Salmos

1. Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

2. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.

3. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.

4. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.

5. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.

6. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.

1. Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?

2. Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo:

3. Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas.

4. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.

5. Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá.

6. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.

7. Recitarei o decreto: O SENHOR me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.

8. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.

9. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.

10. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.

11. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos com tremor.

12. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.

1. SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim.

2. Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. ( Selá )

3. Mas tu, SENHOR, és um escudo para mim, a minha glória e o que exalta a minha cabeça.

4. Com a minha voz clamei ao SENHOR; ele ouviu-me desde o seu santo monte. ( Selá )

5. Eu me deitei e dormi; acordei, porque o SENHOR me sustentou.

6. Não terei medo de dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor.

7. Levanta-te, SENHOR; salva-me, Deus meu, pois feriste a todos os meus inimigos nos queixos; quebraste os dentes aos ímpios.

8. A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção. ( Selá )

1. Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.

2. Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? ( Selá )

3. Sabei, pois, que o SENHOR separou para si aquele que lhe é querido; o SENHOR ouvirá quando eu clamar a ele.

4. Perturbai-vos e não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos. ( Selá )

5. Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no SENHOR.

6. Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? SENHOR, exalta sobre nós a luz do teu rosto.

7. Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho.

8. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.

1. Dá ouvidos às minhas palavras, ó SENHOR; atende à minha meditação.

2. Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei.

3. Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei.

4. Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.

5. Os loucos não pararão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade.

6. Destruirás aqueles que proferem a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento.

7. Mas eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo.

8. SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplana diante de mim o teu caminho.

9. Porque não há retidão na boca deles; o seu íntimo são verdadeiras maldades; a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.

10. Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se revoltaram contra ti.

11. Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.

12. Pois tu, SENHOR, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo.

1. SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.

2. Tem misericórdia de mim, SENHOR, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão perturbados.

3. Até a minha alma está perturbada; mas tu, SENHOR, até quando?

4. Volta-te, SENHOR, livra a minha alma; salva-me por tua benignidade.

5. Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?

6. Já estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas.

7. Já os meus olhos estão consumidos pela mágoa e têm envelhecido por causa de todos os meus inimigos.

8. Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniqüidade; porque o SENHOR já ouviu a voz do meu lamento.

9. O SENHOR já ouviu a minha súplica; o SENHOR aceitará a minha oração.

10. Envergonhem-se e perturbem-se todos os meus inimigos; tornem atrás e envergonhem-se num momento.

1. SENHOR, meu Deus, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;

2. para que ele não arrebate a minha alma, como leão, despedaçando-a, sem que haja quem a livre;

3. SENHOR, meu Deus, se eu fiz isto, se há perversidade nas minhas mãos,

4. se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo ( antes, livrei ao que me oprimia sem causa );

5. persiga o inimigo a minha alma e alcance-a; calque aos pés a minha vida sobre a terra e reduza a pó a minha glória. ( Selá )

6. Levanta-te, SENHOR, na tua ira; exalta-te por causa do furor dos meus opressores; e desperta por mim, para o juízo que ordenaste.

7. Assim, te rodeará o ajuntamento de povos; por causa deles, pois, volta às alturas.

8. O SENHOR julgará os povos; julga-me, SENHOR, conforme a minha justiça e conforme a integridade que há em mim.

9. Tenha já fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e a mente.

10. O meu escudo está com Deus, que salva os retos de coração.

11. Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias.

12. Se o homem se não converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco e está aparelhado;

13. e já para ele preparou armas mortais; e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores.

14. Eis que esse está com dores de perversidade; concebeu trabalhos e produzirá mentiras.

15. Cavou um poço, e o fez fundo, e caiu na cova que fez.

16. A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua mioleira.

17. Eu louvarei ao SENHOR segundo a sua justiça e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.

1. Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!

2. Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o inimigo e vingativo.

3. Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;

4. que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?

5. Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.

6. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés:

7. todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo;

8. as aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares.

9. Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!

1. Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.

2. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.

3. Porquanto os meus inimigos retrocederam e caíram; e pereceram diante da tua face.

4. Pois tu tens sustentado o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.

5. Repreendeste as nações, destruíste os ímpios, apagaste o seu nome para sempre e eternamente.

6. Oh! Inimigo! Consumaram-se as assolações; —tu arrasaste as cidades, e a sua memória pereceu com elas.

7. Mas o SENHOR está assentado perpetuamente; já preparou o seu tribunal para julgar.

8. Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão.

9. O SENHOR será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.

10. E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam.

11. Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos,

12. pois inquire do derramamento de sangue e lembra-se dele; não se esquece do clamor dos aflitos.

13. Tem misericórdia de mim, SENHOR; vê como me fazem sofrer aqueles que me aborrecem, tu que me levantas das portas da morte;

14. para que eu conte todos os teus louvores às portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação.

15. As nações precipitaram-se na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.

16. O SENHOR é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos. ( Higaiom; Selá )

17. Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus.

18. Porque o necessitado não será esquecido para sempre, nem a expectação dos pobres se malogrará perpetuamente.

19. Levanta-te, SENHOR! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações perante a tua face.

20. Tu os pões em medo, SENHOR, para que saibam as nações que são constituídas por meros homens. ( Selá )

1. Por que te conservas longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia?

2. Os ímpios, na sua arrogância, perseguem furiosamente o pobre; sejam apanhados nas ciladas que maquinaram.

3. Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma, bendiz ao avarento e blasfema do SENHOR.

4. Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus.

5. Os seus caminhos são sempre atormentadores; os teus juízos estão longe dele, em grande altura; trata com desprezo os seus adversários.

6. Diz em seu coração: Não serei abalado, porque nunca me verei na adversidade.

7. A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de astúcia; debaixo da sua língua há malícia e maldade.

8. Põe-se nos cerrados das aldeias; nos lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão ocultamente fixos sobre o pobre.

9. Arma ciladas em esconderijos, como o leão no seu covil; arma ciladas para roubar o pobre; rouba-o colhendo-o na sua rede.

10. Encolhe-se, abaixa-se, para que os pobres caiam em suas fortes garras.

11. Diz em seu coração: Deus esqueceu-se; cobriu o seu rosto e nunca verá isto.

12. Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos necessitados!

13. Por que blasfema de Deus o ímpio, dizendo no seu coração que tu não inquirirás?

14. Tu o viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para os tomares sob tuas mãos; a ti o pobre se encomenda; tu és o auxílio do órfão.

15. Quebranta o braço do ímpio e malvado; busca a sua impiedade até nada mais achares dela.

16. O SENHOR é Rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios.

17. SENHOR, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás o seu coração; os teus ouvidos estarão abertos para eles;

18. para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, não prossiga mais em usar da violência.

1. No SENHOR confio; como dizeis, pois, à minha alma: Foge para a tua montanha como pássaro?

2. Porque eis que os ímpios armam o arco, põem as flechas na corda, para com elas atirarem, às ocultas, aos retos de coração.

3. Na verdade, que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?

4. O SENHOR está no seu santo templo; o trono do SENHOR está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens.

5. O SENHOR prova o justo, mas a sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência.

6. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso; eis a porção do seu copo.

7. Porque o SENHOR é justo e ama a justiça; o seu rosto está voltado para os retos.

1. Salva-nos, SENHOR, porque faltam os homens benignos; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos homens.

2. Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com lábios lisonjeiros e coração dobrado.

3. O SENHOR cortará todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente.

4. Pois dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; os lábios são nossos; quem é o senhor sobre nós?

5. Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, me levantarei agora, diz o SENHOR; porei em salvo aquele para quem eles assopram.

6. As palavras do SENHOR são palavras puras como prata refinada em forno de barro e purificada sete vezes.

7. Tu nos guardarás, SENHOR; desta geração nos livrarás para sempre.

8. Os ímpios circulam por toda parte quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.

1. Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?

2. Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?

3. Atenta em mim, ouve-me, ó SENHOR, meu Deus; alumia os meus olhos para que eu não adormeça na morte;

4. para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários se não alegrem, vindo eu a vacilar.

5. Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação, meu coração se alegrará.

6. Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.

1. Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.

2. O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus.

3. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.

4. Não terão conhecimento os obreiros da iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocam ao SENHOR.

5. Ali se acharam em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos.

6. Vós envergonhais o conselho dos pobres, porquanto o SENHOR é o seu refúgio.

7. Oh! Se de Sião tivera já vindo a redenção de Israel! Quando o SENHOR fizer voltar os cativos do seu povo, se regozijará Jacó e se alegrará Israel.

1. SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?

2. Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração;

3. aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo;

4. aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda.

5. Aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe subornos contra o inocente; quem faz isto nunca será abalado.

1. Guarda-me, ó Deus, porque em ti confio.

2. A minha alma disse ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; não tenho outro bem além de ti.

3. Digo aos santos que estão na terra e aos ilustres em quem está todo o meu prazer:

4. As dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei o seu nome nos meus lábios.

5. O SENHOR é a porção da minha herança e o meu cálice; tu sustentas a minha sorte.

6. As linhas caem-me em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança.

7. Louvarei ao SENHOR que me aconselhou; até o meu coração me ensina de noite.

8. Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei.

9. Portanto, está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura.

10. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.

11. Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.

1. Ouve, SENHOR, a justiça e atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não é feita com lábios enganosos.

2. Saia a minha sentença de diante do teu rosto; atendam os teus olhos à razão.

3. Provaste o meu coração; visitaste-me de noite; examinaste-me e nada achaste; o que pensei, a minha boca não transgredirá.

4. Quanto ao trato dos homens, pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor.

5. Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.

6. Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir; inclina para mim os teus ouvidos e escuta as minhas palavras.

7. Faze maravilhosas as tuas beneficências, tu que livras aqueles que em ti confiam dos que se levantam contra a tua destra.

8. Guarda-me como à menina do olho, esconde-me à sombra das tuas asas,

9. dos ímpios que me oprimem, dos meus inimigos mortais que me andam cercando.

10. Na sua gordura se encerram e com a boca falam soberbamente.

11. Andam-nos agora espiando os nossos passos; e fixam os seus olhos em nós para nos derribarem por terra;

12. parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa e com o leãozinho que se põe em esconderijos.

13. Levanta-te, SENHOR! Detém-no, derriba-o, livra a minha alma do ímpio, pela tua espada;

14. dos homens, com a tua mão, SENHOR, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças.

15. Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.

1. Eu te amarei do coração, ó SENHOR, fortaleza minha.

2. O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.

3. Invocarei o nome do SENHOR, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.

4. Cordéis de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram.

5. Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

6. Na angústia, invoquei ao SENHOR e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz e aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.

7. Então, a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou.

8. Do seu nariz subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele.

9. Abaixou os céus e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés.

10. E montou num querubim e voou; sim, voou sobre as asas do vento.

11. Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.

12. Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva, e as brasas de fogo.

13. E o SENHOR trovejou nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz; e havia saraiva e brasas de fogo.

14. Despediu as suas setas e os espalhou; multiplicou raios e os perturbou.

15. Então, foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo; pela tua repreensão, SENHOR, ao soprar das tuas narinas.

16. Enviou desde o alto e me tomou; tirou-me das muitas águas.

17. Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.

18. Surpreenderam-me no dia da minha calamidade; mas o SENHOR foi o meu amparo.

19. Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim.

20. Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça e retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos.

21. Porque guardei os caminhos do SENHOR e não me apartei impiamente do meu Deus.

22. Porque todos os seus juízos estavam diante de mim, e não rejeitei os seus estatutos.

23. Também fui sincero perante ele e me guardei da minha iniqüidade.

24. Pelo que me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos perante os seus olhos.

25. Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero;

26. com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável.

27. Porque tu livrarás o povo aflito e abaterás os olhos altivos.

28. Porque tu acenderás a minha candeia; o SENHOR, meu Deus, alumiará as minhas trevas.

29. Porque contigo entrei pelo meio de um esquadrão e com o meu Deus saltei uma muralha.

30. O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.

31. Porque, quem é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o nosso Deus?

32. Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho.

33. Faz os meus pés como os das cervas e põe-me nas minhas alturas.

34. Adestra as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços quebraram um arco de cobre.

35. Também me deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me susteve, e a tua mansidão me engrandeceu.

36. Alargaste os meus passos e os meus artelhos não vacilaram.

37. Persegui os meus inimigos e os alcancei; não voltei, senão depois de os ter consumido.

38. Atravessei-os, de sorte que não se puderam levantar; caíram debaixo dos meus pés.

39. Pois me cingiste de força para a peleja; fizeste abater debaixo de mim aqueles que contra mim se levantaram.

40. Deste-me também o pescoço dos meus inimigos, para que eu pudesse destruir os que me aborrecem.

41. Clamaram, mas não houve quem os livrasse; até ao SENHOR, mas ele não lhes respondeu.

42. Então, os esmiucei como o pó diante do vento; deitei-os fora como a lama das ruas.

43. Livraste-me das contendas do povo e me fizeste cabeça das nações; um povo que não conheci me servirá.

44. Em ouvindo a minha voz, me obedecerão; os estranhos se submeterão a mim.

45. Os estranhos decairão e terão medo nas suas fortificações.

46. O SENHOR vive; e bendito seja o meu rochedo, e exaltado seja o Deus da minha salvação.

47. É Deus que me vinga inteiramente e sujeita os povos debaixo de mim;

48. o que me livra de meus inimigos; —sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim, tu me livras do homem violento.

49. Pelo que, ó SENHOR, te louvarei entre as nações e cantarei louvores ao teu nome.

50. É ele que engrandece as vitórias do seu rei e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a sua posteridade para sempre.

1. Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

2. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.

3. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes

4. em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,

5. que é qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra como um herói a correr o seu caminho.

6. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso, até à outra extremidade deles; e nada se furta ao seu calor.

7. A lei do SENHOR é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

8. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e alumia os olhos.

9. O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.

10. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.

11. Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.

12. Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.

13. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim; então, serei sincero e ficarei limpo de grande transgressão.

14. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha minha e libertador meu!

1. O SENHOR te ouça no dia da angústia; o nome do Deus de Jacó te proteja.

2. Envie-te socorro desde o seu santuário e te sustenha desde Sião.

3. Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos. ( Selá )

4. Conceda-te conforme o teu coração e cumpra todo o teu desígnio.

5. Nós nos alegraremos pela tua salvação e, em nome do nosso Deus, arvoraremos pendões; satisfaça o SENHOR todas as tuas petições.

6. Agora sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo céu com a força salvadora da sua destra.

7. Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus.

8. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.

9. Salva-nos, SENHOR! Ouça-nos o Rei quando clamarmos.

1. O rei se alegra em tua força, SENHOR; e na tua salvação grandemente se regozija.

2. Cumpriste-lhe o desejo do seu coração e não desatendeste as súplicas dos seus lábios. ( Selá )

3. Pois o provês das bênçãos de bondade; pões na sua cabeça uma coroa de ouro fino.

4. Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente.

5. Grande é a sua glória pela tua salvação; de honra e de majestade o revestiste.

6. Pois o abençoaste para sempre; tu o enches de gozo com a tua face.

7. Porque o rei confia no SENHOR e pela misericórdia do Altíssimo nunca vacilará.

8. A tua mão alcançará todos os teus inimigos; a tua mão direita alcançará aqueles que te aborrecem.

9. Tu os farás como um forno aceso quando te manifestares; o SENHOR os devorará na sua indignação, e o fogo os consumirá.

10. Seu fruto destruirás da terra e a sua descendência, dentre os filhos dos homens.

11. Porque intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão.

12. Portanto, tu lhes farás voltar as costas; e com tuas flechas postas nas cordas lhes apontarás ao rosto.

13. Exalta-te, SENHOR, na tua força; então, cantaremos e louvaremos o teu poder.

1. Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias?

2. Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.

3. Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.

4. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.

5. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram e não foram confundidos.

6. Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.

7. Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:

8. Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.

9. Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe.

10. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.

11. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.

12. Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.

13. Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.

14. Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim.

15. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.

16. Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés.

17. Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.

18. Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica.

19. Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.

20. Livra a minha alma da espada e a minha predileta, da força do cão.

21. Salva-me da boca do leão; sim, ouve-me desde as pontas dos unicórnios.

22. Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.

23. Vós que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.

24. Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.

25. O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.

26. Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.

27. Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao SENHOR; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face.

28. Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.

29. Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.

30. Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em geração.

31. Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.

1. O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.

2. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

5. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

6. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR por longos dias.

1. Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.

2. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.

3. Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo?

4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

5. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação.

6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. ( Selá )

7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

8. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra.

9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

10. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos; ele é o Rei da Glória. ( Selá )

1. A ti, SENHOR, levanto a minha alma.

2. Deus meu, em ti confio; não me deixes confundido, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim.

3. Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa.

4. Faze-me saber os teus caminhos, SENHOR; ensina-me as tuas veredas.

5. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia.

6. Lembra-te, SENHOR, das tuas misericórdias e das tuas benignidades, porque são desde a eternidade.

7. Não te lembres dos pecados da minha mocidade nem das minhas transgressões; mas, segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, por tua bondade, SENHOR.

8. Bom e reto é o SENHOR; pelo que ensinará o caminho aos pecadores.

9. Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho.

10. Todas as veredas do SENHOR são misericórdia e verdade para aqueles que guardam o seu concerto e os seus testemunhos.

11. Por amor do teu nome, SENHOR, perdoa a minha iniqüidade, pois é grande.

12. Qual é o homem que teme ao SENHOR? Ele o ensinará no caminho que deve escolher.

13. A sua alma pousará no bem, e a sua descendência herdará a terra.

14. O segredo do SENHOR é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto.

15. Os meus olhos estão continuamente no SENHOR, pois ele tirará os meus pés da rede.

16. Olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito.

17. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tira-me dos meus apertos.

18. Olha para a minha aflição e para a minha dor e perdoa todos os meus pecados.

19. Olha para os meus inimigos, pois se vão multiplicando e me aborrecem com ódio cruel.

20. Guarda a minha alma e livra-me; não me deixes confundido, porquanto confio em ti.

21. Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti.

22. Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias.

1. Julga-me, SENHOR, pois tenho andado em minha sinceridade; tenho confiado também no SENHOR; não vacilarei.

2. Examina-me, SENHOR, e prova-me; esquadrinha a minha mente e o meu coração.

3. Porque a tua benignidade está diante dos meus olhos; e tenho andado na tua verdade.

4. Não me tenho assentado com homens vãos, nem converso com os homens dissimulados.

5. Tenho aborrecido a congregação de malfeitores; não me ajunto com os ímpios.

6. Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar,

7. para publicar com voz de louvor e contar todas as tuas maravilhas.

8. SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.

9. Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinolentos,

10. em cujas mãos há malefício, e cuja mão direita está cheia de subornos.

11. Mas eu ando na minha sinceridade; livra-me e tem piedade de mim.

12. O meu pé está posto em caminho plano; nas congregações louvarei ao SENHOR.

1. O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?

2. Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram.

3. Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria.

4. Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu templo.

5. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha.

6. Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão ao redor de mim; pelo que oferecerei sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao SENHOR.

7. Ouve, SENHOR, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim e responde-me.

8. Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, SENHOR, buscarei.

9. Não escondas de mim a tua face e não rejeites ao teu servo com ira; tu foste a minha ajuda; não me deixes, nem me desampares, ó Deus da minha salvação.

10. Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá.

11. Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me pela vereda direita, por causa dos que me andam espiando.

12. Não me entregues à vontade dos meus adversários, pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade.

13. Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do SENHOR na terra dos viventes.

14. Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR.

1. A ti clamarei, ó SENHOR, rocha minha; não emudeças para comigo; não suceda, calando-te tu a meu respeito, que eu me torne semelhante aos que descem à cova.

2. Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamar, quando levantar as minhas mãos para o oráculo do teu santuário.

3. Não me arremesses com os ímpios e com os que praticam a iniqüidade; que falam de paz ao seu próximo, mas têm o mal no seu coração.

4. Retribui-lhes segundo as suas obras e segundo a malícia dos seus esforços; dá-lhes conforme a obra das suas mãos; envia-lhes a sua recompensa.

5. Porquanto não atentam para as obras do SENHOR, nem para o que as suas mãos têm feito; pelo que ele os derribará e não os reedificará.

6. Bendito seja o SENHOR, porque ouviu a voz das minhas súplicas.

7. O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu canto o louvarei.

8. O SENHOR é a força do seu povo; também é a força salvadora do seu ungido.

9. Salva o teu povo e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre.

1. Dai ao SENHOR, ó filhos dos poderosos, dai ao SENHOR glória e força.

2. Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; adorai o SENHOR na beleza da sua santidade.

3. A voz do SENHOR ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o SENHOR está sobre as muitas águas.

4. A voz do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de majestade.

5. A voz do SENHOR quebra os cedros; sim, o SENHOR quebra os cedros do Líbano.

6. Ele os faz saltar como a um bezerro; ao Líbano e Siriom, como novos unicórnios.

7. A voz do SENHOR separa as labaredas do fogo.

8. A voz do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades.

9. A voz do SENHOR faz parir as cervas e desnuda as brenhas. E no seu templo cada um diz: Glória!

10. O SENHOR se assentou sobre o dilúvio; o SENHOR se assenta como Rei perpetuamente.

11. O SENHOR dará força ao seu povo; o SENHOR abençoará o seu povo com paz.

1. Exaltar-te-ei, ó SENHOR, porque tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim.

2. SENHOR, meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste.

3. SENHOR, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo.

4. Cantai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e celebrai a memória da sua santidade.

5. Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida; o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

6. Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais.

7. Tu, SENHOR, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado.

8. A ti, SENHOR, clamei, e ao SENHOR supliquei.

9. Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura, te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?

10. Ouve, SENHOR, e tem piedade de mim; SENHOR, sê o meu auxílio.

11. Tornaste o meu pranto em folguedo; tiraste o meu cilício e me cingiste de alegria;

12. para que a minha glória te cante louvores e não se cale; SENHOR, Deus meu, eu te louvarei para sempre.

1. Em ti, SENHOR, confio; nunca me deixes confundido; livra-me pela tua justiça.

2. Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha firme rocha, uma casa fortíssima que me salve.

3. Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.

4. Tira-me da rede que para mim esconderam, pois tu és a minha força.

5. Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade.

6. Aborreço aqueles que se entregam a vaidades enganosas; eu, porém, confio no SENHOR.

7. Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias.

8. E não me entregaste nas mãos do inimigo; puseste os meus pés num lugar espaçoso.

9. Tem misericórdia de mim, ó SENHOR, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo.

10. Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos, de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem.

11. Por causa de todos os meus inimigos, fui o opróbrio dos meus vizinhos e um horror para os meus conhecidos; os que me viam na rua fugiam de mim.

12. Estou esquecido no coração deles, como um morto; sou como um vaso quebrado.

13. Pois ouvi a murmuração de muitos; temor havia ao redor; porquanto todos se conluiavam contra mim; intentam tirar-me a vida.

14. Mas eu confiei em ti, SENHOR; e disse: Tu és o meu Deus.

15. Os meus tempos estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.

16. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tuas misericórdias.

17. Não me deixes confundido, SENHOR, porque te tenho invocado; deixa confundidos os ímpios; emudeçam na sepultura.

18. Emudeçam os lábios mentirosos que dizem coisas más com arrogância e desprezo contra o justo.

19. Oh! Quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, e que tu mostraste àqueles que em ti confiam na presença dos filhos dos homens!

20. Tu os esconderás, no secreto da tua presença, das intrigas dos homens; ocultá-los-ás, em um pavilhão, da contenda das línguas.

21. Bendito seja o SENHOR, pois fez maravilhosa a sua misericórdia para comigo em cidade segura.

22. Pois eu dizia na minha pressa: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando eu a ti clamei.

23. Amai ao SENHOR, vós todos os que sois seus santos; porque o SENHOR guarda os fiéis e retribui com abundância aos soberbos.

24. Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos os que esperais no SENHOR.

1. Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.

2. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.

3. Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.

4. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. ( Selá )

5. Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. ( Selá )

6. Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão.

7. Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. ( Selá )

8. Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.

9. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti.

10. O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no SENHOR, a misericórdia o cercará.

11. Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, vós, os justos; e cantai alegremente todos vós que sois retos de coração.

1. Regozijai-vos no SENHOR, vós, justos, pois aos retos convém o louvor.

2. Louvai ao SENHOR com harpa, cantai a ele com saltério de dez cordas.

3. Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.

4. Porque a palavra do SENHOR é reta, e todas as suas obras são fiéis.

5. Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do SENHOR.

6. Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca.

7. Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros.

8. Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo.

9. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.

10. O SENHOR desfaz o conselho das nações; quebranta os intentos dos povos.

11. O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração, de geração em geração.

12. Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para a sua herança.

13. O SENHOR olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens;

14. da sua morada contempla todos os moradores da terra.

15. Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.

16. Não há rei que se salve com a grandeza de um exército, nem o homem valente se livra pela muita força.

17. O cavalo é vão para a segurança; não livra ninguém com a sua grande força.

18. Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia,

19. para livrar a sua alma da morte e para os conservar vivos na fome.

20. A nossa alma espera no SENHOR; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo.

21. Pois nele se alegra o nosso coração, porquanto temos confiado no seu santo nome.

22. Seja a tua misericórdia, SENHOR, sobre nós, como em ti esperamos.

1. Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.

2. A minha alma se gloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão.

3. Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o seu nome.

4. Busquei ao SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores.

5. Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não ficarão confundidos.

6. Clamou este pobre, e o SENHOR o ouviu; e o salvou de todas as suas angústias.

7. O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.

8. Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.

9. Temei ao SENHOR, vós os seus santos, pois não têm falta alguma aqueles que o temem.

10. Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que buscam ao SENHOR de nada têm falta.

11. Vinde, meninos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do SENHOR.

12. Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?

13. Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente.

14. Aparta-te do mal e faze o bem; procura a paz e segue-a.

15. Os olhos do SENHOR estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor.

16. A face do SENHOR está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles.

17. Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias.

18. Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.

19. Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas.

20. Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.

21. A malícia matará o ímpio, e os que aborrecem o justo serão punidos.

22. O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele confiam será condenado.

1. Pleiteia, SENHOR, com aqueles que pleiteiam comigo; peleja contra os que pelejam contra mim.

2. Pega do escudo e da rodela e levanta-te em minha ajuda.

3. Tira da lança e obstrui o caminho aos que me perseguem; dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.

4. Sejam confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida; voltem atrás e envergonhem-se os que contra mim intentam o mal.

5. Sejam como pragana perante o vento; o anjo do SENHOR os faça fugir.

6. Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, e o anjo do SENHOR os persiga.

7. Porque sem causa encobriram de mim a rede na cova, que sem razão cavaram para a minha alma.

8. Sobrevenha-lhes destruição sem o saberem, e prenda-os a rede que ocultaram; caiam eles nessa mesma destruição.

9. E a minha alma se alegrará no SENHOR; alegrar-se-á na sua salvação.

10. Todos os meus ossos dirão: SENHOR, quem é como tu? Pois livras o pobre daquele que é mais forte do que ele; sim, o pobre e o necessitado, daquele que os rouba.

11. Falsas testemunhas se levantaram; depuseram contra mim coisas que eu não sabia.

12. Tornaram-me o mal pelo bem, roubando a minha alma.

13. Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, a minha veste era pano de saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio.

14. Portava-me com ele como se fora meu irmão ou amigo; andava lamentando e muito encurvado, como quem chora por sua mãe.

15. Mas eles com a minha adversidade se alegravam e se congregavam; os abjetos se congregavam contra mim, e eu não o sabia; rasgavam-me e não cessavam.

16. Como hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim.

17. Senhor, até quando verás isto? Resgata a minha alma das suas assolações, e a minha predileta, dos leões.

18. Louvar-te-ei na grande congregação; entre muitíssimo povo te celebrarei.

19. Não se alegrem de mim os meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me aborrecem sem causa.

20. Pois não falam de paz; antes, projetam enganar os quietos da terra.

21. Abrem a boca de par em par contra mim e dizem: Ah! Ah! Os nossos olhos o viram!

22. Tu, SENHOR, o viste, não te cales; Senhor, não te alongues de mim;

23. desperta e acorda para o meu julgamento, para a minha causa, Deus meu e Senhor meu!

24. Julga-me segundo a tua justiça, SENHOR, Deus meu, e não deixes que se alegrem de mim.

25. Não digam em seu coração: Eia, sus, alma nossa! Não digam: Nós o havemos devorado!

26. Envergonhem-se e confundam-se à uma os que se alegram com o meu mal; vistam-se de vergonha e de confusão os que se engrandecem contra mim.

27. Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, e digam continuamente: O SENHOR, que ama a prosperidade do seu servo, seja engrandecido.

28. E assim a minha língua falará da tua justiça e do teu louvor, todo o dia.

1. A prevaricação do ímpio fala no íntimo do seu coração; não há temor de Deus perante os seus olhos.

2. Porque em seus olhos se lisonjeia, até que a sua iniqüidade se mostre detestável.

3. As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem.

4. Maquina o mal na sua cama; põe-se em caminho que não é bom; não aborrece o mal.

5. A tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens.

6. A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais.

7. Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! E por isso os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.

8. Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias;

9. porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz.

10. Estende a tua benignidade sobre os que te conhecem, e a tua justiça sobre os retos de coração.

11. Não venha sobre mim o pé dos soberbos, e não me mova a mão dos ímpios.

12. Ali caem os obreiros da iniqüidade; cairão e não se poderão levantar.

1. Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.

2. Porque cedo serão ceifados como a erva e murcharão como a verdura.

3. Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado.

4. Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração.

5. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará.

6. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz; e o teu juízo, como o meio-dia.

7. Descansa no SENHOR e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.

8. Deixa a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal.

9. Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no SENHOR herdarão a terra.

10. Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá.

11. Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.

12. O ímpio maquina contra o justo e contra ele range os dentes.

13. O Senhor se rirá dele, pois vê que vem chegando o seu dia.

14. Os ímpios puxaram da espada e entesaram o arco, para derribarem o pobre e necessitado e para matarem os de reto caminho.

15. Mas a sua espada lhes entrará no coração, e os seus arcos se quebrarão.

16. Vale mais o pouco que tem o justo do que as riquezas de muitos ímpios.

17. Pois os braços dos ímpios se quebrarão, mas o SENHOR sustém os justos.

18. O SENHOR conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre.

19. Não serão envergonhados nos dias maus e nos dias de fome se fartarão.

20. Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do SENHOR serão como a gordura dos cordeiros; desaparecerão e em fumaça se desfarão.

21. O ímpio toma emprestado e não paga; mas o justo se compadece e dá.

22. Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra, e aqueles que forem por ele amaldiçoados serão desarraigados.

23. Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu caminho.

24. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com a sua mão.

25. Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.

26. Compadece-se sempre, e empresta, e a sua descendência é abençoada.

27. Aparta-te do mal e faze o bem; e terás morada para sempre.

28. Porque o SENHOR ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre; mas a descendência dos ímpios será desarraigada.

29. Os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre.

30. A boca do justo fala da sabedoria; a sua língua fala do que é reto.

31. A lei do seu Deus está em seu coração; os seus passos não resvalarão.

32. O ímpio espreita o justo e procura matá-lo.

33. O SENHOR não o deixará em suas mãos, nem o condenará quando for julgado.

34. Espera no SENHOR e guarda o seu caminho, e te exaltará para herdares a terra; tu o verás quando os ímpios forem desarraigados.

35. Vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal.

36. Mas passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar.

37. Nota o homem sincero e considera o que é reto, porque o futuro desse homem será de paz.

38. Quanto aos transgressores, serão, à uma, destruídos, e as relíquias dos ímpios todas perecerão.

39. Mas a salvação dos justos vem do SENHOR; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia.

40. E o SENHOR os ajudará e os livrará; ele os livrará dos ímpios e os salvará, porquanto confiam nele.

1. Ó SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.

2. Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e a tua mão sobre mim desceu.

3. Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado.

4. Pois já as minhas iniqüidades ultrapassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças.

5. As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha loucura.

6. Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia.

7. Porque os meus lombos estão cheios de ardor, e não há coisa sã na minha carne.

8. Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido por causa do desassossego do meu coração.

9. Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto.

10. O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, até essa me deixou.

11. Os meus amigos e os meus propínquos afastam-se da minha chaga; e os meus parentes se põem em distância.

12. Também os que buscam a minha vida me armam laços, e os que procuram o meu mal dizem coisas que danificam e imaginam astúcias todo o dia.

13. Mas eu, como surdo, não ouvia e, como mudo, não abri a boca.

14. Assim eu sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação.

15. Porque em ti, SENHOR, espero; tu, Senhor, meu Deus, me ouvirás.

16. Porque dizia eu: Ouve-me, para que se não alegrem de mim; quando escorrega o meu pé, eles se engrandecem contra mim.

17. Porque estou prestes a coxear; a minha dor está constantemente perante mim.

18. Porque eu confessarei a minha iniqüidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado.

19. Mas os meus inimigos estão vivos e são fortes, e os que sem causa me odeiam se engrandecem.

20. Os que dão mal pelo bem são meus adversários, porque eu sigo o que é bom.

21. Não me desampares, SENHOR; meu Deus, não te alongues de mim.

22. Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação.

1. Eu disse: Guardarei os meus caminhos para não delinqüir com a minha língua; enfrearei a minha boca enquanto o ímpio estiver diante de mim.

2. Com o silêncio fiquei como mudo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou.

3. Incendeu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava se acendeu um fogo: então falei com a minha língua. Disse:

4. Faze-me conhecer, SENHOR, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil.

5. Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. ( Selá )

6. Na verdade, todo homem anda como uma sombra; na verdade, em vão se inquietam; amontoam riquezas e não sabem quem as levará.

7. Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti.

8. Livra-me de todas as minhas transgressões; não me faças o opróbrio dos loucos.

9. Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste.

10. Tira de sobre mim a tua praga; estou desfalecido pelo golpe da tua mão.

11. Se com repreensões castigas alguém, por causa da iniqüidade, logo destróis, como traça, a sua beleza; de sorte que todo homem é vaidade. ( Selá )

12. Ouve, SENHOR, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas, porque sou para contigo como um estranho, e peregrino como todos os meus pais.

13. Poupa-me, até que tome alento, antes que me vá e não seja mais.

1. Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.

2. Tirou-me de um lago horrível, de um charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos;

3. e pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.

4. Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança e que não respeita os soberbos, nem os que se desviam para a mentira.

5. Muitas são, SENHOR, meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; eu quisera anunciá-los e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar.

6. Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.

7. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito de mim:

8. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.

9. Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes.

10. Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.

11. Não detenhas para comigo, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade.

12. Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniqüidades me prenderam, de modo que não posso olhar para cima; são mais numerosas do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração.

13. Digna-te, SENHOR, livrar-me; SENHOR, apressa-te em meu auxílio.

14. Sejam à uma confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida para destruí-la; tornem atrás e confundam-se os que me querem mal.

15. Confundidos sejam em troca da sua afronta os que me dizem: Ah! Ah!

16. Folguem e alegrem-se em ti os que te buscam; digam constantemente os que amam a tua salvação: Engrandecido seja o SENHOR.

17. Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim: tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.

1. Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o SENHOR o livrará no dia do mal.

2. O SENHOR o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos.

3. O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na doença.

4. Eu dizia: SENHOR, tem piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti.

5. Os meus inimigos falam mal de mim, dizendo: Quando morrerá ele, e perecerá o seu nome?

6. E, se algum deles vem ver-me, diz coisas vãs; no seu coração amontoa a maldade; em saindo para fora, é disso que fala.

7. Todos os que me aborrecem murmuram à uma contra mim; contra mim imaginam o mal, dizendo:

8. Uma doença má se lhe pegou; e, pois que está deitado, não se levantará mais.

9. Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.

10. Mas tu, SENHOR, tem piedade de mim, e levanta-me, para que eu lhes dê o pago.

11. Por isto conheço eu que tu me favoreces: que o meu inimigo não triunfa de mim.

12. Quanto a mim, tu me sustentas na minha sinceridade e me puseste diante da tua face para sempre.

13. Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, de século em século! Amém e amém!

1. Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!

2. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?

3. As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?

4. Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.

5. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.

6. Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; portanto, lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, e desde o pequeno monte.

7. Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.

8. Contudo, o SENHOR mandará de dia a sua misericórdia, e de noite a sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida.

9. Direi a Deus, a minha Rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando angustiado por causa da opressão do inimigo?

10. Como com ferida mortal em meus ossos, me afrontam os meus adversários, quando todo o dia me dizem: Onde está o teu Deus?

11. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus.

1. Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a gente ímpia; livra-me do homem fraudulento e injusto.

2. Pois tu és o Deus da minha fortaleza; por que me rejeitas? Por que me visto de luto por causa da opressão do inimigo?

3. Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos.

4. Então, irei ao altar de Deus, do Deus que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.

5. Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e Deus meu.

1. Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado os feitos que realizaste em seus dias, nos tempos da antiguidade.

2. Como expeliste as nações com a tua mão e aos nossos pais plantaste; como afligiste os povos e aos nossos pais alargaste.

3. Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, e sim a tua destra, e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles.

