Isaías

1. Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.

2. Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o SENHOR: Criei filhos e exalcei-os, mas eles prevaricaram contra mim.

3. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.

4. Ai da nação pecadora, do povo carregado da iniqüidade da semente de malignos, dos filhos corruptores! Deixaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.

5. Porque seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco.

6. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo.

7. A vossa terra está assolada, e as vossas cidades, abrasadas pelo fogo; a vossa região, os estranhos a devoram em vossa presença; e está devastada, como em uma subversão de estranhos.

8. E a filha de Sião se ficou como a cabana na vinha, como a choupana no pepinal, como cidade sitiada.

9. Se o SENHOR dos Exércitos nos não deixara algum remanescente, já como Sodoma seríamos e semelhantes a Gomorra.

10. Ouvi a palavra do SENHOR, vós príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei de nosso Deus, vós, ó povo de Gomorra.

11. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.

12. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios?

13. Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo o ajuntamento solene.

14. As vossas Festas da Lua Nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer.

15. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.

16. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal.

17. Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.

18. Vinde, então, e argüi-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.

19. Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra.

20. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada, porque a boca do SENHOR o disse.

21. Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas.

22. A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água.

23. Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama os subornos e corre após salários; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas.

24. Portanto, diz o SENHOR Deus dos Exércitos, o Forte de Israel: Ah! Consolar-me-ei acerca dos meus adversários, e vingar-me-ei dos meus inimigos.

25. E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza.

26. E te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus conselheiros, como antigamente; e, então, te chamarão cidade de justiça, cidade fiel.

27. Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça.

28. Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o SENHOR serão consumidos.

29. Porque vos envergonhareis pelos carvalhos que cobiçastes e sereis confundidos pelos jardins que escolhestes.

30. Porque sereis como o carvalho, ao qual caem as folhas, e como a floresta que não tem água.

31. E o forte se tornará em estopa, e a sua obra, em faísca; e ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague.

1. Visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de Jerusalém.

2. E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do SENHOR no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.

3. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR.

4. E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear.

5. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR.

6. Mas tu desamparaste o teu povo, a casa de Jacó; porque se encheram dos costumes do Oriente, e são agoureiros como os filisteus, e se associam com os filhos dos estranhos.

7. E a sua terra está cheia de prata e ouro, e não têm fim os seus tesouros; também está cheia de cavalos a sua terra, e os seus carros não têm fim.

8. Também está cheia de ídolos a sua terra; inclinaram-se perante a obra das suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos.

9. Ali, o povo se abate, e os nobres se humilham; portanto, lhes não perdoarás.

10. Vai, entra nas rochas e esconde-te no pó, da presença espantosa do SENHOR e da glória da sua majestade.

11. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o SENHOR será exaltado naquele dia.

12. Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;

13. e contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã;

14. e contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados;

15. e contra toda torre alta e contra todo muro firme;

16. e contra todos os navios de Társis e contra todas as pinturas desejáveis.

17. E a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia.

18. E todos os ídolos totalmente desaparecerão.

19. Então, os homens se meterão nas concavidades das rochas e nas cavernas da terra, por causa da presença espantosa do SENHOR e por causa da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.

20. Naquele dia, os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem.

21. E meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do SENHOR e por causa da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra.

22. Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se deve ele estimar?

1. Porque eis que o SENHOR Deus dos Exércitos tirará de Jerusalém e de Judá o bordão e o cajado, todo o sustento de pão e toda a sede de água;

2. o valente, e o soldado, e o juiz, e o profeta, e o adivinho, e o ancião;

3. o capitão de cinqüenta, e o respeitável, e o conselheiro, e o sábio entre os artífices, e o eloqüente;

4. e dar-lhes-ei jovens por príncipes, e crianças governarão sobre eles.

5. E o povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um, contra o seu próximo; o menino se atreverá contra o ancião, e o vil, contra o nobre.

6. Quando algum for ter com seu irmão à casa de seu pai, dizendo: Tu tens roupa, sê nosso príncipe e toma sob a tua mão esta ruína;

7. naquele dia, levantará este a voz dizendo: Não posso ser médico, nem tampouco há em minha casa pão ou veste alguma; não me ponhais por príncipe do povo.

8. Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu, porquanto a sua língua e as suas obras são contra o SENHOR, para irritarem os olhos da sua glória.

9. A aparência do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque se fazem mal a si mesmos.

10. Dizei aos justos que bem lhes irá, porque comerão do fruto das suas obras.

11. Ai do ímpio! Mal lhe irá, porque a recompensa das suas mãos se lhe dará.

12. Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas.

13. O SENHOR se levanta para pleitear e sai a julgar os povos.

14. O SENHOR vem em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes; é que fostes vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas.

15. Que tendes vós que afligir o meu povo e moer as faces do pobre? —diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos.

16. Diz ainda mais o SENHOR: Porquanto as filhas de Sião se exaltam, e andam de pescoço erguido, e têm olhares impudentes, e, quando andam, como que vão dançando, e cascavelando com os pés,

17. portanto, o Senhor fará tinhosa a cabeça das filhas de Sião e o SENHOR porá a descoberto a sua nudez.

18. Naquele dia, tirará o Senhor o enfeite das ligas, e as redezinhas, e as luetas,

19. e os pendentes, e as manilhas, e as vestes resplandecentes;

20. os diademas, e os enfeites dos braços, e as cadeias, e as caixinhas de perfumes e as arrecadas;

21. os anéis e as jóias pendentes do nariz;

22. as vestes de festa, e os mantos, e as coifas, e os alfinetes;

23. os espelhos, e as capinhas de linho finíssimas, e as toucas, e os véus.

24. E será que, em lugar de cheiro suave, haverá fedor, e, por cinto, uma corda; e, em lugar de encrespadura de cabelos, calvície, e, em lugar de veste larga, cilício; e queimadura, em lugar de formosura.

25. Teus varões cairão à espada, e teus valentes, na peleja.

26. E as portas da cidade gemerão e se carpirão, e ela se assentará no chão, desolada.

1. E sete mulheres, naquele dia, lançarão mão de um homem, dizendo: Nós comeremos do nosso pão e nos vestiremos de nossas vestes; tão-somente queremos que sejamos chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.

2. Naquele dia, o Renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra, excelente e formoso para os que escaparem de Israel.

3. E será que aquele que ficar em Sião e que permanecer em Jerusalém será chamado santo: todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém.

4. Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,

5. criará o SENHOR sobre toda a habitação do monte de Sião e sobre as suas congregações uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção.

6. E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva.

1. Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.

2. E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.

3. Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.

4. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?

5. Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;

6. e a tornarei em deserto; não será podada, nem cavada; mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.

7. Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.

8. Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!

9. A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até as grandes e excelentes, sem moradores.

10. E dez jeiras de vinha não darão mais do que um bato; e um ômer de semente não dará mais do que um efa.

11. Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta!

12. Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífanos, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos.

13. Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede.

14. Por isso, a sepultura aumentou o seu apetite e abriu a boca desmesuradamente; e a glória deles, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles folgavam a ela desceram.

15. Então, o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se humilharão.

16. Mas o SENHOR dos Exércitos será exaltado em juízo, e Deus, o Santo, será santificado em justiça.

17. Então, os cordeiros se pascerão como em pastios seus; e os lugares pisados pelos gordos servirão de alimento a forasteiros.

18. Ai dos que puxam pela iniqüidade com cordas de vaidade e pelo pecado, como se fosse com cordas de carros!

19. E dizem: Apresse-se e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.

20. Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!

21. Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos!

22. Ai dos que são poderosos para beber vinho e homens forçosos para misturar bebida forte!

23. Ai dos que justificam o ímpio por presentes e ao justo negam justiça!

24. Pelo que, como a língua de fogo consome a estopa, e a palha se desfaz pela chama, assim será a sua raiz, como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel.

25. Pelo que se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo, e estendeu a mão contra ele e o feriu; e as montanhas tremeram, e os seus cadáveres eram como monturo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas ainda está alçada a sua mão.

26. E ele arvorará o estandarte ante as nações de longe e lhes assobiará desde a extremidade da terra; e eis que virão apressadamente.

27. Não haverá entre elas cansado, nem claudicante; ninguém tosquenejará, nem dormirá; não se lhe desatará o cinto dos seus lombos, nem se lhe quebrará a correia dos seus sapatos.

28. As suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos, retesados; as unhas dos seus cavalos dir-se-iam de pederneira, e as rodas dos seus carros, um redemoinho.

29. O seu rugido será como o do leão; rugirão como filhos de leão; sim, rugirão, e arrebatarão a presa, e a levarão, e não haverá quem a livre.

30. E bramarão contra eles, naquele dia, como o bramido do mar; e, se alguém olhar para a terra, eis que só verá trevas e ânsia, e a luz se escurecerá em suas assolações.

1. No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.

2. Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.

3. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.

4. E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

5. Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos!

6. Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;

7. e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado.

8. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.

9. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.

10. Engorda o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.

11. Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo.

12. E o SENHOR afaste dela os homens, e, no meio da terra, seja grande o desamparo.

13. Mas, se ainda a décima parte dela ficar, tornará a ser pastada; como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.

1. Sucedeu, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela, mas nada puderam contra ela.

2. E deram aviso à casa de Davi, dizendo: A Síria fez aliança com Efraim. Então, se moveu o seu coração, e o coração do seu povo, como se movem as árvores do bosque com o vento.

3. Então, disse o SENHOR a Isaías: Agora, tu e teu filho Sear-Jasube, saí ao encontro de Acaz, ao fim do canal do viveiro superior, ao caminho do campo do lavandeiro.

4. E dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes, por causa do ardor da ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias.

5. Porquanto a Síria teve contra ti maligno conselho, com Efraim e com o filho de Remalias, dizendo:

6. Vamos subir contra Judá, e atormentemo-lo, e repartamo-lo entre nós, e façamos reinar no meio dele o filho de Tabeal.

7. Assim diz o SENHOR Deus: Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá.

8. Mas a cabeça da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim; e, dentro de sessenta e cinco anos, Efraim será quebrantado e deixará de ser povo.

9. Entretanto, a cabeça de Efraim será Samaria, e a cabeça de Samaria, o filho de Remalias; se o não crerdes, certamente, não ficareis firmes.

10. E continuou o SENHOR a falar com Acaz, dizendo:

11. Pede para ti ao SENHOR, teu Deus, um sinal; pede-o ou embaixo nas profundezas ou em cima nas alturas.

12. Acaz, porém, disse: Não o pedirei, nem tentarei ao SENHOR.

13. Então, ele disse: Ouvi, agora, ó casa de Davi! Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu Deus?

14. Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.

15. Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem.

16. Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra de que te enfadas será desamparada dos seus dois reis.

17. Mas o SENHOR fará vir sobre ti, e sobre o teu povo, e sobre a casa de teu pai, pelo rei da Assíria, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá.

18. Porque há de acontecer que, naquele dia, assobiará o SENHOR às moscas que há no extremo dos rios do Egito e às abelhas que andam na terra da Assíria;

19. e virão e pousarão todas nos vales desertos e nas fendas das rochas, e em todos os espinhos, e em todas as florestas.

20. Naquele dia, refará o Senhor com uma navalha alugada, que está além do rio, isto é, com o rei da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés e até a barba totalmente tirará.

21. E sucederá, naquele dia, que alguém criará uma vaca e duas ovelhas.

22. E acontecerá que, por causa da abundância do leite que elas hão de dar, comerá manteiga; e manteiga e mel comerá todo aquele que ficar de resto no meio da terra.

23. Sucederá, também, naquele dia, que todo lugar em que houver mil vides do valor de mil moedas de prata será para sarças e para espinheiros.

24. Com arco e flechas se entrará nele, porque as sarças e os espinheiros cobrirão toda a terra.

25. E também a todos os montes que costumam cavar com enxadas se não irá, por causa do temor das sarças e dos espinheiros; mas servirão para se mandarem para lá os bois e para serem pisados pelas ovelhas.

1. Disse-me também o SENHOR: Toma um grande volume e escreve nele em estilo de homem: Apressando-se ao despojo, apressou-se à presa.

2. Então, tomei comigo fiéis testemunhas, a Urias, sacerdote, e a Zacarias, filho de Jeberequias.

3. E fui ter com a profetisa; e ela concebeu e deu à luz um filho; e o SENHOR me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Hás-Baz.

4. Porque, antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria.

5. E continuou o SENHOR a falar ainda comigo, dizendo:

6. Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé que correm brandamente e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou,

7. eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus leitos e transbordará por todas as suas ribanceiras;

8. e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até ao pescoço; e a extensão de suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel.

9. Alvoroçai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai ouvidos, todos os que sois de longínquas terras; cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e sereis feitos em pedaços.

10. Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; dizei a palavra, e ela não subsistirá, porque Deus é conosco.

11. Porque assim o SENHOR me disse com uma forte mão e me ensinou que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo:

12. Não chameis conjuração a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o seu temor, nem tampouco vos assombreis.

13. Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor, e seja ele o vosso assombro.

14. Então, ele vos será santuário, mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo às duas casas de Israel; de laço e rede, aos moradores de Jerusalém.

15. E muitos dentre eles tropeçarão, e cairão, e serão quebrantados, e enlaçados, e presos.

16. Liga o testemunho e sela a lei entre os meus discípulos.

17. E esperarei o SENHOR, que esconde o rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei.

18. Eis-me aqui, com os filhos que me deu o SENHOR, como sinais e maravilhas em Israel da parte do SENHOR dos Exércitos, que habita no monte de Sião.

19. Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; —não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?

20. À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.

21. E passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e será que, tendo fome e enfurecendo-se, então, amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima.

22. E, olhando para a terra, eis que haverá angústia e escuridão, e serão entenebrecidos com ânsias e arrastados para a escuridão.

1. Mas a terra que foi angustiada não será entenebrecida. Ele envileceu, nos primeiros tempos, a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios.

2. O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz.

3. Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.

4. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas.

5. Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.

6. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

7. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.

8. O Senhor enviou uma palavra a Jacó, e ela caiu em Israel.

9. E todo este povo o saberá, Efraim e os moradores de Samaria, que, em soberba e altivez de coração, dizem:

10. Os ladrilhos caíram, mas com cantaria tornaremos a edificar; cortaram-se as figueiras bravas, mas por cedros as substituiremos.

11. Portanto, o SENHOR suscitará contra ele os adversários de Rezim e instigará os seus inimigos.

12. Pela frente virão os siros, e por detrás, os filisteus, e devorarão a Israel com a boca escancarada; e nem com tudo isto se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.

13. Contudo, este povo não se voltou para quem o feria, nem buscou ao SENHOR dos Exércitos.

14. Pelo que o SENHOR cortará de Israel a cabeça e a cauda, o ramo e o junco, em um mesmo dia.

15. ( O ancião e o varão de respeito são a cabeça, e o profeta que ensina a falsidade é a cauda. )

16. Porque os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são guiados são devorados.

17. Pelo que o Senhor não se regozijará com os seus jovens e não se compadecerá dos seus órfãos e das suas viúvas, porque todos eles são hipócritas e malfazejos, e toda boca profere doidices. Com tudo isto não se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.

18. Porque a impiedade lavra como um fogo, ela devora as sarças e os espinheiros; sim, ela se ateará no emaranhado da floresta; e subirão ao alto espessas nuvens de fumaça.

19. Por causa da ira do SENHOR dos Exércitos, a terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo; ninguém poupará ao seu irmão.

20. Se cortar da banda direita, ainda terá fome, e, se comer da banda esquerda, ainda se não fartará; cada um comerá a carne de seu braço:

21. Manassés a Efraim, e Efraim a Manassés, e ambos eles serão contra Judá. Com tudo isto não se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.

1. Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidades,

2. para prejudicarem os pobres em juízo, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo, e para despojarem as viúvas, e para roubarem os órfãos!

3. Mas que fareis vós outros no dia da visitação e da assolação que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória,

4. sem que cada um se abata entre os presos e caia entre os mortos? Com tudo isto a sua ira não se apartou, mas ainda está estendida a sua mão.

5. Ai da Assíria, a vara da minha ira! Porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos.

6. Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas,

7. ainda que ele não cuide assim, nem o seu coração assim o imagine; antes, no seu coração, intenta destruir e desarraigar não poucas nações.

8. Porque diz: Não são meus príncipes todos eles reis?

9. Não é Calno como Carquemis? Não é Hamate como Arpade? E Samaria, como Damasco?

10. A minha mão alcançou os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens de escultura eram melhores do que as de Jerusalém e do que as de Samaria.

11. Porventura, como fiz a Samaria e aos seus ídolos, não o faria igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos?

12. Por isso, acontecerá que, havendo o SENHOR acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos.

13. Porquanto disse: Com a força da minha mão fiz isto e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e, como valente, abati aos que se sentavam sobre tronos.

14. E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho; e, como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda a terra; e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou murmurasse.

15. Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira!

16. Pelo que o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, fará definhar os que entre eles são gordos e, debaixo da sua glória, ateará um incêndio, como incêndio de fogo.

17. Porque a Luz de Israel virá a ser como fogo, e o seu Santo, como labareda que abrase e consuma os seus espinheiros e as suas sarças em um dia.

18. Também consumirá a glória da sua floresta e do seu campo fértil, desde a alma até ao corpo; e será como quando desmaia o porta-bandeira.

19. E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar.

20. E acontecerá, naquele dia, que os resíduos de Israel e os escapados da casa de Jacó nunca mais se estribarão sobre o que os feriu; antes, se estribarão sobre o SENHOR, o Santo de Israel, em verdade.

21. Os resíduos se converterão, sim, os resíduos de Jacó, ao Deus forte.

22. Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele se converterá; uma destruição está determinada, trasbordando de justiça.

23. Porque determinada já a destruição, o Senhor JEOVÁ dos Exércitos a executará no meio de toda esta terra.

24. Pelo que assim diz o Senhor JEOVÁ dos Exércitos: Não temas, povo meu, que habitas em Sião, a Assíria, quando te ferir com a vara e contra ti levantar o seu bordão, à maneira dos egípcios;

25. porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação e a minha ira, para os consumir.

26. Porque o SENHOR dos Exércitos suscitará contra ele um flagelo, como a matança de Midiã junto à rocha de Orebe e como a sua vara sobre o mar, que contra ele se levantará, como sucedeu aos egípcios.

27. E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção.

28. Já vem chegando a Aiate, já vai passando por Migrom e, em Micmás, lança a sua bagagem.

29. Já vão passando, já se alojam em Geba; já Ramá treme, e Gibeá de Saul vai fugindo.

30. Clama alto com a tua voz, ó filha de Galim! Ouve, ó Laís! Ó tu, pobre Anatote!

31. Já Madmena se foi; os moradores de Gebim vão fugindo em bandos.

32. Neste mesmo dia, parará em Nobe, acenará com a sua mão ao monte da filha de Sião, o outeiro de Jerusalém.

33. Mas eis que o Senhor JEOVÁ dos Exércitos desbastará os ramos com violência, e os de alta estatura serão cortados, e os altivos serão abatidos.

34. E cortará com o ferro a espessura da floresta, e o Líbano cairá pela mão de um poderoso.

1. Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.

2. E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.

3. E deleitar-se-á no temor do SENHOR e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;

4. mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com eqüidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.

5. E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.

6. E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará.

7. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi.

8. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.

9. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.

10. E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.

11. Porque há de acontecer, naquele dia, que o Senhor tornará a estender a mão para adquirir outra vez os resíduos do seu povo que restarem da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elão, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar.

12. E levantará um pendão entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra.

13. E desterrar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.

14. Antes, voarão sobre os ombros dos filisteus ao Ocidente; juntos, despojarão os filhos do Oriente; em Edom e Moabe lançarão as mãos, e os filhos de Amom lhes obedecerão.

15. E o SENHOR destruirá totalmente o braço de mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento, e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes, que qualquer atravessará com calçados.

16. E haverá caminho plano para os resíduos do seu povo que restarem da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito.

1. E dirás, naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste.

2. Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o SENHOR JEOVÁ é a minha força e o meu cântico e se tornou a minha salvação.

3. E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação.

4. E direis, naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos e contai quão excelso é o seu nome.

5. Cantai ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isso em toda a terra.

6. Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.

1. Peso da Babilônia que viu Isaías, filho de Amoz.

2. Alçai uma bandeira sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles e acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos príncipes.

3. Eu dei ordens aos meus santificados, sim, já chamei os meus valentes para a minha ira, os que exultam com a minha majestade.

4. Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, semelhante à de um grande povo, a voz do reboliço de reinos e de nações já congregadas. O SENHOR dos Exércitos passa em revista o exército de guerra.

5. Já vêm de uma terra de longe, desde a extremidade do céu, o SENHOR e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra.

6. Uivai, porque o dia do SENHOR está perto; vem do Todo-poderoso como assolação.

7. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará.

8. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão como a mulher parturiente; cada um se espantará do seu próximo; o seu rosto será rosto flamejante.

9. Eis que o dia do SENHOR vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação e destruir os pecadores dela.

10. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz.

11. E visitarei sobre o mundo a maldade e, sobre os ímpios, a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos tiranos.

12. Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro e mais raro do que o ouro fino de Ofir.

13. Pelo que farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do SENHOR dos Exércitos e por causa do dia da sua ardente ira.

14. E cada um será como a corça que foge e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo e cada um fugirá para a sua terra.

15. Todo o que for achado será traspassado e, todo o que for apanhado, cairá à espada.

16. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e a mulher de cada um, violada.

17. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro.

18. E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos.

19. E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou.

20. Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos.

21. Mas as feras do deserto repousarão ali, e a sua casa se encherá de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali.

22. E as feras que uivam gritarão umas às outras nos seus palácios vazios, como também os chacais, nos seus palácios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.

1. Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e o porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com ele os estranhos e se achegarão à casa de Jacó.

2. E os povos os receberão e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos e servas, na terra do SENHOR; e cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores.

3. E acontecerá que, no dia em que o SENHOR vier a dar-te descanso do teu trabalho, e do teu tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir,

4. então, proferirás este dito contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! A cidade dourada acabou!

5. Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.

6. Aquele que feria os povos com furor, com praga incessante, o que com ira dominava as nações, agora, é perseguido, sem que alguém o possa impedir.

7. Já descansa, já está sossegada toda a terra! —exclamam com júbilo.

8. Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste, ninguém sobe contra nós para nos cortar.

9. O inferno, desde o profundo, se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos e todos os príncipes da terra e fez levantar do seu trono a todos o reis das nações.

10. Estes todos responderão e te dirão: Tu também adoeceste como nós e foste semelhante a nós.

11. Já foi derribada no inferno a tua soberba, com o som dos teus alaúdes; os bichinhos, debaixo te ti, se estenderão, e os bichos te cobrirão.

12. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!

13. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.

14. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.

15. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.

16. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?

17. Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos para a casa deles?

18. Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua casa.

19. Mas tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como uma veste de mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como corpo morto e pisado.

20. Com eles não te reunirás na sepultura, porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será nomeada para sempre.

21. Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e encham o mundo de cidades.

22. Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e desarraigarei da Babilônia o nome, e os resíduos, e o filho, e o neto, diz o SENHOR.

23. E reduzi-la-ei a possessão de corujas e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.

24. O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá; e, como determinei, assim se efetuará.

25. Quebrantarei a Assíria na minha terra e, nas minhas montanhas, a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles, e a sua carga se desvie dos seus ombros.

26. Este é o conselho que foi determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações.

27. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?

28. No ano em que morreu o rei Acaz, houve este peso.

29. Não te alegres, toda a Filístia, por ser quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.

30. E os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; mas farei morrer de fome a tua raiz, e serão destruídos os teus resíduos.

31. Uiva, ó porta; grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do Norte vem uma fumaça, e ninguém ficará solitário no tempo determinado.

32. Que se responderá, pois, aos mensageiros do povo? Que o SENHOR fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem abrigo.

1. Peso de Moabe. Certamente, em uma noite, foi destruída Ar de Moabe e foi desfeita; certamente, em uma noite, foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita.

2. Vai subindo a Bajite, e a Dibom, e aos lugares altos, a chorar; por Nebo e por Medeba, Moabe uivará; todas as cabeças ficarão calvas, e toda barba será rapada.

3. Cingiram-se de panos de saco nas suas ruas; nos seus terraços e nas suas praças, todos andam uivando e choram abundantemente.

4. Assim Hesbom, como Eleale, anda gritando; até Jaza se ouve a sua voz; por isso, os armados de Moabe clamam; a sua alma treme dentro deles.

5. O meu coração clama por causa de Moabe; fugiram os seus nobres para Zoar, como a novilha de três anos, porque vão chorando pela subida de Luíte, porque, no caminho de Horonaim, levantam um lastimoso pranto.

6. Porque as águas de Ninrim serão pura assolação; porque se secou o feno, definhou a erva, e não há verdura alguma.

7. Pelo que a abundância que ajuntaram e o que guardaram, ao ribeiro dos salgueiros, o levarão.

8. Porque o pranto rodeará os limites de Moabe; até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim chegará o seu rugido.

9. Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom: leões contra aqueles que escaparem de Moabe e contra as relíquias da terra.

1. Enviai o cordeiro ao dominador da terra, desde Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião.

2. Doutro modo, sucederá que serão as filhas de Moabe junto aos vaus de Arnom como o pássaro vagueante, lançado fora do ninho.

3. Toma conselho, executa o juízo, e põe a tua sombra no pino do meio-dia como a noite; esconde os desterrados e não descubras os vagueantes.

4. Habitem entre ti os meus desterrados, ó Moabe; serve-lhes de refúgio perante a face do destruidor; porque o homem violento terá fim; a destruição é desfeita, e os opressores são consumidos sobre a terra.

5. Porque um trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer justiça.

6. Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima, e da sua altivez, e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã.

7. Portanto, Moabe uivará por Moabe; todos uivarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete, pois já estão abalados.

8. Porque os campos de Hesbom e a vinha de Sibma enfraqueceram; os senhores das nações talaram as suas melhores plantas; vão chegando a Jazer; andam vagueando pelo deserto; os seus ramos se estenderam e já passaram além do mar.

9. Pelo que prantearei, com o pranto de Jazer, a vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágrimas, ó Hesbom e Eleale, porque o júbilo dos teus frutos de verão e da tua sega desapareceu.

10. E fugiu o folguedo e a alegria do campo fértil, e já nas vinhas se não canta, nem há júbilo algum; já o pisador não pisará as uvas nos lagares. Eu fiz cessar o júbilo.

11. Pelo que minhas entranhas soam por Moabe como harpa, e o meu interior, por Quir-Heres.

12. E será que, quando Moabe se apresentar, quando se cansar nos altos, e entrar no seu santuário a orar, nada alcançará.

13. Esta é a palavra que o SENHOR falou, no passado, contra Moabe.

14. Mas, agora, falou o SENHOR, dizendo: Dentro em três anos, tais quais os anos de assalariados, será envilecida a glória de Moabe, com toda a sua grande multidão; e o resíduo será pouco, pequeno e impotente.

1. Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada e já não será cidade, mas um montão de ruínas.

2. As cidades de Aroer serão abandonadas; hão de ser para os rebanhos, que se deitarão sem haver quem os espante.

3. E a fortaleza de Efraim cessará, como também o reino de Damasco e o resíduo da Síria; serão como a glória dos filhos de Israel, diz o SENHOR dos Exércitos.

4. E será diminuída, naquele dia, a glória de Jacó, e a gordura da sua carne desaparecerá.

5. Porque será como o segador que colhe o trigo e, com o seu braço, sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale dos Refains.

6. Mas ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos e quatro ou cinco nos ramos mais exteriores de uma árvore frutífera, diz o SENHOR Deus de Israel.

7. Naquele dia, atentará o homem para o seu Criador, e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.

8. E não atentará para os altares, obra das suas mãos, nem olhará para o que fizeram seus dedos, nem para os bosques, nem para as imagens do sol.

9. Naquele dia, serão as suas cidades fortes como os lugares abandonados no bosque ou sobre o cume das montanhas, os quais foram abandonados ante os filhos de Israel; e haverá assolação.

10. Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvação e não te lembraste da rocha da tua fortaleza; pelo que bem plantarás plantas formosas e as cercarás de sarmentos estranhos:

11. No dia em que as plantares, as cercarás e, pela manhã, farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da tribulação e das dores insofríveis.

12. Ai da multidão dos grandes povos que bramam como bramam os mares e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas!

13. Bem rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas ele repreendê-las-á, e fugirão para longe; e serão afugentadas como a pragana dos montes diante do vento e como a bola diante do tufão.

14. Ao anoitecer, eis que há pavor; e, antes que amanheça, eles não serão. Esta é a parte daqueles que nos despojam e a sorte daqueles que nos saqueiam.

1. Ai da terra que ensombra com as suas asas, que está além dos rios da Etiópia!

2. Que envia embaixadores por mar em navios de junco sobre as águas, dizendo: Ide, mensageiros velozes, a uma nação alta e polida, a um povo terrível desde o seu princípio; a uma nação de medidas e de vexames, cuja terra os rios dividem.

3. Vós, todos os habitantes do mundo, e vós, os moradores da terra, quando se arvorar a bandeira nos montes, o vereis; e, quando se tocar a trombeta, o ouvireis.

4. Porque assim me disse o SENHOR: Estarei quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor do sol resplandecente, como a nuvem do orvalho no calor da sega.

5. Porque antes da sega, quando já o renovo está perfeito, e as uvas verdes amadurecem, então, podará os sarmentos, e tirará os ramos, e os cortará.

6. Eles serão deixados juntos às aves dos montes e aos animais da terra; e sobre eles veranearão as aves de rapina, e todos os animais da terra invernarão sobre eles.

7. Naquele tempo, trará um presente ao SENHOR dos Exércitos um povo alto e polido e um povo terrível desde o seu princípio; uma nação de medidas e de vexames, cuja terra os rios dividem; ao lugar do nome do SENHOR dos Exércitos, ao monte de Sião.

1. Peso do Egito. Eis que o SENHOR vem cavalgando em uma nuvem ligeira e virá ao Egito; e os ídolos do Egito serão movidos perante a sua face, e o coração dos egípcios se derreterá no meio deles.

2. Porque farei com que os egípcios se levantem contra os egípcios, e cada um pelejará contra o seu irmão e cada um, contra o seu próximo, cidade contra cidade, reino contra reino.

3. E o espírito dos egípcios se esvaecerá dentro deles; eu destruirei o seu conselho, e eles consultarão os seus ídolos, e encantadores, e adivinhos, e mágicos.

4. E entregarei os egípcios nas mãos de um senhor duro, e um rei rigoroso os dominará, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.

5. E faltarão as águas do mar, e o rio se esgotará e secará.

6. Também os rios apodrecerão; e se esgotarão e secarão os canais do Egito; as canas e os juncos se murcharão.

7. A relva que está junto ao rio, junto às ribanceiras dos rios, e tudo o que foi semeado junto ao rio se secarão, e serão arrancados, e não subsistirão.

8. E os pescadores gemerão, e suspirarão todos os que lançam anzol ao rio, e os que estendem rede sobre as águas desfalecerão.

9. E envergonhar-se-ão os que trabalham em linho fino e os que tecem pano branco.

10. E os seus fundamentos serão despedaçados, e todos os que trabalham por salário ficarão com tristeza na alma.

11. Na verdade, loucos são os príncipes de Zoã; o conselho dos sábios conselheiros de Faraó se embruteceu; como, pois, a Faraó direis: Sou filho de sábios, filho de antigos reis?

12. Onde estão, agora, os teus sábios? Anunciem-te, agora, ou informem-te do que o SENHOR dos Exércitos determinou contra o Egito.

13. Loucos se tornaram os príncipes de Zoã, e enganados estão os príncipes de Nofe; eles farão errar o Egito, eles que são a pedra de esquina das suas tribos.

14. O SENHOR derramou no meio deles um perverso espírito; e eles fizeram errar o Egito com toda a sua obra, como o bêbedo quando se revolve no seu vômito.

15. E não aproveitará ao Egito obra alguma que possa fazer a cabeça, a cauda, o ramo ou o junco.

16. Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do SENHOR dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles.

17. E a terra de Judá será um espanto para o Egito; todo aquele a quem isso se anunciar se assombrará, por causa do propósito do SENHOR dos Exércitos, do que determinou contra eles.

18. Naquele tempo, haverá cinco cidades na terra do Egito que falarão a língua de Canaã e farão juramento ao SENHOR dos Exércitos; e uma se chamará Cidade da Destruição.

19. Naquele tempo, o SENHOR terá um altar no meio da terra do Egito, e um monumento se erigirá ao SENHOR, na sua fronteira.

20. E servirá de sinal e de testemunho ao SENHOR dos Exércitos na terra do Egito, porque ao SENHOR clamarão por causa dos opressores, e ele lhes enviará um Redentor e Protetor que os livrará.

21. E o SENHOR se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios conhecerão ao SENHOR, naquele dia; sim, eles o adorarão com sacrifícios e ofertas, e farão votos ao SENHOR, e os cumprirão.

22. E ferirá o SENHOR aos egípcios e os curará; e converter-se-ão ao SENHOR, e ele mover-se-á às suas orações e os curará.

23. Naquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria, e os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios ao Senhor.

24. Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra.

25. Porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança.

1. No ano em que veio Tartã a Asdode, enviando-o Sargão, rei da Assíria, e guerreou contra Asdode, e a tomou,

2. falou o SENHOR, pelo mesmo tempo, pelo ministério de Isaías, filho de Amoz, dizendo: Vai, solta o cilício de teus lombos e descalça os sapatos dos teus pés. E assim o fez, indo nu e descalço.

3. Então, disse o SENHOR: Assim como o meu servo Isaías andou três anos nu e descalço, por sinal e prodígio sobre o Egito e sobre a Etiópia,

4. assim o rei da Assíria levará em cativeiro os presos do Egito e os exilados da Etiópia, tanto moços como velhos, nus, e descalços, e com as nádegas descobertas, para vergonha do Egito.

5. E assombrar-se-ão e envergonhar-se-ão, por causa dos etíopes, sua esperança, e dos egípcios, sua glória.

6. Então, dirão os moradores desta ilha, naquele dia: Vede que tal é a nossa esperança, aquilo que buscamos por socorro, para nos livrarmos da face do rei da Assíria! Como, pois, escaparemos nós?

1. Peso do deserto do mar. Como os tufões de vento do Sul, que tudo assolam, ele virá do deserto, da terra horrível.

2. Visão dura se me manifesta: o pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo. Sobe, ó Elão, sitia, ó medo, que já fiz cessar todo o seu gemido.

3. Pelo que os meus lombos estão cheios de grande enfermidade; angústias se apoderaram de mim como as angústias da que dá à luz; estou tão atribulado, que não posso ouvir, e tão desfalecido, que não posso ver.

4. O meu coração está anelante, e o horror apavora-me; o crepúsculo, que desejava, se me tornou em tremores.

5. Eles põem a mesa, estão de atalaia, comem e bebem; levantai-vos, príncipes, e untai o escudo.

6. Porque assim me disse o Senhor: Vai, põe uma sentinela, e ela que diga o que vir.

7. E, quando vir um bando com cavaleiros a par, um bando de jumentos e um bando de camelos, ela que escute atentamente com grande cuidado.

8. E clamou como um leão: Senhor, sobre a torre de vigia estou em pé continuamente de dia e de guarda me ponho noites inteiras.

9. E eis, agora, vêm um bando de homens e cavaleiros aos pares. Então, respondeu e disse: Caída é Babilônia, caída é! E todas as imagens de escultura dos seus deuses se quebraram contra a terra.

10. Ah! Malhada minha, e trigo da minha eira! O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, isso vos anunciei.

11. Peso de Dumá. Gritam-me de Seir: Guarda, que houve de noite? Guarda, que houve de noite?

12. E disse o guarda: Vem a manhã, e, também, a noite; se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde.

13. Peso contra a Arábia. Nos bosques da Arábia, passareis a noite, ó viandantes dedanitas.

14. Saí, com água, ao encontro dos sedentos; os moradores da terra de Tema encontraram os que fugiam com seu pão.

15. Porque fogem diante das espadas, diante da espada nua, e diante do arco armado, e diante do peso da guerra.

16. Porque assim me disse o Senhor: Dentro de um ano, tal como os anos de assalariados, toda a glória de Quedar desaparecerá.

17. E os restantes dos números dos flecheiros, os valentes dos filhos de Quedar, serão diminuídos, porque assim o disse o SENHOR, Deus de Israel.

1. Peso do vale da Visão. Que tens, agora, para que assim totalmente subisses aos telhados?

2. Cidade cheia de aclamações, cidade turbulenta, cidade que salta de alegria, os teus mortos não são mortos à espada, nem morreram na guerra.

3. Todos os teus príncipes juntamente fugiram, foram ligados pelos arqueiros; todos os que em ti se acharam foram amarrados juntamente e fugiram para longe.

4. Portanto, digo: desviai de mim a vista, e chorarei amargamente; não vos canseis mais em consolar-me pela destruição da filha do meu povo.

5. Porque dia de alvoroço, e de vexame, e de confusão é este da parte do Senhor JEOVÁ dos Exércitos, no vale da Visão: um derribar de muros e um clamor até às montanhas.

6. Porque Elão tomou a aljava, com carros de homens e cavaleiros; e Quir descobre os escudos.

7. E será que os teus mais formosos vales se encherão de carros, e os cavaleiros se porão em ordem às portas.

8. E se tirará a cobertura de Judá, e, naquele dia, olharás para as armas da casa do bosque.

9. E vereis as brechas da cidade de Davi, porquanto são muitas; e ajuntareis as águas do viveiro inferior.

10. Também contareis as casas de Jerusalém e derribareis as casas, para fortalecer os muros.

11. Fizestes também um reservatório entre os dois muros para as águas do viveiro velho, mas não olhastes para cima, para o que o tinha feito, nem considerastes o que o formou desde a antiguidade.

12. E o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, vos convidará naquele dia ao choro, e ao pranto, e ao rapar da cabeça, e ao cingidouro do cilício.

13. Mas eis aqui gozo e alegria; matam-se vacas e degolam-se ovelhas; come-se carne, e bebe-se vinho, e diz-se: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.

14. Mas o SENHOR dos Exércitos se declarou aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não será expiada até que morrais, diz o Senhor JEOVÁ dos Exércitos.

15. Assim diz o Senhor JEOVÁ dos Exércitos: Anda, vai ter com este tesoureiro, com Sebna, o mordomo, e dize-lhe:

16. Que é que tens aqui? Ou a quem tens tu aqui, para que cavasses aqui uma sepultura, cavando em lugar alto a sua sepultura, cinzelando na rocha uma morada para si mesmo!

17. Eis que o SENHOR te arrojará violentamente como um homem forte e de todo te envolverá.

18. Certamente, te fará rolar, como se faz rolar uma bola em terra larga e espaçosa; ali, morrerás, e, ali, acabarão os carros da tua glória, o opróbrio da casa do teu senhor.

19. E demitir-te-ei do teu ofício e te arrancarei do teu assento.

20. E será, naquele dia, que chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias.

21. E revesti-lo-ei da tua túnica, e esforçá-lo-ei com o teu talabarte, e entregarei nas suas mãos o teu domínio, e ele será como pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá.

22. E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá.

23. E fixá-lo-ei como a um prego em um lugar firme, e será como um trono de honra para a casa de seu pai.

24. E dele penderá toda a glória da casa de seu pai, os renovos e os descendentes, todos os vasos menores, desde as taças até às garrafas.

25. Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, o prego pregado em lugar firme será tirado; será arrancado e cairá, e a carga que nele estava se desprenderá, porque o SENHOR o disse.

1. Peso de Tiro. Uivai, navios de Társis, porque está assolada, a ponto de não haver nela casa nenhuma, e de ninguém mais entrar nela; desde a terra de Quitim lhes foi isto revelado.

2. Calai-vos, moradores da ilha, vós a quem encheram os mercadores de Sidom, navegando pelo mar.

3. E a sua provisão era a semente do Canal, que vinha com as muitas águas, e a ceifa do Nilo; e ela era a feira das nações.

4. Envergonha-te, ó Sidom, porque o mar, a fortaleza do mar, fala, dizendo: Eu não tive dores de parto, nem dei à luz, nem ainda criei jovens, nem eduquei donzelas.

5. Como com as novas do Egito, assim haverá dores quando se ouvirem as de Tiro.

6. Passai a Társis e uivai, moradores da ilha.

7. É esta a vossa cidade, que andava pulando de alegria? Cuja antiguidade vem de dias remotos? Pois levá-la-ão os seus próprios pés para longe andarem a peregrinar.

8. Quem formou este desígnio contra Tiro, a cidade coroada, cujos mercadores são príncipes e cujos negociantes são os mais nobres da terra?

9. O SENHOR dos Exércitos formou este desígnio para denegrir a soberba de todo o ornamento e envilecer os mais nobres da terra.

10. Passa como o Nilo pela tua terra, ó filha de Társis; já não há cinto ao redor de ti.

11. Ele estendeu a mão sobre o mar e turbou os reinos; o SENHOR deu mandado contra Canaã, para que se destruíssem as suas fortalezas.

12. E disse: Nunca mais pularás de alegria, ó oprimida donzela, filha de Sidom; levanta-te, passa a Quitim e mesmo ali não terás descanso.

13. Vede a terra dos caldeus, povo que ainda não era povo; a Assíria a fundou para os que moravam no deserto; levantaram as suas fortalezas e edificaram os seus paços, mas já está arruinada de todo.

14. Uivai, navios de Társis, porque é destruída a vossa força.

15. E sucederá, naquele dia, que Tiro será posta em esquecimento por setenta anos, conforme os dias de um rei; mas, no fim de setenta anos, Tiro será como a canção de uma prostituta.

16. Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta entregue ao esquecimento; toca bem, canta e repete a ária, para que haja memória de ti.

17. Porque será no fim de setenta anos que o SENHOR visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância de prostituta e terá comércio com todos os reinos que há sobre a face da terra.

18. E será consagrado ao SENHOR o seu comércio e a sua ganância de prostituta; não se entesourará, nem se fechará; mas o seu comércio será para os que habitam perante o SENHOR, para que comam suficientemente e tenham vestes duráveis.

1. Eis que o SENHOR esvazia a terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores.

2. E o que suceder ao povo sucederá ao sacerdote; ao servo, como ao seu senhor; à serva, como à sua senhora; ao comprador, como ao vendedor; ao que empresta, como ao que toma emprestado; ao que dá usura, como ao que paga usura.

3. De todo se esvaziará a terra e de todo será saqueada, porque o SENHOR pronunciou esta palavra.

4. A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.

5. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.

6. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.

7. Pranteia o mosto, e enfraquece a vide; e suspirarão todos os alegres de coração.

8. Cessou o folguedo dos tamboris, acabou o ruído dos que pulam de prazer, e descansou a alegria da harpa.

9. Com canções não beberão vinho; a bebida forte será amarga para os que a beberem.

10. Demolida está a cidade vazia, todas as casas fecharam, ninguém já pode entrar.

11. Há lastimoso clamor nas ruas por causa do vinho; toda a alegria se escureceu, desterrou-se o gozo da terra.

12. Na cidade, só ficou a desolação, e, com estalidos, se quebra a porta.

13. Porque será no interior da terra, no meio destes povos, como a sacudidura da oliveira e como os rabiscos, quando está acabada a vindima.

14. Estes alçarão a sua voz e cantarão com alegria; por causa da glória do SENHOR clamarão desde o mar.

15. Por isso, glorificai ao SENHOR nos vales e nas ilhas do mar, ao nome do SENHOR, Deus de Israel.

16. Dos confins da terra ouvimos cantar: glória ao Justo; mas eu digo: emagreço, emagreço, ai de mim! Os pérfidos tratam perfidamente; sim, os pérfidos tratam perfidamente.

17. O temor, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra.

18. E será que aquele que fugir da voz do temor cairá na cova, e o que subir da cova, o laço o prenderá; porque as janelas do alto se abriram, e os fundamentos da terra tremem.

19. De todo será quebrantada a terra, de todo se romperá e de todo se moverá a terra.

20. De todo vacilará a terra como o ébrio e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá e nunca mais se levantará.

21. E será que, naquele dia, o SENHOR visitará os exércitos do alto na altura e os reis da terra, sobre a terra.

22. E serão amontoados como presos em uma masmorra, e serão encerrados em um cárcere, e serão visitados depois de muitos dias.

23. E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o SENHOR dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; e, então, perante os seus anciãos haverá glória.

1. Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.

2. Porque da cidade fizeste um montão de pedras, e da cidade forte, uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade e jamais se torne a edificar.

3. Pelo que te glorificará um povo poderoso, e a cidade das nações formidáveis te temerá.

4. Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque o sopro dos opressores é como a tempestade contra o muro.

5. Como o calor em lugar seco, tu abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado.

6. E o SENHOR dos Exércitos dará, neste monte, a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa com vinhos puros, com tutanos gordos e com vinhos puros, bem purificados.

7. E destruirá, neste monte, a máscara do rosto com que todos os povos andam cobertos e o véu com que todas as nações se escondem.

8. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor JEOVÁ as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.

9. E, naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação, exultaremos e nos alegraremos.

10. Porque a mão do SENHOR descansará neste monte; mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo.

11. E Moabe estenderá as mãos por entre eles, como as estende o nadador para nadar; mas o SENHOR abaterá a sua altivez, apesar da perícia das suas mãos.

12. E abaixará as altas fortalezas dos teus muros e abatê-las-á, e derribá-las-á por terra, até ao pó.

1. Naquele dia, se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a quem Deus pôs a salvação por muros e antemuros.

2. Abri as portas, para que entre nela a nação justa, que observa a verdade.

3. Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.

4. Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna.

5. Porque ele abate os que habitam em lugares sublimes, e a cidade exaltada humilhará até ao chão, e a derribará até ao pó.

6. O pé a pisará: os pés dos aflitos e os passos dos pobres.

7. O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.

8. Até no caminho dos teus juízos, SENHOR, te esperamos; no teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma.

9. Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.

10. Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão, ele pratica a iniqüidade e não atenta para a majestade do SENHOR.

