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1. Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim.
2. A ele veio a palavra do SENHOR, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado.
3. E lhe veio também nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undécimo de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, até que Jerusalém foi levada em cativeiro no quinto mês.
4. Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
5. Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.
6. Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.
7. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
8. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.
9. E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca.
10. Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares.
11. Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.
12. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
13. E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que, vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte.
14. E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra.
15. Porque eis que eu convoco todas as famílias dos reinos do Norte, diz o SENHOR; e virão, e cada um porá o seu trono à entrada das portas de Jerusalém, e contra todos os seus muros em redor, e contra todas as cidades de Judá.
16. E eu pronunciarei contra eles os meus juízos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram a mim, e queimaram incenso a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos.
17. Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua presença.
18. Porque eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, e contra os reis de Judá, e contra os seus príncipes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra.
19. E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar.
1. E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2. Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor dos teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava.
3. Então, Israel era santidade para o SENHOR e era as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR.
4. Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.
5. Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?
6. E não disseram: Onde está o SENHOR, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava, e na qual não morava homem algum.
7. E eu vos introduzi numa terra fértil, para comerdes o seu fruto e o seu bem; mas, quando nela entrastes, contaminastes a minha terra e da minha herança fizestes uma abominação.
8. Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheceram, e os pastores prevaricaram contra mim, e os profetas profetizaram por Baal e andaram após o que é de nenhum proveito.
9. Portanto, ainda pleitearei convosco, diz o SENHOR; e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.
10. Porquanto, passai às ilhas de Quitim e vede; e enviai a Quedar, e atentai bem, e vede se sucedeu coisa semelhante.
11. Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua glória pelo que é de nenhum proveito.
12. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o SENHOR.
13. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.
14. Acaso é Israel um servo? Ou um escravo nascido em casa? Por que, pois, veio a ser presa?
15. Os filhos de leão bramaram sobre ele e levantaram a sua voz; e puseram a sua terra em assolação; as suas cidades se queimaram, e ninguém habita nelas.
16. Até os filhos de Nofa e de Tafnes te quebraram o alto da cabeça.
17. Porventura, não procuras isso para ti mesmo, deixando o SENHOR, teu Deus, no tempo em que ele te guia pelo caminho?
18. Agora, pois, que te importa a ti o caminho do Egito, para beberes as águas de Sior? E que te importa a ti o caminho da Assíria, para beberes as águas do rio?
19. A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mau e quão amargo é deixares ao SENHOR, teu Deus, e não teres o meu temor contigo, diz o Senhor JEOVÁ dos Exércitos.
20. Quando eu já há muito quebrava o teu jugo e rompia as tuas algemas, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo, em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore verde te andas encurvando e corrompendo.
21. Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, de vide estranha?
22. Pelo que, ainda que te laves com salitre e amontoes sabão, a tua iniqüidade estará gravada diante de mim, diz o Senhor JEOVÁ.
23. Como dizes logo: Não estou contaminado nem andei após os baalins? Vê o teu caminho no vale, conhece o que fizeste; dromedária ligeira és, que anda torcendo os seus caminhos;
24. jumenta montês, acostumada ao deserto e que, conforme o desejo da sua alma, sorve o vento; quem impediria o seu encontro? Todos os que a buscarem não se cansarão; no mês dela a acharão.
25. Evita que o teu pé ande descalço e que a tua garganta tenha sede; mas tu dizes: Não há esperança; não, porque amo os estranhos e após eles andarei.
26. Como fica confundido o ladrão quando o apanham, assim se confundem os da casa de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas,
27. que dizem ao pedaço de madeira: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste; porque me viraram as costas e não o rosto; mas, no tempo do seu aperto, dirão: Levanta-te e livra-nos.
28. Onde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para ti? Que se levantem, se te podem livrar no tempo da tua tribulação; porque os teus deuses, ó Judá, são tão numerosos como as tuas cidades.
29. Por que disputais comigo? Todos vós transgredistes contra mim, diz o SENHOR.
30. Em vão castiguei os vossos filhos; eles não aceitaram a correção; a vossa espada devorou os vossos profetas como um leão destruidor.
31. Ó geração! Considerai vós a palavra do SENHOR. Porventura, tenho eu sido para Israel um deserto? Ou uma terra da mais espessa escuridão? Por que, pois, diz o meu povo: Desligamo-nos de ti; nunca mais a ti viremos?
32. Porventura, esquece-se a virgem dos seus enfeites ou a esposa dos seus cendais? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por inumeráveis dias.
33. Como ornamentas o teu caminho, para buscares o amor! De sorte que até às malignas ensinaste os teus caminhos.
34. Até nas orlas das tuas vestes se achou o sangue da alma dos inocentes e necessitados; não cavei para o achar, pois se vê em todas estas coisas.
35. E ainda dizes: Eu estou inocente; certamente, a sua ira se desviou de mim. Eis que entrarei em juízo contigo, porquanto dizes: Não pequei.
36. Por que te desvias tanto, mudando o teu caminho? Também do Egito serás envergonhada, como foste envergonhada da Assíria.
