Testemunho de Willard Collins
No ano de 1955, eu tinha 29 anos e era pastor de uma igreja metodista no estado de Kentucky, como que a 100 milhas [113 km] do rio Ohio em Jeffersonville. Quando eu estava programado para ir a Atlanta, Georgia, para receber ensino adicional, ouvi falar que o irmão Branham iria celebrar alguns cultos em Macon. Como eu já havia escutado coisas sobre ele, porém nunca o havia visto, decidi ir uma semana antes e ver por mim mesmo como eram esses cultos. De alguma maneira minha esposa e eu sentimos que havia algo nele, porém não sabíamos o que era.
Satanás tentou de todas as maneiras possíveis de evitar que fôssemos até as reuniões. Nosso filho, Michael, era um bebezinho e havíamos conseguido uma senhora para cuidar dele enquanto estivéssemos ausentes. Noemi (minha esposa) foi uma noite ao culto e logo começou a preocupar-se com o bebê. Ligou para casa e a senhora disse: “Ele tem chorado desde que vocês saíram. Levei-o ao médico e ele disse que somente foi que o bebê estava sentido falta de vocês”. Bem, Noemi não o pôde suportar, então levei-a de volta para casa, e imediatamente dei a volta e regressei a Macon. Eu não dormi, de modo que foi uma viagem muito difícil para mim.
Naquele tempo eu tinha uma úlcera no estômago. O caso era tal que quando eu apresentava uma solicitação para o seguro médico, olhavam para o meu histórico e se negavam a me dar o seguro.
Eu tinha que ver se essas coisas que estavam ocorrendo nos cultos do irmão Branham eram reais ou não. Depois que regressei, uma noite eu estava sentado em uma reunião perto das senhoras durante a fila de oração. Uma senhora passou pela fila de oração e o irmão Branham lhe disse quantas vezes havia tido cirurgia, e creio que ele disse que viu a um grande médico, de óculos, fazendo a cirurgia. Ele disse: “Porém não tiveram êxito. Você não é daqui. Você é de Augusta. Georgia. Seu nome é…”, e ele a chamou pelo seu nome, e em seguida disse: “E o número da sua casa é…”, e lhe disse o número de sua casa.
Depois disse: “O Senhor Jesus Cristo te curou”.
A senhora sentada ao meu lado me disse: “Oh não, ele falhou dessa vez. Eu conheço a essa senhora, e ela não vive aí”.
Eu tive que investigar isso. E quando o fiz, me dei por conta que sem que soubessem, as duas senhoras estavam sentadas ao meu lado, e só dois dias antes, a mulher na fila de oração havia se mudado para esse novo endereço! Depois disso, eu queria passar pela fila de oração, igual como todos os demais.
A reunião foi celebrada em um estádio de futebol, e o irmão Banks Wood era quem trazia e levava o irmão Branham a cada noite. Nunca esquecerei que chegaram em um automóvel de modelo Buick que não tinha uma só manchinha, muito limpo. Também notei que os rapazes estavam sentados em cadeiras dobráveis na frente da plataforma. Eu tinha uma cadeira dobrável em minha camioneta, então a trouxe e me sentei ali na frente com eles!
Nessa noite o irmão Branham orou pelos enfermos e desceu da plataforma para orar por algumas pessoas em cadeiras de roda e macas. Quando ele caminhou por detrás de onde eu estava sentado com os rapazes que gravavam as fitas, ele se deteve e colocou sua mão em meu ombro. Ele disse: “Pai, cura-o; ele também está enfermo”, e seguiu caminhando. Quando chegou à plataforma de novo, disse-lhe à audiência: “Vocês talvez não perceberam, mas o Anjo do Senhor me guiou a cada pessoa a quem eu fui quando desci da plataforma”. Nessa noite comprei para mim um hambúrguer com cebola e o comi, e estava comendo dessa maneira desde então.
Através da frente da audiência, perto da plataforma, havia muitas macas e cadeiras de rodas, como se houvesse ocorrido um grande desastre, como uma tormenta, e muita gente havia estado ferida. Eu ia cedo todas as noites, e numa tarde vi que carregavam um cavalheiro, um varão moreno em um catre do exército. Eu me aproximei para conversar com ele e descobri que ele havia estado prostrado na cama por 17 anos. Seus braços eram muito delgados, ou seja, só pele e osso. Nessa noite, ao final da fila de oração, o irmão Branham se voltou para esse ancião e disse-lhe: “Gostaria de se levantar desse catre?”.
Ele disse: “Sim, senhor”.
O irmão Branham disse: “Em nome do Senhor Jesus Cristo levante-se”. Ele esticou suas pernas para o lado do catre e vários irmãos o ajudaram a manter o equilíbrio. Você sabe como é, se alguma vez tiver que estar na cama por uma semana e não puder caminhar, e ele havia estado na cama por 17 anos! Ele caminhou através desse campo de futebol, e não creio que ele voltou para recolher aquele catre.
Depois dessas reuniões, eu regressei a Atlanta para assistir a escola de pastores na Universidade Emory. Uma vez que está fundamentada nos ensinamentos de John Wesley, pensa-se que é uma escola espiritual, mas o instrutor que tivemos começou negando a deidade de Jesus Cristo! Então ele parou um dia e riu, dizendo: “Pode-se imaginar o irmão Noé, com 500 anos, estando na flor da idade? Isso é uma loucura. Noé não viveu 500 anos antes de morrer. Na realidade, foi a sua tribo que morreu depois desse período de tempo. Foi simplesmente o fim da sua tribo”.
Eu levantei a mão, e me recordo da forma como ele me olhou por cima de seus óculos, e eu disse: “Dr. Boyd, eu me pergunto, quando Enoque foi arrebatado foi um só homem ou uma tribo inteira?”. Havia quase 150 ministros na aula, e riram em alta voz. É claro, o Dr. Boyd no teve resposta para isso.
Pouco depois disso, saí da igreja metodista e nos mudamos para Charlestown, Indiana, um pouco mais adiante do tabernáculo em Jeffersonville.
Eu havia conhecido o irmão Banks Wood em Macon, e o tinha em alta estima. Após mudar-me para Charlestown, um dia fui visitá-lo. Ele vivia ao lado do irmão Branham na Ewing Lane, e entre as duas casas havia uma propriedade sem casa. O irmão Banks estava cortando a grama em dia de sol. Quando eu estacionei ele parou a máquina e veio saudar-me. Havia outro varão que estava ajudando e ele seguiu trabalhando e sem camisa; era o irmão Branham. Quando ele chegou onde estávamos, o irmão Banks disse: “Irmão Billy, este é aquele pregador metodista que foi curado nas reuniões em Macon”.
Ele desligou a máquina e estendeu sua mão e disse: “É você aquele pregador metodista?”
Eu disse: “Sim, senhor, mas estou saindo da igreja metodista”.
Ele disse: “É verdade?”. Como se estivesse surpreendido.
Eu disse: “Sim, senhor”.
Ele disse: “Bem, eu lhe direi o que fazer. Seja o mais pacífico possível. Eu estarei orando por você”.
Antes de ir-me, lhe pedi que orasse por minha esposa, porque ela não estava se sentindo muito bem. Ele falou por um minuto e disse: “Una-se comigo em oração por sua esposa. Ela tem artrite reumatóide e essa é da classe que incapacita”. Aqui está ela hoje em dia, com quase 80 anos e ainda capaz de andar por aí.
Depois disso, o irmão e a irmã Branham e o irmão e a irmã Wood vieram jantar em nossa casa. Tivemos que comer fora em uma mesa dobrável, porque não havia espaço suficiente para todos em nossa pequena casinha rolante. Noemi estava nervosa e preparou tudo o melhor que pôde. Sentamos-nos à mesa e o irmão Branham deu graças, e em seguida disse para Noemi: “Irmã, falta só uma coisa”.
Ela pensou: “Oh meu Deus, do que foi que eu me esqueci?”.
O irmão Branham disse: “O sal da tranquilidade; fique tranquila irmã”.
Depois disso, nos tornamos bons amigos. O irmão Branham trazia os seus filhos para visitar os nossos e os nossos visitavam os dele. Quando ele nos visitava e passava um tempo conosco, o Espírito Santo ficava aqui por vários dias. Não havia nada tal como aquilo.
Fomos juntos caçar esquilos várias vezes, e quando ele estava no bosque quase sempre estava com uma mão erguida e cantando: “Haverá luz no tempo do entardecer…”.
Em uma ocasião, pensei que talvez como eu havia estado tão errado na igreja metodista que eu simplesmente deveria me afastar completamente do ministério. Eu não sei se havia dito a ele, porque estava pensando nisso. Uma certa manhã, o irmão Branham e o irmão Banks e eu fomos tomar café da manhã em um restaurante em Campbellsville, Kentucky. A garçonete veio e nos trouxe os menus, e quando se foi, o irmão Branham comentou que ela era uma dama metodista. Quando ela regressou, ele lhe perguntou a qual igreja pertencia, e ela confirmou que era metodista. Isso me chamou bastante a atenção, já que ele nunca a tinha visto anteriormente. Depois, quando fui até o caixa para pagar, vi que ele era um dos membros de uma das igrejas em que eu antes pastoreava. Ele me reconheceu e perguntou: “Irmão Collins, ainda está pregando?”.
Eu disse: “Oh, de vez em quando”.
Quando saímos, e o irmão Branham disse: “Irmão Collins, quando esse varão lhe perguntou se você ainda estava pregando, se deu conta dessa sensação estranha em seu coração? Isso quer dizer que você ainda deve estar pregando”. Depois ele disse: “Por que não prega para nós no Tabernáculo no domingo pela manhã?”.
Eu disse: “Obrigado irmão Branham; você é muito amável”, eu deixei isso passar por alto.
Porém quando ele me levou para casa, ele disse: “Irmão Collins, você irá orar sobre pregar no domingo pela manhã e me telefonará?”. Essa foi a primeira vez que preguei no Tabernáculo.
Assumi o cargo aqui das responsabilidades de pastor no final do ano de 1969, ajudando o irmão Orman Neville até sua morte no ano de 1974. Com a sua partida, eu fui escolhido como pastor do Tabernáculo Branham.
Através dos anos, fomos a cada reunião que pudemos. Estivemos nas reuniões de Chicago, no Estádio Marigold no ano de 1963. Era um lugar que normalmente se usava para competições de boxe e luta livre. O irmão Branham nos havia ensinado como comportarmos na igreja, dizendo-nos que devíamos entrar silenciosamente e orar ou ler a nossa bíblia antes do culto. Quando chegamos, as pessoas estavam conversando e rindo por todo o edifício, como se fosse uma diversão. Nós entramos e respeitamos como se houvesse sido o Tabernáculo. No final do culto, houve uma fila de oração e ele já havia dito que queria ver aquelas pessoas que não conhecia, porém ainda assim ele chamou a Noemi e lhe disse que a Luz estava sobre ela.
Ele sempre chegava e nos visitava em nossa casinha rolante durante as reuniões, e desta vez quando ele veio disse: “Você sabe por que foi que o Senhor chamou a sua esposa? Foi porque respeitaram o lugar”. Não são as coisas grandes, senão as coisas pequenas as que são importantes.
Eu creio que temos visto e conhecido a maior coisa que já existiu, e tem mudado a minha vida completamente, até o último.
Fonte: Livro “Generation”