“(…) eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome ainda que não me conheças” (Isaías 45:04)
Um velho orador ex-combatente da primeira grande guerra mundial, contou certa vez que, ao ser convocado para servir nos campos de batalha, partiu, como a maioria dos colegas de farda, pensando que ia a um passeio na Europa. Entretanto, mal pisou ele a área onde se travava a luta, foi enviado para a linha de frente.
Ali passou dias, semanas e meses, cansado e doente de pavor, saudade do lar e de profunda tristeza e desânimo.
No decorrer do rigoroso inverno, ele foi ferido durante a batalha e ficou muitas horas tombado sobre a neve. Por causa disso quase perdeu os dois pés que, regelados totalmente, tornaram-se insensíveis, até que foi recolhido e levado a um hospital para ser socorrido. Certa tarde, ainda convalescendo no referido hospital, um soldado entrou eufórico, com um jornal na mão direita, e gritando pelos corredores: Terminou a guerra. Podemos voltar aos nossos lares.” Os feridos em melhores condições levantaram-se dos seus leitos e começaram a gritar também de alegria: As enfermeiras, desesperadas, procuraram contê-los, pedindo-lhes que não se levantassem, nem gritassem, mas não conseguiam dominar a maioria. Que doce e grata notícia era aquela!
Agora não teriam de expor suas vidas nas linhas de combate. Poderiam regressar ao lar, rever e abraçar os queridos que lá deixaram. Todos os dias, um barco cheio de ex-combatentes saía e, antes da partida de cada dia, ouvia-se a chamada daqueles que deviam ir.
Houve ocasiões, diz o orador, que ouvia o seu nome e quando se preparava para gritar “presente”, seguia-se um sobrenome diferente do seu. Quando terminaram de ler a lista do primeiro dia, o seu nome não constava dela. Voltou triste ao hospital, mas com esperança de seguir no dia imediato.
No outro dia, porém, o seu nome também não fazia parte da lista e assim se passaram vários dias. Afinal, quando já se achava às portas do desespero, tomado de muita amargura e tristeza, ouviu finalmente o seu nome completo e, numa expressão de alívio, levantou a mão, dizendo: “Aqui estou, aqui estou.”
Um dia, quando houver findado a nossa batalha aqui neste mundo, diante do Filho de Deus, a lista passará e qualquer que cujo nome não for encontrado no Livro da Vida, não entrará no lar celestial. Convém, pois, que, enquanto é tempo, nos voltemos para a tão grande salvação graciosamente oferecida pelo Pai, a fim de que quando se fizer chamada lá estejamos prontos a responder: presente!!!
Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não me conheças.
Isaías 45:5
Por: Irmã Célia
Fonte: SOMENTE CRER