37. Também daquele sairás com as mãos sobre a tua cabeça; porque o SENHOR rejeitou as tuas confianças, e não prosperarás com elas.
1. Eles dizem: Se um homem despedir sua mulher, e ela se ausentar dele e se ajuntar a outro homem, porventura, tornará a ela mais? Não se poluiria de todo aquela terra? Ora, tu te maculaste com muitos amantes; mas, ainda assim, torna para mim, diz o SENHOR.
2. Levanta os olhos aos altos e vê; onde não te prostituíste? Nos caminhos te assentavas para eles, como o árabe no deserto; assim, manchaste a terra com as tuas devassidões e com a tua malícia.
3. Pelo que foram retiradas as chuvas, e não houve chuva tardia; mas tu tens a testa de uma prostituta e não queres ter vergonha.
4. Ao menos desde agora não me invocarás, dizendo: Pai meu, tu és o guia da minha mocidade?
5. Conservará ele para sempre a sua ira? Ou a guardará continuamente? Eis que tens dito e feito coisas más e nelas permaneces.
6. Disse mais o SENHOR nos dias do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo monte alto e debaixo de toda árvore verde e ali andou prostituindo-se.
7. E eu disse, depois que fez tudo isto: Volta para mim; mas não voltou. E viu isso a sua aleivosa irmã Judá.
8. E, quando por causa de tudo isso, por ter cometido adultério, a rebelde Israel despedi e lhe dei o seu libelo de divórcio, vi que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas foi-se e também ela mesma se prostituiu.
9. E sucedeu que, pela fama da sua prostituição, contaminou a terra; porque adulterou com a pedra e com o pedaço de madeira.
10. E, contudo, nem por tudo isso voltou para mim a sua aleivosa irmã Judá com sincero coração, mas falsamente, diz o SENHOR.
11. E o SENHOR me disse: Já a rebelde Israel justificou mais a sua alma do que a aleivosa Judá.
12. Vai, pois, e apregoa estas palavras para a banda do Norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o SENHOR, e não farei cair a minha ira sobre vós; porque benigno sou, diz o SENHOR, e não conservarei para sempre a minha ira.
13. Somente reconhece a tua iniqüidade, que contra o SENHOR, teu Deus, transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda árvore verde e não deste ouvidos à minha voz, diz o SENHOR.
14. Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu vos desposarei e vos tomarei, a um de uma cidade e a dois de uma geração; e vos levarei a Sião.
15. E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência.
16. E sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o SENHOR, nunca mais se dirá: A arca do concerto do SENHOR! Nem lhes virá ao coração, nem dela se lembrarão, nem a visitarão; isso não se fará mais.
17. Naquele tempo, chamarão Jerusalém de trono do SENHOR, e todas as nações se ajuntarão a ela, ao nome do SENHOR, a Jerusalém; e nunca mais andarão segundo o propósito do seu coração maligno.
18. Naqueles dias, andará a casa de Judá com a casa de Israel; e virão, juntas, da terra do Norte, para a terra que dei em herança a vossos pais.
19. Mas eu dizia: Como te porei entre os filhos e te darei a terra desejável, a excelente herança dos exércitos das nações? E eu disse: Pai me chamarás e de mim te não desviarás.
20. Deveras, como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o SENHOR.
21. Nos lugares altos se ouviu uma voz, pranto e súplicas dos filhos de Israel; porquanto perverteram o seu caminho e se esqueceram do SENHOR, seu Deus.
22. Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões. Eis-nos aqui, vimos a ti; porque tu és o SENHOR, nosso Deus.
23. Certamente, em vão se confia nos outeiros e na multidão das montanhas; deveras, no SENHOR, nosso Deus, está a salvação de Israel.
24. Porque a confusão devorou o trabalho de nossos pais, desde a nossa mocidade: as suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus filhos, e as suas filhas.
25. Jazemos na nossa vergonha e estamos cobertos da nossa confusão, porque pecamos contra o SENHOR, nosso Deus, nós e nossos pais, desde a nossa mocidade até o dia de hoje; e não demos ouvidos à voz do SENHOR, nosso Deus.
1. Se voltares, ó Israel, diz o SENHOR, para mim voltarás; e, se tirares as tuas abominações de diante de mim, não andarás mais vagueando,
2. e jurarás: Vive o SENHOR, na verdade, no juízo e na justiça; e nele se bendirão as nações e nele se gloriarão.
3. Porque assim diz o SENHOR aos homens de Judá e a Jerusalém: Lavrai para vós o campo de lavoura e não semeeis entre espinhos.
4. Circuncidai-vos para o SENHOR e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que a minha indignação não venha a sair como fogo e arda de modo que não haja quem a apague, por causa da malícia das vossas obras.
5. Anunciai em Judá, e fazei ouvir em Jerusalém, e dizei: Tocai a trombeta na terra! Gritai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e entremos nas cidades fortes!
6. Arvorai a bandeira para Sião, fugi para salvação vossa, não pareis; porque eu trago um mal do Norte, uma grande destruição.
7. Já um leão subiu da sua ramada, e um destruidor das nações; ele já partiu e saiu do seu lugar para fazer da tua terra uma desolação, a fim de que as tuas cidades sejam destruídas, e ninguém habite nelas.
