Como pedir a moça em casamento e falar com os pais dela?


Pedindo a moça em casamento e ter que falar com os pais dela

…Encontrei uma moça quando tinha cerca de vinte e dois anos de idade; ela era muito boa. Ela era uma que ia a igreja Luterana Alemã. O nome dela era Brumbach, B-r-u-m-b-a-c-h, veio do nome Brumbaugh. E ela era uma boa moça. Ela não fumava nem bebia, nem — nem dançava ou nada, uma boa moça. Eu a namorei por um pouco de tempo, e naquele tempo eu tinha cerca de vinte e dois anos de idade. Eu tinha ganhado bastante dinheiro para comprar para mim um velho Ford, e eu… nós saíamos juntos para namorar. E assim, naquele tempo, não havia nenhuma igreja luterana por perto; eles tinham mudado ali de cima do Howard Park.
E assim havia um ministro, aquele que me ordenou na Igreja Batista Missionária, o Doutor Roy Davis. A Irmã Upshaw… o mesmo que mandou o Irmão Upshaw a mim, ou falou com ele sobre mim, o Doutor Roy Davis… E assim ele estava pregando, e tinha a Primeira Igreja Batista, ou a — a… Nem mesmo creio que era a Primeira Igreja Batista, era a Missão — – chamada a Igreja Batista Missionária de Jeffersonville. E ele estava pregando no local naquela época, e nós íamos à igreja de noite, assim… e voltávamos. E eu nunca me uni à igreja, mas só gostava de ir com ela. Porque o pensamento principal era de “sair com ela”. Eu simplesmente devo ser honesto.
Então eu estava saindo com ela, e um dia eu… Ela vinha de boa família. E comecei a pensar: “Sabe, sabe, eu não devo tomar o tempo dessa moça. Não é — não é certo, porque ela é uma boa moça, e eu sou pobre, e — e eu… “ A saúde de meu pai não estava boa, e eu — eu… Não havia jeito de ganhar o pão para uma moça como aquela, que tinha sido acostumada a uma casa boa e tapetes no chão.
Eu me lembro do primeiro tapete que vi, eu não sabia o que era. Dei a volta ao lado dele. Achei que era a coisa mais bonita que tinha visto em minha vida. “Como poriam algo assim no chão?…” Foi o primeiro tapete que vi. Foi um destes… Creio que se chama “tapetes de esteira.” Pode ser que isso esteja errado. Algum tipo de “vime” ou algo que é entrelaçado, e colocado no chão. Bonito, verde e vermelho, e grande rosa trabalhada no meio dele, você sabe. Era uma coisa bonita.
E então eu me lembro que eu — eu resolvi que tinha depedi-la em casamento, ou tinha que deixá-la e deixar que algum bom homem se casasse com ela, alguém que fosse bom para ela, que pudesse ganhar o pão para ela e pudesse ser bom para ela. Eu poderia ser bom para ela, mas eu — eu — eu estava ganhando só vinte centavos por hora. Por isso eu não podia oferecer uma vida muito boa para ela. E eu… Com toda a família que nós tínhamos para cuidar, e papai com a saúde debilitada, e eu tinha que cuidar de todos eles, assim sendo eu estava passando por um tempo de muita dificuldade.
Então pensei: “Ora, a única coisa a fazer é dizer a ela que eu — eu — ela — eu — eu simplesmente não voltarei, porque eu tinha muita consideração por ela para estragar a vida dela e deixá-la perder tempo comigo.” E então pensei: “Se alguém puder encontrá-la e se casar com ela, e formar um lar admirável, e talvez se eu não posso me casar com ela, eu poderia — poderia saber que ela estava contente.”
E assim pensei: “Mas eu — eu apenas — eu simplesmente não posso desistir dela!” E eu — eu estava numa situação terrível. E dia após dia eu pensava nisso. De forma que, eu era muito tímido para pedi-la em casamento. Toda noite eu resolvia: “Vou pedi-la.” E, ora, o que é isso, borboleta, ou algo que vem no seu… Todos vocês irmãos aí provavelmente tiveram a mesma experiência nisso. E uma sensação muito engraçada. Meu rosto ficava quente. Eu — eu não sabia. Eu não podia pedi-la.
Então suponho que você se pergunta como eu cheguei a me casar. Você sabe de uma coisa? Escrevi uma carta para ela e a pedi. E assim seu… Agora, não foi “querida senhorita,” foi um pouco mais, você sabe, mais amoroso do que aquilo. Não era simplesmente um — um acordo, era… eu — eu escrevi o melhor que pude.
E eu tinha um pouco de medo da mãe dela. Sua mãe era… era meio severa. E — mas seu pai era um velho holandês bom, simplesmente um bom velho sujeito. Ele era um organizador da fraternidade, e guarda-freios na estrada de ferro, ganhando mais ou menos quinhentos dólares por mês naquele tempo, e eu ganhava vinte centavos por hora, para me casar com a filha dele. Ai! Eu sabia que isso nunca funcionaria. E sua mãe era muito… Agora, ela é uma mulher simpática. E ela — ela era mais ou menos uma destas da alta sociedade, você sabe, e meio vaidosa, você sabe, e de maneira que ela não precisava muito de mim de qualquer modo. Eu apenas era um simples jovem caipira do campo, e ela pensava que Hope devia namorar um tipo de moço um pouco melhor, e eu — eu — eu creio que ela tinha razão. E assim… Mas eu — eu não pensava assim naquele tempo.
Então eu pensei: “Bem, agora, não sei como. Eu — eu não posso pedir ao pai dela, eu — eu com certeza não vou pedir à sua mãe. E desse modo tenho que pedi a ela primeiro.” Então escrevi uma carta. E naquela manhã a caminho para o trabalho, a coloquei na caixa de correspondência. A correspondência… Nós iríamos à igreja quarta-feira à noite, e isso foi na segunda-feira de manhã. Tentei o dia todo, no domingo, dizer a ela que queria me casar com ela, e simplesmente não podia reunir coragem.
Assim sendo a coloquei na caixa de correspondência. E no trabalho aquele dia aconteceu de pensar: “E se a mãe dela pegou aquela carta?” Oh, que coisa! Então sabia que estava arruinado se — se ela a pegasse, porque ela não se importava muito comigo. Bem, eu estava suando frio.
E naquela quarta-feira à noite quando vim, oh, que coisa, pensei: “Como vou chegar lá? Se a mãe dela pegou aquela carta ela me tratará duro, por isso espero que ela a tenha recebido.” Eu a havia endereçado para Hope. Esse era o seu nome, Hope. A assim eu disse: “Eu só escreverei aqui: para Hope.” E assim… E achei que talvez ela não tivesse pego a carta.
Desse modo eu sabia que não devia parar lá fora e buzinar para ela vir. Oh, que coisa. E qualquer moço que não tenha coragem suficiente de chegar até à casa e bater na porta e perguntar pela moça, não tem nada que sair com ela, de modo algum. Isso é exatamente certo. Que tolice. Que atitude barata.
E assim parei meu velho Ford, você sabe, e tinha dado brilho nele. E desse modo fui e bati na porta. Misericórdia! A mãe dela veio à porta. Quase não consegui respirar; eu disse: “Como — como — como vai, Sra. Brumbach?”
Ela disse: “Como vai, William.”
Eu pensei: “Oh, ‘William’!”
“E — e ela disse: “Você vai entrar?”
Eu disse: “Obrigado.” Entrei. Eu disse: “A Hope está quase pronta?”
E bem naquela hora aqui vem Hope dando pulinhos pela casa, apenas uma garota de mais ou menos dezesseis. E ela disse: “Oi, Billy!”
E eu disse: “Oi, Hope.” E eu disse: “Você está quase pronta para ir à igreja?”
Ela disse: “Num minutinho.”
Pensei: “Oh, que coisa! Ela não a pegou. Ela não a recebeu. Que bom, que bom, que bom. Hope também não a recebeu, por isso tudo estará bem, porque ela a teria mencionado a mim.” Assim me senti bem.
E então quando cheguei a igreja, me ocorreu de pensar: “E se ela a recebeu?” Vê? E não podia ouvir o que o Doutor Davis estava dizendo. Eu olhei do lado dela, e pensei: “Se talvez ela só está segurando para não falar, e vai me dizer umas verdades mesmo quando sair daqui por tê-la pedido.” E não podia ouvir o que o Irmão Davis estava dizendo. E — e eu olhava do lado dela, e pensava: “Que coisa! Detesto ter que deixá-la, mas… E eu — eu… a demonstração dos fatos certamente virá.
Então, após o culto começamos a descer a rua juntos, indo para casa, e — e assim fomos até o velho Ford. E de modo que o tempo todo a lua estava brilhando forte, você sabe, olhei de lado e ela era bonita. Rapaz, eu olhava para ela, eu pensava: “Que coisa! Como gostaria de ficar com ela, mas acho que não posso.”
E então andei um pouquinho mais, você sabe, e olhei para ela de novo. Eu disse: “Como — como você se sente hoje à noite?”
Ela disse: “Oh! Estou bem.”
E paramos o velho Ford e começamos a sair, você sabe, pelo lado, virar a esquina e ir para a sua casa. E estava indo até à porta com ela. Eu pensei: “Sabe, ela provavelmente nem recebeu a carta, por isso é melhor esquecer. De qualquer modo eu terei outra semana de graça.” Por isso comecei a me sentir bem.
Ela disse: “Billy?”
Eu disse: “Sim.”
Ela disse: “Recebi sua carta.” Que coisa!
Eu disse: “Você recebeu?”
Ela disse: “Sim.” Bem, ela simplesmente continuou andando, não disse nenhuma palavra.