4. Tu és o meu Rei, ó Deus; ordena salvações para Jacó.

5. Por ti venceremos os nossos inimigos; pelo teu nome pisaremos os que se levantam contra nós.

6. Pois eu não confiarei no meu arco, nem a minha espada me salvará.

7. Mas tu nos salvaste dos nossos inimigos e confundiste os que nos aborreciam.

8. Em Deus nos gloriamos todo o dia e louvamos o teu nome eternamente. ( Selá )

9. Mas, agora, tu nos rejeitaste, e nos confundiste, e não sais com os nossos exércitos.

10. Tu nos fazes retirar-nos do inimigo, e aqueles que nos odeiam nos tomam como saque.

11. Tu nos entregaste como ovelhas para comer e nos espalhaste entre as nações.

12. Tu vendes por nada o teu povo e não aumentas a tua riqueza com o seu preço.

13. Tu nos fazes o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria daqueles que estão à roda de nós.

14. Tu nos pões por provérbio entre as nações, por movimento de cabeça entre os povos.

15. A minha confusão está constantemente diante de mim, e a vergonha do meu rosto me cobre,

16. à voz daquele que afronta e blasfema, por causa do inimigo e do que se vinga.

17. Tudo isto nos sobreveio; todavia, não nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra o teu concerto.

18. O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram das tuas veredas,

19. ainda que nos quebrantaste num lugar de dragões e nos cobriste com a sombra da morte.

20. Se nós esquecermos o nome do nosso Deus e estendermos as nossas mãos para um deus estranho,

21. porventura, não conhecerá Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração.

22. Sim, por amor de ti, somos mortos todo dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro.

23. Desperta! Por que dormes, Senhor? Acorda! Não nos rejeites para sempre!

24. Por que escondes a face e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão?

25. Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão.

26. Levanta-te em nosso auxílio e resgata-nos por amor das tuas misericórdias.

1. O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao rei; a minha língua é a pena de um destro escritor.

2. Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso, Deus te abençoou para sempre.

3. Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.

4. E neste teu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.

5. As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti.

6. O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade.

7. Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.

8. Todas as tuas vestes cheiram a mirra, a aloés e a cássia, desde os palácios de marfim de onde te alegram.

9. As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres donzelas; à tua direita estava a rainha ornada de finíssimo ouro de Ofir.

10. Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.

11. Então, o rei se afeiçoará à tua formosura, pois ele é teu senhor; obedece-lhe.

12. E a filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor.

13. A filha do rei é toda ilustre no seu palácio; as suas vestes são de ouro tecido.

14. Levá-la-ão ao rei com vestes bordadas; as virgens que a acompanham a trarão a ti.

15. Com alegria e regozijo serão trazidas; elas entrarão no palácio do rei.

16. Em lugar de teus pais será a teus filhos que farás príncipes sobre toda a terra.

17. Farei lembrado o teu nome de geração em geração; pelo que os povos te louvarão eternamente.

1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

2. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.

3. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. ( Selá )

4. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.

5. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.

6. As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.

7. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. ( Selá )

8. Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na terra!

9. Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.

10. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.

11. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. ( Selá )

1. Aplaudi com as mãos, todos os povos; cantai a Deus com voz de triunfo.

2. Porque o SENHOR Altíssimo é tremendo e Rei grande sobre toda a terra.

3. Ele nos submeterá os povos e porá as nações debaixo dos nossos pés.

4. Escolherá para nós a nossa herança, a glória de Jacó, a quem amou. ( Selá )

5. Deus subiu com júbilo, o SENHOR subiu ao som da trombeta.

6. Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores.

7. Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com inteligência.

8. Deus reina sobre as nações; Deus se assenta sobre o trono da sua santidade.

9. Os príncipes dos povos se congregam para serem o povo do Deus de Abraão; porque os escudos da terra são de Deus; ele está muito elevado!

1. Grande é o SENHOR e mui digno de louvor na cidade do nosso Deus, no seu monte santo.

2. Formoso de sítio e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do Norte, a cidade do grande Rei.

3. Deus é conhecido nos seus palácios por um alto refúgio.

4. Porque eis que os reis se ajuntaram; eles passaram juntos.

5. Viram-no e ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir.

6. Tremor ali os tomou, e dores, como de parturiente.

7. Tu quebras as naus de Társis com um vento oriental.

8. Como o ouvimos, assim o vimos na cidade do SENHOR dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus a confirmará para sempre. ( Selá )

9. Lembramo-nos, ó Deus, da tua benignidade no meio do teu templo.

10. Segundo é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor, até aos confins da terra; a tua mão direita está cheia de justiça.

11. Alegre-se o monte de Sião; alegrem-se as filhas de Judá por causa dos teus juízos.

12. Rodeai Sião; cercai-a; contai as suas torres;

13. notai bem os seus antemuros; observai os seus palácios, para que tudo narreis à geração seguinte.

14. Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.

1. Ouvi isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os moradores do mundo,

2. quer humildes quer grandes, tanto ricos como pobres.

3. A minha boca falará da sabedoria; e a meditação do meu coração será de entendimento.

4. Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola; decifrarei o meu enigma na harpa.

5. Por que temerei eu nos dias maus, quando me cercar a iniqüidade dos que me armam ciladas?

6. Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas,

7. nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele

8. ( pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes );

9. por isso, tampouco viverá para sempre ou deixará de ver a corrupção;

10. porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto e deixam a outros os seus bens.

11. O seu pensamento interior é que as suas casas serão perpétuas, e as suas habitações, de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes.

12. Todavia, o homem que está em honra não permanece; antes, é como os animais, que perecem.

13. Este caminho deles é a sua loucura; contudo, a sua posteridade aprova as suas palavras. ( Selá )

14. Como ovelhas, são enterrados; a morte se alimentará deles; os retos terão domínio sobre eles na manhã; e a sua formosura na sepultura se consumirá, por não ter mais onde more.

15. Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá. ( Selá )

16. Não temas quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa se engrandece.

17. Porque, quando morrer, nada levará consigo, nem a sua glória o acompanhará.

18. Ainda que na sua vida ele bendisse a sua alma, e os homens o louvem quando faz bem a si mesmo,

19. irá para a geração dos seus pais; eles nunca verão a luz.

20. O homem que está em honra, e não tem entendimento, é semelhante aos animais, que perecem.

1. O Deus poderoso, o SENHOR, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até ao seu ocaso.

2. Desde Sião, a perfeição da formosura, resplandeceu Deus.

3. Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele.

4. Do alto, chamará os céus e a terra, para julgar o seu povo.

5. Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios.

6. E os céus anunciarão a sua justiça, pois Deus mesmo é o Juiz. ( Selá )

7. Ouve, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu, Deus, o teu Deus, protestarei contra ti.

8. Não te repreenderei pelos teus sacrifícios, ou holocaustos, de contínuo perante mim.

9. Da tua casa não tirarei bezerro nem bodes dos teus currais.

10. Porque meu é todo animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas.

11. Conheço todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo.

12. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude.

13. Comerei eu carne de touros? Ou beberei sangue de bodes?

14. Oferece a Deus sacrifício de louvor e paga ao Altíssimo os teus votos.

15. E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.

16. Mas ao ímpio diz Deus: Que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca,

17. pois aborreces a correção e lanças as minhas palavras para detrás de ti?

18. Quando vês o ladrão, consentes com ele; e tens a tua parte com adúlteros.

19. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano.

20. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe.

21. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era como tu; mas eu te argüirei, e, em sua ordem, tudo porei diante dos teus olhos.

22. Ouvi, pois, isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.

23. Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.

1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.

2. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.

3. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.

4. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.

5. Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.

6. Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.

7. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.

8. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.

9. Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades.

10. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.

11. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.

12. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.

13. Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.

14. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.

15. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.

16. Porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.

17. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

18. Abençoa a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.

19. Então, te agradarás de sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então, se oferecerão novilhos sobre o teu altar.

1. Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente.

2. A tua língua intenta o mal, como uma navalha afiada, traçando enganos.

3. Tu amas mais o mal do que o bem; e mais a mentira do que o falar conforme a retidão. ( Selá )

4. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.

5. Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação; e desarraigar-te-á da terra dos viventes. ( Selá )

6. E os justos o verão, e temerão, e se rirão dele, dizendo:

7. Eis aqui o homem que não pôs a Deus por sua fortaleza; antes, confiou na abundância das suas riquezas e se fortaleceu na sua maldade.

8. Mas eu sou como a oliveira verde na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente.

9. Para sempre te louvarei, porque tu isso fizeste; e esperarei no teu nome, porque é bom diante de teus santos.

1. Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido e têm cometido abominável iniqüidade; não há ninguém que faça o bem.

2. Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus.

3. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.

4. Acaso não têm conhecimento estes obreiros da iniqüidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocam a Deus.

5. Eis que se acharam em grande temor, onde temor não havia, porque Deus espalhou os ossos daquele que te cercava; tu os confundiste, porque Deus os rejeitou.

6. Oh! Se de Sião já viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então, se regozijará Jacó e se alegrará Israel.

1. Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.

2. Ó Deus, ouve a minha oração; inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca.

3. Porque estranhos se levantam contra mim, e tiranos procuram a minha vida; não põem a Deus perante os seus olhos. ( Selá )

4. Eis que Deus é o meu ajudador; o SENHOR está com aqueles que sustêm a minha alma.

5. Ele pagará o mal daqueles que me andam espiando; destrói-os por tua verdade.

6. Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó SENHOR, porque é bom,

7. porque me livrou de toda a angústia; e os meus olhos viram cumprido o meu desejo acerca dos meus inimigos.

1. Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração e não te escondas da minha súplica.

2. Atende-me e ouve-me; lamento-me e rujo,

3. por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim iniqüidade e com furor me aborrecem.

4. O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram.

5. Temor e tremor me sobrevêm; e o horror me cobriu.

6. Pelo que disse: Ah! Quem me dera asas como de pomba! Voaria e estaria em descanso.

7. Eis que fugiria para longe e pernoitaria no deserto. ( Selá )

8. Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade.

9. Despedaça, Senhor, e divide a sua língua, pois tenho visto violência e contenda na cidade.

10. De dia e de noite andam ao redor dela, sobre os seus muros; iniqüidade e malícia estão no meio dela.

11. Maldade há lá dentro; astúcia e engano não se apartam das suas ruas.

12. Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido,

13. mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo.

14. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à Casa de Deus.

15. A morte os assalte, e vivos os engula a terra; porque há maldade nas suas habitações e no seu próprio interior.

16. Mas eu invocarei a Deus, e o SENHOR me salvará.

17. De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.

18. Livrou em paz a minha alma da guerra que me moviam; pois eram muitos contra mim.

19. Deus ouvirá; e os afligirá aquele que preside desde a antiguidade ( Selá ), porque não há neles nenhuma mudança, e tampouco temem a Deus.

20. Puseram suas mãos nos que tinham paz com ele; romperam a sua aliança.

21. A sua boca era mais macia do que a manteiga, mas no seu coração, guerra; as suas palavras eram mais brandas do que o azeite; todavia, eram espadas nuas.

22. Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.

23. Mas tu, ó Deus, os farás descer ao poço da perdição; homens de sangue e de fraude não viverão metade dos seus dias; mas eu em ti confiarei.

1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura devorar-me; e me oprime, pelejando todo o dia.

2. Os que me andam espiando procuram devorar-me todo o dia; pois são muitos os que pelejam contra mim, ó Altíssimo.

3. No dia em que eu temer, hei de confiar em ti.

4. Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não temerei; que me pode fazer a carne?

5. Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim para o mal.

6. Ajuntam-se, escondem-se, espiam os meus passos, como aguardando a minha morte.

7. Porventura, escaparão eles por meio da sua iniqüidade? Ó Deus, derriba os povos na tua ira!

8. Tu contaste as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro?

9. Quando eu a ti clamar, então, retrocederão os meus inimigos; isto sei eu, porque Deus está comigo.

10. Em Deus louvarei a sua palavra; no SENHOR louvarei a sua palavra.

11. Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem.

12. Os teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu te renderei ações de graças;

13. pois tu livraste a minha alma da morte, como também os meus pés de tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz dos viventes.

1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.

2. Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.

3. Ele dos céus enviará seu auxílio e me salvará do desprezo daquele que procurava devorar-me ( Selá ). Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade.

4. A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada.

5. Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra.

6. Armaram uma rede aos meus passos, e a minha alma ficou abatida; cavaram uma cova diante de mim, mas foram eles que nela caíram. ( Selá )

7. Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei e salmodiarei.

8. Desperta, glória minha! Desperta, alaúde e harpa! Eu mesmo despertarei ao romper da alva.

9. Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei entre as nações.

10. Pois a tua misericórdia é grande até aos céus, e a tua verdade até às nuvens.

11. Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; e seja a tua glória sobre toda a terra.

1. Acaso falais vós deveras, ó congregação, a justiça? Julgais retamente, ó filhos dos homens?

2. Antes, no coração forjais iniqüidades; sobre a terra fazeis pesar a violência das vossas mãos.

3. Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras.

4. Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tem tapados os seus ouvidos

5. para não ouvir a voz dos encantadores, do encantador perito em encantamentos.

6. Ó Deus, quebra-lhes os dentes na boca; arranca, SENHOR, os queixais aos filhos dos leões.

7. Sumam-se como águas que se escoam; se armarem as suas flechas, fiquem estas feitas em pedaços.

8. Como a lesma que se derrete, assim se vão; como o aborto de uma mulher, nunca vejam o sol.

9. Antes que os espinhos cheguem a aquecer as vossas panelas, serão arrebatados, tanto os verdes como os que estão ardendo, como por um redemoinho.

10. O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio.

11. Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.

1. Livra-me, meu Deus, dos meus inimigos; defende-me daqueles que se levantam contra mim.

2. Livra-me dos que praticam a iniqüidade e salva-me dos homens sanguinários,

3. pois eis que armam ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, sem transgressão minha ou pecado meu, ó SENHOR.

4. Eles correm e se preparam, sem culpa minha; desperta para me ajudares e olha.

5. Tu, pois, ó SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel, desperta para visitares todas as nações: não tenhas misericórdia de nenhum dos pérfidos que praticam a iniqüidade. ( Selá )

6. Voltam à tarde; dão ganidos como cães, rodeando a cidade.

7. Eis que eles dão gritos com a boca; espadas estão nos seus lábios; porque dizem eles: Quem ouve?

8. Mas tu, SENHOR, te rirás deles; zombarás de todos os gentios.

9. Por causa da sua força eu te aguardarei; pois Deus é a minha alta defesa.

10. O Deus da minha misericórdia virá ao meu encontro; Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos.

11. Não os mates, para que o meu povo se não esqueça; espalha-os pelo teu poder e abate-os, ó Senhor, nosso escudo.

12. Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios fiquem presos na sua soberba; e pelas maldições e pelas mentiras que proferem.

13. Consome-os na tua indignação, consome-os de modo que não existam mais, para que saibam que Deus reina em Jacó até aos confins da terra. ( Selá )

14. E tornem a vir à tarde e dêem ganidos como cães, rodeando a cidade.

15. Vagueiem buscando o que comer, passem a noite sem se fartarem.

16. Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã, louvarei com alegria a tua misericórdia, porquanto tu foste o meu alto refúgio e proteção no dia da minha angústia.

17. A ti, ó fortaleza minha, cantarei louvores; porque Deus é a minha defesa, é o Deus da minha misericórdia.

1. Ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos espalhaste, tu tens estado indignado; oh! Volta-te para nós!

2. Abalaste a terra e a fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme.

3. Fizeste ver ao teu povo duras coisas; fizeste-nos beber o vinho da perturbação.

4. Deste um estandarte aos que te temem, para o arvorarem no alto pela causa da verdade. ( Selá )

5. Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra e ouve-nos;

6. Deus disse na sua santidade: Eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote.

7. Meu é Gileade e meu é Manassés; Efraim é a força da minha cabeça; Judá é o meu legislador.

8. Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia jubilarei.

9. Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom?

10. Não serás tu, ó Deus, que nos tinhas rejeitado? Tu, ó Deus, que não saíste com os nossos exércitos?

11. Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o socorro do homem.

12. Em Deus faremos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos.

1. Ouve, ó Deus, o meu clamor; atende à minha oração.

2. Desde o fim da terra clamo a ti, por estar abatido o meu coração. Leva-me para a rocha que é mais alta do que eu,

3. pois tens sido o meu refúgio e uma torre forte contra o inimigo.

4. Habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no oculto das tuas asas. ( Selá )

5. Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a herança dos que temem o teu nome.

6. Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão como muitas gerações.

7. Ele permanecerá diante de Deus para sempre; prepara-lhe misericórdia e verdade que o preservem.

8. Assim, cantarei salmos ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.

1. A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação.

2. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei grandemente abalado.

3. Até quando maquinareis o mal contra um homem? Sereis mortos todos vós, sereis como uma parede encurvada e uma sebe pouco segura.

4. Eles somente consultam como o hão de derribar da sua excelência; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas, no seu interior, maldizem. ( Selá )

5. Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.

6. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado.

7. Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza e o meu refúgio estão em Deus.

8. Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. ( Selá )

9. Certamente que os homens de classe baixa são vaidade, e os homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais leves do que a vaidade.

10. Não confieis na opressão, nem vos desvaneçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração.

11. Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus.

12. A ti também, Senhor, pertence a misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra.

1. Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água,

2. para ver a tua fortaleza e a tua glória, como te vi no santuário.

3. Porque a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão.

4. Assim, eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos.

5. A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios,

6. quando me lembrar de ti na minha cama e meditar em ti nas vigílias da noite.

7. Porque tu tens sido o meu auxílio; jubiloso cantarei refugiado à sombra das tuas asas.

8. A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta.

9. Mas aqueles que procuram a minha vida para a destruírem irão para as profundezas da terra.

10. Cairão à espada, serão uma ração para as raposas.

11. Mas o rei se regozijará em Deus; qualquer que por ele jurar se gloriará; porque se tapará a boca dos que falam mentira.

1. Ouve, ó Deus, a minha voz na minha oração; livra a minha vida do horror do inimigo.

2. Esconde-me do secreto conselho dos maus e do tumulto dos que praticam a iniqüidade,

3. os quais afiaram a sua língua como espadas; e armaram, por suas flechas, palavras amargas,

4. para de lugares ocultos atirarem sobre o que é reto; disparam sobre ele repentinamente e não temem.

5. Firmam-se em mau intento; falam de armar laços secretamente e dizem: Quem nos verá?

6. Fazem indagações maliciosas, inquirem tudo o que se pode inquirir; até o íntimo de cada um e o profundo coração.

7. Mas Deus disparará sobre eles uma seta, e de repente ficarão feridos.

8. Assim, eles farão com que a sua língua se volte contra si mesmos; todos aqueles que os virem, fugirão.

9. E todos os homens temerão e anunciarão a obra de Deus; e considerarão prudentemente os seus feitos.

10. O justo se alegrará no SENHOR e confiará nele; e todos os retos de coração se regozijarão.

1. A ti, ó Deus, espera o louvor em Sião, e a ti se pagará o voto.

2. Ó tu que ouves as orações! A ti virá toda a carne.

3. Prevalecem as iniqüidades contra mim; mas tu perdoas as nossas transgressões.

4. Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios; nós seremos satisfeitos da bondade da tua casa e do teu santo templo.

5. Com coisas tremendas de justiça nos responderás, ó Deus da nossa salvação; tu és a esperança de todas as extremidades da terra e daqueles que estão longe sobre o mar;

6. o que pela sua força consolida os montes, cingido de fortaleza;

7. o que aplaca o ruído dos mares, o ruído das suas ondas e o tumulto das nações.

8. E os que habitam nos confins da terra temem os teus sinais; tu fazes alegres as saídas da manhã e da tarde.

9. Tu visitas a terra e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe dás o trigo, quando assim a tens preparada;

10. tu enches de água os seus sulcos, regulando a sua altura; tu a amoleces com a muita chuva; tu abençoas as suas novidades;

11. tu coroas o ano da tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura;

12. destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros cingem-se de alegria.

13. Os campos cobrem-se de rebanhos, e os vales vestem-se de trigo; por isso, eles se regozijam e cantam.

1. Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras.

2. Cantai a glória do seu nome; dai glória ao seu louvor.

3. Dizei a Deus: Quão terrível és tu nas tuas obras! Pela grandeza do teu poder se submeterão a ti os teus inimigos.

4. Toda a terra te adorará, e te cantará louvores, e cantará o teu nome. ( Selá )

5. Vinde e vede as obras de Deus; é terrível nos seus feitos para com os filhos dos homens.

6. Converteu o mar em terra seca; passaram o rio a pé; ali nos alegramos nele.

7. Ele domina eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes. ( Selá )

8. Bendizei, povos, ao nosso Deus e fazei ouvir a voz do seu louvor;

9. ao que sustenta com vida a nossa alma e não consente que resvalem os nossos pés.

10. Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata.

11. Tu nos meteste na rede; afligiste os nossos lombos.

12. Fizeste com que os homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; mas trouxeste-nos a um lugar de abundância.

13. Entrarei em tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos,

14. que haviam pronunciado os meus lábios, e dissera a minha boca, quando eu estava na angústia.

15. Oferecer-te-ei holocaustos de animais nédios, com odorante fumaça de carneiros; oferecerei novilhos com cabritos. ( Selá )

16. Vinde e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma.

17. A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua.

18. Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá;

19. mas, na verdade, Deus me ouviu; atendeu à voz da minha oração.

20. Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a sua misericórdia.

1. Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. ( Selá )

2. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação.

3. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.

4. Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com eqüidade, e governarás as nações sobre a terra. ( Selá )

5. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos, louvem-te os povos todos.

6. Então, a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará.

7. Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.

1. Levante-se Deus, e sejam dissipados os seus inimigos; fugirão de diante dele os que o aborrecem.

2. Como se impele a fumaça, assim tu os impeles; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus.

3. Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.

4. Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é JEOVÁ; exultai diante dele.

5. Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus no seu lugar santo.

6. Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca.

7. Ó Deus! Quando saías adiante do teu povo, quando caminhavas pelo deserto, ( Selá )

8. a terra abalava-se, e os céus destilavam perante a face de Deus; o próprio Sinai tremeu na presença de Deus, do Deus de Israel.

9. Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância e confortaste a tua herança, quando estava cansada.

10. Nela habitava o teu rebanho; tu, ó Deus, proveste o pobre da tua bondade.

11. O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas.

12. Reis de exércitos fugiram à pressa; e aquela que ficava em casa repartia os despojos.

13. Ainda que vos deiteis entre redis, sereis como as asas de uma pomba, cobertas de prata, com as suas penas de ouro amarelo.

14. Quando o Onipotente ali espalhou os reis, foi como quando cai a neve em Zalmom.

15. O monte de Deus é como o monte de Basã, um monte elevado como o monte de Basã.

16. Por que saltais, ó montes elevados? Este é o monte que Deus desejou para sua habitação, e o SENHOR habitará nele eternamente.

17. Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.

18. Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles.

19. Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos cumula de benefícios; o Deus que é a nossa salvação. ( Selá )

20. O nosso Deus é o Deus da salvação; e a JEOVÁ, o Senhor, pertencem as saídas para escapar da morte.

21. Mas Deus ferirá gravemente a cabeça de seus inimigos e o crânio cabeludo do que anda em suas culpas.

22. Disse o Senhor: Eu os farei voltar de Basã; farei voltar o meu povo das profundezas do mar;

23. para que o teu pé mergulhe no sangue de teus inimigos, e nele mergulhe até a língua dos teus cães.

24. Ó Deus, eles têm visto os teus caminhos; os caminhos do meu Deus, meu Rei, no santuário.

25. Os cantores iam adiante, os tocadores de instrumentos, atrás; entre eles, as donzelas tocando adufes.

26. Celebrai a Deus nas congregações; ao SENHOR, desde a fonte de Israel.

27. Ali está o pequeno Benjamim, que domina sobre eles, os príncipes de Judá com o seu ajuntamento, os príncipes de Zebulom e os príncipes de Naftali.

28. O teu Deus ordenou a tua força; confirma, ó Deus, o que já realizaste por nós.

29. Por amor do teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes.

30. Repreende as feras dos canaviais, a multidão dos touros, com os novilhos dos povos, pisando com os pés as suas peças de prata; dissipa os povos que desejam a guerra.

31. Embaixadores reais virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos.

32. Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor, ( Selá )

33. àquele que vai montado sobre os céus dos céus, desde a antiguidade; eis que envia a sua voz e dá um brado veemente.

34. Dai a Deus fortaleza; a sua excelência, está sobre Israel e a sua fortaleza nas mais altas nuvens.

35. Ó Deus, tu és tremendo desde os teus santuários; o Deus de Israel é o que dá fortaleza e poder ao seu povo. Bendito seja Deus!

1. Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma.

2. Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me leva.

3. Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem esperando o meu Deus.

4. Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me sendo injustamente meus inimigos, são poderosos; então, restituí o que não furtei.

5. Tu, ó Deus, bem conheces a minha insipiência; e os meus pecados não te são encobertos.

6. Não sejam envergonhados por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, SENHOR dos Exércitos; não sejam confundidos por minha causa aqueles que te buscam, ó Deus de Israel.

7. Porque por amor de ti tenho suportado afronta; a confusão cobriu o meu rosto.

8. Tenho-me tornado como um estranho para com os meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe.

9. Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim.

10. Chorei, e castiguei com jejum a minha alma, mas até isto se me tornou em afrontas.

11. Pus, por veste, um pano de saco e me fiz um provérbio para eles.

12. Aqueles que se assentam à porta falam contra mim; sou a canção dos bebedores de bebida forte.

13. Eu, porém, faço a minha oração a ti, SENHOR, num tempo aceitável; ó Deus, ouve-me segundo a grandeza da tua misericórdia, segundo a verdade da tua salvação.

14. Tira-me do lamaçal e não me deixes atolar; seja eu livre dos que me aborrecem e das profundezas das águas.

15. Não me leve a corrente das águas e não me sorva o abismo, nem o poço cerre a sua boca sobre mim.

16. Ouve-me, SENHOR, pois boa é a tua misericórdia; olha para mim segundo a tua muitíssima piedade.

17. E não escondas o teu rosto do teu servo, porque estou angustiado; ouve-me depressa.

18. Aproxima-te da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.

19. Bem conheces a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários.

20. Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei.

21. Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre.

22. Torne-se a sua mesa diante dele em laço e, para sua inteira recompensa, em ruína.

23. Escureçam-se-lhes os olhos, para que não vejam, e faze com que os seus lombos tremam constantemente.

24. Derrama sobre eles a tua indignação, e prenda-os o ardor da tua ira.

25. Fique desolado o seu palácio; e não haja quem habite nas suas tendas.

26. Pois perseguem a quem afligiste e conversam sobre a dor daqueles a quem feriste.

27. Acrescenta iniqüidade à iniqüidade deles, e não entrem na tua justiça.

28. Sejam riscados do livro da vida e não sejam inscritos com os justos.

29. Eu, porém, estou aflito e triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro.

30. Louvarei o nome de Deus com cântico e engrandecê-lo-ei com ação de graças.

31. Isto será mais agradável ao SENHOR do que o boi ou bezerro que tem pontas e unhas.

32. Os mansos verão isto e se agradarão; o vosso coração viverá, pois que buscais a Deus.

33. Porque o SENHOR ouve os necessitados e não despreza os seus cativos.

34. Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.

35. Porque Deus salvará a Sião e edificará as cidades de Judá, para que habitem ali e a possuam.

36. E herdá-la-á a semente de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela.

1. Apressa-te, ó Deus, em me livrar; SENHOR, apressa-te em ajudar-me.

2. Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; tornem atrás e confundam-se os que me desejam mal.

3. Voltem as costas cobertos de vergonha os que dizem: Ah! Ah!

4. Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus.

5. Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus; tu és o meu auxílio e o meu libertador; SENHOR, não te detenhas!

1. Em ti, SENHOR, confio; nunca seja eu confundido.

2. Livra-me na tua justiça e faze que eu escape; inclina os teus ouvidos para mim e salva-me.

3. Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente; deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.

4. Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel,

5. pois tu és a minha esperança, SENHOR Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.

6. Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste do ventre de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente.

7. Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte.

8. Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia.

9. Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.

10. Porque os meus inimigos falam contra mim, e os que espiam a minha alma consultam juntos,

11. dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e prendei-o, pois não há quem o livre.

12. Ó Deus, não te alongues de mim; meu Deus, apressa-te em ajudar-me.

13. Sejam confundidos e consumidos os que são adversários da minha alma; cubram-se de opróbrio e de confusão aqueles que procuram o meu mal.

14. Mas eu esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais.

15. A minha boca relatará as bênçãos da tua justiça e da tua salvação todo o dia, posto que não conheça o seu número.

16. Sairei na força do SENHOR Deus; farei menção da tua justiça, e só dela.

17. Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas.

18. Agora, também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.

19. Também a tua justiça, ó Deus, está muito alta, pois fizeste grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?

20. Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me darás ainda a vida e me tirarás dos abismos da terra.

21. Aumentarás a minha grandeza e de novo me consolarás.

22. Também eu te louvarei com o saltério, bem como à tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei com a harpa, ó Santo de Israel.

23. Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma que tu remiste.

24. A minha língua falará da tua justiça todo o dia; pois estão confundidos e envergonhados aqueles que procuram o meu mal.

1. Ó Deus, dá ao rei os teus juízos e a tua justiça, ao filho do rei.

2. Ele julgará o teu povo com justiça e os teus pobres com juízo.

3. Os montes trarão paz ao povo, e os outeiros, justiça.

4. Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado e quebrantará o opressor.

5. Temer-te-ão enquanto durar o sol e a lua, de geração em geração.

6. Ele descerá como a chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que umedecem a terra.

7. Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.

8. Dominará de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra.

9. Aqueles que habitam no deserto se inclinarão ante ele, e os seus inimigos lamberão o pó.

10. Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Sebá oferecerão dons.

11. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão.

12. Porque ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.

13. Compadecer-se-á do pobre e do aflito e salvará a alma dos necessitados.

14. Libertará a sua alma do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dele.

15. E viverá, e se lhe dará do ouro de Sabá, e continuamente se fará por ele oração, e todos os dias o bendirão.

16. Haverá um punhado de trigo na terra sobre os cumes dos montes; o seu fruto se moverá como o Líbano, e os da cidade florescerão como a erva da terra.

17. O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar; e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.

18. Bendito seja o SENHOR Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas.

19. E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra da sua glória! Amém e amém!

20. Findam aqui as orações de Davi, filho de Jessé.

1. Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.

2. Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.

3. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.

4. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.

5. Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens.

6. Pelo que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de um adorno.

7. Os olhos deles estão inchados de gordura; superabundam as imaginações do seu coração.

8. São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogantemente.

9. Erguem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra.

10. Pelo que o seu povo volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem.

11. E dizem: Como o sabe Deus? Ou: Há conhecimento no Altíssimo?

12. Eis que estes são ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as riquezas.

13. Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência.

14. Pois todo o dia tenho sido afligido e castigado cada manhã.

15. Se eu dissesse: Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos.

16. Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado;

17. até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.

18. Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.

19. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.

20. Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.

21. Assim, o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins.

22. Assim, me embruteci e nada sabia; era como animal perante ti.

23. Todavia, estou de contínuo contigo; tu me seguraste pela mão direita.

24. Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória.

25. A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.

26. A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração e a minha porção para sempre.

27. Pois eis que os que se alongam de ti perecerão; tu tens destruído todos aqueles que, apostatando, se desviam de ti.

28. Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as tuas obras.

1. Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?

2. Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antiguidade; da tua herança que remiste, deste monte Sião, em que habitaste.

3. Levanta-te contra as perpétuas assolações, contra tudo o que o inimigo tem feito de mal no santuário.

4. Os teus inimigos bramam no meio dos lugares santos; põem neles as suas insígnias por sinais.

5. Parecem-se com o homem que avança com o seu machado através da espessura do arvoredo.

6. Eis que toda a obra entalhada quebram com machados e martelos.

7. Lançaram fogo ao teu santuário; profanaram, derribando-a até ao chão, a morada do teu nome.

8. Disseram no seu coração: Despojemo-los de uma vez. Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra.

9. Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta; nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará.

10. Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?

11. Por que retiras a tua mão, sim, a tua destra? Tira-a do teu seio e consome-os.

12. Todavia, Deus é o meu Rei desde a antiguidade, operando a salvação no meio da terra.

13. Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste a cabeça dos monstros das águas.

14. Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.

15. Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos.

16. Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol.

17. Estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno, tu os formaste.

18. Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao SENHOR, e que um povo louco blasfemou o teu nome.

19. Não entregues às feras a alma da tua pombinha; não te esqueças para sempre da vida dos teus aflitos.

20. Atenta para o teu concerto, pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade.

21. Oh! Não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.

22. Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia.

23. Não te esqueças dos gritos dos teus inimigos; o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente.

1. A ti, ó Deus, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome está perto, as tuas maravilhas o declaram.

2. Quando eu ocupar o lugar determinado, julgarei retamente.

3. Dissolve-se a terra e todos os seus moradores, mas eu fortaleci as suas colunas. ( Selá )

4. Disse eu aos loucos: não enlouqueçais; e aos ímpios: não levanteis a fronte;

5. não levanteis a fronte altiva, nem faleis com cerviz dura.

6. Porque nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do deserto vem a exaltação.

7. Mas Deus é o juiz; a um abate e a outro exalta.

8. Porque na mão do SENHOR há um cálice cujo vinho ferve, cheio de mistura, e dá a beber dele; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes.

9. Mas, quanto a mim, exultarei para sempre; cantarei louvores ao Deus de Jacó.

10. E quebrantarei todas as forças dos ímpios, mas as forças dos justos serão exaltadas.

1. Conhecido é Deus em Judá; grande é o seu nome em Israel.

2. E em Salém está o seu tabernáculo, e a sua morada, em Sião.

3. Ali quebrou as flechas do arco; o escudo, e a espada, e a guerra. ( Selá )

4. Tu és mais ilustre e glorioso do que os montes de presa.

5. Os que são ousados de coração foram despojados; dormiram o seu sono, e nenhum dos homens de força achou as próprias mãos.

6. À tua repreensão, ó Deus de Jacó, carros e cavalos são lançados num sono profundo.

7. Tu, tu és terrível! E quem subsistirá à tua vista, se te irares?

8. Desde os céus fizeste ouvir o teu juízo; a terra tremeu e se aquietou

9. quando Deus se levantou para julgar, para livrar a todos os mansos da terra. ( Selá )

10. Porque a cólera do homem redundará em teu louvor, e o restante da cólera, tu o restringirás.

11. Fazei votos e pagai ao SENHOR, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, àquele que é tremendo.

12. Ele ceifará o espírito dos príncipes: é tremendo para com os reis da terra.

1. Clamei a Deus com a minha voz; a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.

2. No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.

3. Lembrava-me de Deus e me perturbava; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. ( Selá )

4. Sustentaste os meus olhos vigilantes; estou tão perturbado, que não posso falar.

5. Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos passados.

6. De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito investigou:

7. Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?

8. Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa que veio de geração em geração?

9. Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira? ( Selá )

10. E eu disse: isto é enfermidade minha; e logo me lembrei dos anos da destra do Altíssimo.

11. Lembrar-me-ei, pois, das obras do SENHOR; certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.

12. Meditarei também em todas as tuas obras e falarei dos teus feitos.

13. O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Que deus é tão grande como o nosso Deus?

14. Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.

15. Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. ( Selá )

16. As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.

17. Grossas nuvens se desfizeram em água; os céus retumbaram; as tuas flechas correram de uma para outra parte.

18. A voz do teu trovão repercutiu-se nos ares; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.

19. Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas, pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram.

20. Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.

1. Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.

2. Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,

3. os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.

4. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez.

5. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos,

6. para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos;

7. para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos

8. e não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus.

9. Os filhos de Efraim, armados e trazendo arcos, retrocederam no dia da peleja.

10. Não guardaram o concerto de Deus e recusaram andar na sua lei.

11. E esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver,

12. maravilhas que ele fez à vista de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã.

13. Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como num montão.

14. De dia os guiou com uma nuvem, e toda a noite, com um clarão de fogo.

15. Fendeu as penhas no deserto e deu-lhes de beber como de grandes abismos.

16. Fez sair fontes da rocha e fez correr as águas como rios.

17. E ainda prosseguiram em pecar contra ele, provocando ao Altíssimo na solidão.

18. E tentaram a Deus no seu coração, pedindo carne para satisfazerem o seu apetite.

19. E falaram contra Deus e disseram: Poderá Deus, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto?

20. Eis que feriu a penha, e águas correram dela; rebentaram ribeiros em abundância; poderá também dar-nos pão ou preparar carne para o seu povo?

21. Pelo que o SENHOR os ouviu e se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel,

22. porquanto não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação,

23. posto que tivesse mandado às altas nuvens, e tivesse aberto as portas dos céus,

24. e fizesse chover sobre eles o maná para comerem, e lhes tivesse dado do trigo do céu.

25. Cada um comeu o pão dos poderosos; ele lhes mandou comida com abundância.

26. Fez soprar o vento do Oriente nos céus e trouxe o Sul com a sua força.

27. E choveu sobre eles carne como pó, e aves de asas como a areia do mar.

28. E as fez cair no meio do seu arraial, ao redor de suas habitações.

29. Então, comeram e se fartaram bem; pois lhes satisfez o desejo.

30. Não refrearam o seu apetite. Ainda lhes estava a comida na boca,

31. quando a ira de Deus desceu sobre eles, e matou os mais fortes deles, e feriu os escolhidos de Israel.