11. SENHOR, a tua mão está exaltada, mas nem por isso a vêem; vê-la-ão, porém confundir-se-ão por causa do zelo que tens do teu povo; e o fogo consumirá os teus adversários.

12. SENHOR, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.

13. Ó SENHOR, Deus nosso, outros senhores têm tido domínio sobre nós; mas, por ti só, nos lembramos do teu nome.

14. Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão; por isso, os visitaste, e destruíste, e apagaste toda a sua memória.

15. Tu, SENHOR, aumentaste esta gente, tu aumentaste esta gente, fizeste-te glorioso; mas longe os lançaste, para todos os confins da terra.

16. SENHOR, no aperto, te visitaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram a sua oração secreta.

17. Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora, tem dores de parto e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós por causa da tua face, ó SENHOR!

18. Bem concebemos nós e tivemos dores de parto, mas isso não foi senão vento; livramento não trouxemos à terra, nem caíram os moradores do mundo.

19. Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.

20. Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira.

21. Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniqüidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.

1. Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, a serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão que está no mar.

2. Naquele dia, haverá uma vinha de vinho tinto; cantai-lhe.

3. Eu, o SENHOR, a guardo e, a cada momento, a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei.

4. Não há indignação em mim; quem me poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.

5. Ou que se apodere da minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.

6. Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo.

7. Porventura, feriu-o ele como feriu aos que o feriram? Ou matou-o ele assim como matou aos que por ele foram mortos?

8. Com medida contendeste com ela quando a rejeitaste; ele a tirou com o seu vento forte, no tempo do vento leste.

9. Por isso, se expiará a iniqüidade de Jacó, e este será todo o fruto de se haver tirado o seu pecado; quando ele fizer a todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, os bosques e as imagens do sol não poderão ficar em pé.

10. Porque a cidade forte está solitária, uma habitação rejeitada e abandonada como um deserto; ali, pastarão os bezerros, e ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.

11. Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados; vindo as mulheres, os acenderão, porque este povo não é povo de entendimento; por isso, aquele que o fez não se compadecerá dele e aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.

12. E será, naquele dia, que o SENHOR padejará o seu fruto desde as correntes do rio até o rio do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um.

13. E será, naquele dia, que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo, em Jerusalém.

1. Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai, que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho!

2. Eis que o Senhor mandará um homem valente e poderoso; como uma queda de saraiva, uma tormenta de destruição e como uma tempestade de impetuosas águas que trasbordam, violentamente a derribará por terra.

3. A coroa de soberba dos bêbados de Efraim será pisada aos pés.

4. E a flor caída do seu glorioso ornamento que está sobre a cabeça do fértil vale será como o figo antes do verão, que, vendo-o alguém e tendo-o ainda na mão, o engole.

5. Naquele dia, o SENHOR dos Exércitos será por coroa gloriosa e por grinalda formosa para os restantes de seu povo;

6. e será espírito de juízo para o que se assenta a julgar e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta.

7. Mas também estes erram por causa do vinho e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo.

8. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia; não há nenhum lugar limpo.

9. A quem, pois, se ensinaria a ciência? E a quem se daria a entender o que se ouviu? Ao desmamado e ao arrancado dos seios?

10. Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento e mais mandamento, regra sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali.

11. Pelo que, por lábios estranhos e por outra língua, falará a este povo,

12. ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir.

13. Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento e mais mandamento, regra sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem, e se enlacem, e sejam presos.

14. Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedores que dominais este povo que está em Jerusalém.

15. Porquanto dizeis: Fizemos concerto com a morte e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio e debaixo da falsidade nos escondemos.

16. Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.

17. E regrarei o juízo pela linha e a justiça, pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo.

18. E o vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, então, sereis oprimidos por ele.

19. Desde que comece a passar, vos arrebatará, porque todas as manhãs passará e todos os dias e todas as noites; e será que somente o ouvir tal notícia causará grande turbação.

20. Porque a cama será tão curta, que ninguém se poderá estender nela; e o cobertor, tão estreito, que ninguém se poderá cobrir com ele.

21. Porque o SENHOR se levantará, como no monte de Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu ato, o seu estranho ato.

22. Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes; porque já ouvi o Senhor JEOVÁ dos Exércitos falar de uma destruição, e esta já está determinada sobre toda a terra.

23. Inclinai os ouvidos e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso.

24. Porventura, lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e esterroa todo o dia a sua terra?

25. Não é, antes, assim: quando já tem gradado a sua superfície, então, espalha nela ervilhaca, e semeia cominhos; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar?

26. O seu Deus o ensina e o instrui acerca do que há de fazer.

27. Porque a ervilhaca não se trilha com instrumento de trilhar, nem sobre os cominhos passa roda de carro; mas, com uma vara, se sacode a ervilhaca e os cominhos, com um pedaço de pau.

28. O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiúça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavalos.

29. Até isto procede do SENHOR dos Exércitos, porque é maravilhoso em conselho e grande em obra.

1. Ai de Ariel, da cidade de Ariel, em que Davi assentou o seu arraial! Acrescentai ano a ano, e sucedam-se as festas.

2. Contudo, porei a Ariel em aperto, e haverá pranto e tristeza; e ela será para mim como Ariel.

3. Porque te cercarei com o meu arraial, e te sitiarei com baluartes, e levantarei trincheiras contra ti.

4. Então, serás abatida, falarás de debaixo da terra, e a tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tua voz debaixo da terra como a de um feiticeiro, e a tua fala assobiará desde o pó.

5. E a multidão dos teus inimigos será como o pó miúdo, e a multidão dos tiranos, como a pragana que passa; em um momento repentino, isso acontecerá.

6. Do SENHOR dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terremotos, e grande ruído, e com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor.

7. E como o sonho e uma visão da noite será a multidão de todas as nações que hão de pelejar contra Ariel, como também todos os que pelejarem contra ela e contra os seus muros e a puserem em aperto.

8. Será também como o faminto que sonha que está comendo, mas, acordando, sente a sua alma vazia; ou como o sequioso que sonha que está bebendo, mas, acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a sua alma, com sede; assim será toda a multidão das nações que pelejarem contra o monte Sião.

9. Tardai, e maravilhai-vos, e folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho; andam titubeando, mas não de bebida forte.

10. Porque o SENHOR derramou sobre vós um espírito de profundo sono e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou os vossos líderes, os videntes.

11. Pelo que toda visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora, lê isto; e ele dirá: Não posso, porque está selado.

12. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Ora, lê isto; e ele dirá: Não sei ler.

13. Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;

14. eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo; uma obra maravilhosa e um assombro, porque a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá.

15. Ai dos que querem esconder profundamente o seu propósito do SENHOR! Fazem as suas obras às escuras e dizem: Quem nos vê? E quem nos conhece?

16. Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada sabe.

17. Porventura, não se converterá o Líbano, em um breve momento, em campo fértil? E o campo fértil não se reputará por um bosque?

18. E, naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e, dentre a escuridão e dentre as trevas, as verão os olhos dos cegos.

19. E os mansos terão regozijo sobre regozijo no SENHOR; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.

20. Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão a iniqüidade são desarraigados,

21. os que fazem culpado ao homem em uma causa, os que armam laços ao que repreende na porta e os que põem de parte o justo, sem motivo.

22. Portanto, assim diz o SENHOR, que remiu a Abraão, acerca da casa de Jacó: Jacó não será, agora, envergonhado, nem, agora, se descorará a sua face.

23. Mas, quando vir a seus filhos a obra das minhas mãos, no meio dele, santificarão o meu nome, e santificarão o Santo de Jacó, e temerão ao Deus de Israel.

24. E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina.

1. Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomaram conselho, mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado!

2. Que descem ao Egito, sem perguntarem à minha boca, para se fortificarem com a força de Faraó e para confiarem na sombra do Egito!

3. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito, em confusão.

4. Porque os seus príncipes estão em Zoã, e os seus embaixadores chegaram a Hanes.

5. Eles se envergonharão de um povo que de nada lhe servirá, nem de ajuda, nem de proveito; antes, de vergonha e de opróbrio.

6. Peso dos animais do Sul. Para a terra de aflição e de angústia ( donde vem a leoa, o leão, o basilisco e a áspide ardente voadora ) levarão às costas de jumentinhos as suas fazendas, e sobre as corcovas de camelos, os seus tesouros a um povo que de nada lhes aproveitará.

7. Porque o Egito os ajudará em vão e para nenhum fim; pelo que clamei acerca disto: No estarem quietos, estará a sua força.

8. Vai, pois, agora, escreve isto em uma tábua perante eles e aponta-o em um livro; para que fique escrito para o tempo vindouro, para sempre e perpetuamente.

9. Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR;

10. que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis e tende para nós enganadoras lisonjas;

11. desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que deixe de estar o Santo de Israel perante nós.

12. Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto que rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isso vos estribais,

13. por isso, esta maldade vos será como a parede fendida, que já forma barriga desde o mais alto sítio, e cuja queda virá subitamente, em um momento.

14. E ele o quebrará como se quebra o vaso do oleiro e, quebrando-o, não se compadecerá; não se achará entre os seus pedaços um que sirva para tomar fogo do lar ou tirar água da poça.

15. Porque assim diz o Senhor JEOVÁ, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força, mas não a quisestes.

16. Mas dizeis: Não; antes, sobre cavalos fugiremos; portanto, fugireis; e: Sobre cavalos ligeiros cavalgaremos; por isso, os vossos perseguidores serão ligeiros.

17. Mil homens fugirão ao grito de um e, ao grito de cinco, todos vós fugireis, até que sejais deixados como o mastro no cume do monte e como a bandeira no outeiro.

18. Por isso, o SENHOR esperará para ter misericórdia de vós; e, por isso, será exalçado para se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de eqüidade. Bem-aventurados todos os que nele esperam.

19. Porque o povo habitará em Sião, em Jerusalém; não chorarás mais; certamente, se compadecerá de ti, à voz do teu clamor; e, ouvindo-a, te responderá.

20. Bem vos dará o Senhor pão de angústia e água de aperto, mas os teus instruidores nunca mais fugirão de ti, como voando com asas; antes, os teus olhos verão a todos os teus mestres.

21. E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.

22. E terás por contaminadas as coberturas das tuas esculturas de prata e a coberta das tuas esculturas fundidas de ouro; e as lançarás fora como um pano imundo e dirás a cada uma delas: Fora daqui!

23. Então, te dará chuva sobre a semente com que semeares a terra, como também pão da novidade da terra; e esta será fértil e cheia; naquele dia, o teu gado pastará em lugares largos de pasto.

24. E os bois e os jumentinhos que lavram a terra comerão grão puro, que for padejado com a pá e cirandado com a ciranda.

25. E haverá, em todo monte alto e em todo outeiro elevado, ribeiros e correntes de águas, no dia da grande matança, quando caírem as torres.

26. E será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol, sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o SENHOR ligar a quebradura do seu povo e curar a chaga da sua ferida.

27. Eis que o nome do SENHOR vem de longe ardendo na sua ira e lançando espessa fumaça; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor;

28. e a sua respiração é como o ribeiro trasbordando, que chega até ao pescoço, para peneirar as nações com peneira de vaidade; e um freio de fazer errar estará nas queixadas dos povos.

29. Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e alegria de coração, como a daquela que sai tocando pífano, para vir ao monte do SENHOR, à Rocha de Israel.

30. E o SENHOR fará ouvir a glória da sua voz e fará ver o abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e a labareda do seu fogo consumidor, e raios, e dilúvio, e pedra de saraiva.

31. Porque, com a voz do SENHOR, será desfeita em pedaços a Assíria, que feriu com a vara.

32. E, a cada pancada do bordão do juízo que o SENHOR der, haverá tamboris e harpas; e, com combates de agitação, combaterá contra eles.

33. Porque uma fogueira está preparada desde ontem, sim, está preparada para o rei; ele a fez profunda e larga; a sua pilha é fogo e tem muita lenha; o assopro do SENHOR como torrente de enxofre a acenderá.

1. Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro e se estribam em cavalos! Têm confiança em carros, porque são muitos, e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o Santo de Israel e não buscam ao SENHOR.

2. Todavia, também ele é sábio, e fará vir o mal, e não retirará as suas palavras; ele se levantará contra a casa dos malfeitores e contra a ajuda dos que praticam a iniqüidade.

3. Porque os egípcios são homens e não Deus; e os seus cavalos, carne e não espírito; e, quando o SENHOR estender a mão, todos cairão por terra, tanto o auxiliador como o ajudado, e todos juntamente serão consumidos.

4. Porque assim me disse o SENHOR: Como o leão e o filhote do leão rugem sobre a sua presa, ainda que se convoque contra eles uma multidão de pastores, e não se espantam das suas vozes, nem se abatem pela sua multidão, assim o SENHOR dos Exércitos descerá para pelejar pelo monte Sião e pelo seu outeiro.

5. Como as aves voam, assim o SENHOR dos Exércitos amparará a Jerusalém; ele a amparará, e a livrará, e, passando, a salvará.

6. Convertei-vos, pois, àquele contra quem os filhos de Israel se rebelaram tão profundamente.

7. Porque, naquele dia, cada um lançará fora os seus ídolos de prata e os seus ídolos de ouro, que fabricaram as vossas mãos para pecardes.

8. E a Assíria cairá pela espada e não por varão; e a espada, não de homem, a consumirá; e fugirá perante a espada, e os seus jovens serão derrotados.

9. E, de medo, passará a sua rocha de refúgio, e os seus príncipes desertarão a bandeira, diz o SENHOR, cujo fogo está em Sião e cuja fornalha, em Jerusalém.

1. Reinará um rei com justiça, e dominarão os príncipes segundo o juízo.

2. E será aquele varão como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, e como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta.

3. E os olhos dos que vêem não olharão para trás; e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos.

4. E o coração dos imprudentes entenderá a sabedoria; e a língua dos gagos estará pronta para falar distintamente.

5. Ao louco nunca mais se chamará nobre; e do avarento nunca mais se dirá que é generoso.

6. Porque o louco fala loucamente, e o seu coração pratica a iniqüidade, para usar de hipocrisia, e para proferir erros contra o SENHOR, e para deixar vazia a alma do faminto, e para fazer com que o sedento venha a ter falta de bebida.

7. Também todos os instrumentos do avarento são maus; ele maquina invenções malignas, para destruir os mansos com palavras falsas, mesmo quando o pobre chega a falar retamente.

8. Mas o nobre projeta coisas nobres e, pela nobreza, está em pé.

9. Levantai-vos, mulheres que estais em repouso, e ouvi a minha voz; e vós, filhas que estais tão seguras, inclinai os ouvidos às minhas palavras.

10. Porque daqui a um ano e dias vireis a ser turbadas, ó mulheres que estais tão seguras; porque a vindima se acabará, e a colheita não virá.

11. Tremei, mulheres que estais em repouso, e turbai-vos, vós que estais tão seguras; despi-vos, e ponde-vos nuas, e cingi com panos de saco os vossos lombos.

12. Feri os peitos sobre os campos desejáveis e sobre as vides frutuosas.

13. Sobre a terra do meu povo virão espinheiros e sarças, como também sobre todas as casas de alegria, na cidade que anda pulando de prazer.

14. Porque o palácio será abandonado, o ruído da cidade cessará; Ofel e as torres da guarda servirão de cavernas eternamente, para alegria dos jumentos monteses e para pasto dos gados,

15. até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque.

16. E o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no campo fértil.

17. E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança, para sempre.

18. E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso,

19. ainda que caia saraiva, e caia o bosque, e a cidade seja inteiramente abatida.

