Jornal “O Arauto da Fé” | Uma Carta Aberta Para “A Voz da Cura”


INTRODUÇÃO

Esta “Carta Aberta à Voz da Cura”, foi escrita pelo pastor Joseph Mattsson Boze, editor do Jornal Arauto da Fé. Em seu editorial, o irmão Boze pede explicações do porque o irmão Branham foi impedido de pregar no culto de encerramento da 4ª Convenção da Voz da Cura, realizada em Chicago no mês de dezembro de 1953.

Esta Convenção contou com vários pregadores como A. A. Allen, Raymond Richey, H. E. Hardt, John Brown, Everett Parrott, Wilber Ogilvie e vários outros pertencentes à Voz da Cura. William Branham estava previsto para pregar na noite de encerramento, motivo pelo qual muitas pessoas o aguardavam ansiosas após o anúncio de sua participação ter sido feito; mas misteriosamente foi substituído por A. A. Allen, embora ele já tivesse entregado a sua mensagem naquela convenção, sendo nesse caso, o único ministro a repetir sua apresentação.

A edição de Janeiro de 1954 de A Voz da Cura, fez um relato completo sobre a Convenção de Chicago, porém omitiu as razões do impedimento do irmão Branham. Ao final do relatório, escrito na época pela irmã Anna Jeanne Moore-Price, lemos apenas estas palavras:

“A palavra veio à plataforma de que o irmão Branham havia chegado à reunião durante o culto de louvor. Ao encerrar o culto, o irmão Lindsay se posicionou e tornou conhecida a sua presença na congregação, declarando que ele tinha sempre uma profunda apreciação pelo irmão Branham e o contava como um de seus mais queridos amigos. Assim, o dia da Quarta Grande Convenção foi encerrada…”.

Porém em seu editorial, o irmão Boze conta que o irmão Branham estava ministrando uma campanha de cura para o Rev. Lee Vayle em West Palm Beach na Florida, e tão logo o seu encerramento, partiu em seu carro viajando dia e noite para conseguir chegar a tempo para o culto de encerramento da Convenção. Porém, sem maiores detalhes, o editor de o Arauto da Fé, comenta que ao chegar bem antes do tempo programado para pregar, o profeta de Deus recebeu alguma espécie de ultimato, obrigando-lhe a fazer algo que ele prontamente se recusou em fazer, e assim, foi proibido de pregar no culto de encerramento. Para aquela audiência foi dado uma notícia completamente deturpada de que o irmão Branham não pôde comparecer a tempo para a reunião por motivo de enfermidade de um irmão seu.

O irmão Mattsson Boze endossa em seu editorial que o irmão Branham era um dos proprietários da Voz da Cura e que, portanto, deveria possuir uma forte voz em sua política. O irmão Boze como um amigo leal do irmão Branham, sempre dedicou longas páginas de seu jornal para publicar sermões e demais atividades do profeta de Deus. Ele reclama da política religiosa adotada e pede para que se apure a responsabilidade do impedimento da participação do irmão Branham na convenção, e exige uma explicação convincente do motivo de se passar uma falsa informação para o povo presente sobre a sua não participação.

Diógenes Dornelles


Uma Carta Aberta Para “A Voz da Cura”

Editorial de “O Arauto da Fé”

Por
Joseph Mattsson Boze

 

O Rev. William Branham foi convidado a discursar na Convenção de A Voz da Cura em Chicago, na noite de sexta-feira, 11 de dezembro. Ele foi anunciado e as pessoas se reuniram para ouvi-lo. O Rev. William Branham chegou a tempo para o seu discurso.

Quando ele chegou ele foi encontrado com um ultimato e negado o privilégio de discursar na Convenção. A quem cabe a responsabilidade pela decisão desta injustiça por fazer o Rev. Branham parar?

A Convenção da Voz da Cura foi organizada em Chicago de 8 a 11 de dezembro. Muitos de nós havia grandemente antecipado esta Convenção. Eu pessoalmente, aguardava pela Convenção para garantir o auditório. Nós da Igreja Filadélfia, encerramos uma campanha muito bem sucedida de modo que não seria sábio competir com os nossos irmãos a quem sempre temos muito altamente estimado. Nós anunciamos a Convenção em nossos cultos, bem como também no radio e no Arauto da Fé.

Nossa principal razão por tomar tanto interesse foi que nós acreditávamos que a mensagem da Convenção deveria ser de um grande impulso para todas as igrejas do evangelho completo em Chicago. Tal auxílio na verdade seria bem-vindo.

De muitas maneiras a Convenção foi boa. Muitas belas mensagens foram trazidas, e eu creio que alguns resultados duradouros foram conquistados para o Reino de Deus.

Há, no entanto, um ponto no qual A Voz da Cura deve a Chicago e a todos os amigos visitantes uma honesta explicação.

O Rev. William Branham havia anteriormente sido convidado para discursar na Convenção na sexta-feira à noite, 11 de dezembro. Isto foi anunciado desde a primeira reunião da Convenção, bem como também nos jornais. O auditório estava cheio na noite de sexta-feira. Era o último culto da Convenção. Muitos haviam chegado de grandes distâncias para ouvir a este homem de Deus, o Rev. William Branham.

Uma pequena explicação foi dada sobre por que o Rev. Branham não compareceu.

Ao término do culto foi dito pelo líder da reunião que o irmão do irmão Branham estava muito doente e aparentemente esta foi a razão pela qual o irmão Branham não compareceu para falar. As pessoas foram convencidas de que esta era a razão.

A verdade da questão é a seguinte:

O Rev. William Branham foi convidado para discursar na Convenção. Para ser capaz de fazer assim, o Rev. Branham teve que encerrar uma reunião muito bem sucedida em West Palm Beach, Florida, a frente da programação e viajar de carro praticamente dia e noite para ser capaz de alcançar Chicago para o seu encontro marcado.

O Rev. Branham chegou mais cedo para o culto e foi encontrado por alguns homens da Voz da Cura no vestíbulo, levado para outra sala atrás do auditório e dado um ultimato. Ele não se submeteu ao ultimato, de modo que ele queria preservar a sua liberdade dada por Deus, e continuou como uma voz de Deus ao invés de ser um eco de outros homens. Foi-lhe dito que a ele não seria permitido falar para a Convenção. Foi solicitado a ele para sair, o qual ele fez.

Nossas perguntas à Voz da Cura são:

1 – Quem é o responsável pela decisão de fazer esta grande injustiça ao grande homem e amado servo de Deus, o Rev. William Branham?

A. Foram os homens da Voz da Cura que tomaram aquela decisão?
B. Isto partiu de irmãos locais de Chicago?
C. Ou existe uma influência externa que governa a política da Voz da Cura? Se é assim, quem é este?

Uma resposta honesta a esta pergunta livrará aqueles não envolvidos, e tornará o verdadeiro companheirismo cristão entre irmãos da mesma fé preciosa mais fácil. Isso também mostrará quem está se esforçando tão duramente para invalidar a influência do Rev. Branham.

A outra questão é:

A. A quem cabe a responsabilidade pela deturpação perante 2.500 pessoas reunidas para ouvir o Rev. Branham na noite de sexta-feira? Foi dito a eles que o seu irmão estava muito doente e levados a crerem que essa foi a razão do porque ele não falou. (O Rev. Branham tem um irmão que tem estado enfermo por dois anos. Não há mudança em sua condição e isto não o impediu de modo algum)

B. De onde foi que essa deturpação se originou?

C. O irmão que contou para a Convenção esta história deve necessariamente saber de onde ele próprio obteve a informação.

D. Por que o líder do encontro perguntou depois do culto se o Rev. Branham estava presente ao invés de perguntar por ele antes do culto? O líder do encontro soube sobre a decisão de parar o Rev. Branham a qualquer preço? A este respeito por que não dizer a verdade ao invés de deturpar? Eu somente pergunto se Mateus 21:26 pode ter qualquer coisa a ver com isso.

Se estas questões puderem ser respondidas sem estar envoltas com políticas religiosas, nós alegremente encerraremos o assunto. A verdade foi deturpada para 2.500 pessoas, e A Voz da Cura deve-nos uma resposta.

Até recentemente, temos sido da opinião de que o Rev. William Branham é um dos proprietários de A Voz da Cura e possui uma forte voz em sua política, uma vez que o jornal aparentemente foi criado por causa do seu ministério. Muitas pessoas, creio eu, são dessa opinião. Seria bom se isso também pudesse ser esclarecido ao público em geral.

William Branham na Igreja Filadélfia, em Chicago

O Rev. William Branham ministrou para a Igreja Filadélfia, Chicago, no sábado e no domingo, 12 e 13 de dezembro.

A igreja estava cheia até a sua capacidade apesar da pouca divulgação. É como se as notícias do irmão Branham estar em Chicago se espalhassem como fogo. Uma mulher ligou para mim no jornal. Ela estava presente na igreja e disse: “Jamais tenho ouvido e visto o irmão Branham assim”.

Descrever as reuniões é impossível. Uma grande libertação de todos os tipos de enfermidades e prisões foi moldada. O discernimento do irmão Branham é aparentemente sem falhas. Chicago o ama encarecidamente.

Vamos todos orar pelo irmão Branham quando em breve estará partindo para a África e Índia, onde o Senhor tem lhe prometido milhares de almas. Se alguém deseja ajudar este homem de Deus financeiramente em sua longa e custosa jornada, nós alegremente encaminharemos o dinheiro.

J.D.M.B.

Igreja Filadélfia, Chicago

Não é com frequência que escrevemos um relatório no Arauto da Fé da Igreja Filadélfia. A razão principal para isto é que desejamos dar mais espaço para outros.

Neste tempo, no entanto, é nossa grande alegria dizer para os nossos amigos por todo o mundo que o Senhor tem sido bom para conosco durante o ano de 1953, e Ele tem continuamente operado em nosso meio.

Este outono tem sido o tempo mais vitorioso que já temos experimentado na Igreja Filadélfia. A igreja tem sido cheia até a sua capacidade quase que a cada noite de domingo neste outono, e muitas almas encontraram o Senhor Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal. Temos orado em algumas noites de domingo com mais de 20 pecadores. Tem sido maravilhoso ver como eles têm vindo à frente para receber Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Tivemos quatro serviços de batismo neste outono, e antes que esta edição do Arauto da Fé alcance o nosso público, nós teremos tido mais um ou dois. Isso tem sido muito encorajador.

Damos graças a Deus da abundância de nossas almas porque isto não é feito pela mão do homem, mas pela mão de Deus.

Tivemos mais testemunhos de curas do que já tivemos em nossa história. O poder de Deus tem estado presente em nossos cultos para curar o enfermo.

A campanha com o querido irmão Branham durante a última parte do verão tem feito muito bem para nós. Ultimamente, tivemos uma maravilhosa reunião com o Dr. Jerome Stowell, um cientista convertido cuja simplicidade na pregação da Palavra e na adoração a Deus tem tocado nossos corações.

Em alguns cultos o espírito de louvor e os testemunhos de libertação tem sido gloriosos. A atmosfera tem sido carregada com a glória de Deus. Nosso povo tem permanecido em unidade e espírito humilde, dando liberalmente dos seus recursos para Deus. Portanto todos nós damos a Deus louvor e honra e glória.

Joseph Mattsson Boze

 

 

Fonte: Arauto da Fé, Volume 19, Nº. 1;
Janeiro de 1954; páginas 5 e 6.

Tradução: Diógenes Dornelles

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