Testemunho de Curtis Hooper
Minha mãe era uma Broy. A Mãe de Meda (nós a chamávamos de Ma, e ela era a minha tia), também era uma Broy. Dois irmãos se casaram com duas irmãs, então Meda e eu éramos primos duplos.
Aquela pequena Meda, ela era um anjo. Eles moravam lá na esquina da 8 e da Rua Main, e eles tinham apenas um piso de chão, mas eles mantinham aquela casa realmente limpa. Ela trabalhava duro na fábrica de camisa para ajudar no sustento de sua família. Bill tinha uma jóia de esposa quando ele se casou com ela.
Bill e eu éramos da mesma idade. Seu aniversário era no dia 6 de abril e o meu é dia 1º de julho, e eu há pouco completei 96 anos de idade. Se você simplesmente soubesse o que nós passamos quando éramos crianças. Era uma vida dura. Nós íamos ao colégio juntos. Os Branhams moravam bem ali próximos da mercearia do Sr. Collin na Rua Fulton, e Bill trabalhava na 10ª com a Fulton na mercearia do Sr. Misner. Eu trabalhava ali naquela mercearia a uma quadra lá na rua. Às vezes ele queria sair e caçar, e eu trabalhava em seu lugar. Ou, se eu tivesse que sair, ele trabalhava no meu lugar. Nós éramos realmente muito próximos naquele tempo.
Eu me casei e me mudei a poucas milhas ao norte de Charlestown, Indiana, e eu não o vi por oito anos ou algo assim. Foi em 1936 quando minha filha, Shirley, foi para o hospital. Eles disseram que ela possuía cinco coisas diferentes de errado nela: febre no cérebro, meningite, raquitismo, dupla pneumonia e alguma coisa em cada ouvido, algum outro tipo de febre eu acho. Os médicos ficaram de pé ali e nos contaram que não havia chance para ela sobreviver.
A Mãe disse: “Curtis, alguma vez você pediu a um homem de Deus para orar por esta criança?”.
Eu disse: “Não Mãe, eu não vou à igreja”.
Ela disse: “Bem, você conhece Bill Branham, não conhece?”.
Eu disse: “Claro que eu conheço”.
Ela disse: “Ele e Roy DeArk estão indo por aí orando por pessoas doentes”.
Isso foi novidade para mim. Ela disse: “Você não quer que eu vá buscá-lo para que venha até aqui?”.
Eu disse: “Claro”. Então ela foi buscá-lo para que viesse.
Nós apertamos as mãos e conversamos um pouco sobre os velhos tempos. Então ele olhou diretamente para mim e disse: “Curt, é tempo de conversar sobre algo mais agora. Esta criança parece que está quase morta. Você promete ao Senhor que você dará o seu coração se Ele tocar essa menina?”. Alguém havia dito que sim e assim disse eu. Os médicos estavam parados juntos à cama e ninguém sabia o que fazer. Ele disse: “Se algum de vocês não crê faça-nos o favor de sair”. Os médicos olharam um para o outro. Uma enfermeira estava ali de pé, com lágrimas correndo em seu rosto, e ela havia ficado tão branca como a neve. Ele pediu a todos que inclinassem suas cabeças. Eu inclinei a minha cabeça. Um minuto após ele ter começado a orar, essa menina começou a melhorar. Podia se ver.
No dia seguinte, eu disse para a enfermeira: “Srª. Palmer, prepare o meu bebê, nós já vamos para casa”.
Ela disse: “À sua casa, Sr. Hooper? Você não pode ir, não podem levá-la. Não chegará até a sua casa”.
Eu disse: “Não me diga isso. O bondoso Senhor já a sarou, e Ele cuidará para que ela chegue em casa”.
Hoje Shirely tem 68 anos de idade, e a cada dia quando vai fazer o seu trabalho, ela passa por esse local onde ela estava morrendo. Quando Hope morreu – a primeira esposa de Billy e mãe de Billy Paul – a Ma Broy e Meda prometeram cuidar de Billy Paul, e assim fizeram. Em um tempo, éramos todos como uma só família. Eu comecei a ajudar no Tabernáculo no ano de 1940, dirigindo os cânticos e às vezes me encarregava dos cultos nas quartas à noite quando Bill estava ausente. Ele estava de patrulha nas rotas das linhas elétricas para a Companhia de Serviço Público e ao mesmo tempo pastoreando a igreja.
Minha segunda filha, Evelyn, chamamos de Sissy, contraiu asma. Em algumas ocasiões ela desmaiava e ficava azul. Quando podia eu lhe comprava aquelas latinhas de um tipo de óleo para queimar, que se acreditava que lhe ajudaria a respirar, e muitas foram as noites em que eu ficava acordado com ela, queimando esse óleo e escutando enquanto ela com dificuldade recobrava cada respiro. Logo no dia seguinte eu tinha que ir trabalhar. Um dia o irmão Bill e eu estávamos na casa da Srª. Hessick para orar por ela porque lhe havia dado um ataque do coração, quando de repente alguém chegou e bateu na porta e disse: “Curt, você deve voltar para casa. Sissy desmaiou e está muito azul, rígida e não está respirando”. Minha casa ficava a três quadras. Bill tinha o seu carro e ele disse: “Curt, eu levo você”. Fomos para lá e lá nós a encontramos encostada no sofá. Mama e todos estavam chorando. Ele se aproximou e orou por ela, mas mesmo assim não respirava, nem se mexia. Seus olhos estavam abertos e fixos, e pensávamos que havia partido. Esperamos e mesmo assim não havia alento nela.
Eu não sabia o que fazer. Depois de um tempo, disse para Bill: “Pode me levar à funerária para dizer ao Sr. Coots para que venha por ela?”. Ele foi até a porta e estendeu a mão para pegar a maçaneta, mas de repente se deteve e colocou a outra mão na moldura da porta.
Em seguida deu meia volta e disse: “Todos de joelhos. Esta menina irá viver”.
Ele já havia orado anteriormente, e ela estava totalmente pálida. Ele se aproximou dela e repreendeu o diabo. Em seguida impôs as mãos sobre ela e começou a orar e naquele momento ela tomou o alento, pois todos nós podíamos escutar por todo o quarto. Parecia que ia inalar todo o ar que havia na casa toda. Em pouco tempo ela havia recobrado a cor e estava correndo por toda a casa. Ela tinha oito anos quando isso aconteceu. Desde aquele dia até os quinze anos ela não teve um só ataque e não teve tosse. Depois no secundário ela começou a se ajuntar com outra classe de jovens e começou a fumar, e tudo aquilo lhe veio de novo. Evelyn levaria a asma até o seu túmulo a menos que se tratasse.
Eu estive com o irmão Bill quando celebrava a campanha lá em Jonesboro, Arkansas. Essa foi a minha primeira experiência de estar nessas reuniões de oração fora do Tabernáculo. Lembro que uma mulher e um homem entraram e se assentaram bem atrás, tão próximos à porta quanto puderam. A mulher estava na fila de oração porque lhe davam ataques epiléticos, e ele repreendeu essa coisa para que saísse dessa mulher. Quando ele orou, o homem que havia chegado com ela gritou e segurou no pescoço. Bill foi até lá e orou por ele. Então o homem disse: “Quando você orou por minha esposa, parecia que um morcego havia saído dela e veio direto para minha garganta”. Ele sofreu muito até que por fim ficou bem, e mais tarde veio à frente para testificar. Ele disse: “Vim aqui esta noite para debochar desse culto, porém jamais farei isso por toda a minha vida”.
Ligaram para que Bill fosse a aldeia de Straw, Kentucky, a uma pequena igreja lá, e eu fui com ele. Aquelas pessoas vieram das montanhas montados em mulas, a maioria delas descalços, vestidos de macacões, mas havia uma coisa que eles possuíam realmente de bom. Eles tinham vagens que eram a melhor coisa que eu já havia comido.
Então quando fomos à porta da igreja, havia uma senhora idosa de pé próxima à porta com um casaco longo. Bill falou com ela enquanto ele estava entrando, exatamente como ele fez a todos. Seus olhos estavam brancos com cataratas.
Eles tiveram o culto, e eu estava liderando os hinos novamente. Então Bill perguntou se alguém precisava de oração. Uma mulher trouxe esta menininha de onze anos de idade, de cabelo loiro, lá em cima e sentou-a. “Ela nunca ouviu ou nunca falou, e eu tenho outra em casa, mas eu não pude trazer as duas”, contou-lhe a mulher. Então, enquanto ele estava conversando com ela, Bill pôs o seu braço por trás da criança estalando os seus dedos por trás dela para ver se realmente algo estava errado. Ela não se movia. Ele pediu a todos que não criam que se levantassem e saíssem. Três ou quatro se levantaram e saíram. Eu lhe direi, quando ele orou por aquela criancinha e repreendeu o demônio naquela coisinha, eu bati no chão e as pessoas estavam caminhando em volta de mim e perto de mim. Ele estava bem ali com aquela criancinha, e eu pude ouvi-lo dizer: “Você me ouve?”. E ele dizia: “Diga o que eu digo: ‘Jesus’.”
E ela disse: “Jesus”.
Exatamente então ele olhou lá para aquela senhora que tinha cataratas em seus olhos e disse: “Mãe, abra os seus olhos”. Ela piscou os seus olhos algumas vezes, e eles estavam tão claros quanto podiam estar.
Aquilo não foi um homem fazendo isso. Deus tinha que fazer isso.
O assoalho do tabernáculo costumava ser feito de tábuas. É claro que primeiro ele era apenas um piso de chão batido, depois um piso de tábuas. Um dia eu disse: “Bem, Bill, estas tábuas estão apodrecendo. As pessoas estão pisando aqui e atravessam”. Então ele me perguntou se eu tinha alguma vez feito algum trabalho de concreto, e eu tinha. Então eu e um amigo, o irmão Graham Snelling, tiramos o velho piso fora, e eu pus quarenta e oito cargas de cascalho e areia ali dentro. Depois eles derramaram o concreto. Aquele piso não tem um pedaço de ferro, nem reforço de modo algum, e até onde eu sei, ele ainda não quebrou.
Depois Bill disse: “O que você acha de um novo batistério?”. O batistério que nós tínhamos, bem, era uma coisa improvisada, mas pessoas foram salvas naquele altar e foram batizadas naquela água gelada no Nome do Senhor Jesus, invocando o Seu Nome. Mas eu disse: “Certo, faremos isso também”. E nós fizemos.
O irmão Bill veio a mim um dia e ele disse: “Curt, tenho algo a lhe dizer. Tenho que me afastar daqui. As pessoas estão tentando fazer de mim o Messias, e elas estão batizando pessoas lá em Kentucky em meu nome. O Senhor não permitirá que ninguém tome a Sua glória”. Isso é o que ele disse. Ele queria que eu contasse para o irmão Metcalf, porque ele trabalhou com o irmão Bill, e ele era um bom trabalhador. Ele disse: “Eu só tenho que voltar a pagar a última dívida para o governo, e terei que partir”.
Existe tanto fanatismo agora mesmo. É necessário o Senhor para chamar por esses dons. Só porque eu quero que você seja algo, não é dessa maneira. Ele chama quem Ele escolhe. Quando você vê a coisa real, você sabe disso.
Agora, toda essa coisa aqui são memórias. Houve muitas coisas que aconteceram.
Fonte: livro “Generation”, por Ângela Smith.