20. Bem-aventurados vós, que semeais sobre todas as águas e que dais liberdade ao pé do boi e do jumento.

1. Ai de ti despojador que não foste despojado e que ages perfidamente contra os que não agiram perfidamente contra ti! Acabando tu de despojar, serás despojado; e, acabando tu de tratar perfidamente, perfidamente te tratarão.

2. SENHOR, tem misericórdia de nós! Por ti temos esperado; sê tu o nosso braço cada manhã, como também a nossa salvação em tempos de tribulação.

3. Ao ruído do tumulto, fugirão os povos; à tua exaltação as nações serão dispersas.

4. Então, ajuntar-se-á o vosso despojo como se apanha o pulgão; como os gafanhotos saltam, ali saltará.

5. O SENHOR é exalçado, pois habita nas alturas; encheu a Sião de retidão e de justiça.

6. E haverá estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e ciência; e o temor do SENHOR será o seu tesouro.

7. Eis que os seus embaixadores estão clamando de fora; e os mensageiros de paz estão chorando amargamente.

8. As estradas estão desoladas, cessam os que passam pelas veredas; ele rompeu a aliança, desprezou as cidades e a homem nenhum estima.

9. A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha, Sarom se tornou como um deserto, Basã e Carmelo foram sacudidos.

10. Agora, me levantarei, diz o SENHOR; agora, me levantarei a mim mesmo; agora, serei exaltado.

11. Concebestes palha, produzireis pragana, e o vosso espírito vos devorará como fogo.

12. E os povos serão como os incêndios de cal, como espinhos cortados arderão no fogo.

13. Ouvi, vós os que estais longe, o que tenho feito; e vós que estais vizinhos, conhecei o meu poder.

14. Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?

15. O que anda em justiça e que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, que sacode das suas mãos todo o presente; que tapa os ouvidos para não ouvir falar de sangue e fecha os olhos para não ver o mal,

16. este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas.

17. Os teus olhos verão o Rei na sua formosura e verão a terra que está longe.

18. O teu coração considerará em assombro, dizendo: Onde está o escrivão? Onde está o pagador? Onde está o que conta as torres?

19. Não verás mais aquele povo cruel, povo de fala tão profunda, que não se pode perceber, e de língua tão estranha, que não se pode entender.

20. Olha para Sião, a cidade das nossas solenidades; os teus olhos verão a Jerusalém, habitação quieta, tenda que não será derribada, cujas estacas nunca serão arrancadas, e das suas cordas nenhuma se quebrará.

21. Mas o SENHOR ali nos será grandioso, lugar de rios e correntes largas; barco nenhum de remo passará por eles, nem navio grande navegará por eles.

22. Porque o SENHOR é o nosso Juiz; o SENHOR é o nosso Legislador; o SENHOR é o nosso Rei; ele nos salvará.

23. As tuas cordas estão frouxas; não puderam ter firme o seu mastro, e vela não estenderam; então, a presa de abundantes despojos se repartirá; e até os coxos roubarão a presa.

24. E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade.

1. Chegai-vos, nações, para ouvir; e vós, povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto produz.

2. Porque a indignação do SENHOR está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança.

3. E os mortos serão arremessados, e do seu corpo subirá o mau cheiro; e com o seu sangue os montes se derreterão.

4. E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.

5. Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá e sobre o povo do meu anátema, para exercer juízo.

6. A espada do SENHOR está cheia de sangue, está cheia da gordura de sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o SENHOR tem sacrifício em Bozra e grande matança na terra de Edom.

7. E os unicórnios descerão com eles, e os bezerros, com os touros; e a sua terra beberá sangue até se fartar, e o seu pó de gordura se encherá.

8. Porque será o dia da vingança do SENHOR, ano de retribuições, pela luta de Sião.

9. E os seus ribeiros se transformarão em pez, e o seu pó, em enxofre, e a sua terra, em pez ardente.

10. Nem de noite nem de dia, se apagará; para sempre a sua fumaça subirá; de geração em geração será assolada, e de século em século ninguém passará por ela.

11. Mas o pelicano e a coruja a possuirão, e o bufo e o corvo habitarão nela, e ele estenderá sobre ela cordel de confusão e nível de vaidade.

12. Eles chamarão ao reino os seus nobres, mas nenhum haverá, e todos os seus príncipes não serão coisa nenhuma.

13. E, nos seus palácios, crescerão espinhos, urtigas e cardos nas suas fortalezas; e será uma habitação de dragões e sala para os filhos do avestruz.

14. E os cães bravos se encontrarão com os gatos bravos; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e os animais noturnos ali pousarão e acharão lugar de repouso para si.

15. Ali, se aninhará a mélroa, e porá os seus ovos, e tirará os seus filhotes, e os recolherá debaixo da sua sombra; também ali os abutres se ajuntarão uns com os outros.

16. Buscai no livro do SENHOR e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará.

17. Porque ele mesmo lançou as sortes por eles, e a sua mão lhes repartiu a terra com o cordel; para sempre a possuirão, de geração em geração habitarão nela.

1. O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa.

2. Abundantemente florescerá e também regurgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus.

3. Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes.

4. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará.

5. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão.

6. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo.

7. E a terra seca se transformará em tanques, e a terra sedenta, em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos.

8. E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O Caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão.

9. Ali, não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele.

10. E os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com júbilo; e alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.

1. E aconteceu, no ano décimo quarto do rei Ezequias, que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades fortes de Judá e as tomou.

2. Então, o rei da Assíria enviou Rabsaqué, desde Laquis a Jerusalém, ao rei Ezequias com um grande exército; e ele parou junto ao cano do tanque mais alto, junto ao caminho do campo do lavandeiro.

3. Então, saiu a ele Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o chanceler.

4. E Rabsaqué lhes disse: Ora, dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é esta que tu manifestas?

5. Bem posso eu dizer: teu conselho e poder para a guerra são apenas vãs palavras; em quem, pois, agora, confias, que contra mim te rebelas?

6. Eis que confias naquele bordão de cana quebrada, a saber, no Egito, que, se alguém se apoiar nele, lhe entrará pela mão e lha furará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam.

7. Mas, se me disseres: No SENHOR, nosso Deus, confiamos, porventura, não é esse aquele cujos altos e cujos altares Ezequias tirou e disse a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis?

8. Ora, pois, dá, agora, reféns ao meu senhor, o rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.

9. Como, não podendo tu voltar o rosto a um só príncipe dos mínimos servos do meu senhor, confias no Egito, por causa dos carros e cavaleiros?

10. E subi eu, agora, sem o SENHOR contra esta terra, para destruí-la? O SENHOR mesmo me disse: Sobe contra esta terra e destrói-a.

11. Então, disse Eliaquim, e Sebna, e Joá a Rabsaqué: Pedimos-te que fales aos teus servos em siríaco, porque bem o entendemos, e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está sobre os muros.

12. Mas Rabsaqué disse: Porventura, mandou-me o meu senhor só ao teu senhor e a ti, para dizer estas palavras? E não, antes, aos homens que estão assentados sobre os muros, para que comam convosco o seu esterco e bebam a sua urina?

13. Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do grande rei, do rei da Assíria.

14. Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias, porque não vos poderá livrar.

15. Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no SENHOR, dizendo: Infalivelmente, nos livrará o SENHOR, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.

16. Não deis ouvidos a Ezequias, porque assim diz o rei da Assíria: Aliai-vos comigo e saí a mim, e coma cada um da sua vide e da sua figueira e beba cada um da água da sua cisterna,

17. até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas.

18. Não vos engane Ezequias, dizendo: O SENHOR nos livrará. Porventura, os deuses das nações livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria?

19. Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura, livraram eles a Samaria das minhas mãos?

20. Quais são eles, dentre todos os deuses desses países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR livrasse a Jerusalém das minhas mãos?

21. Mas eles calaram-se e não lhe responderam palavra, porque havia mandado do rei, dizendo: Não lhe respondereis.

22. Então, Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o chanceler, vieram a Ezequias com as vestes rasgadas e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.

1. E aconteceu que, tendo ouvido isso o rei Ezequias, rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco de pano grosseiro, e entrou na Casa do SENHOR.

2. E o rei enviou a Eliaquim, o mordomo, e a Sebna, o escrivão, e aos anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos de pano grosseiro, a Isaías, filho de Amoz, o profeta.

3. E disseram-lhe: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, e de vitupérios, e de blasfêmias, porque chegados são os filhos ao parto, e força não há para os dar à luz.

4. Porventura, o SENHOR, teu Deus, terá ouvido as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o rei da Assíria, seu amo, para afrontar o Deus vivo e para o vituperar com as palavras que o SENHOR, teu Deus, tem ouvido; faze oração pelo resto que ficou.

5. E os servos do rei Ezequias vieram a Isaías.

6. E Isaías lhes disse: Assim direis a vosso amo: Assim diz o SENHOR: Não temas à vista das palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria de mim blasfemaram.

7. Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um rumor e voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair morto à espada, na sua terra.

8. Voltou, pois, Rabsaqué e achou o rei da Assíria pelejando contra Libna; porque ouvira que já se havia retirado de Laquis.

9. E ouviu dizer que Tiraca, rei da Etiópia, tinha saído para lhe fazer guerra. Assim que ouviu isso, enviou mensageiros a Ezequias, dizendo:

10. Assim falareis a Ezequias, rei de Judá, dizendo: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria.

11. Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as totalmente; e escaparias tu?

12. Porventura, as livraram os deuses das nações que meus pais destruíram: Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos de Éden, que estavam em Telassar?

13. Onde está o rei de Hamate, e o rei de Arpade, e o rei das cidades de Sefarvaim, Hena e Iva?

14. Recebendo, pois, Ezequias as cartas das mãos dos mensageiros e lendo-as, subiu à Casa do SENHOR; e Ezequias as estendeu perante o SENHOR.

15. E orou Ezequias ao SENHOR, dizendo:

16. Ó SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins; tu és o Deus, tu somente, de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.

17. Inclina, ó SENHOR, os ouvidos e ouve; abre, SENHOR, os olhos e olha; e ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele mandou para afrontar o Deus vivo.

18. Verdade é, SENHOR, que os reis da Assíria assolaram todos os países e suas terras.

19. E lançaram no fogo os seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso, os destruíram.

20. Agora, pois, ó SENHOR, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra conheçam que só tu és o SENHOR.

21. Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Quanto ao que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria,

22. esta é a palavra que o SENHOR falou a respeito dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza e de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.

23. A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os olhos ao alto? Contra o Santo de Israel!

24. Por meio de teus servos, afrontaste o Senhor e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortarei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas e entrarei no seu cume mais elevado, no bosque do seu campo fértil.

25. Eu cavei e bebi as águas; e, com a planta de meus pés, sequei todos os rios do Egito.

26. Porventura, não ouviste que já muito antes eu fiz isso e que já desde os dias antigos o tinha pensado? Agora, porém, se cumpre, e eu quis que fosses tu que destruísses as cidades fortes e as reduzisses a montões assolados.

27. Por isso, os seus moradores, com as mãos caídas, andaram atemorizados e envergonhados; eram como a erva do campo, e a erva verde, e o feno dos telhados, e o trigo queimado antes do crescimento.

28. Mas eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e o teu entrar, e o teu furor contra mim.

29. Por causa da tua raiva contra mim e porque a tua arrogância subiu até aos meus ouvidos, eis que porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio, nos teus lábios e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.

30. E isto te será por sinal: este ano se comerá o que espontaneamente nascer e, no segundo ano, o que daí proceder; mas, no terceiro ano, semeai, e segai, e plantai vinhas, e comei os frutos delas.

31. Porque o que escapou da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto para cima.

32. Porque de Jerusalém sairá o restante, e, do monte Sião, o que escapou; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isso.

33. Pelo que assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará contra ela tranqueira.

34. Pelo caminho por onde vier, por esse voltará; mas nesta cidade não entrará, diz o SENHOR.

35. Porque eu ampararei esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.

36. Então, saiu o Anjo do SENHOR e feriu, no arraial dos assírios, a cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram pela manhã cedo, eis que tudo eram corpos mortos.

37. Assim, Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi, e voltou, e ficou em Nínive.

38. E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; e eles fugiram para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.

1. Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele Isaías, filho de Amoz, o profeta, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.

2. Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR.

3. E disse: Ah! SENHOR, lembra-te, peço-te, de que andei diante de ti em verdade e com coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.

4. Então, veio a palavra do SENHOR a Isaías, dizendo:

5. Vai e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.

6. E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade; eu defenderei esta cidade.

7. E isto te será da parte do SENHOR como sinal de que o SENHOR cumprirá esta palavra que falou:

8. eis que farei que a sombra dos graus, que passou com o sol pelos graus do relógio de Acaz, volte dez graus atrás. Assim, recuou o sol dez graus pelos graus que já tinha andado.

9. Cântico de Ezequias, rei de Judá, de quando adoeceu e sarou de sua enfermidade.

10. Eu disse: na tranqüilidade de meus dias, ir-me-ei às portas da sepultura; já estou privado do resto de meus anos.

11. Eu disse: já não verei mais ao SENHOR na terra dos viventes; jamais verei o homem com os moradores do mundo.

12. O tempo da minha vida se foi e foi removido de mim, como choça de pastor; cortei como tecelão a minha vida; como que do tear me cortará; desde a manhã até à noite, me acabarás.

13. Eu sosseguei até à madrugada; como um leão, quebrou todos os meus ossos; desde a manhã até à noite, me acabarás.

14. Como o grou ou a andorinha, assim eu chilreava e gemia como a pomba; alçava os olhos ao alto; ó Senhor, ando oprimido! Fica por meu fiador.

15. Que direi? Como mo prometeu, assim o fez; assim, passarei mansamente por todos os meus anos, por causa da amargura da minha alma.

16. Senhor, com estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito; portanto, cura-me e faze-me viver.

17. Eis que, para minha paz, eu estive em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.

18. Porque não pode louvar-te a sepultura, nem a morte glorificar-te; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova.

19. Os vivos, os vivos, esses te louvarão, como eu hoje faço; o pai aos filhos fará notória a tua verdade.

20. O SENHOR veio salvar-me; pelo que, tangendo eu meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na Casa do SENHOR.

21. E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos e a ponham como emplasto sobre a chaga; e sarará.

22. Também dissera Ezequias: Qual será o sinal de que hei de subir à Casa do SENHOR?

1. Naquele tempo, enviou Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei da Babilônia, cartas e um presente a Ezequias, porque tinha ouvido dizer que havia estado doente e que já tinha convalescido.

2. E Ezequias se alegrou com eles e lhes mostrou a casa do seu tesouro, e a prata, e o ouro, e as especiarias, e os melhores ungüentos, e toda a sua casa de armas, e tudo quanto se achava nos seus tesouros; coisa nenhuma houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio, que Ezequias lhes não mostrasse.

3. Então, o profeta Isaías veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti? E disse Ezequias: De uma terra remota vieram a mim, da Babilônia.

4. E disse ele: Que foi que viram em tua casa? E disse Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu deixasse de lhes mostrar.

5. Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR dos Exércitos:

6. Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.

7. E dos teus filhos, que procederem de ti e tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia.

8. Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Disse mais: Porque haverá paz e verdade em meus dias.

1. Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.

2. Falai benignamente a Jerusalém e bradai-lhe que já a sua servidão é acabada, que a sua iniqüidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do SENHOR, por todos os seus pecados.

3. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.

4. Todo vale será exaltado, e todo monte e todo outeiro serão abatidos; e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.

5. E a glória do SENHOR se manifestará, e toda carne juntamente verá que foi a boca do SENHOR que disse isso.

6. Voz que diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda carne é erva, e toda a sua beleza, como as flores do campo.

7. Seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do SENHOR. Na verdade, o povo é erva.

8. Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.

9. Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.

10. Eis que o Senhor JEOVÁ virá como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua face.

11. Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.

12. Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu em uma medida o pó da terra, e pesou os montes e os outeiros em balanças?

13. Quem guiou o Espírito do SENHOR? E que conselheiro o ensinou?

14. Com quem tomou conselho, para que lhe desse entendimento, e lhe mostrasse as veredas do juízo, e lhe ensinasse sabedoria, e lhe fizesse notório o caminho da ciência?

15. Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde e como o pó miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima.

16. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos.

17. Todas as nações são como nada perante ele; ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã.

18. A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?

19. O artífice grava a imagem, e o ourives a cobre de ouro e cadeias de prata funde para ela.

20. O empobrecido, que não pode oferecer tanto, escolhe madeira que não se corrompe; artífice sábio busca, para gravar uma imagem que se não pode mover.

21. Porventura, não sabeis? Porventura, não ouvis? Ou desde o princípio se vos não notificou isso mesmo? Ou não atentastes para os fundamentos da terra?

22. Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar;

23. o que faz voltar ao nada os príncipes e torna coisa vã os juízes da terra.

24. E não se plantam, nem se semeiam, nem se arraiga na terra o seu tronco cortado; sopra sobre eles, e secam-se; e um tufão, como pragana, os levará.

25. A quem pois me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? —diz o Santo.

26. Levantai ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela fortaleza do seu poder, nenhuma faltará.

27. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu juízo passa de largo pelo meu Deus?

28. Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não há esquadrinhação do seu entendimento.

29. Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

30. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão.

31. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.

1. Calai-vos perante mim, ó ilhas; povos, renovai as forças e chegai-vos, e então falai; cheguemo-nos juntos a juízo.

2. Quem suscitou do Oriente o justo e o chamou para o pé de si? Quem deu as nações à sua face e o fez dominar sobre reis? Ele os entregou à sua espada como o pó e como pragana arrebatada do vento, ao seu arco.

3. Ele persegue-os e passa em paz por uma vereda em que, com os seus pés, nunca tinha caminhado.

4. Quem operou e fez isso, chamando as gerações desde o princípio? Eu, o SENHOR, o primeiro, e com os últimos, eu mesmo.

5. As ilhas o viram e temeram; os confins da terra tremeram, aproximaram-se e vieram.

6. Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te!

7. E o artífice animou o ourives, e o que alisa com o martelo, ao que bate na safra, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então, com pregos o firma, para que não venha a mover-se.

8. Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi, semente de Abraão, meu amigo,

9. tu, a quem tomei desde os confins da terra e te chamei dentre os seus mais excelentes e te disse: tu és o meu servo, a ti te escolhi e não te rejeitei;

10. não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.

11. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritaram contra ti; tornar-se-ão nada; e os que contenderem contigo perecerão.

12. Buscá-los-ás, mas não os acharás; e os que pelejarem contigo tornar-se-ão nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo.

13. Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo.

14. Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu Redentor é o Santo de Israel.

15. Eis que te preparei trilho novo, que tem dentes agudos; os montes trilharás e moerás; e os outeiros tornarás como a palha.

16. Tu os padejarás, e o vento os levará, e o tufão os espalhará; mas tu te alegrarás no SENHOR e te gloriarás no Santo de Israel.

17. Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o SENHOR, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os não desampararei.

18. Abrirei rios em lugares altos e fontes, no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca, em mananciais.

19. Plantarei no deserto o cedro, e a árvore de sita, e a murta, e a oliveira; conjuntamente, porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo,

20. para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isso, e o Santo de Israel o criou.

21. Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.

22. Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras.

23. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos e, juntamente, o vejamos.

24. Eis que sois menos do que nada, e a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.

25. Suscito a um do Norte, e ele há de vir; desde o nascimento do sol, invocará o meu nome; e virá sobre os magistrados, como sobre o lodo; e, como o oleiro pisa o barro, assim ele os pisará.

26. Quem anunciou isso desde o princípio, para que o possamos saber; ou em outro tempo, para que digamos: Justo é? Mas não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem tampouco quem ouça as vossas palavras.

27. Eu sou o que primeiro direi a Sião: Eis que ali estão; e a Jerusalém darei um anunciador de boas-novas.

28. E, quando olhei, ninguém havia; nem mesmo entre estes conselheiros algum havia a quem perguntasse ou que me respondesse palavra.

29. Eis que todos são vaidade; as suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e nada.

1. Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.

2. Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.

3. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; em verdade, produzirá o juízo.

4. Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra o juízo; e as ilhas aguardarão a sua doutrina.

5. Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e a tudo quanto produz, que dá a respiração ao povo que nela está e o espírito, aos que andam nela.

6. Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por concerto do povo e para luz dos gentios;

7. para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos e do cárcere, os que jazem em trevas.

8. Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura.

9. Eis que as primeiras coisas passaram, e novas coisas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir.

10. Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor, desde o fim da terra, vós que navegais pelo mar e tudo quanto há nele; vós, ilhas e seus habitantes.

11. Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita; exultem os que habitam nas rochas e clamem do cume dos montes.

12. Dêem glória ao SENHOR e anunciem o seu louvor nas ilhas.

13. O SENHOR, como poderoso, sairá; como homem de guerra, despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído, e sujeitará os seus inimigos.

14. Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto, e a todos assolarei, e juntamente devorarei.

15. Os montes e outeiros tornarei em deserto, e toda a sua erva farei secar, e tornarei os rios em ilhas, e as lagoas secarei.

16. E guiarei os cegos por um caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar por veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles e as coisas tortas farei direitas. Essas coisas lhes farei e nunca os desampararei.

17. Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses.

18. Surdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver.

19. Quem é cego, senão o meu servo ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o galardoado e cego, como o servo do SENHOR?

20. Tu vês muitas coisas, mas não as guardas; ainda que tenha os ouvidos abertos, nada ouve.

21. O SENHOR se agradava dele por amor da sua justiça; engrandeceu-o pela lei e o fez glorioso.

22. Mas este é um povo roubado e saqueado; todos estão enlaçados em cavernas e escondidos nas casas dos cárceres; são postos por presa, e ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Restitui.

23. Quem há entre vós que ouça isso? Que atenda e ouça o que há de ser depois?

24. Quem entregou Jacó por despojo e Israel, aos roubadores? Porventura, não foi o SENHOR, aquele contra quem pecaram e nos caminhos do qual não queriam andar, não dando ouvidos à sua lei?

25. Pelo que derramou sobre eles a indignação da sua ira e a força da guerra e lhes pôs labaredas em redor, mas nisso não atentaram; e os queimou, mas não puseram nisso o coração.

1. Mas, agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu.

2. Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.

3. Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sebá, por ti.

4. Enquanto foste precioso aos meus olhos, também foste glorificado, e eu te amei, pelo que dei os homens por ti, e os povos, pela tua alma.

5. Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua semente desde o Oriente e te ajuntarei desde o Ocidente.

6. Direi ao Norte: Dá; e ao Sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra,

7. a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz.

8. Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que têm ouvidos.

9. Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e para que se ouça, e para que se diga: Verdade é.

10. Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.

11. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.

12. Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus.

13. Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?

14. Assim diz o SENHOR, teu Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós, enviei inimigos contra a Babilônia e a todos farei descer como fugitivos, isto é, os caldeus, nos navios com que se vangloriavam.

15. Eu sou o SENHOR, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.

16. Assim diz o SENHOR, o que preparou no mar um caminho e nas águas impetuosas, uma vereda;

17. o que trouxe o carro e o cavalo, o exército e a força; eles juntamente se deitaram e nunca se levantarão; estão extintos e como um pavio, se apagaram.

18. Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.

19. Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.

20. Os animais do campo me servirão, os dragões e os filhos do avestruz; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu eleito.

21. Esse povo que formei para mim, para que me desse louvor.

22. Contudo, tu não me invocaste a mim, ó Jacó, mas te cansaste de mim, ó Israel.

23. Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te fiz servir com ofertas, nem te fatiguei com incenso.

24. Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me encheste, mas me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas maldades.

25. Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados me não lembro.

26. Procura lembrar-me; entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que te possa justificar.

27. Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim.

28. Pelo que profanarei os maiorais do santuário e farei de Jacó um anátema e de Israel, um opróbrio.

1. Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, e tu, ó Israel, a quem escolhi.

2. Assim diz o SENHOR que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajudará: Não temas, ó Jacó, servo meu, e tu, Jesurum, a quem escolhi.

3. Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.

4. E brotarão entre a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas.

5. Este dirá: Eu sou do SENHOR; e aquele se chamará do nome de Jacó; e aquele outro escreverá com a mão: Eu sou do SENHOR; e por sobrenome tomará o nome de Israel.

6. Assim diz o SENHOR, Rei de Israel e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.

7. E quem chamará como eu, e anunciará isso, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? Este que anuncie as coisas futuras e as que ainda hão de vir.

8. Não vos assombreis, nem temais; porventura, desde então, não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que eu conheça.

9. Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas mesmas testemunhas nada vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos.

10. Quem forma um deus e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo?

11. Eis que todos os seus seguidores ficarão confundidos, pois os mesmos artífices são dentre os homens; ajuntem-se todos e levantem-se; assombrar-se-ão e serão juntamente confundidos.

12. O ferreiro faz o machado, e trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome, e a sua força falta, e não bebe água, e desfalece.

13. O carpinteiro estende a régua, e emprega a almagra, e aplaina com o cepilho, e marca com o compasso, e faz o seu deus à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa.

14. Tomou para si cedros, ou toma um cipreste, ou um carvalho e esforça-se contra as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer.

15. Então, servirão ao homem para queimar; com isso, se aquenta e coze o pão; também faz um deus e se prostra diante dele; fabrica uma imagem de escultura e ajoelha diante dela.

16. Metade queima, com a outra metade come carne; assa-a e farta-se; também se aquenta e diz: Ora, já me aquentei, já vi o fogo.

17. Então, do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e lhe dirige a sua oração, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus.

18. Nada sabem, nem entendem; porque se lhe untaram os olhos, para que não vejam, e o coração, para que não entendam.

19. E nenhum deles toma isso a peito, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei, e cozi pão sobre as suas brasas, e assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ia eu ao que saiu de uma árvore?

20. Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não há uma mentira na minha mão direita?

21. Lembra-te dessas coisas, ó Jacó, e, tu, Israel, porquanto és meu servo; eu te formei, meu servo és, ó Israel; não me esquecerei de ti.

22. Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi.

23. Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR fez isso; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques e todas as árvores em vós; porque o SENHOR remiu a Jacó e glorificou-se em Israel.

24. Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a terra por mim mesmo;

25. que desfaço os sinais dos inventores de mentiras e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os sábios e transtorno a ciência deles;

26. sou eu quem confirma a palavra do seu servo e cumpre o conselho dos seus mensageiros; quem diz a Jerusalém: Tu serás habitada, e às cidades de Judá: Sereis reedificadas, e eu levantarei as suas ruínas;

27. quem diz à profundeza: Seca-te, e eu secarei os teus rios;

28. quem diz de Ciro: É meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e ao templo: Funda-te.

1. Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela sua mão direita, para abater as nações diante de sua face; eu soltarei os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão.

2. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos; quebrarei as portas de bronze e despedaçarei os ferrolhos de ferro.

3. E te darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome.

4. Por amor de meu servo Jacó e de Israel, meu eleito, eu a ti te chamarei pelo teu nome; pus-te o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses.

5. Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim, não há deus; eu te cingirei, ainda que tu me não conheças.

6. Para que se saiba desde o nascente do sol e desde o poente que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro.

7. Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas essas coisas.

8. Destilai vós, céus, dessas alturas, e as nuvens chovam justiça; abra-se a terra, e produza-se salvação, e a justiça frutifique juntamente; eu, o SENHOR, as criei.

9. Ai daquele que contende com o seu Criador, caco entre outros cacos de barro! Porventura, dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos?

10. Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?

11. Assim diz o SENHOR, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos e acerca da obra das minhas mãos.

12. Eu fiz a terra e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.

13. Eu o despertei em justiça e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade e soltará os meus cativos não por preço nem por presentes, diz o SENHOR dos Exércitos.

14. Assim diz o SENHOR: O trabalho do Egito, e o comércio dos etíopes, e os sabeus, homens de alta estatura, se passarão para ti e serão teus; irão atrás de ti, virão em grilhões e diante de ti se prostrarão; far-te-ão as suas súplicas, dizendo: Deveras Deus está em ti, e nenhum outro deus há mais.

15. Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador.

16. Envergonhar-se-ão e também se confundirão todos; cairão juntamente na afronta os que fabricam imagens.

17. Mas Israel é salvo pelo SENHOR, com uma eterna salvação; pelo que não sereis envergonhados, nem confundidos em todas as eternidades.

18. Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro.

19. Não falei em segredo, nem em lugar algum escuro da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão; eu sou o SENHOR, que falo a justiça e anuncio coisas retas.

20. Congregai-vos e vinde; chegai-vos juntos, vós que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.

21. Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isso desde a antiguidade? Quem, desde então, o anunciou? Porventura, não sou eu, o SENHOR? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim.

22. Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.

23. Por mim mesmo tenho jurado; saiu da minha boca a palavra de justiça e não tornará atrás: que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua.

24. De mim se dirá: Deveras no SENHOR há justiça e força; até ele virão, mas serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele.

25. Mas no SENHOR será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.

1. Já abatido está Bel, Nebo já se encurvou, os seus ídolos são postos sobre os animais, sobre as bestas; as cargas dos vossos fardos são canseira para as bestas já cansadas.

2. Juntamente se encurvaram e se abateram; não puderam livrar-se da carga, mas a sua alma entrou em cativeiro.

3. Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o resíduo da casa de Israel; vós, a quem trouxe nos braços desde o ventre e levei desde a madre.

4. E até à velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei.

5. A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?

6. Gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam.

7. Sobre os ombros o tomam, o levam e o põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrem a ele, resposta nenhuma dá, nem livra ninguém da sua tribulação.

8. Lembrai-vos disso e tende ânimo; reconduzi-o ao coração, ó prevaricadores.

9. Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim;

10. que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade;

11. que chamo a ave de rapina desde o Oriente e o homem do meu conselho, desde terras remotas; porque assim o disse, e assim acontecerá; eu o determinei e também o farei.

12. Ouvi-me, ó duros de coração, vós que estais longe da justiça.

13. Faço chegar a minha justiça, e não estará ao longe, e a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião a salvação e em Israel, a minha glória.

1. Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão; já não há trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a tenra, nem a delicada.

2. Toma a mó e mói a farinha; descobre a cabeça, descalça os pés, descobre as pernas e passa os rios.

3. A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança e não farei acepção de homem algum.

4. O nome do nosso Redentor é o SENHOR dos Exércitos, o Santo de Israel.

5. Assenta-te silenciosa e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada senhora de reinos.

6. Muito me agastei contra o meu povo, tornei profana a minha herança e os entreguei nas tuas mãos; não usaste com eles de misericórdia e até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo.

7. E dizias: Eu serei senhora para sempre; até agora não tomaste estas coisas em teu coração, nem te lembraste do fim delas.

8. Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a delícias, que habitas tão segura, que dizes no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.

9. Mas ambas estas coisas virão sobre ti em um momento, no mesmo dia: perda de filhos e viuvez; em toda a sua força, virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias, por causa da abundância dos teus muitos encantamentos.

10. Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me pode ver; a tua sabedoria e a tua ciência, isso te fez desviar, e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra.

11. Pelo que sobre ti virá mal de que não saberás a origem, e tal destruição cairá sobre ti, que a não poderás afastar; porque virá sobre ti de repente tão tempestuosa desolação, que a não poderás conhecer.

12. Deixa-te estar com os teus encantamentos e com a multidão das feitiçarias em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito ou se, porventura, te podes fortificar.

13. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se, pois, agora, os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti.

14. Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder da labareda; ela não será um braseiro, para se aquentarem, nem fogo, para se assentarem junto dele.

15. Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negociantes desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará.

1. Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais pelo nome de Israel e saístes das águas de Judá, que jurais pelo nome do SENHOR e fazeis menção do Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça.

2. E até da santa cidade tomam o nome e se firmam sobre o Deus de Israel; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome.

3. As primeiras coisas, desde a antiguidade, as anunciei; sim, pronunciou-as a minha boca, e eu as fiz ouvir; apressadamente as fiz, e passaram.

4. Porque eu sabia que eras duro, e a tua cerviz, um nervo de ferro, e a tua testa, de bronze.

5. Por isso, to anunciei desde então e to fiz ouvir antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, ou a minha imagem de escultura, ou a minha imagem de fundição as mandou.

6. Já o tens ouvido; olha bem para tudo isto; porventura, não o anunciareis? Desde agora, te faço ouvir coisas novas e ocultas, que nunca conheceste.

7. Agora, são criadas e não desde então, e antes deste dia não as ouviste, para que não digas: Eis que já eu as sabia.

8. Nem tu as ouviste, nem tu as conheceste, nem tampouco desde então foi aberto o teu ouvido, porque eu sabia que procederias muito perfidamente e que eras prevaricador desde o ventre.

9. Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e, por amor do meu louvor, me conterei para contigo, para que te não venha a cortar.

10. Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição.

11. Por amor de mim, por amor de mim, o farei, porque como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.

12. Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o primeiro, eu também o último.

13. Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos.

14. Ajuntai-vos, todos vós, e ouvi: Quem, dentre eles, tem anunciado estas coisas? O SENHOR o amou e executará a sua vontade contra a Babilônia, e o seu braço será contra os caldeus.

15. Eu, eu o tenho dito; também já o chamei, e o farei vir, e farei próspero o seu caminho.

16. Chegai-vos a mim e ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e, agora, o Senhor JEOVÁ me enviou o seu Espírito.

17. Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar.

18. Ah! Se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! Então, seria a tua paz como o rio, e a tua justiça, como as ondas do mar.

19. Também a tua descendência seria como a areia, e os que procedem das tuas entranhas seriam tantos como os grãos da areia da praia; o seu nome nunca seria cortado, nem destruído da minha face.

20. Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, e fazei ouvir isso, e levai-o até ao fim da terra; dizei: O SENHOR remiu a seu servo Jacó.

21. E Jacó não tinha sede, quando o levava pelos desertos; fez-lhe correr água da rocha; fendendo ele as rochas, as águas manavam delas.

22. Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR.

1. Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe! O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe, fez menção do meu nome.

2. E fez a minha boca como uma espada aguda, e, com a sombra da sua mão, me cobriu, e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava.

3. E me disse: Tu és meu servo, e Israel, aquele por quem hei de ser glorificado.

4. Mas eu disse: Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia, o meu direito está perante o SENHOR, e o meu galardão, perante o meu Deus.

5. E, agora, diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para seu servo, que eu lhe torne a trazer Jacó; mas Israel não se deixou ajuntar; contudo, aos olhos do SENHOR, serei glorificado, e o meu Deus será a minha força.

6. Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.

7. Assim diz o SENHOR, o Redentor de Israel, o seu Santo, à alma desprezada, ao que as nações abominam, ao servo dos que dominam: Os reis o verão e se levantarão; os príncipes diante de ti se inclinarão, por amor do SENHOR, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.

8. Assim diz o SENHOR: No tempo favorável, te ouvi e, no dia da salvação, te ajudei, e te guardarei, e te darei por concerto do povo, para restaurares a terra e lhe dares em herança as herdades assoladas;

9. para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e, em todos os lugares altos, terão o seu pasto.

10. Nunca terão fome nem sede, nem a calma nem o sol os afligirão, porque o que se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas.

11. E farei de todos os meus montes um caminho; e as minhas veredas serão exaltadas.

12. Eis que estes virão de longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente, e aqueles outros, da terra de Sinim.

13. Exultai, ó céus, e alegra-te tu, terra, e vós, montes, estalai de júbilo, porque o SENHOR consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadecerá.

14. Mas Sião diz: Já me desamparou o SENHOR; o Senhor se esqueceu de mim.

15. Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti.

16. Eis que, na palma das minhas mãos, te tenho gravado; os teus muros estão continuamente perante mim.

17. Os teus filhos apressadamente virão, mas os teus destruidores e os teus assoladores sairão para fora de ti.

18. Levanta os olhos ao redor e olha; todos estes que se ajuntam vêem a ti; vivo eu, diz o SENHOR, que de todos estes te vestirás, como de um ornamento, e te cingirás deles como noiva.

19. Porque, nos teus desertos, e nos teus lugares solitários, e na tua terra destruída, te verás, agora, apertada de moradores, e os que te devoravam se afastarão para longe de ti.

20. Até mesmo os filhos da tua orfandade dirão aos teus ouvidos: Mui estreito é para mim este lugar; aparta-te de mim, para que possa habitar nele.

21. E dirás no teu coração: Quem me gerou estes? Pois eu estava desfilhada e solitária; entrara em cativeiro e me retirara; quem, então, me criou estes? Eis que eu fui deixada sozinha; e estes onde estavam?

22. Assim diz o SENHOR: Eis que levantarei a mão para as nações e, ante os povos, arvorarei a minha bandeira; então, trarão os teus filhos nos braços, e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros.

23. E os reis serão os teus aios, e as suas princesas, as tuas amas; diante de ti, se inclinarão com o rosto em terra e lamberão o pó dos teus pés, e saberás que eu sou o SENHOR e que os que confiam em mim não serão confundidos.

24. Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os presos justamente escapariam?

25. Mas assim diz o SENHOR: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque eu contenderei com os que contendem contigo e os teus filhos eu remirei.

26. E sustentarei os teus opressores com a sua própria carne, e com o seu próprio sangue se embriagarão, como com mosto; e toda carne saberá que eu sou o SENHOR, o teu Salvador e o teu Redentor, o Forte de Jacó.

1. Assim diz o SENHOR: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por vossas maldades fostes vendidos, e por vossas prevaricações vossa mãe foi repudiada.

2. Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.

3. Eu visto os céus de negridão e pôr-lhes-ei um pano de saco grosseiro por sua cobertura.

4. O Senhor JEOVÁ me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem.

5. O Senhor JEOVÁ me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás.

6. As costas dou aos que me ferem e a face, aos que me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que me afrontam e me cospem.

7. Porque o Senhor JEOVÁ me ajuda, pelo que me não confundo; por isso, pus o rosto como um seixo e sei que não serei confundido.

8. Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Compareçamos juntamente; quem é meu adversário? Chegue-se para mim.

9. Eis que o Senhor JEOVÁ me ajuda; quem há que me condene? Eis que todos eles, como vestes, se envelhecerão, e a traça os comerá.

10. Quem há entre vós que tema ao SENHOR e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do SENHOR e firme-se sobre o seu Deus.

11. Todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes; isso vos vem da minha mão, e em tormentos jazereis.

1. Ouvi-me, vós que seguis a justiça, que buscais ao SENHOR; olhai para a rocha de onde fostes cortados e para a caverna do poço de onde fostes cavados.

2. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei.

3. Porque o SENHOR consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do SENHOR; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia.

4. Atendei-me, povo meu e nação minha! Inclinai os ouvidos para mim, porque de mim sairá a lei, e o meu juízo se estabelecerá como luz dos povos.

5. Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços julgarão os povos; as ilhas me aguardarão e no meu braço esperarão.

6. Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será quebrantada.

7. Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.

8. Porque a traça os roerá como a uma veste, e o bicho os comerá como à lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação, de geração em geração.

9. Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do SENHOR; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas; não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe e feriu o dragão?

10. Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? E que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos?

11. Assim, voltarão os resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão.

12. Eu, eu sou aquele que vos consola; quem pois és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que se tornará em feno?

13. E te esqueces do SENHOR, que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes todo o dia o furor do angustiador, quando se prepara para destruir? Onde está o furor daquele que te atribulava?

14. O exilado cativo depressa será solto e não morrerá na caverna, e o seu pão lhe não faltará.

15. Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, que fende o mar, e bramem as suas ondas. SENHOR dos Exércitos é o seu nome.

16. E ponho as minhas palavras na tua boca e te cubro com a sombra da minha mão, para plantar os céus, e para fundar a terra, e para dizer a Sião: Tu és o meu povo.

17. Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do SENHOR o cálice do seu furor, bebeste e sorveste as fezes do cálice da vacilação.

18. De todos os filhos que teve, nenhum há que a guie mansamente; e, de todos os filhos que criou, nenhum que a tome pela mão.

19. Essas duas coisas te aconteceram; quem terá compaixão de ti? A assolação, e o quebrantamento, e a fome, e a espada! Como te consolarei?

20. Já os teus filhos desmaiaram, jazem nas entradas de todos os caminhos, como o antílope na rede; cheios estão do furor do SENHOR e da repreensão do teu Deus.

21. Pelo que, agora, ouve isto, ó opressa e embriagada, mas não de vinho:

22. Assim diz o teu Senhor, JEOVÁ, e teu Deus, que pleiteará a causa do seu povo: Eis que eu tomo da tua mão o cálice da vacilação, as fezes do cálice do meu furor; nunca mais dele beberás.

23. Mas pô-lo-ei nas mãos dos que te entristeceram, que dizem à tua alma: Abaixa-te, para que passemos sobre ti; e tu puseste as costas como chão e como caminho aos viandantes.

1. Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te das tuas vestes formosas, ó Jerusalém, cidade santa; porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso nem imundo.

2. Sacode o pó, levanta-te e assenta-te, ó Jerusalém; solta-te das ataduras de teu pescoço, ó cativa filha de Sião.

3. Porque assim diz o SENHOR: Por nada fostes vendidos; também sem dinheiro sereis resgatados.

4. Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: O meu povo, em tempos passados, desceu ao Egito, para peregrinar lá, e a Assíria sem razão o oprimiu.

5. E, agora, que tenho eu aqui que fazer, diz o SENHOR, pois o meu povo foi tomado sem nenhuma razão? Os que dominam sobre ele dão uivos, diz o SENHOR; e o meu nome é blasfemado incessantemente todo o dia.

6. Portanto, o meu povo saberá o meu nome, por esta causa, naquele dia, porque eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui.

7. Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!

8. Eis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, juntamente exultam, porque olho a olho verão, quando o SENHOR voltar a Sião.

9. Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém! Porque o SENHOR consolou o seu povo, remiu a Jerusalém.

10. O SENHOR desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.

11. Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela, purificai-vos, vós que levais os utensílios do SENHOR.

12. Porque não saireis apressadamente, nem vos ireis fugindo, porque o SENHOR irá diante de vós, e o Deus de Israel será a vossa retaguarda.

13. Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime.

14. Como pasmaram muitos à vista dele, pois a sua aparência estava tão desfigurada, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura, mais do que a dos outros filhos dos homens.

15. Assim, borrifará muitas nações, e os reis fecharão a boca por causa dele, porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.

1. Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?

2. Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.

3. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

7. Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.

9. E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

10. Todavia, ao SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão.

11. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.

12. Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.

1. Canta alegremente, ó estéril que não deste à luz! Exulta de prazer com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto! Porque mais são os filhos da solitária do que os filhos da casada, diz o SENHOR.

2. Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.

3. Porque trasbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.

4. Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás confundida; antes, te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez.

5. Porque o teu Criador é o teu marido; SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele será chamado o Deus de toda a terra.

6. Porque o SENHOR te chamou como a uma mulher desamparada e triste de espírito; como a uma mulher da mocidade, que é desprezada, diz o teu Deus.

7. Por um pequeno momento, te deixei, mas com grande misericórdia te recolherei;

8. em grande ira, escondi a face de ti por um momento; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.

9. Porque isso será para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra; assim jurei que não me irarei mais contra ti, nem te repreenderei.

10. Porque as montanhas se desviarão e os outeiros tremerão; mas a minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da minha paz não mudará, diz o SENHOR, que se compadece de ti.

11. Ó oprimida, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que eu porei as tuas pedras com todo o ornamento e te fundarei sobre safiras.

12. E as tuas janelas farei cristalinas e as tuas portas, de rubins, e todos os teus termos, de pedras aprazíveis.

13. E todos os teus filhos serão discípulos do SENHOR; e a paz de teus filhos será abundante.

14. Com justiça serás confirmada e estarás longe da opressão, porque já não temerás; e também do espanto, porque não chegará a ti.

15. Eis que poderão vir a juntar-se, mas não será por mim; quem se ajuntar contra ti, cairá por amor de ti.

16. Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo, que produz a ferramenta para a sua obra; também criei o assolador, para destruir.

17. Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e a sua justiça que vem de mim, diz o SENHOR.

1. Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

2. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.

3. Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi.

4. Eis que eu o dei como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos.

5. Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou.

6. Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.

7. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.

8. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR.

9. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

10. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,

11. assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.

12. Porque, com alegria, saireis e, em paz, sereis guiados; os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão palmas.

13. Em lugar do espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso será para o SENHOR por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.

1. Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, a manifestar-se.

2. Bem-aventurado o homem que fizer isso, e o filho do homem que lançar mão disso, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de perpetrar algum mal.

3. E não fale o filho do estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: De todo me apartará o SENHOR do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca.

4. Porque assim diz o SENHOR a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados, e escolhem aquilo que me agrada, e abraçam o meu concerto:

5. Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles que nunca se apagará.

6. E aos filhos dos estrangeiros que se chegarem ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu concerto,

7. também os levarei ao meu santo monte e os festejarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos.

8. Assim diz o Senhor JEOVÁ, que ajunta os dispersos de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se ajuntaram.

9. Vós todos os animais do campo todas as feras dos bosques, vinde comer.

10. Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados e amam o tosquenejar.

11. E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.

12. Vinde, dizem eles, traremos vinho e beberemos bebida forte; e o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso.

1. Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.

2. Ele entrará em paz; descansarão nas suas camas os que houveram andado na sua retidão.

3. Mas chegai-vos aqui, vós, filhos da agoureira, semente de adultério e de prostituição.

4. De quem fazeis o vosso passatempo? Contra quem escancarais a boca e deitais para fora a língua? Porventura, não sois filhos da transgressão, semente da falsidade,

5. que vos esquentais com os ídolos debaixo de toda árvore verde e sacrificais os filhos nos ribeiros, nas aberturas dos penhascos?

6. Nas pedras lisas dos ribeiros, está a tua parte; estas, estas são a tua sorte; sobre elas também derramas a tua libação e lhes ofereces ofertas; contentar-me-ia eu com essas coisas?

7. Sobre os montes altos e levantados pões a tua cama; e a eles sobes para oferecer sacrifícios.

8. E detrás das portas e das ombreiras pões os teus memoriais; porque a outros, mais do que a mim, te descobres, e sobes, e alargas a tua cama, e fazes concerto com eles; amas a sua cama, onde quer que a vês.

9. E vais ao rei com óleo e multiplicas os teus perfumes; envias os teus embaixadores para longe e te abates até aos infernos.

10. Na tua comprida viagem, te cansaste; mas não dizes: Não há esperança; o que buscavas achaste; por isso, não adoeces.

11. Mas de quem tiveste receio ou temor, para que mentisses e não te lembrasses de mim, nem no teu coração me pusesses? Não é, porventura, porque eu me calo, e isso já desde muito tempo, e me não temes?

12. Eu publicarei a tua justiça e as tuas obras, mas não te aproveitarão.

13. Quando clamares, livrem-te os teus congregados; mas o vento a todos levará, e a vaidade os arrebatará; mas o que confia em mim possuirá a terra e herdará o meu santo monte.

14. E dir-se-á: Aplainai, aplainai, preparai o caminho; tirai os tropeços do caminho do meu povo.

15. Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.

16. Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante a minha face se enfraqueceria, e as almas que eu fiz.

17. Pela iniqüidade da sua avareza, me indignei e os feri; escondi-me e indignei-me; mas, rebeldes, seguiram o caminho do seu coração.

18. Eu vejo os seus caminhos e os sararei; também os guiarei e lhes tornarei a dar consolações e aos seus pranteadores.

19. Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu os sararei.

20. Mas os ímpios são como o mar bravo que se não pode aquietar e cujas águas lançam de si lama e lodo.

21. Os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz.

1. Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.

2. Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus,

3. dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não sabes? Eis que, no dia em que jejuais, achais o vosso próprio contentamento e requereis todo o vosso trabalho.

4. Eis que, para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.

5. Seria este o jejum que eu escolheria: que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco grosseiro e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aprazível ao SENHOR?

6. Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?

7. Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele que é da tua carne?

8. Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

9. Então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui; acontecerá isso se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade;

10. e, se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

11. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.

12. E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração, e chamar-te-ão reparador das roturas e restaurador de veredas para morar.

13. Se desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR digno de honra, e se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras,

14. então, te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai; porque a boca do SENHOR o disse.

1. Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir.

2. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.

3. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam falsamente, e a vossa língua pronuncia perversidade.

4. Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade e andam falando mentiras; concebem o trabalho e produzem a iniqüidade.

5. Chocam ovos de basilisco e tecem teias de aranha; aquele que comer dos ovos deles morrerá; e, apertando-os, sai deles uma víbora.

6. As suas teias não prestam para vestes, nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniqüidade, e obra de violência há nas suas mãos.

7. Os seus pés correm para o mal e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniqüidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas.

8. Não conhecem o caminho da paz, nem há juízo nos seus passos; as suas veredas tortuosas, as fizeram para si mesmos; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.

9. Por isso, o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão.

10. Apalpamos as paredes como cegos; sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e nos lugares escuros somos como mortos.

11. Todos nós bramamos como ursos e continuamente gememos como pombas; esperamos o juízo, e ele não aparece; pela salvação, e ela está longe de nós.

12. Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades;

13. como o prevaricar, e o mentir contra o SENHOR, e o retirarmo-nos do nosso Deus, e o falar de opressão e rebelião, e o conceber e expectorar do coração palavras de falsidade.

14. Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar.

15. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o SENHOR o viu, e foi mal aos seus olhos que não houvesse justiça.

16. E viu que ninguém havia e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve;

17. porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto.

18. Conforme forem as obras deles, assim será a sua retribuição; furor, aos seus adversários, e recompensa, aos seus inimigos; às ilhas dará ele a sua recompensa.

19. Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira.

20. E virá um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o SENHOR.

21. Quanto a mim, este é o meu concerto com eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca da tua posteridade, nem da boca da posteridade da tua posteridade, diz o SENHOR, desde agora e para todo o sempre.

1. Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti.

2. Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.

3. E as nações caminharão à tua luz, e os reis, ao resplendor que te nasceu.

4. Levanta em redor os olhos e vê; todos estes já se ajuntaram e vêm a ti; teus filhos virão de longe, e tuas filhas se criarão ao teu lado.

5. Então, o verás e serás iluminado, e o teu coração estremecerá e se alargará; porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações a ti virão.

6. A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efa; todos virão de Sabá; ouro e incenso trarão e publicarão os louvores do SENHOR.

7. Todas as ovelhas de Quedar se congregarão junto a ti, e os carneiros de Nebaiote te servirão; com agrado subirão ao meu altar, e eu glorificarei a casa da minha glória.

8. Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas, às suas janelas?

9. Certamente, as ilhas me aguardarão, e, primeiro, os navios de Társis, para trazer teus filhos de longe, a sua prata e o seu ouro com eles, na santificação do nome do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel, porquanto te glorificou.

10. E os filhos dos estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus reis te servirão, porque, no meu furor, te feri, mas, na minha benignidade, tive misericórdia de ti.

11. E as tuas portas estarão abertas de contínuo: nem de dia nem de noite se fecharão, para que tragam a ti as riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus reis.

12. Porque a nação e o reino que te não servirem perecerão; sim, essas nações de todo serão assoladas.

13. A glória do Líbano virá a ti; a faia, o pinheiro e o buxo conjuntamente, para ornarem o lugar do meu santuário, e glorificarei o lugar em que assentam os meus pés.

14. Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e prostrar-se-ão à planta dos teus pés todos os que te desprezaram; e chamar-te-ão a Cidade do SENHOR, a Sião do Santo de Israel.

15. Em vez do desprezo e do aborrecimento a que foste votada, de modo que ninguém passava por ti, porei em ti uma excelência perpétua, um gozo de geração em geração.

16. E mamarás o leite das nações e te alimentarás aos peitos dos reis; e saberás que eu sou o SENHOR, o teu Salvador, e o teu Redentor, e o Possante de Jacó.

17. Por cobre trarei ouro, e por ferro trarei prata, e, por madeira, bronze, e, por pedras, ferro; e farei pacíficos os teus inspetores e justos, os teus exatores.

18. Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas, louvor.

19. Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória.

20. Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o SENHOR será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão.

21. E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.

22. O menor virá a ser mil, e o mínimo, um povo grandíssimo. Eu, o SENHOR, a seu tempo o farei prontamente.

1. O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;

2. a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;

3. a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do SENHOR, para que ele seja glorificado.

4. E edificarão os lugares antigamente assolados, e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração.

5. E haverá estrangeiros que apascentarão os vossos rebanhos, e estranhos serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros.

6. Mas vós sereis chamados sacerdotes do SENHOR, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis das riquezas das nações e na sua glória vos gloriareis.

7. Por vossa dupla vergonha e afronta, exultarão pela sua parte; pelo que, na sua terra, possuirão o dobro e terão perpétua alegria.

8. Porque eu, o SENHOR, amo o juízo, e aborreço a iniqüidade; eu lhes darei sua recompensa em verdade e farei um concerto eterno com eles.

9. E a sua posteridade será conhecida entre as nações, e os seus descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os conhecerão como semente bendita do SENHOR.

10. Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas jóias.

11. Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor JEOVÁ fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações.

1. Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jerusalém, me não aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa.

2. E as nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do SENHOR nomeará.

3. E serás uma coroa de glória na mão do SENHOR e um diadema real na mão do teu Deus.

4. Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Assolada; mas chamar-te-ão Hefzibá; e à tua terra, Beulá, porque o SENHOR se agrada de ti; e com a tua terra o SENHOR se casará.

5. Porque, como o jovem se casa com a donzela, assim teus filhos se casarão contigo; e, como o noivo se alegra com a noiva, assim se alegrará contigo o teu Deus.

6. Ó Jerusalém! Sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite se não calarão; ó vós que fazeis menção do SENHOR, não haja silêncio em vós,

7. nem estejais em silêncio, até que confirme e até que ponha a Jerusalém por louvor na terra.

8. Jurou o SENHOR pela sua mão direita e pelo braço da sua força: Nunca mais darei o teu trigo por comida aos teus inimigos, nem os estranhos beberão o teu mosto, em que trabalhaste.

9. Mas os que o ajuntarem o comerão e louvarão ao SENHOR; e os que o colherem beberão nos átrios do meu santuário.

10. Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aplainai, aplainai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai a bandeira aos povos.

11. Eis que o SENHOR fez ouvir até às extremidades da terra: Dizei à filha de Sião: Eis que a tua salvação vem; eis que com ele vem o seu galardão, e a sua obra, diante dele.

12. E chamar-lhes-ão povo santo, os remidos do SENHOR; e tu serás chamada Procurada, Cidade não desamparada.

1. Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.

2. Por que está vermelha a tua vestidura? E as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas no lagar?

3. Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura.

4. Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus redimidos é chegado.

5. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e espantei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve.

6. E pisei os povos na minha ira e os embriaguei no meu furor, e a sua força derribei por terra.

7. As benignidades do SENHOR mencionarei e os muitos louvores do SENHOR, consoante tudo o que o SENHOR nos concedeu, e a grande bondade para com a casa de Israel, que usou com eles segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades.

8. Porque o Senhor dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão. Assim ele foi seu Salvador.

9. Em toda a angústia deles foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade.

10. Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.

11. Todavia, se lembrou dos dias da antiguidade, de Moisés e do seu povo, dizendo: Onde está aquele que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está aquele que pôs no meio deles o seu Espírito Santo,

12. aquele cujo braço glorioso ele fez andar à mão direita de Moisés? Que fendeu as águas diante deles, para criar um nome eterno?

13. Aquele que os guiou pelos abismos, como o cavalo, no deserto, de modo que nunca tropeçaram?

14. Como ao animal que desce aos vales, o Espírito do SENHOR lhes deu descanso; assim guiaste ao teu povo, para criares um nome glorioso.

15. Atenta desde os céus e olha desde a tua santa e gloriosa habitação. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A ternura das tuas entranhas e das tuas misericórdias detém-se para comigo!

16. Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão nos não conhece, e Israel não nos reconhece. Tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome.

17. Por que, ó SENHOR, nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Faz voltar, por amor dos teus servos, as tribos da tua herança.

18. Só por um pouco de tempo, foi possuída pelo teu santo povo; nossos adversários pisaram o teu santuário.

19. Tornamo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e como aqueles que nunca se chamaram pelo teu nome.

1. Ó! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes se escoassem diante da tua face!

2. Como quando o fogo inflama a lenha e faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, assim as nações tremessem da tua presença!

3. Quando fazias coisas terríveis, que não esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.

4. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.

5. Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; neles há eternidade, para que sejamos salvos.

6. Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam.

7. E já ninguém há que invoque o teu nome, que desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos fazes derreter, por causa das nossas iniqüidades.

8. Mas, agora, ó SENHOR, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.

9. Não te enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade; eis, olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo.

10. As tuas santas cidades estão feitas um deserto; Sião está feita um deserto, Jerusalém está assolada.

11. A nossa santa e gloriosa casa, em que te louvavam nossos pais, foi queimada; e todas as nossas coisas mais aprazíveis se tornaram em assolação.

12. Conter-te-ias tu ainda sobre estas calamidades, ó SENHOR? Ficarias calado, e nos afligirias tanto?

1. Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.

2. Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos;

3. povo que me irrita diante da minha face de contínuo, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre tijolos;

4. assentando-se junto às sepulturas, e passando as noites junto aos lugares secretos, e comendo carne de porco e caldo de coisas abomináveis nos seus pratos.

5. E dizem: Retira-te, e não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. Estes são uma fumaça no meu nariz, um fogo que arde todo o dia.

6. Eis que está escrito diante de mim: não me calarei; mas eu pagarei, sim, deitar-lhes-ei a recompensa no seu seio,

7. as vossas iniqüidades e juntamente as iniqüidades de vossos pais, diz o SENHOR, que queimaram incenso nos montes e me afrontaram nos outeiros; pelo que lhes tornarei a medir as suas obras antigas no seu seio.

8. Assim diz o SENHOR: Como quando se acha mosto em um cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos, para que os não destrua a todos.

9. E produzirei descendência a Jacó e a Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra, e os meus servos habitarão ali.

10. E Sarom servirá de curral de ovelhas, e o vale de Acor, de lugar de repouso de gado, para o meu povo que me buscar.

11. Mas a vós que vos apartais do SENHOR, que vos esqueceis do meu santo monte, que preparais uma mesa para a Fortuna e que misturais vinho para o Destino,

12. também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança, porquanto chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes, mas fizestes o que é mal aos meus olhos e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.

13. Pelo que assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;

14. eis que os meus servos cantarão por terem o seu coração alegre, mas vós gritareis com tristeza de ânimo e uivareis pelo vosso quebrantamento de espírito;

15. e deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição; e o Senhor JEOVÁ vos matará; e a seus servos chamará por outro nome.

16. De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra jurará pelo Deus da verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão encobertas diante dos meus olhos.

17. Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.

18. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, gozo.

19. E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.

20. Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos será amaldiçoado.

21. E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto.

22. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice.

23. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a perturbação, porque são a semente dos benditos do SENHOR, e os seus descendentes, com eles.

24. E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.

25. O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.

1. Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o escabelo dos meus pés. Que casa me edificaríeis vós? E que lugar seria o do meu descanso?

2. Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o SENHOR; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.

3. Aquele que mata um boi é como aquele que fere um homem; aquele que sacrifica um cordeiro, como aquele que degola um cão; aquele que oferece uma oblação, como aquele que oferece sangue de porco; aquele que queima incenso, como aquele que bendiz a um ídolo; também estes escolhem os seus próprios caminhos, e a sua alma toma prazer nas suas abominações.

4. Também eu quererei as suas ilusões, farei vir sobre eles os seus temores, porquanto clamei, e ninguém respondeu; falei, e não escutaram, mas fizeram o que é mal aos meus olhos e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.

5. Ouvi a palavra do SENHOR, vós que tremeis diante da sua palavra. Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do meu nome, dizem: O SENHOR seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria! Mas eles serão confundidos.

6. Uma voz de grande rumor virá da cidade, uma voz do templo, a voz do SENHOR, que dá o pago aos seus inimigos.

7. Antes que estivesse de parto, ela deu à luz; antes que lhe viessem as dores, ela deu à luz um filho.

8. Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.

9. Abriria eu a madre e não geraria, diz o SENHOR; geraria eu e fecharia a madre? —diz o teu Deus.

10. Regozijai-vos com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos que a amais; enchei-vos por ela de alegria, todos que por ela pranteastes;

11. para que mameis e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis e vos deleiteis com o resplendor da sua glória.

12. Porque assim diz o SENHOR: Eis que estenderei sobre ela a paz, como um rio, e a glória das nações, como um ribeiro que trasborda; então, mamareis, ao colo vos trarão e sobre os joelhos vos afagarão.

13. Como a alguém que sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.

14. Isso vereis, e alegrar-se-á o vosso coração, e os vossos ossos reverdecerão como a erva tenra; então, a mão do SENHOR será notória aos seus servos, e ele se indignará contra os seus inimigos.

15. Porque eis que o SENHOR virá em fogo; e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo.

16. Porque, com fogo e com a sua espada, entrará o SENHOR em juízo com toda a carne; e os mortos do SENHOR serão multiplicados.

17. Os que se santificam e se purificam nos jardins uns após outros, os que comem carne de porco, e a abominação, e o rato juntamente serão consumidos, diz o SENHOR.

18. Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos! O tempo vem, em que ajuntarei todas as nações e línguas; e virão e verão a minha glória.

19. E porei entre eles um sinal e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre as nações.

20. E trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por presente ao SENHOR, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR, como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à Casa do SENHOR.

21. E também deles tomarei alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR.

22. Porque, como os céus novos e a terra nova que hei de fazer estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.

23. E será que, desde uma Festa da Lua Nova até à outra e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.

24. E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne.