HISTÓRIA DE VIDA
06 de Dezembro de 1953
West Palm Beach – Flórida – E.U.A.
Tradução: Message Hub [CANADÁ]
1 “Eu não posso suportar isso.” Eu disse: “Eu não posso…” Ela… “Oh”, disse, “ela continuou.”
Disse: “Não consigo esquecer meu bebê…?… como que Deus levou meu bebê, e por que Ele faria isso?”
Muito bem. Em um ano e seis meses, e até antes disso. Perdi meu pai, meu irmão, minha esposa e meu bebê em pouco tempo, exatamente um, dois, três. E isso é apenas o último de tudo. Meu pai morreu em meus braços. E meu irmão foi morto em um poste telefônico, bem na frente de…
Naquela noite, voltando para casa, contei à minha mãe. Ela também estava arrasada. Papai havia partido há pouco tempo. Então, fui para casa e entrei. Tentei passar… Eu só queria… Minha mãe queria que eu ficasse na casa dela, e minha sogra queria que eu fosse para lá. E se você tiver sua própria casa, não há… então não há lugar que satisfaça mais.
Fui até lá e experimentei o berço. Estava frio, e eu tinha um pequeno fogão na cozinha, um cômodo lá fora. E a geada e a neve subiam pelo assoalho. Eu ia para lá à noite e tentava cozinhar. Havia um pequeno berço velho ali. E eu entrei.
2 Aquela noite, eu nunca esqueceria. E fui até a esquina. Peguei o jornal e a correspondência na caixa e entrei, entrei na casa. Não havia… Não tínhamos móveis. Mas eles queriam que eu me livrasse deles. Mas, amigos, não era muita coisa. Mas o que era, pertencia a ela e a mim. E nós o tínhamos juntos. Por mais pobre que eu fosse, era nosso. Eu não queria me desfazer deles. Tínhamos vivido juntos; ela tinha cuidado deles.
Eu vi suas roupas penduradas atrás da porta. Eu simplesmente não conseguia esquecer. Peguei minha correspondência e dei a volta. Eu estava ficando em um quarto velho e frio. Eu estava trabalhando. A primeira que abri dizia: “Srta. Sharon Rose Branham”, uma pequena poupança de Natal de oitenta centavos, e foi enviada de volta para mim. Oh, meu Deus, lá estava tudo de novo. Eu não conseguia suportar a ideia de que não poderia ir mais longe…
Ajoelhei-me e comecei a chorar e a orar. Fui para o quarto ao lado, me ajoelhei na caixa e peguei meu revólver, um revólver 38, e coloquei seis cartuchos nele. Eu estava caçando. Voltei para o quarto. Eu disse: “Meu Deus, estou ficando louco. Não quero ser reprovado. Estou ficando louco. Prefiro cometer suicídio a ficar louco. Portanto, vou me encontrar com o Senhor agora”. E eu me encontro… “Pai, o Senhor me perdoa pelo pecado. Não aguento mais; o Senhor não está consolando meu coração. Não posso mais suportar isso”.
Puxei o martelo para trás e o coloquei ao lado de minha cabeça. Ajoelhei-me ao lado daquele velho berço sujo e disse: “Pai nosso Que estás nos céus, santificado seja o Teu Nome”. Comecei a apertar o gatilho… “Venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade.” Apertei com toda a minha força, mas o martelo não caiu.
E eu disse: “Oh, não consigo nem tirar minha própria vida.” Atirei a arma, ela disparou, mas saiu pela casa daquele jeito. Pensei: “Oh, Deus, o que posso fazer? Parecia que eu estava morrendo”. Deitei minha cabeça na cama e adormeci. Só alguns instantes para encerrar.
3 Fui dormir. E sonhei que estava de volta ao Oeste novamente. Pensei que estava… andando pela pradaria e assobiando uma canção. “A roda da carroça está quebrada…” Vocês já ouviram a canção. Olhei, e havia uma velha escuna na pradaria, e a roda estava quebrada. E pensei: “Bem, quem diria.” Eu olhei, e lá estava uma linda garota loira, com longos cabelos loiros soltos, vestida de branco como a neve. Eu estava usando um grande chapéu. Eu o tirei e disse: “Como vai, senhorita?” e comecei a andar.
Ela disse: “Olá, papai”.
Olhei em volta e perguntei: “Pai?”
Disse: “Sim”.
E eu disse: “Ora”, eu disse: “Senhora, você é tão velha quanto eu. Como poderia ser seu pai?”
Disse: “Bem, pai, você não se lembra? Você ensina a imortalidade”. Eu não ensino que eles serão bebezinhos no céu. Eu ensino a imortalidade. Você não envelhece se for um bebezinho quando chegar lá, será um bebezinho para sempre… A imortalidade não se deteriora lá.
E ela disse: “Você não se lembra do seu ensinamento sobre a imortalidade?” Ela disse: “Na Terra, eu era sua pequena Sharon Rose”.
Eu indaguei: “Querida, você não é a Sharon?”
Ela disse: “Sim”. Disse: “Onde está o Billy Paul?” Esse é o irmão dela.
Eu disse: “Oh, como ela é… Querida, não estou entendendo.”
Ela disse: “Papai, você simplesmente não sabe onde está.”
E eu perguntei: “Bem, se… Não estou na pradaria?”
Ela respondeu: “Não. Vire à sua direita e olhe”.
Olhei para trás e havia uma luz maravilhosa saindo do lugar mais lindo que jamais vi.
Ela disse: “Este é o céu, papai”. Ela disse: “Mamãe está lá em cima em casa esperando por você”.
E eu disse: “Lar? Você quer dizer que eu tenho um lar?” Eu disse: “Querida, nunca houve um Branham que fosse rico e nunca tivesse uma casa própria”. Eu disse: “Você quer dizer que – que eu tenho uma casa?”
Ela respondeu: “Mas papai, você tem uma agora”.
Essa é a razão pela qual eu… Mesmo que eu me lembre de um barraco de dois cômodos. Prefiro viver naquele barraco de dois cômodos e ter que ficar com Deus do que na melhor casa que você tem aqui em Miami.
E eu disse: “Oh, querida, essa não é a minha casa”.
Disse: “Sim, é. Mamãe está procurando por você”.
Comecei a caminhar em direção a ela, cantando aquela música, “Meu Lar”. E pensei… As luzes estavam se acendendo ao redor de um belo palácio. Subi os degraus e olhei, descendo por ali, e lá vinha ela, vestida com roupas brancas como a neve, o cabelo preto caindo pelos ombros, os olhos escuros pareciam o esplendor da juventude. Ela morreu aos vinte e dois anos de idade. Ela veio andando ao meu encontro. Estendeu os braços. Corri até ela rapidamente e abaixei minha cabeça. E disse: “Oh, querida. Não estou entendendo.”
Ela perguntou: “Você conheceu a Sharon?”
Eu disse: “Uh-huh.” Eu disse: “Ela não é uma garota bonita?” Nossa querida não é uma garota bonita?“
Disse: “Com certeza é.” Disse: “Onde está o Billy?”
Eu disse: “Querida, espere só um minuto.” Eu disse: “Isso…” Há algo errado aqui, tão natural quanto eu estar aqui. Eu disse: “Há algo errado.” Eu disse…
Ela disse: “Bill.” Disse: “Você está tão cansado, não está?”
Eu disse: “Sim.”
Disse: “Você tem orado pelos enfermos.”
4 E eu não havia orado pelos enfermos naqueles dias. Então, essa é a razão pela qual eu sei. Às vezes eu desmaio aqui no púlpito, amigos. Na outra noite, quando estava aqui com vocês, desmaiei completamente no meio de vocês. Desmaiei por até vinte e quatro horas seguidas. E sei que uma noite dessas, eu vou. Isso é verdade. Eu costumava pesar setenta e um quilos. Agora peso sessenta e poucos. Costumava usar um casaco 38, agora uso aqui um 24. Já estou indo. É verdade. Mas quero ser fiel e não voltar a fazer as coisas que fiz.
Ela disse: “Você está cansado e tem orado pelos enfermos”.
Eu disse: “É verdade”.
Ela disse: “Não chore agora”. Ela costumava me consolar, e eu achava que tudo ia dar certo. Chegava em casa e chorava por causa disso. Ela me abraçava e começava a me dar tapinhas. Dizia: “Billy, não chore”.
Ela dizia: “Levante-se”. E eu me levantei. Ela disse: “Você não vai se sentar?”
Olhei para o lado e havia uma cadeira grande e bonita ali. Olhei para a cadeira. Olhei de volta para ela. Ela disse: “Eu sei no que você está pensando.
5 E na Terra, certa vez… Eu fui e comprei uma cadeira. Eu ficava muito cansado trabalhando, pregava metade da noite e fazia chamadas ao altar e outras coisas. Comprei uma cadeira que custou quinze dólares e noventa e cinco centavos. Paguei dois dólares de entrada e podia pagar um dólar e um quarto por mês, acho que era isso.
E eu… Vocês sabem, amigos, todos vocês sabem como é ficar apertado. Perdi dois ou três meses de pagamentos e não pude pagar meu dólar e um quarto.
E aquele era o único móvel bom que tínhamos em casa. Eu gostava de ir até lá, sentar-me na cadeira, descansar à noite, talvez à meia-noite, uma hora, descansar um pouco e talvez ler minha Bíblia. Fiquei para trás e não consegui fazer… Eles me enviaram um aviso de que estavam vindo buscar a cadeira. Lembro-me de como ela temia me dar esse aviso. Ela era uma verdadeira garota. E ela se foi. Mas eu a amo do mesmo jeito. É isso mesmo.
E ela disse: “Detesto ter que lhe dizer algo, querido”. Não tínhamos mais nada que pudéssemos vender ou fazer o pagamento.“
Eu disse: “Querida, não me importo com a cadeira. Apenas deixe-a ir.”
6 Por fim, ela o guardou o máximo que pôde. Finalmente, ela teve que dizer a eles que viessem buscá-la. Lembro-me do dia em que ela, quando eles vieram buscá-la, naquela noite ela preparou uma torta de cereja para mim. Era… Sempre gostei muito de torta de cereja, e ela estava tentando me fazer… sabe como é. E ela pediu aos meninos que cavassem minhocas para pescar, e ela queria…
E eu sabia que havia algo errado. Então, depois que o jantar acabou, fomos para o quarto. Eu disse: “Vamos entrar…”
Ela disse: “Não, vamos pescar.” Ela não queria que eu visse que a cadeira tinha ido.
Então, quando… Eu disse: “Vamos para o quarto.” Então, coloquei meu braço em volta dela e entrei no quarto. Quando entrei, a cadeira havia sumido. Ela inclinou a cabeça e começou a chorar. Eu disse: “Está tudo bem”.
7 Ela me disse na hora: “Você se lembra daquela cadeira que eles tiveram que ir buscar?”
Eu respondi: “Sim”
Ela disse: “Mas, querido, eles nunca virão buscar essa cadeira. Ela já está paga.”
Oh, amigos. Vejam… Acho que vocês pensam que sou um bebê. Mas vejam. Alguém me disse, disse: “Irmão Branham, quando é que você consegue descansar?”
Eu tenho um lugar para descansar. Um dia desses vou atravessar para o outro lado. Tenho uma cadeira lá para me sentar…?… seu tempo restante. Oh, me perdoe.
8 Ó Deus, tenha misericórdia. Minha mente volta àqueles dias. Pensar hoje que seu túmulo está coberto de neve, com meu querido e precioso bebê deitado ali… Estou pensando na manhã de Páscoa, quando seu filhinho, Billy, e eu nos ajoelhamos ao lado do túmulo, onde papai colocou as flores.
Eu prometi a ela… Deus, eu lhe prometi que, se o Senhor me perdoasse, eu faria tudo o que pudesse fazer pelo Senhor. Ajude-me, não é mesmo, Deus? É tão difícil até que… as pessoas vejam, Pai, e creem. Oh, o Senhor não vai me ajudar agora? O Senhor sabe que eu não quero ser um bebê diante dessas pessoas, mas, ó Deus, eu rogo para que o Senhor me deixes ser fiel até o dia em que o Senhor me chamar para voltar para casa. Descanse a alma preciosa dela, descanse a alma do meu bebê. Deus, permita que eu seja o pai, o marido, o filho que o Senhor gostaria que eu fosse.
Querido Deus, nesta tarde, enquanto estivermos aqui, se houver alguém aqui que não O conheça, oro para que o Senhor perdoe essa pessoa também. Eu oro para que o Senhor os perdoe também, Pai. Pois pedimos isso em Seu Nome.
9 Desculpem-me, amigos. Não posso continuar com isso, mas… Estou cansado e exausto hoje. Tenho que deixar o avião depois do culto desta noite, talvez seja o último a chegar.
Mas me espera um amanhã feliz,
Onde os portões de pérola se abrem de par em par,
E quando eu cruzar esse vale de tristeza,
Quero acampar do outro lado.
Você não quer atravessar também? Quantos que estão aqui hoje gostariam de me encontrar do outro lado? Isso é uma promessa? É um compromisso? Eu me pergunto, do fundo do meu coração, muito raramente faço isso, mas sinto que devo fazer. Eu me pergunto se há uma pessoa não salva aqui agora, se ela simplesmente diria – se levantaria e diria: “Irmão Branham, ore por mim agora. Se Deus ouvir…” Deus o abençoe, irmão. Mais alguém? Deus a abençoe, irmã. Você, você, e você, levante-se. É isso mesmo. Todos vocês que não receberam o Espírito Santo, fiquem de pé. Diga: “Ore por mim, irmão Branham”. Isso mesmo. Deus os abençoe.
Olhe para a audiência…?… Permaneçam de pé por um momento. Apenas permaneçam, cada um de vocês. Não salvos… Oh, misericórdia.
Há uma terra além do rio… Apenas permaneçam de pé. Há um lugar onde nos encontraremos novamente. Cerca de cinquenta, setenta e cinco pessoas agora. Eu me pergunto aqui, se Deus ouve minhas orações para abrir os olhos dos cegos, para curar os surdos e os mudos, você não acha que Ele ouvirá minha oração se eu orar por você? Você não acha que Ele ouvirá? Muito bem.
10 Quantos mais aqui gostariam de participar dessa oração, simplesmente se levantem? Quantos aqui (isso mesmo) não salvos, levantem-se? Enquanto o piano toca, gostaria de saber se você poderia se levantar aqui e me deixar apertar sua mão no altar? Deixe-me apertar sua mão, fique aqui e vamos orar juntos. Deus quer salvar você. Venha aqui e deixe-me apertar sua mão enquanto isso – enquanto a música está tocando.
Deus a abençoe, irmã. Deus a abençoe, irmã. Apenas permaneça bem aqui, onde você está, no altar. Deus a abençoe, irmã. Deus a abençoe, irmã. Deus a abençoe. Deus a abençoe também, e a você. Deus os abençoe, queridos filhos; Deus abençoe seus coraçõezinhos. Deus os abençoe. É isso mesmo. Deus os abençoe. Deus o abençoe, irmão. Deus os abençoe, e a vocês, a cada um de vocês. Deus o abençoe. Deus a abençoe, irmã. Deus os abençoe, meus queridos irmãos e irmãs. Deus os abençoe. Oh, ricas bênçãos.
Oh, meu Deus, você não virá e se reunirá ao redor do altar, não virá também? Não salvos…
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