Testemunho do Irmão Pearry Green
Experiências Pessoais Com o Irmão William M. Branham
Pelo irmão Pearry Green
Pastor do Tabernáculo de Tucson
Tucson, Arizona, EUA
Minha família se mudou para Beaumont, Texas, em 1949, quando meu pai se tornou pastor na Igreja do Evangelho Emanuel. Logo após isto, descobrimos que havia um homem pelo nome de William Marrion Branham que estava conduzindo reuniões de cura divina em Houston, Texas, que ficava a menos de 100 milhas. [160 km – N.T.] Eu tinha na ocasião 16 anos, e tive o batismo do Espírito Santo e tive uma experiência de falar em línguas. Eu lia sobre cura divina, lia sobre cada milagre na Bíblia, e acreditava neles. Desde que eu tinha nove anos, eu havia citado Hebreu 13:8: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje e para sempre”. Mas eu não tinha nenhuma ideia do que isso realmente significava.
O irmão Branham estava no Coliseu Sam Houston no dia 23 de janeiro de 1950. Nós chegamos cedo o bastante para que pudéssemos adquirir um assento no nível mais baixo, bem na frente do púlpito, aproximadamente 11 filas atrás. Quando começou o culto, o primeiro pregador foi o irmão Gordon Lindsay, seguido pelo irmão F. F. Bosworth. Então o irmão Branham veio ao púlpito, e quando ele olhou para a audiência, ele disse: “Boa noite, amigos”. Foi tão pessoal que eu achei que ele estivesse falando comigo. Eu me levantei do meu assento e fiquei de pé na frente da plataforma no lado esquerdo perto do púlpito, porque eu pensei que o homem havia falado comigo.
Quando ele chamou pela fila de oração, cerca de 15 pessoas vieram à frente. Eu verifiquei que de onde eu estava parado, eu podia diretamente ver a fila de oração. Eu nunca tinha visto uma antes, e não sabia o que esperar. A primeira pessoa era um menininho de sete anos de idade que havia sido cego desde o nascimento. O irmão Branham levou o menino pela mão e nos pediu para que inclinássemos nossas cabeças enquanto ele orava pela criança. Assim que a oração terminou, o menino deu uma olhada em volta como se ele pudesse ver. Todo mundo começou a louvar ao Senhor. Meu pensamento foi: “Como vou saber que o menino estava cego?”. Eles seguraram um lenço e o menininho alcançou e o agarrou. Eles estenderam um fio de microfone, e ele pisou em cima disto. O irmão Branham disse: “Agora corra de volta para o seu papai”. O menino se virou e olhou para a audiência de aproximadamente 11.000 pessoas. Ele nunca tinha visto o seu pai.
Quando a criança tinha sido chamada à plataforma, um homem veio e se levantou perto de mim. O homem agora chamava o menino pelo nome. A plataforma estava aproximadamente a quatro pés de altura, [1,2 m – N.T.] e o menino veio até a beirada disto e saltou nos braços do homem. Ele brincava com a gravata vermelha do homem, e então viu as lágrimas do homem e as tocou. Então ele começou a sentir a face do homem, exatamente como uma criança cega faria. Aquele era o seu pai. Ele jogou os braços em volta do pescoço do seu pai e olhou diretamente para mim. Eu soube que eu tinha visto um milagre. Este foi o princípio da mudança de minha vida.
Também havia uma jovem senhora que trouxe um menino de seis anos de idade que havia nascido sem os pés. O irmão Branham tomou-o em seus braços e lhe pediu que removesse as meias. Mais uma vez, ele nos pediu que inclinássemos nossas cabeças, o que eu fiz. Mas novamente eu olhei para o irmão Branham enquanto ele orava. Eu não era o único observando, porque no meio de sua oração parecia que o irmão Branham havia derrubado o garotinho, e muitas pessoas na audiência ofegavam. Bem diante dos meus olhos, eu vi dois pequenos pés criados. Isso ainda me comove até o dia de hoje. Quando eu vejo os pezinhos de um bebê, isso mexe em algo dentro de minha alma por causa deste milagre que eu vi.
Até mesmo enquanto eu estava chorando sobre isso, outra senhora caminhou na frente do irmão Branham. Ele havia dito para aquelas pessoas na fila de oração: “Vocês precisam confessar os seus pecados e colocá-los debaixo do Sangue, porque eu não sou responsável pelo o que Ele me mostra”. Quando esta jovem mulher ficou diante dele, ele disse: “Jovem senhora, eu não tenho a intenção de te embaraçar, mas você foi infiel ao seu marido”.
A audiência inteira ficou quieta imediatamente, com exceção de um homem que saltou e começou a gritar e correr em direção à plataforma. O irmão Branham se virou e disse: “Está tudo bem, deixe-o vir. Esse é o marido dela”. Isto mexeu com o meu pensamento: “Como ele soube que era o marido dela?”. Quando o homem veio até a plataforma, o irmão Branham disse a ele: “Que tal você e a sua secretária ruiva na noite de sexta-feira passada em um motel?”. Ele continuou dizendo: “Vocês dois não pecaram contra Deus; vocês pecaram um contra o outro. Vocês quebraram a sua jura de matrimônio e vocês precisam confessar e se arrepender um ao outro, perdoem um ao outro, renovem os seus votos, e vão para casa e sejam fiéis um ao outro”. Isso é um bom conselho.
Anos depois, eu lhe perguntei como que ele sabia se alguém havia se arrependido e colocado os seus pecados debaixo do Sangue. Ele disse: “Isso é fácil, irmão Green. Quando alguém confessa os seus pecados, Deus é fiel para perdoar. Ele não somente perdoa os seus pecados, Ele esquece os seus pecados. Se Ele os esquece, Ele não pode mostrá-los para mim. Deste modo, qualquer coisa que Ele mostra para mim, eu sei que isso não foi confessado”.
Na noite seguinte houve um debate sobre cura divina. O Dr. Best, um pregador batista que não acreditava em cura divina, desafiou o irmão Branham para um debate. O irmão Branham recusou uma vez que ele não queria discutir. Os jornais publicaram os desafios do Dr. Best. O irmão F. F. Bosworth perguntou para o irmão Branham se ele poderia assumir o seu lugar no debate. O irmão Branham concordou com isso, contanto que ele não discutisse.
Naquela noite, o Dr. Best insistiu para que o irmão Bosworth começasse. O irmão Bosworth disse que ele possuía 600 referências bíblicas que mostram que a atitude de Cristo com respeito ao enfermo é o mesmo hoje como já havia sido. Ele declarou que se o Dr. Best pudesse pegar qualquer uma daquelas referências bíblicas e com a bíblia provar que a atitude presente de Cristo não é exatamente a mesma para o enfermo como sempre foi, então ele se consideraria como tendo perdido o debate. O Dr. Best disse que ele cuidaria disso quando chegasse a vez dele. Um pergunta que o irmão Bosworth fez para o Dr. Best foi se os nomes redentores de Jeová se aplicavam a Jesus ou não. Se o composto dos sete nomes redentores de Jeová não foi aplicado a Jesus, então Jesus não era Jeová-Giré que é “o Senhor proverá um Sacrifício”. Mas se Jesus é Jeová-Giré, então Ele também é Jeová-Rafá que é “o Deus que cura”. O Dr. Best não respondeu.
Quando chegou a vez do Dr. Best, ele ensinou que a cura divina foi aplicada na ressurreição quando “este ser mortal se vestir da imortalidade”. Ele não respondeu a nenhuma das referências bíblicas que o irmão Bosworth havia apresentado. O Dr. Best alegou que os batistas sabiam melhor do que acreditar em cura divina. O irmão Bosworth desafiou isto de um modo agradável, amável. Ele perguntou quantos batistas estavam presentes e várias centenas de pessoas ficaram de pé. Então ele perguntou quanto deles haviam sido curados pelo poder de Deus naquela semana, e cerca de 300 permaneceram de pé. Ele disse ao Dr.Best: “Você não tem nenhum argumento contra mim. Você deveria discutir com o seu próprio povo”. Eu pensava que aquilo foi uma sabedoria o que o irmão Bosworth usou naquela noite. O Dr. Best bateu no púlpito com o seu punho e disse que as pessoas poderiam dizer qualquer coisa, mas que isso não tornaria isto certo. Quando o Dr. Best viu que ele não estava convencendo a audiência, ele começou a chamar pelo “curador divino” para que fosse trazido, tentando fazer disso uma gozação.
O debate foi finalmente suspenso. O irmão Bosworth disse à audiência que ele sabia que o irmão Branham estava na reunião e que se ele quisesse vir despedir a audiência, ele poderia descer. Ele estava na sacada. Depois eu soube que o irmão Branham disse que o anjo do Senhor veio a ele e lhe falou que estava tudo bem descer. Eu lembro de vê-lo entrar em minha visão periférica quando ele estava descendo de um lado para a plataforma. Posso quase ouvir o irmão Branham no tom de bondade e humildade em que ele falou. Não havia nenhum sentimento ou atmosfera de hostilidade ou vingança. Não havia nenhum sentimento de “você está errado e eu estou certo”. O único modo de um homem verdadeiramente poder retratar isso é verdadeiramente não haver nenhum sentimento assim, caso contrário outra pessoa pode normalmente perceber e discerni-los.
O irmão Branham foi tão gentil naquela noite como ele havia sido na noite anterior quando ele primeiro subiu até lá e disse: “Boa noite, amigos”. Ele disse para a audiência que não se sentia triste com relação ao Dr. Best porque ele é nosso irmão, e que o Dr. Best tem o direito de crer nisto do seu próprio modo. Ele declarou que o irmão Bosworth havia provado que a cura divina está na Bíblia, e que o Dr. Best não pôde contestar isto. Ele continuou: “Agora, eu nunca disse que eu era um curador divino. Eu não curo as pessoas. A única coisa que eu faço é pregar a cura divina através da cruz e por meio da Bíblia. Meu irmão aqui prega salvação, mas ele não é um salvador divino. Eu prego salvação e nem por isso sou eu um salvador divino. Eu também prego cura divina, mas isso não faz de mim um curador divino. Eu apenas faço as minhas declarações, e se elas forem verdadeiras, Deus as confirmará. Se eu disser algo falso, então Deus não honrará qualquer coisa falsa. Ele sempre honrará a verdade. Eu digo a verdade, e Deus sabe a verdade”.
O Dr. Best havia contratado um fotógrafo que tinha tirado seis fotos do Dr. Best fazendo gestos para o irmão Bosworth durante o debate. Quando o fotógrafo revelou o seu filme, ele descobriu que todos os negativos dele estavam em branco, com exceção da última que mostrava a Coluna de Fogo sobre a cabeça do irmão Branham na posição de halo. O Sr. George J. Lacy, Examinador de Documentos Questionáveis, examinou completamente o negativo para esta fotografia, e então ele declarou isto como autêntico: “Baseado no exame descrito acima e no estudo eu sou da opinião definitiva de que o negativo submetido ao exame, não foi retocado e nem é uma combinação ou um negativo duplamente exposto. Além disso, sou da opinião definitiva de que o raio de luz que aparece sobre a cabeça em uma posição de halo foi causado por luz atingindo o negativo”.
Eu não vi ou sabia que havia uma Coluna de Fogo lá naquela noite até que nos foi falado sobre a fotografia sobrenatural na semana seguinte, quando eles venderam cópias desta fotografia na reunião em Beaumont, Texas.
Durante aquelas reuniões, de 23 e 24 de janeiro de 1950, Deus Se atualizou para mim. Ele não era mais o Jesus Cristo de ontem, de 2000 anos atrás, Ele era Jesus Cristo hoje. Eu O vi abrir os olhos cegos, criar pés, e contar os segredos dos corações. Ele ainda é o mesmo hoje. Ele não mudou.
Na semana seguinte, quando o irmão Branham veio a Beaumont, Texas, eu conheci o seu irmão, Howard, que me perguntou se eu gostaria de ser o navegador deles ao redor da cidade enquanto eles estavam lá. Eu também fui um porteiro na reunião e ajudei a enfileirar as pessoas na plataforma quando chegava o momento para a fila de oração.
Na última noite da reunião, Howard me perguntou se eu queria um cartão de oração. Eu tinha um problema de intestino. Naquela noite o meu número foi o primeiro a ser chamado. Eu ajudei a enfileirar todos os demais, e depois eu fui e tomei o meu lugar na fila. Quando ele pediu pela primeira pessoa na fila de oração, eu comecei a caminhar em direção a ele. Quando eu cheguei acerca de oito ou dez pés [2,5 m – N.T.] do irmão Branham, parecia como se eu tivesse há pouco entrado em um congelador. Ele disse: “Agora, isso não ferirá você. Isso é a Sua Presença”. Eu sei exatamente o que ele quer dizer quando, em um sermão, eu o ouço contar às pessoas: “Isso não ferirá você”. Ele viu a faixa de porteiro em meu braço e me agradeceu por ser um porteiro, e então ele disse: “Vejo que você possui um chamado em sua vida para pregar o Evangelho”. Se eu alguma vez tive um chamado, foi esse. Ele disse: “Enquanto você estava sentado lá naquela cadeira, você teve um problema de intestino; você não tem mais isso”. Eu havia estado preocupado com isso por toda a minha vida. Meu avô teve isto, meu pai teve isto, e eu herdei isto, mas eu não tenho mais aquele problema.
Tendo em vista que era a última noite de reunião, quando chegamos ao carro após o culto, nós não conseguíamos abrir a porta do carro porque havia muitas pessoas aglomeradas em volta dele. Howard se rastejou por cima do capô, entrou no carro pela porta do outro lado (onde não havia ninguém o comprimindo), ligou o carro, e deixou a capota baixa no conversível. Então eu apanhei o irmão Branham e o pus para dentro do carro. Ele tinha os seus braços em volta do meu pescoço. Quando eu o ergui, ele orou por mim.
Eu conheci Billy Paul Branham em 1952 quando frequentávamos o Instituto Bíblico do Sudoeste em Waxahachie, Texas. Ele era um aluno do último ano na escola secundária e eu era um calouro na faculdade. Antes que eles percebessem que eu não era das Assembléias de Deus, eu fui eleito a sete cargos, inclusive o de presidente do Texas Club, presidente dos Futuros Líderes Empresariais da América, presidente do meu grupo de missão, e assim por diante. Isto me deu uma posição de liderança entre os estudantes na escola. Mas com Billy Paul, eles o deixaram saber imediatamente que ele não era bem-vindo. Eu descobri que ao assistente do reitor de homens foi dada a tarefa de ter certeza de que ele receberia os 100 deméritos que o levaria a ser expulso da escola.
Billy era amigo meu, e eu logo comecei a ver que eles eram preconceituosos com relação a ele. Algo tão pequeno como deixar suas calças compridas sobre a sua cama custava a ele deméritos, mas eu podia deixar a minha cama desfeita sem penalidade. Usando a minha posição de liderança no campus, eu comecei a combater isto e mantive Billy na escola por aproximadamente seis semanas mais do que eles queriam, mas finalmente ele foi expulso. Não foi culpa dele; eles simplesmente não o queriam lá.
Um dia, eu estava sentado no salão de entrada do dormitório dos homens e Billy Paul tinha ido até o escritório do reitor. Creio que eles estavam lhe contando que ele estava perto de ser expulso. Quando Billy saiu, ele foi diretamente para o seu quarto. Um momento depois, o reitor saiu e estava se levantando na entrada conversando conosco quando o telefone do escritório dele tocou. Ele atendeu e quando ele voltou do seu escritório, ele perguntou: “Para onde aquele garoto Branham foi?”. Eu lhe disse que ele foi para o quarto. Ele perguntou: “Ele usou o telefone?”. Quando eu lhe contei que ele não havia usado, o reitor disse: “Aquele foi o Reverendo Branham, de Jeffersonville, Indiana, no telefone. Ele simplesmente me contou tudo o que eu há pouco havia dito ao seu filho!”.
Eu pensei: “Eu com certeza estou contente que o meu pai não pode fazer isso”. Daquela experiência e de outras experiências, eu comecei a ver que o conhecimento do irmão Branham sobre os segredos do coração era semelhante ao ministério de Elias.
Nas reuniões em Shreveport, Louisiana, em novembro de 1963, eu falei para o irmão Billy Paul que se o irmão Branham voltasse a Beaumont eu patrocinaria as suas reuniões lá. O irmão Branham já havia pregado em Beaumont em 1950 e em 1961. As reuniões foram marcadas para durante o mês de março de 1964. Elas acabaram sendo parte da última varredura do irmão Branham pelo sul que começou em fevereiro na Califórnia e terminou em abril na Flórida.
Na semana anterior a qual ele estava programado em Beaumont, ele estava em Dallas. Domingo pela manhã eu disse à minha congregação: “Se vocês vierem hoje à noite, eu lhes contarei tudo o que eu sei sobre o irmão Branham e assim vocês saberão convidar as pessoas para as reuniões”. Naquela noite, eu estava por cerca de 15 minutos a fundo no que era para ser uma longa hora, e eu disse: “O irmão Branham é aproximadamente o pregador mais prolixo que eu já vi ao redor, porém as suas reuniões valem a pena porque sempre existem coisas sobrenaturais acontecendo”.
Naquele momento o telefone no escritório da igreja tocou e um dos rapazes foi e atendeu. Ele estava tão branco quanto a sua camisa quando ele voltou à plataforma para me contar que o irmão Branham estava no telefone. Fui ao telefone e disse: “Irmão Branham, você sabe o que eu estou fazendo?” (eu ia lhe falar.) Ele disse: “Sim, eu sei”. Quando eu consegui adquirir minha compostura eu disse: “Irmão Branham, eu estou errado?”. Ele disse: “Irmão Pearry, eu liguei para lhe dizer para fazer tudo aquilo que está em seu coração, e se você cometer um erro, eu ligarei para você”.
Pelos próximos dois anos, toda vez que o meu telefone tocava eu pensava: “O que foi que eu fiz?”. Eu percebi que tudo o que eu fazia, Deus via isto, e Ele podia mostrar para o Seu profeta. Isso fez eu entender que eu precisava ter cuidado com o que eu dizia, fazia e pensava. A primeira coisa que o anjo de Deus instruiu para o irmão Branham nos dizer foi: “Tenha cuidado com o que você pensa porque os seus pensamentos falam mais alto diante do trono de Deus do que as suas palavras”. Você não o diz até que você o pensa. Os seus pensamentos de hoje são as suas ações de amanhã e então se tornam uma parte do seu caráter, que é a única coisa que você leva consigo quando você deixar este mundo.
Tendo em vista que nós não conseguimos alugar o auditório municipal em Beaumont para mais do que três noites, eu programei o irmão Branham como o pregador em um banquete de “Obrigado” para os comerciantes da cidade; depois nós retomamos nossas reuniões no auditório. No dia do banquete, o irmão Branham e eu conversávamos do lado de fora do Hotel Ridgeway Motor onde eles estavam ficando. Eu estava esperando pelo irmão Billy Paul de modo que eu pudesse lhe mostrar como trazer o irmão Branham para dentro e fora da sala de banquete no hotel de Beaumont. Quando o irmão Billy retornou, me uni a ele no carro. Quando eu comecei a sair com o irmão Branham ele disse: “É melhor você se apressar se você for adquirir aquele corte de cabelo”. Eu parei imediatamente. Eu não precisava de um corte de cabelo. Como que ele soube que eu ia para a barbearia? Então o irmão Branham compartilhou comigo como que o Senhor havia lhe mostrado em uma visão de mim quando eu disse para minha esposa que pegasse os meninos (que naquele tempo estavam vivendo conosco) para esperar por mim e assim eu poderia levá-los para cortarem o cabelo. Antes que eu entendesse o que eu disse, eu lhe falei: “Irmão Branham, eu percebo que você é um profeta como Elias. Você ama o deserto e prega contra o espírito de Jezabel. Você não deseja nenhuma fama ou dinheiro e tem chamado os líderes religiosos do mundo de hipócritas”.
Enquanto eu estava falando, o irmão Branham ergueu sua mão para cima como se fosse me parar, e então disse: “Irmão Green, eu não digo nada sobre isto publicamente, porque as pessoas não entendem o que é um profeta, mas eu não negarei o que o anjo do Senhor disse no Rio Ohio em 1933”. Ele pôs as suas mãos sobre os meus ombros e disse: “Irmão Green, tudo que você faz, mantenha o seu equilíbrio nas Escrituras”. De todos os pequenos conselhos que ele já
Testemunho do Irmão Pearry Green me deu, eu estou contente por ele ter me dado aquele. Quando eu recebi a revelação de que ele era o Elias de Malaquias 4:5-6 com uma mensagem, minha bíblia se tornou um Livro novo.
Em abril de 1964, eu estava ficando no mesmo motel com o irmão Branham durante as reuniões em Tampa, Flórida. Depois que havíamos conferido os nossos quartos, o irmão Branham saiu e pediu para os irmãos encarregados de alugar os quartos para conseguir para ele outro quarto. Três semanas antes, em Beaumont, ele havia feito o mesmo pedido a mim, e então eu pensei em meu coração: “Aqui vamos nós outra vez”. Ele captou isso em meu espírito, e ele se virou para mim e disse: “Irmão Pearry, alguém cometeu adultério naquele quarto ontem à noite e eu não quero ficar ali dentro”. Creio que seja essa a razão de homens como o irmão Branham amarem o deserto. Esse era o único lugar em que ele poderia ficar longe daqueles espíritos.
Em agosto de 1964, eu acompanhei o irmão Branham e um grupo de irmãos em uma viagem de caça na Columbia Britânica. Na viagem para o norte, ele às vezes dirigia o meu carro e eu lia para ele do manuscrito de “Uma Exposição das Sete Eras da Igreja” que estava então sendo preparado para publicação. Um dia eu cheguei ao final de um capítulo e ele me disse que queria fazer uma pausa. Por volta daquela hora, um carro zumbiu por nós, e um momento depois ele olhou e perguntou se eu conhecia algumas piadas. Bem, eu era do Texas; eu estava cheio delas. Eu pensei que o irmão Branham estivesse fazendo caso de mim, mas eu sabia que eu ia receber um tratamento justo. Eu respondi que eu conhecia. Ele disse: “Você viu aquele carro? Aquele casal vai precisar de ajuda lá na estrada e nós precisamos orar por eles. Mas a razão do porque eu quero que você me conte uma piada é porque eu quero tentar ficar longe das visões de forma que eu possa descansar durante alguns dias. Ajude-me a relaxar”. Eu lhe contei uma piada sobre um homem dormindo na igreja e ele bateu a sua mão no volante e disse: “Essa é muito boa, irmão Green”. Durante as próximas duas horas, nós trocamos histórias. Ele disse: “Jesus tinha um senso de humor”.
Nas montanhas, eu era sempre o mais lento, até onde a caminhada interessava, mas o irmão Branham nunca me deixava ser o último. Ele estava sempre atrás de mim. Quando andávamos a cavalo, ele andava atrás de mim. Nós ficamos em meio à neve por alguns dias, e alguns dos sujeitos passaram o tempo arremessando dardos. Para ser competitivo, alguns queriam que todos nós jogássemos um torneio. Eu notei que toda vez que o irmão Branham jogava, ele nunca ganhava, mas eu o tinha visto lançar os dardos quando ele estava sozinho e ele repetidamente acertava o centro do alvo. Eu determinei que da próxima vez que eu jogasse com ele, eu o faria vencer. Eu lançava fortuitamente, mas se eu fizesse dois, ele fazia um; se eu fizesse cinco, ele fazia quatro. Eu lhe perguntei: “Irmão Branham, por que você não ganha?”. Ele disse: “Irmão Pearry, se há algum prazer em ganhar, por que eu não dou esse prazer a você?”. Ele também mostrou para mim na Bíblia a palavra “emulações” e me disse que isso significa competição. Sua humildade era sincera em todas as suas ações.
Em 1964, tive também o privilégio de sentar com o irmão Sidney Jackson e o irmão Billy Paul na sala de recanto em Jeffersonville por aproximadamente quatro horas e meia num dia, enquanto escutava o irmão Branham contando sobre as cinco vezes da Palavra Falada. Quando ele estava falando sobre os esquilos, eu estava pensando comigo mesmo: “Ou eu estou escutando um profeta de Deus, ou este é o maior enganador que eu já encontrei”. Ele parou e disse: “Irmão Green, não pense assim. Isto é Deus”.
Se isso tiver que acontecer com você algumas vezes, isso muda a sua vida. Ele nos falou sobre o peixe, os esquilos, Hattie e os meninos, a tempestade, e o tumor. Antes que nós partíssemos, ele pediu para que o irmão Sidney Jackson e eu ficássemos no meio do tapete do urso grisalho prateado que ele há pouco havia recebido de volta do taxidermista. Quando ficamos lá de pé, ele pôs os braços dele ao redor de mim e fez para mim a mesma oração que ele havia feito na noite em que eu o apanhei e o pus no carro de Howard, há mais de 14 anos trás. Depois ele apanhou uma caixa de madeira que o irmão Jackson tinha lhe dado na África, e tirou a tampa. Dentro dela havia pedras que ele tinha colecionado e polido. Ele deu uma para o irmão Jackson. Quando ele me deu uma pedra marrom, ele disse: “Aqui está um urso marrom”. Anos depois quando eu fui para a União Soviética, eu descobri que o emblema deles era um urso marrom. Eu tive uma recepção tão morna lá que me faz pensar que talvez o irmão Branham visse que eu iria lá. Hoje essa pedra é uma lembrança para mim de que eu conheci um profeta de Deus.
Em julho de 1965, eu conheci o irmão Oscar Galdona, um pastor da Venezuela. Depois que o irmão Branham pregou o culto da manhã, o irmão Galdona reconheceu que ele precisava saber mais sobre o batismo cristão, então ele perguntou. Depois que tratamos disso, ele pediu para ser batizado por imersão no nome do Senhor Jesus Cristo, que é o mesmo método em que todos na bíblia foram batizados. Quando eu contei isto para o irmão Branham, ele me disse para batizá-lo, o qual eu fiz naquela tarde. Quando o irmão Branham veio para o culto daquela noite, eu estava atrás da plataforma lidando com a conexão de telefone que é como eu transmitia os seus sermões para muitos locais através da nação durante os últimos dois anos de sua vida. A primeira coisa que o irmão Branham disse para mim foi: “Você batizou aquele irmão hoje?”. Eu respondi que tinha. Ele disse: “Agora você vai pregar para ele”.
Até então eu não sabia nada sobre passaportes e vistos. Mas no dia 5 de outubro de 1965, eu voei para a Venezuela. O irmão Galdona havia transformado uma grande garagem de um mecânico de ônibus em uma igreja. Havia aproximadamente 5.000 pessoas sentadas na congregação. Enquanto eles estavam adorando o Senhor com cânticos, eu estava no pequeno escritório dos ministros desejando saber o que eu estava fazendo ali. Eu nunca havia falado com mais de cem pessoas em minha vida, com exceção de uma vez quando eu tentei dar um testemunho aos Homens de Negócios do Evangelho Completo. Sentado no escritório do irmão Galdona naquele dia, eu estava assustado. Eu peguei a minha Bíblia e orei: “Senhor, o que no mundo direi para estas pessoas esta noite?”. Quando eu abri a Bíblia, eu vi Atos 4:20: “Porque não podemos senão falar das coisas que temos visto e ouvido”. Eu disse: “Eu posso fazer isso”. Então naquela noite eu comecei a fazer isto, lhes contando sobre os milagres que eu tinha visto em Houston. Eles tiveram três cultos em um dia, e assim durante eles, eu continuei contando todos os detalhes do que eu sabia sobre o ministério do irmão Branham.
Este foi o começo da minha narração e do meu testemunho do que eu vi e ouvi no ministério e vida do irmão Branham. Desde então, eu tive o privilégio de pregar e contar o meu testemunho em 135 países. Eu voei quase três milhões de milhas, [Mais de 4,8 milhões de km – N.T.] e eu dei mais de 40 anos de minha vida com um propósito: ser uma testemunha fiel do que eu vi e ouvi. Eu não sou um grande pregador de mistério ou mestre; o meu são as minhas experiências pessoais e testemunhos que eu tenho, e do privilégio de estar com o profeta de Deus.
O irmão Branham me pediu que começasse uma igreja em Tucson. Eu ouvi que ele havia pedido para outra pessoa começar um, de modo que eu hesitei. Mas ele continuou fazendo comentários para mim sobre começar um. Mais tarde em 1965, enquanto conversando com o irmão Branham, ele disse para mim: “Irmão Green, você nem sequer estava aqui quando veio a minha comissão em junho de 1933”. Eu nunca havia lhe contado do meu aniversário, mas eu nasci no dia 1 de julho daquele ano. Ele me disse: “Agora, nós sabemos que o sete estava em sua data de aniversário” (mas ele não me contou o que isso queria dizer). “O ‘um’ quer dizer que você é bom para começar coisas. Seja o que for que você irá começar em Tucson, comece antes de seu 33º aniversário”. Eu estava com 32 anos de idade quando o irmão Branham fez aquela declaração para mim, e se ele não tivesse dito isso para mim, eu não teria me mudado para Tucson em novembro de 1965. Eu teria esperado até o primeiro do ano depois que eu tivesse apresentado os meus impostos, que é o que a minha família queria que eu fizesse. Mas depois que o irmão Branham havia feito esta declaração para mim, eu falei para minha família: “Deus me livre que alguma vez qualquer coisa aconteça ao irmão Branham. Se isso ocorrer e não houver uma igreja em Tucson, haverá uma catástrofe para muitas pessoas”. Então essa é a razão de eu ter me mudado para Tucson e comecei o Tabernáculo de Tucson. Nós tivemos a igreja aberta somente por cinco domingos antes que o irmão Branham fosse tirado de cena no dia 24 de dezembro de 1965.