32. Com tudo isto, ainda pecaram e não deram crédito às suas maravilhas.

33. Pelo que consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos, na angústia.

34. Pondo-os ele à morte, então, o procuravam; e voltavam, e de madrugada buscavam a Deus.

35. E lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo, o seu Redentor.

36. Todavia, lisonjeavam-no com a boca e com a língua lhe mentiam.

37. Porque o seu coração não era reto para com ele, nem foram fiéis ao seu concerto.

38. Mas ele, que é misericordioso, perdoou a sua iniqüidade e não os destruiu; antes, muitas vezes desviou deles a sua cólera e não deixou despertar toda a sua ira,

39. porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta.

40. Quantas vezes o provocaram no deserto e o ofenderam na solidão!

41. Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e duvidaram do Santo de Israel.

42. Não se lembraram do poder da sua mão, nem do dia em que os livrou do adversário;

43. como operou os seus sinais no Egito e as suas maravilhas no campo de Zoã;

44. e converteu em sangue os seus rios e as suas correntes, para que não pudessem beber.

45. E lhes mandou enxames de moscas que os consumiram, e rãs que os destruíram.

46. Deu, também, ao pulgão a sua novidade, e o seu trabalho, aos gafanhotos.

47. Destruiu as suas vinhas com saraiva, e os seus sicômoros, com pedrisco.

48. Também entregou o seu gado à saraiva, e aos coriscos, os seus rebanhos.

49. E atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira: furor, indignação e angústia.

50. Abriu caminho à sua ira; não poupou a alma deles à morte, nem a vida deles à pestilência.

51. E feriu todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cam,

52. mas fez com que o seu povo saísse como ovelhas e os guiou pelo deserto, como a um rebanho.

53. E os guiou com segurança, e não temeram; mas o mar cobriu os seus inimigos.

54. E conduziu-os até ao limite do seu santuário, até este monte que a sua destra adquiriu,

55. e expulsou as nações de diante deles, e, dividindo suas terras, lhas deu por herança, e fez habitar em suas tendas as tribos de Israel.

56. Contudo, tentaram, e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus testemunhos.

57. Mas tornaram atrás e portaram-se aleivosamente como seus pais; viraram-se como um arco traiçoeiro,

58. pois lhe provocaram a ira com os seus altos e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura.

59. Deus ouviu isto e se indignou; e sobremodo aborreceu a Israel,

60. pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda que estabelecera como sua morada entre os homens,

61. e deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória, à mão do inimigo,

62. e entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança.

63. Aos seus jovens, consumiu-os o fogo, e as suas donzelas não tiveram festa nupcial.

64. Os seus sacerdotes caíram à espada, e suas viúvas não se lamentaram.

65. Então, o Senhor despertou como de um sono, como um valente que o vinho excitasse.

66. E feriu os seus adversários, que fugiram, e os pôs em perpétuo desprezo.

67. Além disto, rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim.

68. Antes, elegeu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava.

69. E edificou o seu santuário como aos lugares elevados, como a terra que fundou para sempre.

70. Também elegeu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas.

71. De após as ovelhas pejadas o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.

72. Assim, os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou com a perícia de suas mãos.

1. Ó Deus, as nações entraram na tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a montões de pedras.

2. Deram os cadáveres dos teus servos por comida às aves dos céus e a carne dos teus santos, às alimárias da terra.

3. Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os sepultasse.

4. Estamos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o escárnio e a zombaria dos que estão à roda de nós.

5. Até quando, SENHOR? Indignar-te-ás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo?

6. Derrama o teu furor sobre nações que te não conhecem e sobre os reinos que não invocam o teu nome.

7. Porque devoraram a Jacó e assolaram as suas moradas.

8. Não te lembres das nossas iniqüidades passadas; apressa-te e antecipem-se-nos as tuas misericórdias, pois estamos muito abatidos.

9. Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.

10. Por que diriam os gentios: Onde está o seu Deus? Torne-se manifesta entre as nações, à nossa vista, a vingança do sangue derramado dos teus servos.

11. Chegue à tua presença o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço, preserva aqueles que estão sentenciados à morte.

12. E aos nossos vizinhos, deita-lhes no regaço, setuplicadamente, a sua injúria com que te injuriaram, Senhor.

13. Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores.

1. Ó pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias a José como a um rebanho, que te assentas entre os querubins, resplandece.

2. Perante Efraim, Benjamim e Manassés, desperta o teu poder e vem salvar-nos.

3. Faze-nos voltar, ó Deus; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos.

4. Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo?

5. Tu os sustentas com pão de lágrimas e lhes dás a beber lágrimas em abundância.

6. Tu nos pões por objeto de contenção entre os nossos vizinhos; e os nossos inimigos zombam de nós entre si.

7. Faze-nos voltar, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos.

8. Trouxeste uma vinha do Egito; lançaste fora as nações e a plantaste.

9. Preparaste-lhe lugar, e fizeste com que ela aprofundasse raízes; e, assim, encheu a terra.

10. Os montes cobriram-se com a sua sombra, e como os cedros de Deus se tornaram os seus ramos.

11. Ela estendeu a sua ramagem até ao mar, e os seus ramos, até ao rio.

12. Por que quebraste, então, os seus valados, de modo que todos os que passam por ela a vindimam?

13. O javali da selva a devasta, e as feras do campo a devoram.

14. Oh! Deus dos Exércitos, volta-te, nós te rogamos, atende dos céus, e vê, e visita esta vinha,

15. e a videira que a tua destra plantou, e o sarmento que fortificaste para ti!

16. Está queimada pelo fogo, está cortada; pereceu pela repreensão da tua face.

17. Seja a tua mão sobre o varão da tua destra, sobre o filho do homem, que fortificaste para ti.

18. Deste modo, não nos iremos de após ti; guarda-nos em vida, e invocaremos o teu nome.

19. Faze-nos voltar, SENHOR, Deus dos Exércitos; faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos.

1. Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; celebrai o Deus de Jacó.

2. Tomai o saltério e trazei o adufe, a harpa suave e o alaúde.

3. Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, no tempo marcado para a nossa solenidade.

4. Porque isto é um estatuto para Israel, e uma ordenança do Deus de Jacó.

5. Ordenou-o em José por testemunho, quando saíra contra a terra do Egito, onde ouvi uma língua que não entendia.

6. Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos ficaram livres dos cestos.

7. Clamaste na angústia, e te livrei; respondi-te do lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá. ( Selá )

8. Ouve-me, povo meu, e eu te admoestarei. Ah! Israel, se me ouvisses!

9. Não haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho.

10. Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei.

11. Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis.

12. Pelo que eu os entreguei aos desejos do seu coração, e andaram segundo os seus próprios conselhos.

13. Ah! Se o meu povo me tivesse ouvido! Se Israel andasse nos meus caminhos!

14. Em breve eu abateria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra os seus adversários.

15. Os que aborrecem ao SENHOR ter-se-lhe-iam sujeitado, e o tempo dele seria eterno.

16. E eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel saído da rocha.

1. Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.

2. Até quando julgareis injustamente e respeitareis a aparência da pessoa dos ímpios? ( Selá )

3. Defendei o pobre e o órfão; fazei justiça ao aflito e necessitado.

4. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.

5. Eles nada sabem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.

6. Eu disse: Vós sois deuses, e vós outros sois todos filhos do Altíssimo.

7. Todavia, como homens morrereis e caireis como qualquer dos príncipes.

8. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois te pertencem todas as nações!

1. Ó Deus, não estejas em silêncio! Não cerres os ouvidos nem fiques impassível, ó Deus!

2. Porque eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te aborrecem levantaram a cabeça.

3. Astutamente formam conselho contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos.

4. Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel.

5. Porque à uma se conluiaram; aliaram-se contra ti:

6. As tendas de Edom, dos ismaelitas, de Moabe, dos agarenos,

7. de Gebal, de Amom, de Amaleque e a Filístia com os moradores de Tiro.

8. Também a Assíria se ligou a eles; foram eles o braço dos filhos de Ló. ( Selá )

9. Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom,

10. os quais foram destruídos em En-Dor; vieram a servir de estrume para a terra.

11. Faze aos seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; e a todos os seus príncipes como a Zeba e como a Zalmuna,

12. que disseram: Tomemos para nós, em possessão hereditária, as famosas habitações de Deus.

13. Deus meu, faze-os como que impelidos por um tufão, como a palha diante do vento.

14. Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas,

15. assim persegue-os com a tua tempestade e assombra-os com o teu torvelinho.

16. Encham-se de vergonha as suas faces, para que busquem o teu nome, SENHOR.

17. Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se e pereçam.

18. Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de JEOVÁ, és o Altíssimo sobre toda a terra.

1. Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!

2. A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.

3. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.

4. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. ( Selá )

5. Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados,

6. o qual, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques.

7. Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus.

8. SENHOR, Deus dos Exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó! ( Selá )

9. Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.

10. Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

11. Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.

12. SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.

1. Abençoaste, SENHOR, a tua terra; fizeste regressar os cativos de Jacó.

2. Perdoaste a iniqüidade do teu povo; cobriste todos os seus pecados. ( Selá )

3. Fizeste cessar toda a tua indignação; desviaste-te do ardor da tua ira.

4. Torna-nos a trazer, ó Deus da nossa salvação, e retira de sobre nós a tua ira.

5. Estarás para sempre irado contra nós? Estenderás a tua ira a todas as gerações?

6. Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti?

7. Mostra-nos, SENHOR, a tua misericórdia e concede-nos a tua salvação.

8. Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser; porque falará de paz ao seu povo e aos seus santos, contanto que não voltem à loucura.

9. Certamente que a salvação está perto daqueles que o temem, para que a glória habite em nossa terra.

10. A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.

11. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus.

12. Também o SENHOR dará o bem, e a nossa terra dará o seu fruto.

13. A justiça irá adiante dele, e ele nos fará andar no caminho aberto pelos seus passos.

1. Inclina, SENHOR, os teus ouvidos e ouve-me, porque estou necessitado e aflito.

2. Guarda a minha alma, pois sou santo; ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia.

3. Tem misericórdia de mim, ó Senhor, pois a ti clamo todo o dia.

4. Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, levanto a minha alma.

5. Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.

6. Dá ouvidos, SENHOR, à minha oração e atende à voz das minhas súplicas.

7. No dia da minha angústia, clamarei a ti, porquanto me respondes.

8. Entre os deuses não há semelhante a ti, Senhor, nem há obras como as tuas.

9. Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão perante a tua face, Senhor, e glorificarão o teu nome.

10. Porque tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus.

11. Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.

12. Louvar-te-ei, Senhor, Deus meu, com todo o meu coração e glorificarei o teu nome para sempre.

13. Pois grande é a tua misericórdia para comigo; e livraste a minha alma do mais profundo da sepultura.

14. Ó Deus, os soberbos se levantaram contra mim, e as assembléias dos tiranos procuraram a minha morte; e não te puseram perante os seus olhos.

15. Mas tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, e sofredor, e grande em benignidade e em verdade.

16. Volta-te para mim e tem misericórdia de mim; dá a tua fortaleza ao teu servo e salva ao filho da tua serva.

17. Mostra-me um sinal para bem, para que o vejam aqueles que me aborrecem e se confundam, quando tu, SENHOR, me ajudares e consolares.

1. O seu fundamento está nos montes santos.

2. O SENHOR ama as portas de Sião mais do que todas as habitações de Jacó.

3. Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus. ( Selá )

4. Dentre os que me conhecem, farei menção de Raabe e de Babilônia; eis que da Filístia, e de Tiro, e da Etiópia, se dirá: Este é nascido ali.

5. E de Sião se dirá: Este e aquele nasceram ali; e o mesmo Altíssimo a estabelecerá.

6. O SENHOR, ao fazer descrição dos povos, dirá: Este é nascido ali. ( Selá )

7. E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão: Todas as minhas fontes estão em ti.

1. SENHOR, Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.

2. Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor.

3. Porque a minha alma está cheia de angústias, e a minha vida se aproxima da sepultura.

4. Já estou contado com os que descem à cova; estou como um homem sem forças,

5. posto entre os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais; antes, os exclui a tua mão.

6. Puseste-me no mais profundo do abismo, em trevas e nas profundezas.

7. Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas. ( Selá )

8. Alongaste de mim os meus conhecidos e fizeste-me em extremo abominável para eles; estou fechado e não posso sair.

9. A minha vista desmaia por causa da aflição. SENHOR, tenho clamado a ti todo o dia, tenho estendido para ti as minhas mãos.

10. Mostrarás tu maravilhas aos mortos, ou os mortos se levantarão e te louvarão? ( Selá )

11. Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade na perdição?

12. Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua justiça na terra do esquecimento?

13. Eu, porém, SENHOR, clamo a ti, e de madrugada te envio a minha oração.

14. SENHOR, por que rejeitas a minha alma? Por que escondes de mim a tua face?

15. Estou aflito e prestes a morrer, desde a minha mocidade; quando sofro os teus terrores, fico perturbado.

16. A tua ardente indignação sobre mim vai passando; os teus terrores fazem-me perecer.

17. Como águas me rodeiam todo o dia; cercam-me todos juntos.

18. Afastaste para longe de mim amigos e companheiros; os meus íntimos amigos agora são trevas.

1. As benignidades do SENHOR cantarei perpetuamente; com a minha boca manifestarei a tua fidelidade de geração em geração.

2. Pois disse eu: a tua benignidade será edificada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo:

3. Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:

4. a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração. ( Selá )

5. E os céus louvarão as tuas maravilhas, ó SENHOR, e a tua fidelidade também na assembléia dos santos.

6. Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem é semelhante ao SENHOR entre os filhos dos poderosos?

7. Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam.

8. Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é forte como tu, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?!

9. Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar.

10. Tu quebrantaste a Raabe como se fora ferida de morte; espalhaste os teus inimigos com o teu braço poderoso.

11. Teus são os céus e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.

12. O Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome.

13. Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e elevada, a tua destra.

14. Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto.

15. Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo; andará, ó SENHOR, na luz da tua face.

16. Em teu nome se alegrará todo o dia e na tua justiça se exaltará.

17. Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder.

18. Porque o SENHOR é a nossa defesa, e o Santo de Israel, o nosso Rei.

19. Então, em visão falaste do teu santo e disseste: Socorri um que é esforçado; exaltei a um eleito do povo.

20. Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi;

21. com ele, a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá.

22. O inimigo não o importunará, nem o filho da perversidade o afligirá.

23. E eu derribarei os seus inimigos perante a sua face e ferirei os que o aborrecem.

24. E a minha fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será exaltado o seu poder.

25. E porei a sua mão no mar e a sua direita, nos rios.

26. Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.

27. Também por isso lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra.

28. A minha benignidade lhe guardarei para sempre, e o meu concerto lhe será firme.

29. E conservarei para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu.

30. Se os seus filhos deixarem a minha lei e não andarem nos meus juízos,

31. se profanarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos,

32. então, visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniqüidade, com açoites.

33. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade.

34. Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.

35. Uma vez jurei por minha santidade ( não mentirei a Davi ).

36. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim;

37. será estabelecido para sempre como a lua; e a testemunha no céu é fiel. ( Selá )

38. Mas tu rejeitaste e aborreceste; tu te indignaste contra o teu ungido.

39. Abominaste o concerto do teu servo; profanaste a sua coroa, lançando-a por terra.

40. Derribaste todos os seus muros; arruinaste as suas fortificações.

41. Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se ele o opróbrio dos seus vizinhos.

42. Exaltaste a destra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem.

43. Também embotaste o fio da sua espada e não o sustentaste na peleja.

44. Fizeste cessar o seu esplendor e deitaste por terra o seu trono.

45. Abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha. ( Selá )

46. Até quando, SENHOR? Esconder-te-ás para sempre? Arderá a tua ira como fogo?

47. Lembra-te de quão breves são os meus dias; por que criarias debalde todos os filhos dos homens?

48. Que homem há, que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma do poder do mundo invisível? ( Selá )

49. Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi pela tua verdade?

50. Lembra-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito o escárnio de todos os povos poderosos,

51. com o qual, SENHOR, os teus inimigos têm difamado, com o qual têm difamado as pisadas do teu ungido.

52. Bendito seja o SENHOR para sempre! Amém e amém!

1. SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.

2. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.

3. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Volvei, filhos dos homens.

4. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.

5. Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada;

6. de madrugada, cresce e floresce; à tarde, corta-se e seca.

7. Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.

8. Diante de ti puseste as nossas iniqüidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.

9. Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro.

10. A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.

11. Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido?

12. Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio.

13. Volta-te para nós, SENHOR; até quando? E aplaca-te para com os teus servos.

14. Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias.

15. Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.

16. Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória, sobre seus filhos.

17. E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.

1. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

2. Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.

3. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.

4. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro; a sua verdade é escudo e broquel.

5. Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia,

6. nem peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia.

7. Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido.

8. Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios.

9. Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio! O Altíssimo é a tua habitação.

10. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.

11. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.

12. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.

13. Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.

14. Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome.

15. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei.

16. Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação.

1. Bom é louvar ao SENHOR e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo,

2. para de manhã anunciar a tua benignidade e, todas as noites, a tua fidelidade,

3. sobre um instrumento de dez cordas e sobre o saltério; sobre a harpa com som solene.

4. Pois tu, SENHOR, me alegraste com os teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos.

5. Quão grandes são, SENHOR, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos!

6. O homem brutal nada sabe, e o louco não entende isto.

7. Brotam os ímpios como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, mas para serem destruídos para sempre.

8. Mas tu, SENHOR, és o Altíssimo para sempre.

9. Pois eis que os teus inimigos, SENHOR, eis que os teus inimigos perecerão; serão dispersos todos os que praticam a iniqüidade.

10. Mas tu exaltarás o meu poder, como o do unicórnio: serei ungido com óleo fresco.

11. Os meus olhos verão cumprido o meu desejo sobre os meus inimigos, e os meus ouvidos dele se certificarão quanto aos malfeitores que se levantam contra mim.

12. O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano.

13. Os que estão plantados na Casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus.

14. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes,

15. para anunciarem que o SENHOR é reto; ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.

1. O SENHOR reina; está vestido de majestade; o SENHOR se revestiu e cingiu de fortaleza; o mundo também está firmado e não poderá vacilar.

2. O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade.

3. Os rios levantam, ó SENHOR, os rios levantam o seu ruído, os rios levantam as suas ondas.

4. Mas o SENHOR nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas e do que as grandes ondas do mar.

5. Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, SENHOR, para sempre.

1. Ó SENHOR Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente!

2. Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá o pago aos soberbos.

3. Até quando os ímpios, SENHOR, até quando os ímpios saltarão de prazer?

4. Até quando proferirão e dirão coisas duras e se gloriarão todos os que praticam a iniqüidade?

5. Reduzem a pedaços o teu povo, SENHOR, e afligem a tua herança.

6. Matam a viúva e o estrangeiro e ao órfão tiram a vida.

7. E dizem: O SENHOR não o verá; nem para isso atentará o Deus de Jacó.

8. Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, loucos, quando sereis sábios?

9. Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?

10. Aquele que argúi as nações, não castigará? E o que dá ao homem o conhecimento, não saberá?

11. O SENHOR conhece os pensamentos do homem, que são vaidade.

12. Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó SENHOR, e a quem ensinas a tua lei,

13. para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio.

14. Pois o SENHOR não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança.

15. Mas o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração.

16. Quem será por mim contra os malfeitores? Quem se porá ao meu lado contra os que praticam a iniqüidade?

17. Se o SENHOR não fora em meu auxílio, já a minha alma habitaria no lugar do silêncio.

18. Quando eu disse: O meu pé vacila; a tua benignidade, SENHOR, me susteve.

19. Multiplicando-se dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações reanimaram a minha alma.

20. Podia, acaso, associar-se contigo o trono de iniqüidade, que forja o mal tendo por pretexto uma lei?

21. Acorrem em tropel contra a vida do justo e condenam o sangue inocente.

22. Mas o SENHOR foi o meu alto retiro; e o meu Deus, a rocha em que me refugiei.

23. E fará recair sobre eles a sua própria iniqüidade; e os destruirá na sua própria malícia; o SENHOR, nosso Deus, os destruirá.

1. Vinde, cantemos ao SENHOR! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação!

2. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos.

3. Porque o SENHOR é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses.

4. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.

5. Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.

6. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.

7. Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz,

8. não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto,

9. quando vossos pais me tentaram; provaram-me e viram a minha obra.

10. Quarenta anos estive desgostado com esta geração e disse: é um povo que erra de coração e não tem conhecimento dos meus caminhos.

11. Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.

1. Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todos os moradores da terra.

2. Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia.

3. Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos, as suas maravilhas.

4. Porque grande é o SENHOR e digno de louvor, mais tremendo do que todos os deuses.

5. Porque todos os deuses dos povos são coisas vãs; mas o SENHOR fez os céus.

6. Glória e majestade estão ante a sua face; força e formosura, no seu santuário.

7. Dai ao SENHOR, ó famílias dos povos, dai ao SENHOR glória e força.

8. Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios.

9. Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra.

10. Dizei entre as nações: O SENHOR reina! O mundo também se firmará para que se não abale. Ele julgará os povos com retidão.

11. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra: brame o mar e a sua plenitude.

12. Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então, se regozijarão todas as árvores do bosque,

13. ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua verdade.

1. O SENHOR reina. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas.

2. Nuvens e obscuridade estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.

3. Adiante dele vai um fogo que abrasa os seus inimigos em redor.

4. Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra viu e tremeu.

5. Os montes se derretem como cera na presença do SENHOR, na presença do Senhor de toda a terra.

6. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória.

7. Confundidos sejam todos os que servem a imagens de escultura, que se gloriam de ídolos inúteis; prostrai-vos diante dele todos os deuses.

8. Sião ouviu e se alegrou; e os filhos de Judá se alegraram por causa da tua justiça, ó SENHOR.

9. Pois tu, SENHOR, és o Altíssimo em toda a terra; muito mais elevado que todos os deuses.

10. Vós que amais ao SENHOR, aborrecei o mal; ele guarda a alma dos seus santos, ele os livra das mãos dos ímpios.

11. A luz semeia-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração.

12. Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e dai louvores em memória da sua santidade.

1. Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória.

2. O SENHOR fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos das nações.

3. Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus.

4. Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os moradores da terra; dai brados de alegria, regozijai-vos e cantai louvores.

5. Cantai louvores ao SENHOR com a harpa; com a harpa e a voz do canto.

6. Com trombetas e som de buzinas, exultai perante a face do SENHOR, do Rei.

7. Brame o mar e a sua plenitude; o mundo e os que nele habitam.

8. Os rios batam palmas; regozijem-se também as montanhas,

9. perante a face do SENHOR, porque vem a julgar a terra; com justiça julgará o mundo e o povo, com eqüidade.

1. O SENHOR reina; tremam as nações. Ele está entronizado entre os querubins; comova-se a terra.

2. O SENHOR é grande em Sião e mais elevado que todas as nações.

3. Louvem o teu nome, grande e tremendo, pois é santo.

4. E a força do Rei ama o juízo; tu firmas a eqüidade, fazes juízo e justiça em Jacó.

5. Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, porque ele é santo.

6. Moisés e Arão, entre os seus sacerdotes, e Samuel, entre os que invocam o seu nome, clamavam ao SENHOR, e ele os ouvia.

7. Na coluna de nuvem lhes falava; eles guardavam os seus testemunhos e os estatutos que lhes dera.

8. Tu os escutaste, SENHOR, nosso Deus; tu foste um Deus que lhes perdoaste, posto que vingador dos seus feitos.

9. Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e adorai-o no seu santo monte, porque o SENHOR, nosso Deus, é santo.

1. Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os moradores da terra.

2. Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a ele com canto.

3. Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.

4. Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.

5. Porque o SENHOR é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.

1. Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, SENHOR, cantarei.

2. Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.

3. Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará.

4. Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau.

5. Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei.

6. Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.

7. O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.

8. Pela manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do SENHOR todos os que praticam a iniquidade.

1. SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.

2. Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia; inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.

3. Porque os meus dias se consomem como fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.

4. O meu coração está ferido e seco como a erva, pelo que até me esqueço de comer o meu pão.

5. Já os meus ossos se pegam à minha pele, em virtude do meu gemer doloroso.

6. Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um mocho nas solidões.

7. Velo e sou como o pardal solitário no telhado.

8. Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que contra mim se enfurecem me amaldiçoam.

9. Pois tenho comido cinza como pão e misturado com lágrimas a minha bebida,

10. por causa da tua ira e da tua indignação, pois tu me levantaste e me arremessaste.

11. Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando.

12. Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, e a tua memória, de geração em geração.

13. Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois o tempo de te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou.

14. Porque os teus servos têm prazer nas suas pedras e se compadecem do seu pó.

15. Então, as nações temerão o nome do SENHOR, e todos os reis da terra, a sua glória,

16. quando o SENHOR edificar a Sião, e na sua glória se manifestar,

17. e atender à oração do desamparado, e não desprezar a sua oração.

18. Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao SENHOR,

19. porquanto olhara desde o alto do seu santuário; desde os céus, o SENHOR observou a terra,

20. para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte;

21. a fim de que seja anunciado o nome do SENHOR em Sião, e o seu louvor, em Jerusalém,

22. quando os povos todos se congregarem, e os reinos, para servirem ao SENHOR.

23. Abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias.

24. Dizia eu: Deus meu, não me leves no meio dos meus dias, tu, cujos anos alcançam todas as gerações.

25. Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.

26. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.

27. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.

28. Os filhos dos teus servos continuarão, e a sua descendência ficará firmada perante ti.

1. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.

2. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.

3. É ele que perdoa todas as tuas iniqüidades e sara todas as tuas enfermidades;

4. quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia;

5. quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia.

6. O SENHOR faz justiça e juízo a todos os oprimidos.

7. Fez notórios os seus caminhos a Moisés e os seus feitos, aos filhos de Israel.

8. Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade.

9. Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira.

10. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniqüidades.

11. Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.

12. Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.

13. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.

14. Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.

15. Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce;

16. pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais.

17. Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;

18. sobre aqueles que guardam o seu concerto, e sobre os que se lembram dos seus mandamentos para os cumprirem.

19. O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.

20. Bendizei ao SENHOR, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra.

21. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que executais o seu beneplácito.

22. Bendizei ao SENHOR, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR.

1. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR, Deus meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade.

2. Ele cobre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma cortina.

3. Põe nas águas os vigamentos das suas câmaras, faz das nuvens o seu carro e anda sobre as asas do vento.

4. Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros, um fogo abrasador.

5. Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum.

6. Tu a cobriste com o abismo, como com uma veste; as águas estavam sobre os montes;

7. à tua repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se apressaram.

8. Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste.

9. Limite lhes traçaste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra.

10. Tu, que nos vales fazes rebentar nascentes que correm entre os montes.

11. Dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos monteses matam com elas a sua sede.

12. Junto delas habitam as aves do céu, cantando entre os ramos.

13. Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.

14. Ele faz crescer a erva para os animais e a verdura, para o serviço do homem, para que tire da terra o alimento

15. e o vinho que alegra o seu coração; ele faz reluzir o seu rosto com o azeite e o pão, que fortalece o seu coração.

16. Satisfazem-se as árvores do SENHOR, os cedros do Líbano que ele plantou,

17. onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.

18. Os altos montes são um refúgio para as cabras monteses, e as rochas, para os coelhos.

19. Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso.

20. Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva.

21. Os leõezinhos bramam pela presa e de Deus buscam o seu sustento.

22. Nasce o sol e logo se recolhem e se deitam nos seus covis.

23. Então, sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até à tarde.

24. Ó SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.

25. Tal é este vasto e espaçoso mar, onde se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes.

26. Ali passam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar.

27. Todos esperam de ti que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno.

28. Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e enchem-se de bens.

29. Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem e voltam ao próprio pó.

30. Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.

31. A glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!

32. Olhando ele para a terra, ela treme; tocando nos montes, logo fumegam.

33. Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto existir.

34. A minha meditação a seu respeito será suave; eu me alegrarei no SENHOR.

35. Desapareçam da terra os pecadores, e os ímpios não sejam mais. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.

1. Louvai ao SENHOR e invocai o seu nome; fazei conhecidas as suas obras entre os povos.

2. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; falai de todas as suas maravilhas.

3. Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao SENHOR.

4. Buscai ao SENHOR e a sua força; buscai a sua face continuamente.

5. Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca,

6. vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.

7. Ele é o SENHOR, nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra.

8. Lembra-se perpetuamente do seu concerto, da palavra que mandou, até milhares de gerações;

9. do concerto que fez com Abraão e do seu juramento a Isaque,

10. o qual ele confirmou a Jacó por estatuto e a Israel por concerto eterno,

11. dizendo: A ti darei a terra de Canaã por limite da vossa herança.

12. Quando eram ainda poucos homens, sim, muito poucos, e estrangeiros nela;

13. quando andavam de nação em nação e de um reino para outro povo,

14. não permitiu a ninguém que os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo:

15. Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas.

16. Chamou a fome sobre a terra; fez mirrar toda a planta do pão.

17. Mandou adiante deles um varão, que foi vendido por escravo: José,

18. cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros,

19. até ao tempo em que chegou a sua palavra; a palavra do SENHOR o provou.

20. Mandou o rei e o fez soltar; o dominador dos povos o soltou.

21. Fê-lo senhor da sua casa e governador de toda a sua fazenda

22. para, a seu gosto, sujeitar os seus príncipes e instruir os seus anciãos.

23. Então, Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cam.

24. E ele multiplicou sobremodo o seu povo e o fez mais poderoso do que os seus inimigos.

25. Mudou o coração deles para que aborrecessem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos.

26. Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera.

27. Fizeram entre eles os seus sinais e prodígios na terra de Cam.

28. Mandou às trevas que a escurecessem; e elas não foram rebeldes à sua palavra.

29. Converteu as suas águas em sangue e assim fez morrer os peixes.

30. A sua terra produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis.

31. Falou ele, e vieram enxames de moscas e piolhos em todo o seu território.

32. Converteu as suas chuvas em saraiva e fogo abrasador, na sua terra.

33. Feriu as suas vinhas e os seus figueirais e quebrou as árvores dos seus termos.

34. Falou ele, e vieram gafanhotos e pulgão em quantidade inumerável,

35. e comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto dos seus campos.

36. Feriu também a todos os primogênitos da sua terra, as primícias de todas as suas forças.

37. Mas, a eles, os fez sair com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só enfermo.

38. O Egito alegrou-se quando eles saíram, porque o seu temor caíra sobre eles.

39. Estendeu uma nuvem por coberta e um fogo, para os alumiar de noite.

40. Oraram, e ele fez vir codornizes e saciou-os com pão do céu.

41. Abriu a penha, e dela brotaram águas, que correram pelos lugares secos, como um rio.

42. Porque se lembrou da sua santa palavra e de Abraão, seu servo.

43. E tirou dali o seu povo com alegria e, os seus escolhidos, com regozijo.

44. E deu-lhes as terras das nações, e herdaram o trabalho dos povos,

45. para que guardassem os seus preceitos e observassem as suas leis. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR! Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre.

2. Quem pode referir as obras poderosas do SENHOR? Quem anunciará os seus louvores?

3. Bem-aventurados os que observam o direito, o que pratica a justiça em todos os tempos.

4. Lembra-te de mim, SENHOR, segundo a tua boa vontade para com o teu povo; visita-me com a tua salvação,

5. para que eu veja o bem de teus escolhidos, para que eu me alegre com a alegria do teu povo, para que me regozije com a tua herança.

6. Nós pecamos como os nossos pais; cometemos iniqüidade, andamos perversamente.

7. Nossos pais não atentaram para as tuas maravilhas no Egito; não se lembraram da multidão das tuas misericórdias; antes, foram rebeldes junto ao mar, sim, o mar Vermelho.

8. Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder.

9. Repreendeu o mar Vermelho, e este se secou, e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto.

10. E livrou-os da mão daquele que os aborrecia e remiu-os da mão do inimigo.

11. As águas cobriram os seus adversários; nem um só deles ficou.

12. Então, creram nas suas palavras e cantaram os seus louvores.

13. Cedo, porém, se esqueceram das suas obras; não esperaram o seu conselho;

14. mas deixaram-se levar da cobiça, no deserto, e tentaram a Deus na solidão.

15. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a sua alma.

16. E tiveram inveja de Moisés, no acampamento, e de Arão, o santo do SENHOR.

17. Abriu-se a terra, e engoliu a Datã, e cobriu a gente de Abirão.

18. E lavrou um fogo na sua gente; a chama abrasou os ímpios.

19. Fizeram um bezerro em Horebe e adoraram a imagem fundida.

20. E converteram a sua glória na figura de um boi que come erva.

21. Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que fizera grandes coisas no Egito,

22. maravilhas na terra de Cam, coisas tremendas no mar Vermelho.

23. Pelo que disse que os teria destruído se Moisés, seu escolhido, se não pusera perante ele, naquele transe, para desviar a sua indignação, a fim de os não destruir.

24. Também desprezaram a terra aprazível; não creram na sua palavra.

25. Antes, murmuraram em suas tendas e não deram ouvidos à voz do SENHOR.

26. Pelo que levantou a mão contra eles, afirmando que os faria cair no deserto;

27. que humilharia também a sua descendência entre as nações e os espalharia pelas terras.

28. Também se juntaram com Baal-Peor e comeram os sacrifícios dos mortos.

29. Assim, o provocaram à ira com as suas ações; e a peste rebentou entre eles.

30. Então, se levantou Finéias, que executou o juízo, e cessou aquela peste,

31. e isto lhe foi imputado por justiça, de geração em geração, para sempre.

32. Indignaram-no também junto às águas da contenda, de sorte que sucedeu mal a Moisés, por causa deles;

33. porque irritaram o seu espírito, de modo que falou imprudentemente com seus lábios.

34. Não destruíram os povos, como o SENHOR lhes dissera.

35. Antes, se misturaram com as nações e aprenderam as suas obras.

36. E serviram os seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço.

37. Demais disto, sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios;

38. e derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas, que sacrificaram aos ídolos de Canaã, e a terra foi manchada com sangue.

39. Assim, se contaminaram com as suas obras e se corromperam com os seus feitos.

40. Pelo que se acendeu a ira do SENHOR contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança

41. e os entregou nas mãos das nações; e aqueles que os aborreciam se assenhorearam deles.

42. E os seus inimigos os oprimiram, humilhando-os debaixo das suas mãos.

43. Muitas vezes os livrou; mas eles provocaram-no com o seu conselho e foram abatidos pela sua iniqüidade.

44. Contudo, atentou para a sua aflição, ouvindo o seu clamor.

45. E lembrou-se do seu concerto, e compadeceu-se, segundo a multidão das suas misericórdias.

46. Por isso, fez com que deles tivessem misericórdia os que os levaram cativos.

47. Salva-nos, SENHOR, nosso Deus, e congrega-nos dentre as nações, para que louvemos o teu nome santo e nos gloriemos no teu louvor.

48. Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, de eternidade em eternidade, e todo o povo diga: Amém! Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre.

2. Digam-no os remidos do SENHOR, os que remiu da mão do inimigo

3. e os que congregou das terras do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul.

4. Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade que habitassem.

5. Famintos e sedentos, a sua alma neles desfalecia.

6. E clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas necessidades.

7. E os levou por caminho direito, para irem à cidade que deviam habitar.

8. Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

9. Pois fartou a alma sedenta e encheu de bens a alma faminta,

10. tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em aflição e em ferro.

11. Como se rebelaram contra as palavras de Deus e desprezaram o conselho do Altíssimo,

12. eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse.

13. Então, clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas necessidades.

14. Tirou-os das trevas e sombra da morte e quebrou as suas prisões.

15. Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

16. Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou os ferrolhos de ferro.

17. Os loucos, por causa do seu caminho de transgressão e por causa das suas iniqüidades, são afligidos.

18. A sua alma aborreceu toda comida, e chegaram até às portas da morte.

19. Então, clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas necessidades.

20. Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da sua destruição.

21. Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

22. E ofereçam sacrifícios de louvor e relatem as suas obras com regozijo!

23. Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas,

24. esses vêem as obras do SENHOR e as suas maravilhas no profundo.

25. Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso, que eleva as suas ondas.

26. Sobem aos céus, descem aos abismos, e a sua alma se derrete em angústias.

27. Andam e cambaleiam como ébrios, e esvai-se-lhes toda a sua sabedoria.

28. Então, clamam ao SENHOR na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias.

29. Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as ondas.

30. Então, se alegram com a bonança; e ele, assim, os leva ao porto desejado.

31. Louvem ao SENHOR pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

32. Exaltem-no na congregação do povo e glorifiquem-no na assembléia dos anciãos!

33. Ele converte rios em desertos; nascentes, em terra sedenta;

34. a terra frutífera, em terreno salgado, pela maldade dos que nela habitam.

35. Converte o deserto em lagos e a terra seca, em nascentes.

36. E faz habitar ali os famintos, que edificam cidade para sua residência,

37. e semeiam campos, e plantam vinhas, que produzem fruto abundante.

38. E ele os abençoa, de modo que se multiplicam muito; e o seu gado não diminui.

39. Mas outra vez decrescem e são abatidos, pela opressão, aflição e tristeza.

40. Derrama o desprezo sobre os príncipes e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho.

41. Mas ele levanta da opressão o necessitado, para um alto retiro, e multiplica as famílias como rebanhos.

42. Os retos vêem isto e alegram-se, mas todos os iníquos fecham a boca.

43. Quem é sábio observe estas coisas e considere atentamente as benignidades do SENHOR.

1. Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei e salmodiarei com toda a minha alma.

2. Despertai, saltério e harpa! Eu despertarei ao romper da alva.

3. Louvar-te-ei entre os povos, SENHOR, e a ti cantarei salmos entre as nações.

4. Porque a tua benignidade se eleva acima dos céus, e a tua verdade ultrapassa as mais altas nuvens.

5. Exalta-te sobre os céus, ó Deus, e a tua glória sobre toda a terra,

6. para que sejam livres os teus amados; salva-nos com a tua destra e ouve-nos.

7. Deus falou no seu santuário: Eu me regozijarei; repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote.

8. Meu é Galaade, meu é Manassés; Efraim é a força da minha cabeça; Judá, o meu legislador.

9. Moabe, a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia jubilarei.

10. Quem me levará à cidade forte? Quem me guiará até Edom?

11. Porventura, não serás tu, ó Deus, que nos rejeitaste? E não sairás, ó Deus, com os nossos exércitos?

12. Dá-nos auxílio para sairmos da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem.

13. Em Deus faremos proezas, pois ele calcará aos pés os nossos inimigos.

1. Ó Deus do meu louvor, não te cales!

2. Pois a boca do ímpio e a boca fraudulenta estão abertas contra mim; têm falado contra mim com uma língua mentirosa.

3. Eles me cercaram com palavras odiosas e pelejaram contra mim sem causa.

4. Em paga do meu amor, são meus adversários; mas eu faço oração.

5. Deram-me mal pelo bem e ódio pelo meu amor.

6. Põe acima do meu inimigo um ímpio, e Satanás esteja à sua direita.

7. Quando for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração.

8. Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício.

9. Sejam órfãos os seus filhos, e viúva, sua mulher.

10. Sejam errantes e mendigos os seus filhos e busquem o seu pão longe da sua habitação assolada.

11. Lance o credor mão de tudo quanto tenha, e despojem-no os estranhos do seu trabalho.

12. Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem favoreça os seus órfãos.

13. Desapareça a sua posteridade, e o seu nome seja apagado na seguinte geração.

14. Esteja na memória do SENHOR a iniqüidade de seus pais, e não se apague o pecado de sua mãe.

15. Antes, estejam sempre perante o SENHOR, para que faça desaparecer a sua memória da terra.

16. Porquanto se não lembrou de usar de misericórdia; antes, perseguiu o varão aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para o matar.

17. Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha; e pois que não desejou a bênção, ela se afaste dele.

18. Assim como se vestiu de maldição tal como de uma veste, assim penetre ela nas suas entranhas como água e em seus ossos como azeite.

19. Seja para ele como a veste que o cobre e como cinto que o cinja sempre.

20. Seja este, da parte do SENHOR, o galardão dos meus contrários e dos que falam mal da minha alma.

21. Mas tu, ó JEOVÁ Senhor, sê comigo por amor do teu nome; porque a tua misericórdia é boa, livra-me.

22. Porque estou aflito e necessitado, e, dentro de mim, está aflito o meu coração.

23. Eis que me vou como a sombra que declina; sou sacudido como o gafanhoto.

24. De jejuar, estão enfraquecidos os meus joelhos, e a minha carne emagrece.

25. E ainda lhes sirvo de opróbrio; quando me contemplam, movem a cabeça.

26. Ajuda-me, SENHOR, Deus meu! Salva-me segundo a tua misericórdia.

27. Para que saibam que nisto está a tua mão, e que tu, SENHOR, o fizeste.

28. Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; levantem-se, mas fiquem confundidos; e alegre-se o teu servo.

29. Vistam-se os meus adversários de vergonha, e cubra-os a sua própria confusão como uma capa.

30. Louvarei grandemente ao SENHOR com a minha boca; louvá-lo-ei entre a multidão.

31. Pois se porá à direita do pobre, para o livrar dos que condenam a sua alma.

1. Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.

2. O SENHOR enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.

3. O teu povo se apresentará voluntariamente no dia do teu poder, com santos ornamentos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.

4. Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

5. O Senhor, à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira.

6. Julgará entre as nações; enchê-las-á de cadáveres; ferirá os cabeças de grandes terras.

7. Pelo caminho, dessedentar-se-á no ribeiro e prosseguirá de cabeça erguida.

1. Louvai ao SENHOR! Louvarei ao SENHOR de todo o coração, na assembléia dos justos e na congregação.

2. Grandes são as obras do SENHOR, procuradas por todos os que nelas tomam prazer.

3. Glória e majestade há em sua obra, e a sua justiça permanece para sempre.

4. Fez lembradas as suas maravilhas; piedoso e misericordioso é o SENHOR.

5. Deu mantimento aos que o temem; lembrar-se-á sempre do seu concerto.

6. Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações.

7. As obras das suas mãos são verdade e juízo; fiéis, todos os seus mandamentos.

8. Permanecem firmes para todo o sempre; são feitos em verdade e retidão.

9. Redenção enviou ao seu povo; ordenou o seu concerto para sempre; santo e tremendo é o seu nome.

10. O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.

1. Louvai ao SENHOR! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer.

2. A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será abençoada.

3. Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre.

4. Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.

5. Bem irá ao homem que se compadece e empresta; disporá as suas coisas com juízo.

6. Na verdade, nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna.

7. Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no SENHOR.

8. O seu coração, bem firmado, não temerá, até que ele veja cumprido o seu desejo sobre os seus inimigos.

9. É liberal, dá aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.

10. O ímpio verá isto e se enraivecerá; rangerá os dentes e se consumirá; o desejo dos ímpios perecerá.

1. Louvai ao SENHOR! Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR.

2. Seja bendito o nome do SENHOR, desde agora e para sempre.

3. Desde o nascimento do sol até ao ocaso, seja louvado o nome do SENHOR.

4. Exaltado está o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória, sobre os céus.

5. Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas;

6. que se curva para ver o que está nos céus e na terra;

7. que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado,

8. para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo;

9. que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao SENHOR!

1. Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó, de um povo bárbaro,

2. Judá ficou sendo o seu santuário; e Israel, o seu domínio.

3. O mar viu isto e fugiu; o Jordão tornou atrás.

4. Os montes saltaram como carneiros; e os outeiros, como cordeiros.

5. Que tiveste, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que tornaste atrás?

6. E vós, montes, que saltastes como carneiros, e vós, outeiros, como cordeiros?

7. Treme, terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó,

8. o qual converteu o rochedo em lago de águas; e um seixo, em manancial.

1. Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.

2. Por que dirão as nações: Onde está o seu Deus?

3. Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz.

4. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.

5. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;

6. têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram.

7. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.

8. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.

9. Confia, ó Israel, no SENHOR; ele é teu auxílio e teu escudo.

10. Casa de Arão, confia no SENHOR; ele é teu auxílio e teu escudo.

11. Vós, os que temeis ao SENHOR, confiai no SENHOR; ele é vosso auxílio e vosso escudo.

12. O SENHOR, que se lembrou de nós, abençoará; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão.

13. Abençoará os que temem ao SENHOR, tanto pequenos como grandes.

14. O SENHOR vos aumentará cada vez mais, a vós e a vossos filhos.

15. Sede benditos do SENHOR, que fez os céus e a terra.

16. Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.

17. Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio.

18. Mas nós bendiremos ao SENHOR, desde agora e para sempre. Louvai ao SENHOR!

1. Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.

2. Porque inclinou para mim os seus ouvidos; portanto, invocá-lo-ei enquanto viver.

3. Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza.

4. Então, invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma!

5. Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia.

6. O SENHOR guarda aos símplices; estava abatido, mas ele me livrou.

7. Volta, minha alma, a teu repouso, pois o SENHOR te fez bem.

8. Porque tu, Senhor, livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas e os meus pés da queda.

9. Andarei perante a face do SENHOR, na terra dos viventes.

10. Cri; por isso, falei: estive muito aflito.

11. Eu dizia na minha precipitação: todo homem é mentira.

12. Que darei eu ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito?

13. Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR.

14. Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.

15. Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos.

16. Ó SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras.

17. Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e invocarei o nome do SENHOR.

18. Pagarei os meus votos ao SENHOR; que eu possa fazê-lo na presença de todo o meu povo,

19. nos átrios da Casa do SENHOR, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR, todas as nações; louvai-o, todos os povos.

2. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do SENHOR é para sempre. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre.

2. Diga, agora, Israel que a sua benignidade é para sempre.

3. Diga, agora, a casa de Arão que a sua benignidade é para sempre.

4. Digam, agora, os que temem ao SENHOR que a sua benignidade é para sempre.

5. Invoquei o SENHOR na angústia; o SENHOR me ouviu e me pôs em um lugar largo.

6. O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.

7. O SENHOR está comigo entre aqueles que me ajudam; pelo que verei cumprido o meu desejo sobre os que me aborrecem.

8. É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem.

9. É melhor confiar no SENHOR do que confiar nos príncipes.

10. Todas as nações me cercaram, mas no nome do SENHOR as despedacei.

11. Cercaram-me e tornaram a cercar-me; mas no nome do SENHOR eu as despedacei.

12. Cercaram-me como abelhas, mas apagaram-se como fogo de espinhos; pois no nome do SENHOR as despedacei.

13. Com força me impeliste para me fazeres cair, mas o SENHOR me ajudou.

14. O SENHOR é a minha força e o meu cântico, porque ele me salvou.

15. Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do SENHOR faz proezas.

16. A destra do SENHOR se exalta, a destra do SENHOR faz proezas.

17. Não morrerei, mas viverei; e contarei as obras do SENHOR.

18. O SENHOR castigou-me muito, mas não me entregou à morte.

19. Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas e louvarei ao SENHOR.

20. Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão.

21. Louvar-te-ei porque me escutaste e me salvaste.

22. A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina.

23. Foi o SENHOR que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.

24. Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.

25. Oh! Salva, SENHOR, nós te pedimos; ó SENHOR, nós te pedimos, prospera!

26. Bendito aquele que vem em nome do SENHOR; nós vos bendizemos desde a Casa do SENHOR.

27. Deus é o SENHOR que nos concedeu a luz; atai a vítima da festa com cordas e levai-a até aos ângulos do altar.

28. Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.

29. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre.

1. Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do SENHOR.

2. Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o coração.

3. E não praticam iniqüidade, mas andam em seus caminhos.

4. Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.

5. Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos.

6. Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.

7. Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.

8. Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.

9. Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.

10. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos.

11. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.

12. Bendito és tu, ó SENHOR! Ensina-me os teus estatutos.

13. Com os meus lábios declarei todos os juízos da tua boca.

14. Folgo mais com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.

15. Em teus preceitos meditarei e olharei para os teus caminhos.

16. Alegrar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.

17. Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra.

18. Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.

19. Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.

20. A minha alma está quebrantada de desejar os teus juízos em todo o tempo.

21. Tu repreendeste asperamente os soberbos, amaldiçoados, que se desviam dos teus mandamentos.

22. Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois guardei os teus testemunhos.

23. Enquanto os príncipes se conluiavam e falavam contra mim, o teu servo meditava nos teus estatutos.

24. Também os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros.

25. A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.

26. Meus caminhos te descrevi, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos.

27. Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim, falarei das tuas maravilhas.

28. A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.

29. Desvia de mim o caminho da falsidade e concede-me piedosamente a tua lei.

30. Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus juízos.

31. Apego-me aos teus testemunhos; ó SENHOR, não me confundas.

32. Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.

33. Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim.

34. Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei e observá-la-ei de todo o coração.

35. Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer.

36. Inclina o meu coração a teus testemunhos e não à cobiça.

37. Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade e vivifica-me no teu caminho.

38. Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor.

39. Desvia de mim o opróbrio que temo, pois os teus juízos são bons.

40. Eis que tenho desejado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.

41. Venham também sobre mim as tuas misericórdias, ó SENHOR, e a tua salvação, segundo a tua palavra.

42. Assim, terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.

43. E de minha boca não tires nunca de todo a palavra de verdade, pois me atenho aos teus juízos.

44. Assim, observarei de contínuo a tua lei, para sempre e eternamente.

45. E andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos.

46. Também falarei dos teus testemunhos perante os reis e não me envergonharei.

47. E alegrar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo.

48. Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos.

49. Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.

50. Isto é a minha consolação na minha angústia, porque a tua palavra me vivificou.

51. Os soberbos zombaram grandemente de mim; apesar disso, não me desviei da tua lei.

52. Lembrei-me dos teus juízos antiqüíssimos, ó SENHOR, e, assim, me consolei.

53. Grande indignação se apoderou de mim, por causa dos ímpios que abandonam a tua lei.

54. Os teus estatutos têm sido os meus cânticos no lugar das minhas peregrinações.

55. De noite, me lembrei do teu nome, ó SENHOR, e observei a tua lei.

56. Isto fiz eu, porque guardei os teus mandamentos.

57. O SENHOR é a minha porção; eu disse que observaria as tuas palavras.

58. Implorei deveras o teu favor de todo o meu coração; tem piedade de mim, segundo a tua palavra.

59. Considerei os meus caminhos e voltei os meus pés para os teus testemunhos.

60. Apressei-me e não me detive a observar os teus mandamentos.

61. Bandos de ímpios me despojaram; apesar disso, eu não me esqueci da tua lei.

62. À meia-noite, me levantarei para te louvar pelos teus justos juízos.

63. Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos.

64. A terra, ó SENHOR, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos.

65. Fizeste bem ao teu servo, SENHOR, segundo a tua palavra.

66. Ensina-me bom juízo e ciência, pois cri nos teus mandamentos.

67. Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra.

68. Tu és bom e abençoador; ensina-me os teus estatutos.

69. Os soberbos forjaram mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardarei os teus preceitos.

70. Engrossa-se-lhes o coração como gordura, mas eu me alegro na tua lei.

71. Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.

72. Melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou prata.

73. As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; dá-me inteligência para que aprenda os teus mandamentos.

74. Os que te temem alegraram-se quando me viram, porque tenho esperado na tua palavra.

75. Bem sei eu, ó SENHOR, que os teus juízos são justos e que em tua fidelidade me afligiste.

76. Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.

77. Venham sobre mim as tuas misericórdias, para que viva, pois a tua lei é a minha delícia.

78. Confundam-se os soberbos, pois me trataram de uma maneira perversa, sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.

79. Voltem-se para mim os que te temem e aqueles que têm conhecido os teus testemunhos.

80. Seja reto o meu coração para com os teus estatutos, para que eu não seja confundido.

81. Desfaleceu a minha alma, esperando por tua salvação; mas confiei na tua palavra.

82. Os meus olhos desfaleceram, esperando por tua promessa; entretanto, dizia: Quando me consolarás tu?

83. Pois fiquei como odre na fumaça; mas não me esqueci dos teus estatutos.

84. Quantos serão os dias do teu servo? Quando me farás justiça contra os que me perseguem?

85. Os soberbos abriram covas para mim, o que não é conforme a tua lei.

86. Todos os teus mandamentos são verdade; com mentiras me perseguem; ajuda-me!

87. Quase que me têm consumido sobre a terra; mas eu não deixei os teus preceitos.

88. Vivifica-me segundo a tua benignidade; então, guardarei o testemunho da tua boca.

89. Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu.

90. A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.

91. Conforme o que ordenaste, tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te obedecem.

92. Se a tua lei não fora toda a minha alegria, há muito que teria perecido na minha angústia.

93. Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.

94. Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.

95. Os ímpios me esperam para me destruírem, mas eu atentarei para os teus testemunhos.

96. A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo.

97. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!

98. Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo.

99. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.

100. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.

101. Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.

102. Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.

103. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.

104. Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.

105. Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.

106. Jurei e cumprirei que hei de guardar os teus justos juízos.

107. Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua palavra.

108. Aceita, SENHOR, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca; ensina-me os teus juízos.

109. A minha alma está de contínuo nas minhas mãos; todavia, não me esqueço da tua lei.

110. Os ímpios me armaram laço; contudo, não me desviei dos teus preceitos.

111. Os teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre, pois são o gozo do meu coração.

112. Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até ao fim.

113. Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei.

114. Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.

115. Apartai-vos de mim, malfeitores, para que guarde os mandamentos do meu Deus.

116. Sustenta-me conforme a tua palavra, para que viva, e não me deixes envergonhado da minha esperança.

117. Sustenta-me, e serei salvo e de contínuo me alegrarei nos teus estatutos.

118. Tu desprezas a todos os que se desviam dos teus estatutos, pois o engano deles é falsidade.

119. Tu tiraste da terra, como escórias, a todos os ímpios; pelo que amo os teus testemunhos.

120. O meu corpo se arrepiou com temor de ti, e temi os teus juízos.

121. Fiz juízo e justiça; não me entregues aos meus opressores.

122. Fica por fiador do teu servo para o bem; não deixes que os soberbos me oprimam.

123. Os meus olhos desfaleceram, esperando por tua salvação e pela promessa da tua justiça.

124. Trata com o teu servo segundo a tua benignidade e ensina-me os teus estatutos.

125. Sou teu servo; dá-me inteligência, para entender os teus testemunhos.

126. Já é tempo de operares, ó SENHOR, pois eles têm quebrantado a tua lei.

127. Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino.

128. Por isso, tenho, em tudo, como retos todos os teus preceitos e aborreço toda falsa vereda.

129. Maravilhosos são os teus testemunhos; por isso, a minha alma os guarda.

130. A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices.

131. Abri a boca e respirei, pois que desejei os teus mandamentos.

132. Olha para mim e tem piedade de mim, conforme usas com os que amam o teu nome.

133. Ordena os meus passos na tua palavra, e não se apodere de mim iniqüidade alguma.

134. Livra-me da opressão do homem; assim, guardarei os teus preceitos.

135. Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo e ensina-me os teus estatutos.

136. Rios de águas correm dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.

137. Justo és, ó SENHOR, e retos são os teus juízos.

138. Os teus testemunhos, que ordenaste, são retos e muito fiéis.

139. O meu zelo me consumiu, porque os meus inimigos se esqueceram da tua palavra.

140. A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama.

141. Pequeno sou e desprezado, mas não me esqueço dos teus mandamentos.

142. A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.

143. Aperto e angústia se apoderam de mim; não obstante, os teus mandamentos são o meu prazer.

144. A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei.

145. Clamei de todo o meu coração; escuta-me, SENHOR, e guardarei os teus estatutos.

146. A ti te invoquei; salva-me, e guardarei os teus testemunhos.

147. Antecipei-me à alva da manhã e clamei; esperei na tua palavra.

148. Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite, para meditar na tua palavra.

149. Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó SENHOR, segundo o teu juízo.

150. Aproximam-se os que seguem aos malvados; afastam-se da tua lei.

151. Tu estás perto, ó SENHOR, e todos os teus mandamentos são a verdade.

152. Acerca dos teus testemunhos eu soube, desde a antiguidade, que tu os fundaste para sempre.

153. Olha para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueci da tua lei.

154. Pleiteia a minha causa e livra-me; vivifica-me, segundo a tua palavra.

155. A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.

156. Muitas são, ó SENHOR, as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos.

157. Muitos são os meus perseguidores e os meus inimigos; mas não me desvio dos teus testemunhos.

158. Vi os transgressores e me afligi, porque não observam a tua palavra.

159. Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua benignidade.

160. A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.

161. Príncipes me perseguiram sem causa, mas o meu coração temeu a tua palavra.

162. Folgo com a tua palavra, como aquele que acha um grande despojo.

163. Abomino e aborreço a falsidade, mas amo a tua lei.

164. Sete vezes no dia te louvo pelos juízos da tua justiça.

165. Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.

166. SENHOR, tenho esperado na tua salvação e tenho cumprido os teus mandamentos.

167. A minha alma tem observado os teus testemunhos; amo-os extremamente.

168. Tenho observado os teus preceitos e os teus testemunhos, porque todos os meus caminhos estão diante de ti.

169. Chegue a ti o meu clamor, ó SENHOR; dá-me entendimento conforme a tua palavra.

170. Chegue a minha súplica perante a tua face; livra-me segundo a tua palavra.

171. Os meus lábios proferiram o louvor, quando me ensinaste os teus estatutos.

172. A minha língua falará da tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justiça.

173. Venha a tua mão socorrer-me, pois escolhi os teus preceitos.

174. Tenho desejado a tua salvação, ó SENHOR; a tua lei é todo o meu prazer.

175. Viva a minha alma e louvar-te-á; ajudem-me os teus juízos.

176. Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.

1. Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me ouviu.

2. SENHOR, livra a minha alma dos lábios mentirosos e da língua enganadora.

3. Que te dará, ou que te acrescentará a língua enganadora?

4. Flechas agudas do valente, com brasas vivas de zimbro.

5. Ai de mim, que peregrino em Meseque, e habito nas tendas de Quedar.

6. A minha alma bastante tempo habitou com os que detestam a paz.

7. Pacífico sou, mas, em eu falando, já eles estão em guerra.

1. Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

2. O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.

3. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.

4. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

5. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.

6. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite.

7. O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma.

8. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

1. Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR!

2. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém.

3. Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida,

4. aonde sobem as tribos, as tribos do SENHOR, como testemunho de Israel, para darem graças ao nome do SENHOR,

5. pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi.

6. Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam.

7. Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios.

8. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: haja paz em ti!

9. Por causa da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem.

1. Para ti, que habitas nos céus, levanto os meus olhos.

2. Eis que, como os olhos dos servos atentam para as mãos do seu senhor, e os olhos da serva, para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR, nosso Deus, até que tenha piedade de nós.

3. Tem piedade de nós, ó SENHOR, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo.

4. A nossa alma está sobremodo farta da zombaria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos.

1. Se não fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, ora, diga Israel:

2. Se não fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,

3. eles, então, nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;

4. então, as águas teriam trasbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;

5. então, as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma.

6. Bendito seja o SENHOR, que não nos deu por presa aos seus dentes.

7. A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.

8. O nosso socorro está em o nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.

1. Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

2. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o SENHOR está em volta do seu povo, desde agora e para sempre.

3. Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as mãos à iniqüidade.

4. Faze bem, ó SENHOR, aos bons e aos que são retos de coração.

5. Quanto àqueles que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o SENHOR com os que praticam a maldade; paz haverá sobre Israel.

1. Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.

2. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.

3. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres.

4. Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul.

5. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.

6. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.

1. Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.

3. Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão.

4. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.

5. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

1. Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!

2. Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.

3. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.

4. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR!

5. O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.

6. E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

1. Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel.

2. Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade; todavia, não prevaleceram contra mim.

3. Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos.

4. O SENHOR é justo; cortou as cordas dos ímpios.

5. Sejam confundidos e tornem atrás todos os que aborrecem a Sião!

6. Sejam como a erva dos telhados, que se seca antes que a arranquem,

7. com a qual o segador não enche a mão, nem o que ata os feixes enche o braço,

8. nem tampouco os que passam dizem: A bênção do SENHOR seja sobre vós! Nós vos abençoamos em nome do SENHOR!

1. Das profundezas a ti clamo, ó SENHOR!

2. Senhor, escuta a minha voz! Sejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas.

3. Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?

4. Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.

5. Aguardo o SENHOR; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.

6. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã; sim, mais do que aqueles que esperam pela manhã.

7. Espere Israel no SENHOR, porque no SENHOR há misericórdia, e nele há abundante redenção,

8. e ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades.

1. SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim.

2. Decerto, fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo.

3. Espere Israel no SENHOR, desde agora e para sempre.

1. Lembra-te, SENHOR, de Davi e de todas as suas aflições.

2. Como jurou ao SENHOR e fez votos ao Poderoso de Jacó, dizendo:

3. Certamente, que não entrarei na tenda em que habito, nem subirei ao leito em que durmo;

4. não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras,

5. enquanto não achar lugar para o SENHOR, uma morada para o Poderoso de Jacó.

6. Eis que ouvimos falar da arca em Efrata e a achamos no campo do bosque.

7. Entraremos nos seus tabernáculos; prostrar-nos-emos ante o escabelo de seus pés.

8. Levanta-te, SENHOR, no teu repouso, tu e a arca da tua força.

9. Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e alegrem-se os teus santos.

10. Por amor de Davi, teu servo, não faças virar o rosto do teu ungido.

11. O SENHOR jurou a Davi com verdade e não se desviará dela: Do fruto do teu ventre porei sobre o teu trono.

12. Se os teus filhos guardarem o meu concerto e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono.

13. Porque o SENHOR elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo:

14. Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei.

15. Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados.

16. Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e os seus santos rejubilarão.

17. Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido.

18. Vestirei os seus inimigos de confusão; mas sobre ele florescerá a sua coroa.

1. Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!

2. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.

3. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.

1. Eis aqui, bendizei ao SENHOR todos vós, servos do SENHOR, que assistis na Casa do SENHOR todas as noites.

2. Levantai as mãos no santuário e bendizei ao SENHOR.

3. O SENHOR, que fez o céu e a terra, te abençoe desde Sião!

1. Louvai ao SENHOR! Louvai o nome do SENHOR; louvai-o, servos do SENHOR.

2. Vós que assistis na Casa do SENHOR, nos átrios da Casa do nosso Deus.

3. Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável.

4. Porque o SENHOR escolheu para si a Jacó e a Israel, para seu tesouro peculiar.

5. Porque eu conheço que o SENHOR é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses.

6. Tudo o que o SENHOR quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos.

7. Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.

8. Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até aos animais;

9. que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos;

10. que feriu muitas nações e deu morte a poderosos reis:

11. a Seom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã,

12. e deu a sua terra em herança, em herança a Israel, seu povo.

13. O teu nome, ó SENHOR, permanece perpetuamente; e a tua memória, ó SENHOR, de geração em geração.

14. Pois o SENHOR julgará o seu povo e se arrependerá em atenção aos seus servos.

15. Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens.

16. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem;

17. têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum na sua boca.

18. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles.

19. Casa de Israel, bendizei ao SENHOR! Casa de Arão, bendizei ao SENHOR!

20. Casa de Levi, bendizei ao SENHOR! Vós, os que temeis ao SENHOR, louvai ao SENHOR!

21. Bendito seja, desde Sião, o SENHOR, que habita em Jerusalém. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre.

2. Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade é para sempre.

3. Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade é para sempre.

4. Àquele que só faz maravilhas; porque a sua benignidade é para sempre.

5. Àquele que com entendimento fez os céus; porque a sua benignidade é para sempre.

6. Àquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade é para sempre.

7. Àquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade é para sempre.

8. O sol para governar de dia; porque a sua benignidade é para sempre.

9. A lua e as estrelas para presidirem a noite; porque a sua benignidade é para sempre.

10. Que feriu o Egito nos seus primogênitos; porque a sua benignidade é para sempre.

11. E tirou a Israel do meio deles; porque a sua benignidade é para sempre.

12. Com mão forte, e com braço estendido; porque a sua benignidade é para sempre.

13. Àquele que dividiu o mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade é para sempre.

14. E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade é para sempre.

15. Mas derribou a Faraó com o seu exército no mar Vermelho; porque a sua benignidade é para sempre.

16. Àquele que guiou o seu povo pelo deserto; porque a sua benignidade é para sempre.

17. Àquele que feriu os grandes reis; porque a sua benignidade é para sempre.

18. E deu morte a reis famosos; porque a sua benignidade é para sempre.

19. Seom, rei dos amorreus; porque a sua benignidade é para sempre.

20. E Ogue, rei de Basã; porque a sua benignidade é para sempre.

21. E deu a terra deles em herança; porque a sua benignidade é para sempre.

22. Sim, em herança a Israel, seu servo; porque a sua benignidade é para sempre.

23. Que se lembrou da nossa humilhação; porque a sua benignidade é para sempre.

24. E nos remiu dos nossos inimigos; porque a sua benignidade é para sempre.

25. Que dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade é para sempre.

26. Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade é para sempre.

1. Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião.

2. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.

3. Porquanto aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.

4. Mas como entoaremos o cântico do SENHOR em terra estranha?

5. Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza.

6. Apegue-se-me a língua ao paladar se me não lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria.

7. Lembra-te, SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces.

8. Ah! Filha da Babilônia, que vais ser assolada! Feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós!

9. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras!

1. Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.

2. Inclinar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua benignidade e pela sua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.

3. No dia em que eu clamei, me escutaste; alentaste-me, fortalecendo a minha alma.

4. Todos os reis da terra te louvarão, ó SENHOR, quando ouvirem as palavras da tua boca;

5. e cantarão os caminhos do SENHOR, pois grande é a glória do SENHOR.

6. Ainda que o SENHOR é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.

7. Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás; estenderás a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará.

8. O SENHOR aperfeiçoará o que me concerne; a tua benignidade, ó SENHOR, é para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.

1. SENHOR, tu me sondaste e me conheces.

2. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.

3. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.

4. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces.

5. Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão.

6. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.

7. Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face?

8. Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também;

9. se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,

10. até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

11. Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.

12. Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.

13. Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.

14. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

15. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.

16. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.

17. E quão preciosos são para mim, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!

18. Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo.

19. Ó Deus! Tu matarás, decerto, o ímpio! Apartai-vos, portanto, de mim, homens de sangue.

20. Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.

21. Não aborreço eu, ó SENHOR, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?

22. Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos.

23. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos.

24. E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

1. Livra-me, ó SENHOR, do homem mau; guarda-me do homem violento;

2. os quais pensam o mal no coração; continuamente se ajuntam para a guerra.

3. Aguçaram a língua como a serpente; o veneno das víboras está debaixo dos seus lábios. ( Selá )

4. Guarda-me, ó SENHOR, das mãos do ímpio e guarda-me do homem violento, os quais se propuseram desviar os meus passos.

5. Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam a rede à beira do caminho; armaram-me laços corrediços. ( Selá )

6. Eu disse ao SENHOR: tu és o meu Deus; ouve a voz das minhas súplicas, ó SENHOR.

7. SENHOR Deus, fortaleza da minha salvação, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha.

8. Não cumpras, ó SENHOR, ao ímpio os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau propósito, para que não se exalte. ( Selá )

9. Quanto aos que, cercando-me, levantam a cabeça, cubra-os a maldade dos seus lábios.

10. Caiam sobre eles brasas vivas, sejam lançados no fogo em covas profundas, para que se não tornem a levantar.

11. Não terá firmeza na terra o homem de má língua; o mal perseguirá o homem violento, até que seja desterrado.

12. Sei que o SENHOR sustentará a causa do oprimido e o direito do necessitado.

13. Assim, os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença.

1. SENHOR, a ti clamo! Escuta-me! Inclina os teus ouvidos à minha voz, quando a ti clamar.

2. Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde.

3. Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios.

4. Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más com aqueles que praticam a iniqüidade; e não coma eu das suas delícias.

5. Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, será um excelente óleo, que a minha cabeça não rejeitará; porque continuarei a orar a despeito das maldades deles.

6. Quando os seus juízes forem arremessados da rocha, ouvirão as minhas palavras, pois são agradáveis.

7. Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca da sepultura.

8. Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus, SENHOR; em ti confio; não desampares a minha alma.

9. Guarda-me dos laços que me armaram; e dos laços corrediços dos que praticam a iniqüidade.

10. Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente.

1. Com a minha voz clamei ao SENHOR; com a minha voz ao SENHOR supliquei.

2. Derramei a minha queixa perante a sua face; expus-lhe a minha angústia.

3. Quando o meu espírito estava angustiado em mim, então, conheceste a minha vereda. No caminho em que eu andava, ocultaram um laço.

4. Olhei para a minha direita e vi; mas não havia quem me conhecesse; refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma.

5. A ti, ó SENHOR, clamei; eu disse: tu és o meu refúgio e a minha porção na terra dos viventes.

6. Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu.

7. Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me fizeste bem.

1. Ó SENHOR, ouve a minha oração! Inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade e segundo a tua justiça

2. e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.

3. Pois o inimigo perseguiu a minha alma; abateu-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito.

4. Pelo que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado.

5. Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.

6. Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta. ( Selá )

7. Ouve-me depressa, ó SENHOR! O meu espírito desfalece; não escondas de mim a tua face, para que eu não seja semelhante aos que descem à cova.

8. Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma.

9. Livra-me, ó SENHOR, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.

10. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana.

11. Vivifica-me, ó SENHOR, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia.

12. E, por tua misericórdia, desarraiga os meus inimigos e destrói a todos os que angustiam a minha alma, pois sou teu servo.

1. Bendito seja o SENHOR, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra;

2. benignidade minha e fortaleza minha; alto retiro meu e meu libertador és tu; escudo meu, em quem eu confio, e que me sujeita o meu povo.

3. SENHOR, que é o homem, para que o conheças, e o filho do homem, para que o estimes?

4. O homem é semelhante à vaidade; os seus dias são como a sombra que passa.

5. Abaixa, ó SENHOR, os teus céus e desce; toca os montes, e fumegarão.

6. Vibra os teus raios e dissipa-os; envia as tuas flechas e desbarata-os.

7. Estende as mãos desde o alto; livra-me e arrebata-me das muitas águas e das mãos dos filhos estranhos,

8. cuja boca fala vaidade e cuja mão direita é a destra da falsidade.

9. A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com o saltério e com o instrumento de dez cordas te cantarei louvores.

10. É ele que dá a vitória aos reis e que livra a Davi, seu servo, da espada maligna.

11. Livra-me e tira-me das mãos dos filhos estranhos, cuja boca fala vaidade e cuja mão direita é a destra da iniqüidade.

12. Para que nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio;

13. para que as nossas despensas se encham de todo o provimento; para que os nossos gados produzam a milhares e a dezenas de milhares em nossas ruas;

14. para que os nossos bois sejam fortes para o trabalho; para que não haja nem assaltos, nem saídas, nem clamores em nossas ruas.

15. Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR!

1. Eu te exaltarei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.

2. Cada dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos.

3. Grande é o SENHOR e muito digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável.

4. Uma geração louvará as tuas obras à outra geração e anunciará as tuas proezas.

5. Falarei da magnificência gloriosa da tua majestade e das tuas obras maravilhosas.

6. E se falará da força dos teus feitos terríveis; e contarei a tua grandeza.

7. Publicarão abundantemente a memória da tua grande bondade e cantarão a tua justiça.

8. Piedoso e benigno é o SENHOR, sofredor e de grande misericórdia.

9. O SENHOR é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras.

10. Todas as tuas obras te louvarão, ó SENHOR, e os teus santos te bendirão.

11. Falarão da glória do teu reino e relatarão o teu poder,

12. para que façam saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino.

13. O teu reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações.

14. O SENHOR sustenta a todos os que caem e levanta a todos os abatidos.

15. Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo.

16. Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes.

17. Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos e santo em todas as suas obras.

18. Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.

19. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará.

20. O SENHOR guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos.

21. A minha boca entoará o louvor do SENHOR, e toda a carne louvará o seu santo nome para todo o sempre.

1. Louvai ao SENHOR! Ó minha alma, louva ao SENHOR!

2. Louvarei ao SENHOR durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver.

3. Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação.

4. Sai-lhes o espírito, e eles tornam para sua terra; naquele mesmo dia, perecem os seus pensamentos.

5. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus,

6. que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles e que guarda a verdade para sempre;

7. que faz justiça aos oprimidos; que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados;

8. o SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos;

9. o SENHOR guarda os estrangeiros; ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios.

10. O SENHOR reinará eternamente; o teu Deus, ó Sião, é de geração em geração. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável; decoroso é o louvor.

2. O SENHOR edifica Jerusalém; congrega os dispersos de Israel;

3. sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas;

4. conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes.

5. Grande é o nosso SENHOR e de grande poder; o seu entendimento é infinito.

6. O SENHOR eleva os humildes e abate os ímpios até à terra.

7. Cantai ao SENHOR em ação de graças; cantai louvores ao nosso Deus sobre a harpa.

8. Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes;

9. que dá aos animais o seu sustento e aos filhos dos corvos, quando clamam.

10. Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do varão.

11. O SENHOR agrada-se dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia.

12. Louva, ó Jerusalém, ao SENHOR; louva, ó Sião, ao teu Deus.

13. Porque ele fortaleceu os ferrolhos das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti.

14. Ele é quem pacifica os teus termos e da flor da farinha te farta;

15. quem envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente;

16. quem dá a neve como lã e esparge a geada como cinza;

17. quem lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio?

18. Manda a sua palavra e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas.

19. Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos, a Israel.

20. Não fez assim a nenhuma outra nação; e, quanto aos seus juízos, nenhuma os conhece. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR! Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas.

2. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos.

3. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes.

4. Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus.

5. Que louvem o nome do SENHOR, pois mandou, e logo foram criados.

6. E os confirmou para sempre e lhes deu uma lei que não ultrapassarão.

7. Louvai ao SENHOR desde a terra, vós, baleias e todos os abismos,

8. fogo e saraiva, neve e vapores e vento tempestuoso que executa a sua palavra;

9. montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros;

10. as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras;

11. reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra;

12. rapazes e donzelas, velhos e crianças.

13. Que louvem o nome do SENHOR, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu.

14. Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR! Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor, na congregação dos santos.

2. Alegre-se Israel naquele que o fez, regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei.

3. Louvem o seu nome com flauta, cantem-lhe o seu louvor com adufe e harpa.

4. Porque o SENHOR se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação.

5. Exultem os santos na glória, cantem de alegria no seu leito.

6. Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus e espada de dois fios, nas suas mãos,

7. para tomarem vingança das nações e darem repreensões aos povos,

8. para prenderem os seus reis com cadeias e os seus nobres, com grilhões de ferro;

9. para fazerem neles o juízo escrito; esta honra, tê-la-ão todos os santos. Louvai ao SENHOR!

1. Louvai ao SENHOR! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.

2. Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.

3. Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa.

4. Louvai-o com o adufe e a flauta; louvai-o com instrumento de cordas e com flautas.

5. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.

6. Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR!