou: “Eu sou o Doutor fulano de tal, da Flórida”. Ele disse: “Você viria pregar para mim?”
Bem, pensei: “Que coisa!”
Recebi uma série de convites. E entrei no meu velho Ford. Eu ia contar para minha esposa. E desci a estrada. Vejam, eram trinta milhas por hora [48 km – Trad.]. São quinze milhas por aqui e quinze milhas por esse outro lado, sabem. E aqui vinha eu pela estrada, tão rápido quanto podia. Eu puxava o freio e os dois pneus traseiros deslizavam. Bendito seja o seu coração, ela correu para a porta, e com os braços abertos, sabe, e ela perguntou: “Você desfrutou lá?”
69 Eu declarei: “Oh, foi um tempo maravilhoso”. Contando-lhe sobre estar como irmão Ryan, e assim por diante. E foi quando eu disse: “Querida, tenho uma coisa para lhe contar. Deixe-me lhe mostrar”. Enfiei a mão no bolso. “Vê todos esses?” [Convites – Trad.] Salientei: “Sempre quis ser um evangelista”. Continuei: “Há… tenho convites suficientes para o ano todo. Você vai comigo?”
Ela respondeu: “Claro”.
Bem, ainda devíamos cerca de cem dólares pelo velho Ford, dívidas e coisas assim, mas ela queria ir comigo.
Bem, fomos e contamos para sua mãe. -“Mamãe!” Ela respondeu: “Sim, fale”. Mas sua mãe negou: “Bill, não”. Ela prosseguiu: “Isso não passa de um monte de escória de outras igrejas, é só o que as outras igrejas jogaram fora”.
70 “Bem”, eu sustentei: “eles são as pessoas mais felizes do mundo. Não têm vergonha de sua religião. Eles gritam, clamam, tão livres quanto o fluir da água”. E continuei: “Eu gosto disso”.
Ela insistiu: “Isso é só o que outras igrejas jogaram fora”. E prosseguiu: “Não passa de um monte de lixo”.
E eu me dei conta de que o que ela chamava de lixo é o que existe demais excelente. E digo isso com respeito. Isso é corretíssimo.
Então eu disse: “Bem… Eu afirmei: “Bem, ela é minha esposa”.
E ela replicou: “Porém, é minha filha”. Ela disse: “Ela pode ir. Mas se ela for, sua mãe irá para o túmulo com o coração partido”.
Então Hope começou a chorar. Ela disse… Ali foi onde cometi meu erro fatal, bem ali. Então ela confirmou: “Bem, se você quiser, se você quiser ir, eu irei com você”.
71 E continuamos conversando sobre isso. Em vez de escutar a Deus, eu escutei a sua mãe. Agora ela pode estar assentada bem aqui nesta tarde pelo que sei. Não a vejo, mas ela pode estar. Ela é uma boa mulher, mas ela simplesmente não entendia naquela época.
Então a tristeza se instalou. Imediatamente, o… Tivemos um… Pouco tempo depois, outro nenê nasceu, uma garotinha chamada Sharon Rose.
Veio a inundação de 1937. As dores começaram a surgir. As coisas deram errado na igreja. Minha congregação começou a diminuir. Apenas saia da harmonia com Deus uma vez. E amigos, sempre vou sentir pesar quanto àquilo enquanto viver. Naquele momento, minha igreja pensou que eu era um fanático. Eles ainda pensam assim. Não minha igreja em Jeffersonville, não, não, refiro-me à igreja batista a que eu pertencia.
72 Em casa eu era uma ovelha negra, porque não bebia e coisas assim, e todo o restante deles bebiam. Na sociedade eu não dançava, não ia a lugares, não jogava cartas e essas coisas. Então eu era uma ovelha negra ali. Na igreja, eu era um fanático. E acabei por me dar conta de que essa escória estava exatamente onde eu pertencia. Eu era um deles, exatamente. Eles tinham algo que estava aqui dentro. E um fundo estava clamando por outro fundo, e era onde Deus estava tentando me alcançar.
Não estou depreciando ninguém, nenhuma igreja, ou nada sobre isso. Cada pessoa que é nascida do Espírito de Deus é um filho de Deus. Isso é certo.
73 Mas então, eu me lembro quando veio a inundação, e minha esposa adoeceu. E nunca me esqueço daquela hora. Que coisa, na noite em que o dique rompeu ali embaixo… Irmão Ryan, você estava lá. E eu trabalhava na patrulha. Pensava que era um bom barqueiro.
E estou prestes a encerrar o culto. E nunca me esqueço daquela noite, desses poucos segundos… Quero tentar colocar isso em seus corações para que saibam o que aconteceu naquele tempo.
Minha esposa adoeceu. E o dique rompeu naquela noite. Lembro-me de encontrar o irmão Ryan e os demais ali, e ele estava em meu velho barco, de pé próximo à margem, pregando para o povo, descendo o rio.
74 E então, fui ao hospital para buscá-la, e tudo estava debaixo d’água. E lá estava eu, lá fora no… Saí para resgatar uma mulher que veio, contaram-me que estava lá na rua Chestnut, e a casa estava sendo inundada, e as pessoas se afogando. E eu entrei no barco e puxei a corda do motorzinho de arranque, e cheguei onde a mulher estava, e a casa estava prestes a desabar, uma grande casa de dois andares balançando de um lado para o outro. E eu desci pela parte de trás de um beco, por onde tinha que entrar. E amarrei o barco, peguei a mãe e alguns filhos e os coloquei no barco. A mãe desmaiou. Coloquei-a no barco, a acomodei, e depois voltei. E quando voltou a si, quando a levamos para a costa, ela começou a gritar: “Meu bebê, meu bebê”. E eu pensei que ela tinha deixado um bebê lá na casa.
75 Bem, tentei voltar novamente. Descobri que era um bebezinho de dois anos, uma criança de três anos que ela tinha consigo lá, e não sabia onde estava. Mas eu já tinha entrado no barco. E voltei para pegar o bebê. E assim que amarrei o barco no poste, assim, entrei ali novamente para dar uma olhada, não tinha nada na casa e o fundo se desprendeu, e aqui estava eu dentro d a casa. E corri e saltei pela porta bem rápido, e caí na água, e peguei o poste assim e puxei a corda e saltei no barco novamente. E a correnteza me levou até o meio do rio Ohio, que é três ou quatro vezes mais largo do que aqui, e então era muito largo. A cidade inteira foi devastada.
76 E o motor… Algo aconteceu, e eu não conseguia dar partida. E a correnteza estava me levando em direção à represa lá embaixo, nas cachoeiras. Estava tão forte que me fazia rodopiar. Eu estava sentado lá puxando a corda o mais forte que podia, e não pegava. E puxei novamente, com o barco girando, as ondas tão altas quase como este edifício. Estava desse jeito.
Tive tempo suficiente para refletir se aquilo era escória ou não, ou um lixo. Pensei: “Oh, que coisa. Só mais um pouco e passarei pelos paredões e pelas cataratas, e será o fim. Pensei na esposa e nos dois bebês…” E comecei a puxar a corda assim, e ia rio adentro. E vi que não ia dar partida e comecei a chorar. Clamei: “Deus, tenha misericórdia de mim. Não me deixe morrer aqui dessa maneira”. Puxei a corda assim e puxei-a outra vez. Não funcionava. E o afoguei, e ele encharcou, e continuei puxando. Pensei: “Oh, que coisa”. Bem, eu não podia… não sabia o que fazer. E então, bem na hora quando o barco estava entrando para a correnteza, o motor deu partida.
77 Eu me virei e voltei, segui em direção a New Albany, entrei e subi para encontrar minha esposa. Todo o hospital estava coberto com água…E eles… pensei: “Ela se afogou e se foi.” Com ela estavam Billy Paul e Sharon. Ela estava com pneumonia dupla. Então lhes perguntei: “O que aconteceu com eles?”
Disseram: “Eles pegaram um trem e foram em um vagão de gado”.
Aquela mãe doente, com 40,5°C de febre em um vagão de gado, e o granizo soprando tão forte quanto podia… E então disseram: “Eles seguiram em direção a Charlestown”. E comecei a seguir para Charlestown. Peguei meu barco e fui para lá. Eram cerca de sete milhas de água onde um riacho havia recuado o… rompeu por esse rumo, e a correnteza vindo tão forte quanto podia. Tentei hora após hora, e não consegui que o barco atravessasse a correnteza. Ela me trazia de volta assim novamente. Tentei e tentei. E aí descobri que estava abandonado em uma ilha sozinho. E ali me sentei por dias, refletindo bastante sobre aquela escória, jogada fora pelas outras igrejas.
78 Quando a encontrei, depois que as águas baixaram, e cheguei aonde ela estava em Columbus, Indiana, em um Hospital Batista, um lugar, uma sala como esta, passei por ali gritando a plenos pulmões. Eu estava quase louco. E a vi levantar a mão, e ali estava minha querida, havia perdido tanto peso a ponto que não pesava mais do que cem libras (45 kg. – Trad.). A pneumonia se transformou em tuberculose e ela estava morrendo.
O médico-residente veio, me pegou e me levou lá atrás, disse: “Só um minuto. Você não é amigo de Sam Adair?”
Respondi: “Sam Adair”, é um médico de Jeffersonville, um amigo meu.
79 E ele informou: “Bem, olhe. Agora, vamos mandá-la para Sam”. Continuou: “a menina vai morrer.” Disse: “Ela apenas… agora, você é um ministro, não é?”
Respondi: “Sim, senhor.”
Afirmou: “Bem, você… “Simplesmente não vá até ela. Não se emocione.” Continuou: “Você apenas…”
Respondi: “Tudo bem.”
E eu endireitei o corpo e fui vê-la. E e…?… ela disse: “Bill?”
E eu olhei, e seus maxilares afundaram, e aqueles olhos escuros bem fundos. E eu me ajoelhei ao lado dela e comecei a orar. Nós a trouxemos para casa, ela e o bebê; a tiramos do hospital. Eles fizeram tudo o que podia ser feito. Dr. Miller, aqui de Louisville, veio vê-la e disse: “Não há nada mais que se possa fazer”. E seguiu e seguiu, até que lhe restaram somente algumas horas de vida.
80 E eu estava patrulhando quando os ouvi me chamar. E retornei, vindo pela estrada o mais rápido que podia. Eles disseram: “Ela está morrendo”. Avisaram: “Chamando o Reverendo Branham para vir ao hospital: esposa morrendo”.
E fui ao hospital (nunca esquecerei enquanto viver), subi correndo as escadas, fui até onde ela estava deitada e olhei para ela. E ela já tinha se virado de lado. Dr. Adair veio pelo corredor, bendito o seu coração. Somos vizinhos agora, e sempre fomos amigos. Ele estava descendo o corredor; viu-me chegando; lágrimas escorriam pelo seu rosto. E ele se pôs de lado. E eu entrei lá e perguntei: “O que diz disso, doutor?”
Pescávamos juntos, caçávamos juntos, morávamos juntos. Ele afirmou: “Billy, ela provavelmente já deve ter partido”.
Eu pedi: “Doutor, deixe me segurar sua mão. Vamos entrar juntos”.
81 Ele afirmou: “Billy, não posso entrar ali.” E lembrou: “Tantas tortas e coisas que Hope preparou para mim e coisas assim. Tão boa quanto ela tem sido, como minha irmã”. Disse: “Não posso entrar, Bill”. E seu próprio coração estava partido.
E eu insisti: “Doutor, vou entrar”.
Ele desautorizou: “Não. Sente-se aqui, Bill, só um momentinho, e vamos deixar a funerária vir buscá-la”.
E eu teimei: “Vou entrar, doutor”.
Ele respondeu: “Você não pode fazer isso”.
E eu reafirmei: “Sim, posso”.
82 E ele tentou me puxar de volta, e eu simplesmente segui em frente, andei pelo corredor, abri a porta e entrei. E lá estava ela deitada assim, o lençol sobre ela. Tirei o lençol. Olhei para ela deitada ali. Coloquei minha mão em sua cabeça, senti que estava bem úmida e interroguei: “Querida, você pode me ouvir?” Eu a sacudi novamente. Insisti: “Você está me ouvindo, querida?”
E se eu viver até os cem anos de idade, nunca vou esquecer aqueles grandes e escuros olhos angelicais que se abriram. Em verdade, uma mulher encantadora. Ela olhou para cima (vinte e dois anos), olhou me diretamente no rosto. Exclamou: “Oh, Bill”. Ajoelhei-me e comecei a chorar. Ela colocou seu braço sobre mim e começou a me dar tapinhas. Interrogou: “Por que você me chamou de volta?
83 Naquele momento, a enfermeira entrou. Disse: “Reverendo Branham, você não pode ficar aqui”.
Respondi: “Só um minuto, enfermeira”. Nós a conhecíamos muito bem.
Minha esposa a chamou. Ela expressou: “Juanita, espero que, quando se casar, tenha um marido como o meu”. E acrescentou: “Ele tem sido tão bom para mim”, e ela tinha o braço em volta de mim.
E eu perguntei: “De que você estava falando, querida?”
Ela respondeu: “Bill, eu estava sendo levada para casa”. A enfermeira saiu do quarto. E ela descreveu: “Eu estava sendo levada para casa, e algo como um Anjo estava vindo”. E continuou narrando: “É tão pacífico, um clima agradável, grandes pássaros voavam de árvore em árvore”. Ela declarou: “Agora, não pense que estou fora de mim”.
E eu concordei: “Sim”.
O que foi isso, seus olhos foram abertos para ver o Paraíso assim como… E ela interrogou: “Você sabe por que estou indo, não é, Bill?” E isso foi o que doeu.
Respondi: “Creio que sim, querida”.
84 Ela afirmou: “Espero não ter te influenciado quando eu estava chorando naquele dia”, quando a mãe dela disse que aquelas pessoas eram escória.
Respondi: “não”.
Ela expressou: “Bill, é a coisa mais gloriosa do mundo morrer com o Batismo do Espírito Santo”. Disse: “Eu não me importo”. Observou: “Odeio a ideia de ter que te deixar”. Recomendou: “Mas cuide de Billy Paul”. Esse é o meu garoto sentado bem ali. Acrescentou: “Cuide dele e crie-o como um cristão”. E disse: “Então, você também… E Sharon, a garotinha”. E aconselhou: “Não fique solteiro”. Afirmou: “Quero que você me prometa algumas coisas”. Externou: “Lembra daquela vez que você queria comprar aquele rifle em Louisville e não tinha dinheiro suficiente para pagar a entrada, dois dólares?”
E eu respondi: “Sim”.
85 Ela continuou: “Depois que eu partir, vá para casa e olhe embaixo da cama dobrável naquele jornal. Eu estava economizando alguns centavos para conseguir dinheiro suficiente”, para pagar a entrada daquele rifle para ti. Ela sabia que eu o queria tanto.
Vocês não imaginam como me senti quando fui para casa e vi cerca de um dólar e setenta e cinco centavos ali. Ela economizou durante meses tentando conseguir dinheiro suficiente para fazer o pagamento.
Perguntou: “Você me promete que vai pegar aquele rifle?”
Respondi: “Sim”.
E ela sugeriu: “Então, não quero que você continue solteiro”. E acrescentou: “Consiga uma boa moça cristã, com o Batismo do Espírito Santo, que crie as crianças corretamente”. Perguntou: “Você o fará? Eu quero que você me encontre lá no portão”.
Respondi: “Tudo bem, querida. Mas não prometo me casar de novo”.
86 Ela insistiu: “Por favor, me prometa”. Argumentou: “Não quero que meus filhos vão de um lado a outro assim”. E recomendou: “Prometa que você nunca mais vai baixar a guarda; que você sempre pregará este maravilhoso e glorioso Evangelho e o Batismo do Espírito Santo”. Ela contou: “Bill, não tenho nenhuma preocupação agora”. Ela confirmou: “Estou tão… Estava tão disposta a morrer quanto a água flui pelo rio. E repetiu: “Eu simplesmente odeio pensar em deixar você e as crianças”. Mas afirmou: “Estou voltando”. E contou: “Não tenho nenhum desejo de ficar”.
87 Eu afirmei: “Querida, naquela manhã, fique no lado leste do portão. Em algum lugar, em algum lugar do mundo, se eu estiver vivo, estarei pregando este Evangelho até o momento em que irei me encontrar com você. E se eu dormir antes disso… Não cremos na morte. Não há nenhuma Escritura na Bíblia que afirme que um cristão morre. Não, senhor, eles não estão mortos. E então, continuei: “Se eu estiver dormindo, estarei ao seu lado ali no túmulo”. Eu disse: “Mas se não, estarei em algum lugar do mundo pregando o Evangelho. E eu vou reunir as crianças, ou melhor, pegue-as e fique do lado leste do portão. Quando você vir Abraão, Isaque e Jacó, e o restante deles subindo, eu estarei lá”.
88 E ela me abraçou, e eu dei um beijo de despedida nela. Isso foi tudo. Os anjos vieram e a levaram. Fui para casa. E assim que cheguei em casa, eu não sabia, aqui veio alguém correndo, exclamou: “Irmão Branham?”
“Sim.”
Contou: “Sua bebê também está morrendo”
“Bebê morrendo?”
“Sim”.
Bebezinha gorda e saudável. Lembro que sua mãe costumava colocá-la no andador, levava-a à entrada da casa, e eu buzinava quando estava chegando. Ela era grande o suficiente para pular e dizer: “Goo-goo, goo-goo, goo”. Simplesmente dócil e rechonchuda, e como eu a amava.
Contestei: “Meu bebê não está indo”.
“Sim”.
89 Corri para o hospital bem rápido. Sam Adair disse: “Você não pode entrar, Bill”. Contou: “Ela desenvolveu meningite tuberculosa e está morrendo agora”.
Indaguei: “Onde está Billy Paul?”
Respondeu: “Nós o colocamos à parte”. Afirmou: “Você não pode entrar agora”. Explicou: “Você vai se contagiar com aquele germe e transmiti-lo ao Billy”.
Eu confirmei: “Certamente, doutor”.
Esperei até que ele virasse as costas e entrei de todos os modos. E entrei, e eles a mantinham em um lugar isolado, não era um hospital muito bom, tinha… Havia moscas em seus olhinhos. E fui ali, e olhei para aquela coitadinha. E eu a sacudi. Suas perninhas eram gordas e se moviam para lá e para cá, como que em pequenos espasmos. E quando ela abriu seus olhinhos e olhou para mim… Ela tinha olhos azuis. E aqueles olhinhos azuis, ela havia sofrido tanto a ponto de eles se desalinharem. E quando ela olhou para mim, eu disse: “Sharry, você conhece seu pai, querida?” Seus pequenos lábios começaram a tremer, e ela estava tentando me alcançar, e estava morrendo.
90 Ajoelhei-me e clamei: “Ó Deus, por favor, não deixe meu bebê morrer. Lamento ter ouvido o que outra pessoa disse. Leve-me e permita que meu bebê viva. Fui eu quem pecou. Fui eu quem errou”. Clamei: “Permita que meu bebê viva, Deus. Não a leve. Eu a amo tanto”.
E enquanto estava orando, eu olhei, parecia um lençol escuro que vinha se abrindo. Eu sabia que era aquilo.
Em alguns minutos, a enfermeira entrou e disse: “Reverendo, você não pode ficar aqui”.
Respondi: “Vou sair”.
Vi o Anjo de Deus vir e levar a coisinha para casa. Aproximei-me e coloquei minha mão em sua cabecinha. Eu disse: “Querida, Deus abençoe o seu coraçãozinho”. Afirmei: “Você vai ser um anjinho diretamente nos braços da mamãe. Ela está deitada lá no necrotério agora”.
91 Supliquei: “Deus, eu cometi um erro, mas um dia, se Tu me perdoares, vou agir corretamente para Ti.” Continuei: “Tu a deste para mim. Tu a estás levando embora. Bendito seja o Nome do Senhor”. Declarei: “Eu te amo, Senhor, de todo o meu coração”. Senti sua pequena carne estremecer. Ela partiu.
Eu não conseguia me controlar. Parecia que meus ossos não resistiriam. Eu estava morrendo. Tomei-a e coloquei nos braços de sua mãe, levei-a lá em cima na colina, cavei uma cova. Eu estava ali de pé, e o irmão Smith, da igreja metodista, meu amigo, pregou no funeral. Eu o ouvi estender a mão e pegar aqueles torrões e dizer: “das cinzas para as cinzas, do pó ao pó, e da terra para a terra”.
Bem naquele momento, sussurrando por entre aqueles pinheiros, veio um vento, parecia que estava cantando:
Há uma terra além do rio,
Que lhe chamam doce para sempre,
Somente alcançaremos aquela margem pela fé;
Um a um passaremos pelo portal,
Para habitar com os imortais,
Algum dia, eles tocarão aquelas campainhas de ouro por você e por mim.
92 Aqui recentemente, meu filho, ele era apenas um pequenino, estávamos levando flores para o túmulo de sua mãe. Ele estava com o chapéu na mão e uma florzinha, segurando-a, na manhã da Páscoa. Ele começou a soluçar e a chorar (Billy Paul, aquele que me ajuda aqui no culto); coloquei meu braço em volta dele. Aproximou-se e colocou a florzinha no chão quando o dia estava raiando. Eu disse: “Agora, levante-se, querido”. E prossegui: “Mamãe e irmã, seus corpos jazem aí, mas lá do outro lado do oceano há agora uma tumba vazia. Um dia glorioso, por Sua morte e ressurreição, esta aqui estará vazia, e estaremos com eles novamente. Portanto, não se preocupe, querido”.
Eu não podia aguentar. Tentei trabalhar. Tentei… dava conta de ver minha esposa indo, mas meu bebê? Eu simplesmente não conseguia superar isso.
93 Lembro-me de uma tarde em que eu estava chegando do trabalho. Peguei a correspondência ao lado da casa e olhei. Dizia: “Senhorita Sharon Rose Branham,” sua pequena economia de Natal: oitenta centavos. Entrei, eu estava tentando fazer uma fornalha em nossos dois pequenos velhos cômodos ali, em um deles, não tinha fogo do outro lado. A geada subiu pelo chão e eu me ajoelhei ao lado do meu pequeno fogão e da minha cama, e estava orando. Clamei: “Ó Deus, estou… Por que Tu a levaste?”
E enquanto estava deitado ali orando, soluçando durante a noite, devo ter adormecido. E sonhei que vi, indo andando… Eu havia passado muito tempo, cerca de vinte anos, na lida com o gado, no Oeste. Estava caminhando. Eu estava com meu chapéu, um grande chapéu, e estava chutando minhas esporas, seguindo assim, assobiando aquela música: “A roda da carroça quebrou. Uma placa na fazenda: ‘à venda’.”
E olhei, havia uma velha carroça com toldo da pradaria lá, com a roda quebrada. E olhei, e lá estava uma linda jovem de pé. Ela cumprimentou: “Olá, papai”.
E eu perguntei: “Quem é você?”
94 E ela respondeu: “Eu sou sua pequena Sharon.” Ela contou: “A mãe está esperando pelo senhor lá em cima em sua casa nova”.
Indaguei: “Casa nova? Nunca tivemos uma casa nova, querida”.
Ela afirmou: “O senhor tem uma aqui em cima, papai”.
E eu comecei a subir, e os ouvi cantando aquela canção: “Vejo as luzes da cidade tão brilhantes”. E me levantei, e ali estava ela parada, olhando para mim. Ela me abraçou e me cumprimentou, como sempre fazia. E perguntou: “Você não vai sentar?”
95 E eu olhei, e ali estava uma cadeira Morris. Comecei a olhar para aquela cadeira Morris, olhei de volta para ela e ela disse: “Eu sei o que você está pensando”.
Aqui embaixo uma vez, eu… Tínhamos apenas uma cadeira. E isso… a cadeira havia custado apena quinze dólares. Eu ia comprar por aqui. E dei uma entrada de dois dólares por ela, e estava pagando um dólar por semana. Você sabe, quando você chega a um ponto em que não consegue pagar suas despesas. Todos vocês sabem do que estou falando. Não é nenhuma desonra ser pobre. Eu simplesmente não conseguia pagar as contas, deixei de fazer dois ou três pagamentos e me disseram que iriam buscá-la. Simplesmente não conseguíamos realizar os pagamentos. E um dia, quando entrei, nunca vou me esquecer disso. Ela preparou uma torta de cereja para mim e tudo mais, e disse: “Entre”. E eu fui para o cômodo da frente, e minha cadeira não estava lá. Onde eu tinha… Quando eu trabalhava duro o dia todo, e pregava até meia noite, e então entrava e me sentava naquela cadeira, porque eu gostava. E eles vieram e a tiraram de mim.
96 E ela perguntou: “Você não vai sentar?” E a cadeira parecia com esta, só que muito maior. E interrogou: “Você se lembra daquela lá embaixo na terra?”
Respondi: “sim”.
Ela declarou: “Bill, eles nunca vão levar esta. Esta já está paga. É sua. Sente-se”.
Desculpe-me, pessoal. E um dia glorioso, um dia, eu vou pregar meu último sermão. Vou orar pela última pessoa pela qual terei que orar. Mas há uma cadeira do outro lado do rio. Eu quero me assentar um pouco.
Alguém me disse, não faz muito tempo: “Irmão Branham, você está em casa. Você passa a noite toda, o dia todo, e todos os dias, e tudo mais”, indagou: “quando você descansa?”
Respondi: “Quando eu cruzar o rio. Tenho uma cadeira lá. Vou me assentar e descansar um pouco”.
97 Vamos inclinar as cabeças. Senhor, perdoe-me, Senhor, por ser um bebê, mas na jornada por aquelas velhas estradas, eu… As cicatrizes e coisas, pelo que me lembro. Deus, conceda que as pessoas, se houver algumas aqui, Senhor, que estejam meio indecisas sobre o que farão de hoje em diante, que elas estendam a mão, Senhor, e toquem em Tua mão.
Creio que do outro lado, Tu tens minha querida esposa, meu bebê, minha pequena Sharon. Agradeço-te por restaurar-me, Senhor, tudo o que perdi e muito mais. Eu Te amo. É verdadeiramente de todo o meu coração que desejo Te servir enquanto eu viver. Não faz nenhuma diferença o que eles chamam ou o que dizem, eu quero Te servir.
E querido Deus, pode haver algum pobre irmão ou irmã de Kentucky sentado aqui, nesta tarde, que não Te conhece. Rogo, Deus, se houver, que Tu os perdoes agora. Conceda isto, Senhor. Que eles possam chegar a este ponto. Quando esse grande tempo de descanso chegar, quando seus labores terminarem, que nos assentemos juntos no Reino de Deus. Ouça a oração do Teu servo.
Enquanto temos as cabeças inclinadas por um momento, você está aqui sem Deus nesta tarde? Se é assim, levantaria a mão e diria: “Irmão Branham, eu quero me encontrar com você lá. Quero compartilhar o companheirismo junto com você no Reino de Deus. Você se lembraria de mim em oração?” Você levantaria a mão por favor? Diga: “Lembre-se de mim”. Há alguém no edifício? Deus te abençoe, querida. Deus te abençoe, você, você.
98 Se Deus ouve minhas orações para abrir os olhos dos cegos, para fazer os surdos ouvirem e os aleijados andarem, Ele não ouvirá se você O buscar segundo a Sua justiça?
Há alguém aqui que não tem este maravilhoso Batismo do Espírito Santo, que não nasceu de novo?
Você diz: “Eu pertenço à igreja, irmão Branham”. Bem, isso não vai funcionar, irmã, irmão. Está bem viver aqui, mas espere até você chegar a provar a morte, então você saberá. Se você não tem o Espírito Santo, levantaria a mão? Diga: “Ore por mim”. Que todas as cabeças se curvem agora. Deus te abençoe, senhora, você e você, e você, e você, e você.
Você poderia nos dar um pequeno acorde no piano? Vou pedir só um momento agora, enquanto permanecemos tão quietos quanto podemos. Aqueles que estão buscando a Deus, vocês subiriam aqui e ficariam no altar? Quero apertar-lhes a mão, colocar minhas mãos sobre vocês, orar com vocês. Virão agora? Muito bem.
Deus te abençoe, irmã.
Você pode subir aqui… Deus te abençoe, senhora. Deus te abençoe. Deus te abençoe… Deus te abençoe… Todos juntos, agora, enquanto cantamos.
Manso e suave Jesus está chamando,
Chama por ti e por mim,
Veja no…
Você não quer vir, agora mesmo, e ficar por aqui com estes se precisa de Cristo? Não o rejeite. Você não vai subir e ficar aqui só um…
Por ti e por mim.
Venha para casa,
Venha…
Volte para casa;
Manso e suave, Jesus está chamando,
Chama, ó pecador, volte para casa!
Por que demorar quando Jesus está chamando…
Você não vem? Alguém mais esteja aqui com estes que estão buscando a Deus. É você um pecador e não conhece a Deus no perdão gratuito de pecados? Você não quer vir, agora, ao altar e ficar aqui para uma palavra de oração? Nós já estamos indo. Se você não tem o Espírito Santo, venha e receba as bênçãos de Deus para cada um de vocês. Você não vem? Mais uma vez, agora.
Venha para casa (toda a audiência, agora, juntos)
Venha… (Deus te abençoe)…
Estão cansados, voltem para casa;
Chama, ó pecador, volte para casa!
99 Muito bem. Vamos ficar de pé então. Agora, tão sinceramente como você pode estar, por favor, só um momento. Amigos, vocês estão em volta do altar aqui sabendo que são seres mortais que terão que ir para a eternidade em alguns dias.
Quantos ministros estão no edifício? Ministros cheios do Espírito? Vocês poderiam vir aqui só por um momento, irmãos? Fiquem por aqui ao redor dessas pessoas. Ministros do Evangelho ou obreiros do altar cheios do Espírito, vocês subiriam aqui? Vocês que têm o Batismo do Espírito Santo, obreiros do altar, ficariam por aqui bem ao redor dessas pessoas? Isso é maravilhoso. Deus os abençoe. Isso mesmo, muitos vindo, movendo-se ao redor do altar.
Agora, você que está buscando a Deus junto ao altar aqui, a única coisa que você pode fazer, agora, é se aproximar Dele com fé, crendo. Quero que vocês, ministros, estendam a mão e imponham as mãos sobre eles, por favor. Venha aqui, irmão. Imponha as mãos sobre esses que estão aqui buscando a Deus. Se a audiência for realmente reverente aí apenas por alguns momentos enquanto oramos, se puderem. Agora, esteja pronto, o Espírito Santo está aqui para te abençoar. Vou pedir oração então, irmãos, continuem com a oração. Agora, todos nós, inclinaríamos as cabeças em todos os lugares enquanto estamos orando? Todos orem, agora, por essas pessoas.
Nosso Pai Celestial, misericórdia, cremos que o Senhor virá a esta congregação agora mesmo. Estes que estão aqui necessitados, desejando o Batismo do Espírito Santo; esta pode ser a última vez deles, o último momento de suas vidas. Eles querem ser salvos e cheios do Espírito. Rogo que Tu concedas isso, Senhor. Tu disseste: “A menos que o homem nasça da água e do Espírito, de forma alguma entrará no Reino”.
Agora, eu Te peço, Senhor, ó Deus, pessoas coitadinhas aqui tentando o melhor de si para ficar Contigo. Tu não vais rejeitá-las, vais, Senhor? Com certeza não vais. Eles são bem-vindos em Tua casa. São bem-vindos perante Ti,
e eu oro agora mesmo que, em Nome de Jesus, Tu enchas cada um deles com o Espírito Santo, Senhor. E enquanto estes ministros e obreiros têm as mãos impostas sobre eles, que o Espírito Santo venha, Senhor, os abençoe e os encha com a bondade de Deus. Ouça a oração, Senhor, através de Jesus, o precioso Nome de Cristo, nós pedimos.
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