Em resumo, quero dizer que eu fui muito privilegiado. Eu fui o último ministro ordenado por este profeta de Deus. Eu fui a última pessoa que foi vista por ele em uma visão pública. Eu fui o último pregador que ele ouviu pregar. Eu tive o privilégio de ser o último a quem ele serviu a Ceia do Senhor, e eu fui o último ao servi-lo. O último cheque que ele escreveu foi escrito para mim para me reembolsar os 11 mil dólares que eu havia pago para imprimir o livro “Uma Exposição das Sete Eras da Igreja”. Fora aqueles que estiveram envolvidos nisto, eu fui o primeiro crente a chegar à cena do acidente e fui o primeiro crente a ver a camioneta destruída depois do acidente. Eu fui o primeiro crente a vê-lo no centro de tratamento intensivo depois que ele havia sido operado. Eu fui a primeira pessoa a vê-lo quando ele recuperou a consciência. Eu fui a última pessoa com quem ele tentou falar. Eu fui o primeiro crente a saber que ele havia deixado esta vida, e eu fui o que falou para o irmão Billy Paul: “O médico quer vêlo”. Eu fui o primeiro crente a ver e tocar em seu corpo depois que ele havia partido. Eu fui a pessoa que o levou para a casa funerária. Eu fui o primeiro crente que o viu no transporte do caixão. Eu tive o privilégio e a responsabilidade de viajar com os seus restos mortais para levá-los de volta a Jeffersonville. Eu fui o primeiro crente que viu o seu corpo depois que ele foi preparado para o funeral. Minhas mãos foram as últimas a tocar no corpo do irmão Branham, quando eu removi a sua peruca. Eu fui a última pessoa a ver o corpo do irmão Branham quando o caixão foi fechado. Está tudo bem se eu crer que eu vou ser o primeiro a vê-lo no seu corpo ressuscitado, quando os mortos em Cristo subirem?
Eu fui privilegiado. Estas coisas não me fazem representar alguém maior ou alguém mais importante, ou alguém mais especial que algum outro, mas elas são fatos que aconteceram em minha vida e em meu ministério com o irmão Branham. Que desculpa terei eu naquele dia? Eu conheci o irmão Branham; eu o vi; tive o privilégio de conversar com ele, observá-lo e gastar algum tempo com ele. Eu afirmo ter ouvido todos os sermões do irmão Branham e ter lido todos os seus sermões que são transcritos e impressos em livros. Que desculpa terei eu quando eu ficar perante a Deus, se eu não for obediente a isto? Tudo isto não me faz mais importante ou maior que algum outro; isso me torna mais responsável.
O irmão Branham era um homem; exatamente como Elias, ele era um homem. Ele era um filho adotado de Deus (como a Bíblia se refere a isto), que foi amado por Deus, confiado por Deus e um exemplo para todos nós. Ele teve o caráter para lidar com a Palavra Falada. Até que tenhamos aquele mesmo caráter, isso não fará a nós termos a capacidade da Palavra Falada, porque sem aquele caráter alguns provavelmente falariam um para ao outro para sumirem da existência!
Alguns dizem que não há nenhuma diferença entre Jesus e o irmão Branham, mas Jesus era de nascimento virginal; o irmão Branham não era. Jesus não precisou de um Salvador; o irmão Branham precisou. O irmão Branham dizia: “Assim diz o Senhor”, mas Jesus dizia: “Eu vos digo”. Algumas pessoas poderiam confundir o irmão Branham com Jesus, porque essa é a vida que ele viveu. Se o Espírito de Cristo estiver em nós, isso é o que as nossas vidas deveriam ser. Que possa chegar ao ponto quando as pessoas possam ver somente Jesus em nós.
Em 1969, eu levei várias noites para contar o meu testemunho à minha congregação no Tabernáculo de Tucson em Tucson, Arizona. Sem eu saber, um grupo deles estava transcrevendo os testemunhos e estavam fazendo cópias mimeografadas. Depois que o último testemunho terminou, eles os compilaram como um livro mimeografado que nós chamamos de “Atos do Profeta”. Ao mesmo tempo, outro irmão que havia pedido para editar o meu testemunho de modo que pudéssemos imprimi-lo em um livro de bolso, trabalhou nisto. Desde 1969, nós imprimimos dezenas de milhares destes livros e os distribuímos pelo mundo. Outros traduziram o livro em seus próprios idiomas e os distribuíram.
Para mais informação sobre o ministério do irmão William M. Branham, visite o nosso website no www.tucsontabernacle.info. Nossa seção de recurso oferece downloads gratuitos de índices para mais de 1100 sermões que o irmão Branham pregou; ele cita websites onde os sermões do irmão Branham, seja em formato de áudio ou de texto, possam ser baixados gratuitamente ou comprados; ele também lista biografias da vida do irmão Branham, como também outros livros e artigos. Nós confiamos que este testemunho tenha sido uma bênção para você.
Tucson Tabernacle
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