Pensei: “Mulher, me diga alguma coisa. Mande-me embora ou me diga o que você acha disso.” E eu disse: “Você — você a leu?”
Ela disse: “Sim.”
Que coisa! Você sabe como uma mulher pode manter você em suspense. Oh, eu — eu não quis dizer isso dessa maneira. Vê você? Vêem? Mas, de qualquer modo, você sabe, eu — eu pensei: “Porque você não diz alguma coisa?” Vê? E continuei em frente. Eu disse: “Você a leu toda?”
E ela… [Espaço em branco na fita-Editor] “Sim.”
Assim estávamos quase à porta, e pensei: “Que coisa! Não me leve até à varanda, porque talvez não possa correr mais do que eles, por isso me diga agora.” E assim continuei esperando.
E ela disse: “Billy, eu gostaria muito de fazer isso.” Ela disse: “Eu te amo.” Deus abençoe a sua alma agora; ela está na Glória. Ela disse: “Eu te amo.” Disse: “Eu acho que devemos dizer ao nosso pai, aos pais a esse respeito. Você não acha?”
E eu disse: “Querida, ouça, vamos começar isto fazendo uma proposta meio a meio.” Eu disse: “Eu falarei com seu pai se você falar com sua mãe.” Jogando a pior parte nas mãos dela, para começar.
Ela disse: “Muito bem, se você falar com papai primeiro.”
Eu disse: “Está bem, falarei com ele no domingo à noite.”
E assim a noite de domingo veio, eu a trouxe para casa, da igreja, e eu… Ela ficava olhando para mim. E eu olhei, e eram nove e meia, era hora de eu ir. De modo que Charlie estava sentado à sua escrivaninha, datilografando. E a Sra. Brumbach sentada no canto, fazendo um tipo de crochê, você sabe, ou aqueles pequenos aros que você coloca em cima de coisas, você sabe. Não sei como se chama aquilo. E então ela estava fazendo um pouco daquele tipo de coisa. E Hope ficava olhando para mim, e ela franzia a sobrancelha para mim, você sabe, dando sinal em direção ao pai dela. E eu… , que coisa! Eu pensei: “E se ele disser: ‘Não’?” Assim comecei a andar em direção à porta; eu disse: “Bem, acho que é melhor eu ir.”
E fui até à porta, e — e ela começou a vir até à porta comigo. Ela sempre vinha até à porta para me dizer “boa noite.” Então comecei ir em direção a porta, e ela disse: “Você não vai falar com ele?”
E eu disse: “Hum!” Eu disse: “Com toda certeza estou tentando, mas eu — eu — eu não sei como vou fazer isso.”
E ela disse: “Eu volto e você o chama para fora.” De maneira que ela voltou e me deixou em pé lá.
E eu disse: “Charlie.”
Ele se voltou e disse: “Sim, Bill?”
Eu disse: “Poderia conversar com o senhor só um minuto?”
Ele disse: “Claro.” Ele se virou da sua escrivaninha. A Sra. Brumbach olhou para ele, olhou para Hope, e olhou para mim.
E eu disse: “O senhor faria o favor de sair à varanda?”
E ele disse: “Sim, eu sairei.” De modo que ele saiu para a varanda.
Eu disse: “Com certeza é uma noite bonita, não é?”
E ele disse: “Sim, é.”
Eu disse: “Com certeza tem feito calor.”
“Certamente que tem,” ele olhou para mim.
Eu disse: “Tenho trabalhado tanto,” eu disse, “sabe, até minhas mãos estão criando calos.” Ele disse: “Pode se casar com ela, Bill.” Oh, que coisa! “Pode se casar com ela.”
Pensei: “Oh, assim é melhor.” Eu disse: “O senhor realmente fala a sério, Charlie?” Ele disse… Eu disse: “Charlie, olhe, sei que ela é sua filha, e o senhor tem dinheiro.”
E ele estendeu sua mão e me pegou pela mão. Ele disse: “Bill, ouça, dinheiro não é tudo na vida humana.” Ele disse…
Eu disse: “Charlie, eu — eu só ganho vinte centavos por hora, mas eu a amo; e ela me ama. E eu lhe prometo, Charlie, que trabalharei até que estes — os calos se gastem das minhas mãos, para ganhar o pão para ela. Serei o mais fiel que posso para ela.”
Ele disse: “Acredito, Bill.” Ele disse: “Ouça, Bill, quero lhe contar.” Disse: “Sabe, felicidade, não se necessita completamente de dinheiro para ser feliz.” Disse: “Apenas seja bom para ela. E sei que você será.”
Eu disse: “Obrigado, Charlie. Farei isso com certeza.”
Então foi a vez dela de dizer à mamãe. Não sei como ela se arranjou, mas nós nos casamos.

Mensagem: A história da minha vida – Parágrafos: 101 ao 140.

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