Daniel Curry foi um dos mais influentes debatedores de meados do século 19. Um teólogo metodista, editor e publicador, ele era amado por seus amigos e respeitado por seus oponentes. Ele também foi o tema de uma das histórias mais queridas contadas pelo irmão Branham.
Abaixo está um artigo publicado no Cambridge Chronicle em 3 de setembro de 1887, contendo seu obituário que conta um pouco mais da história do Sr. Curry.
Rev. Daniel Curry, Doutor em Divindade e Doutor em Leis.
A igreja metodista episcopal sofreu grande perda com o falecimento do Rev. Daniel Curry, Doutor em Divindade e Doutor em Leis, que faleceu recentemente em Nova Iorque. Como teólogo, pregador, jornalista e debatedor, ele era renomado.
Ele nasceu em 1808, no que é agora Cortlandville, perto de Peekskill. Ingressou na Universidade Wesleyana de Middletown, Connecticut, graduando-se dois anos depois. Em 1840, assumiu a direção de uma universidade em Macon, Geórgia. Dois anos depois, entrou na conferência da Geórgia. O grande conflito sobre a questão da escravidão estava no auge. O Dr. Curry era um abolicionista, cooperador de Garrison, Whittier e Phillip, e quando a Igreja Metodista do Sul foi estabelecida, ele retornou para o norte.
Ele ingressou na Conferência Leste de Nova Iorque e compareceu às suas reuniões por onze anos. Em 1845, tornou-se presidente da Universidade de Asbury, agora Universidade De Pauw, em Greencastle, Indiana. Dois anos depois, foi para o leste. Em 1864, tornou-se editor-chefe da revista O Defensor Cristão, posição que ocupou até que, em 1876, a saúde o forçou a sair. Ele passou algum tempo na Europa, e após seu retorno, editou O Metodista, que depois foi incorporado à revista O Defensor Cristão. Pelos próximos seis anos, o Dr. Curry dedicou-se à escrita teológica. Ele produziu “Fragmentos,” “Reflexões da Plataforma,” uma nova edição do “Comentário do Novo Testamento de Clark,” a “Vida do Bispo Clarke” e outras obras. Além de tudo isso, ele editou O Repositório Nacional em oito volumes. De 1884 até a sua morte, ele editou A Revista Metodista. Seus amigos o amavam e admiravam, e seus oponentes o respeitavam.
Aqui algum tempo atrás, em… oh, por volta de uns cem anos atrás, havia um grande cristão que viveu no sudoeste dos Estados Unidos. Seu nome era Daniel Curry, um maravilhoso homem, um pio homem, um homem consagrado, um autêntico cristão, um homem de quem todos pensavam muito, uma pessoa tão maravilhosa. E a história conta que ele morreu ou entrou num transe, e ele disse… como ele subiu ao Céu, naturalmente, quando ele morreu. E quando ele se aproximou do portal de pérola, o vigia veio à porta, disse: “Quem é você?”
Ele disse: “Sou o evangelista Daniel Curry, ganhei milhares de almas para Cristo. E estou… Desejo entrar nesta manhã. A jornada da minha vida terminou na terra, eu não tenho para onde ir agora.”
É assim que isso chegará a você algum dia de manhã, pecador. É assim que isso chegará a você, apóstata. É assim que isso chegará a você que tem entristecido o Espírito Santo afastando deles, não é mais dócil e tenro. Você não tem chorado por anos. Você não tem ficado vermelho, já não sei quando, e toda a modéstia se foi de você. Certamente. Porém isso chegará à sua porta numa destas manhãs. E enquanto o dócil Espírito Santo vem e bate, porque você não O deixa entrar?
Então quando Daniel Curry chegou ali a—a—ao portal, eles entraram, disseram: “Nós veremos se você tem o seu nome aqui.” Olharam por toda parte, não puderam encontrar o nome. Disse: “Não, não há nenhum Daniel Curry aqui.”
“Oh”, ele disse, “certamente” disse, “sou um evangelista.” Ele disse: “Ganhei almas para Cristo.” Disse: “Eu tenho tentado fazer o que é correto.”
O vigia disse: “Senhor, sinto muito em lhe dizer, porém não há nenhum Daniel Curry aqui.” Disse: “Eu lhe direi o que pode fazer.” Disse: “Não temos o direito aqui de pegar o seu caso”, ele disse, “porém, deseja apelar o seu caso? Você pode apelar para o Trono Branco do Julgamento, se desejar.” Porém, disse: “Nós não temos misericórdia aqui para você, definitivamente, porque não o temos aqui. Não há misericórdia para você.” Disse: “Você deseja apelar o seu caso?
Ele disse: “Senhor, o que mais posso fazer a não ser apelar o meu caso?”
Ele disse: “Bem, então, pode ir ao Trono Branco de Julgamento e apelar o seu caso ali.”
Daniel Curry disse que sentiu-se passando pelo espaço por quase uma hora. Disse que entrou em um lugar, que se tornou cada vez mais e mais brilhante. Disse que, quanto mais distante ele ia, tanto mais brilhante se tornava. Isto era cem vezes, milhares de vezes mais resplandecente do que o sol alguma vez brilhou. E disse que ele estava tremendo, tremendo. E disse que quando entrou nessa Luz, ele ouviu uma Voz dizer: “Você foi perfeito na terra?” Saía de uma—uma Luz.
Ele disse: “Não, eu não fui perfeito”, estava tremendo.
Disse: “Você sempre agiu honestamente com todo mundo?”
Disse: “Não.” (Disse: “Algumas coisas vieram à minha mente de que eu não fui muito honesto.”) Disse: “Não, eu—eu—eu suponho que não fui honesto.”
Disse: “Você disse a verdade em cada caso, em sua vida?”
Disse: “Não. Eu me lembro de algumas coisas que eu disse que não eram duvidosas… que eram duvidosas. Eu—eu—eu—eu nunca fui exatamente verdadeiro.”
Disse: “Então, você alguma vez pegou algo que não lhe pertencia, alguma coisa, dinheiro, algo que não lhe pertencia?”
Disse que achava que na terra ele era tão bom, porém foi condenado. Disse: “Não. Não, eu peguei coisas que não me pertenciam.”
Ele disse: “Então você não foi perfeito.”
Disse que ele estava esperando que a qualquer momento viria dessa grande Luz onde a Pomba descansava: “Condenado!” Disse que justo então ele ouviu uma Voz detrás dele, que era mais doce do que a voz de alguma mãe que ele já houvesse ouvido. Disse que virou para olhar. E a mais doce face que já viu, mais doce do que a face de alguma mãe, estava de pé perante ele. E disse que Ele falou: “Pai, Daniel Curry ficou do Meu lado lá na terra. É verdade, ele não foi perfeito, mas ficou do Meu lado. Ele ficou do Meu lado lá na terra, agora Eu o defenderei no Céu. Tira todos os seus pecados e os põe em Minha conta.”
56-0805 A Igreja e Sua Condição
Fonte: Voice of God Recordings