8. Por isso, cingi-vos de panos de saco, lamentai e uivai; porque o ardor da ira do SENHOR não se desviou de nós.
9. E sucederá, naquele tempo, diz o SENHOR, que se desfará o coração do rei e o coração dos príncipes; e os sacerdotes pasmarão, e os profetas se maravilharão.
10. Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Verdadeiramente trouxeste grande ilusão a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz; pois a espada penetra-lhe até à alma.
11. Naquele tempo, se dirá a este povo e a Jerusalém: Um vento seco das alturas do deserto veio ao caminho da filha do meu povo, não para padejar, nem para alimpar.
12. Um vento virá a mim, de grande veemência; agora, também eu pronunciarei juízos contra eles.
13. Eis que virá subindo como nuvens, e os seus carros, como a tormenta; os seus cavalos serão mais ligeiros do que as águias. Ai de nós, que somos assolados!
14. Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva; até quando permanecerão no meio de ti os teus maus pensamentos?
15. Porque uma voz anuncia desde Dã e faz ouvir a calamidade desde o monte de Efraim.
16. Proclamai isto às nações, fazei-o ouvir contra Jerusalém: Vigias vêm de uma terra remota e levantarão a sua voz contra as cidades de Judá.
17. Como os guardas de um campo, eles a rodeiam; porquanto ela se rebelou contra mim, diz o SENHOR.
18. O teu caminho e as tuas obras te trouxeram estas coisas; esta é a tua iniqüidade, que, de tão amargosa, te chega até ao coração.
19. Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra.
20. Quebranto sobre quebranto se apregoa, porque já toda a terra está destruída; de repente, foram destruídas as minhas tendas, e as minhas cortinas num momento.
21. Até quando verei a bandeira e ouvirei a voz da trombeta?
22. Deveras o meu povo está louco, já me não conhece; são filhos néscios e não inteligentes; sábios são para mal fazer, mas para bem fazer nada sabem.
23. Observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz.
24. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam.
25. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido.
26. Vi também que a terra fértil era um deserto e que todas as suas cidades estavam derribadas diante do SENHOR, diante do furor da sua ira.
27. Porque assim diz o SENHOR: Toda esta terra será assolada; de todo, porém, a não consumirei.
28. Por isso, lamentará a terra, e os céus em cima se enegrecerão; porquanto assim o disse, assim o propus e não me arrependi nem me desviarei disso.
29. Ao clamor dos cavaleiros e dos flecheiros fugiram todas as cidades; entraram pelas nuvens e subiram pelos penhascos; todas as cidades ficaram desamparadas, e já ninguém habita nelas.
30. Agora, pois, que farás, ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus olhos com o antimônio, debalde te farias bela; os amantes te desprezam e procuram tirar-te a vida.
31. Porquanto ouço uma voz como de mulher que está de parto, uma angústia como da que está com dores do primeiro filho; a voz da filha de Sião, ofegante, que estende as mãos, dizendo: Oh! Ai de mim agora! Porque a minha alma desmaia diante dos assassinos.
1. Dai voltas às ruas de Jerusalém, e vede agora, e informai-vos, e buscai pelas suas praças, a ver se achais alguém ou se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei.
2. E ainda que digam: Vive o SENHOR, decerto falsamente juram.
3. Ah! SENHOR, não atentam os teus olhos para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar.
4. Eu, porém, disse: Deveras, estes são uns pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do SENHOR, o juízo do seu Deus.
5. Irei aos grandes e falarei com eles, porque eles sabem o caminho do SENHOR, o juízo do seu Deus; mas estes, de comum acordo, quebraram o jugo e romperam as ataduras.
6. Por isso, um leão do bosque os feriu, um lobo dos desertos os assolará, um leopardo vigia contra as suas cidades; qualquer que sair delas será despedaçado; porque as suas transgressões se multiplicaram, multiplicaram-se as suas apostasias.
7. Como, vendo isso, te perdoaria? Teus filhos me deixam a mim e juram pelos que não são deuses; depois de os eu ter fartado, adulteraram e em casa de meretrizes se ajuntaram em bandos;
8. como cavalos bem fartos, levantam-se pela manhã, rinchando cada um à mulher do seu companheiro.
9. Deixaria eu de castigar estas coisas, diz o SENHOR, ou não se vingaria a minha alma de uma nação como esta?
10. Subi aos seus muros e destruí-os ( não façais, porém, uma destruição final ); tirai as suas ameias, porque não são do SENHOR.
11. Porque aleivosissimamente se houveram contra mim a casa de Israel e a casa de Judá, diz o SENHOR.
12. Negam ao SENHOR e dizem: Não é ele; e: Nenhum mal nos sobrevirá; não veremos espada nem fome.
13. E até os profetas se farão como vento, porque a palavra não está com eles; assim lhes sucederá a eles mesmos.
14. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos: Porquanto disseste tal palavra, eis que converterei as minhas palavras na tua boca em fogo, e a este povo, em lenha, e eles serão consumidos.
15. Eis que trarei sobre vós uma nação de longe, ó casa de Israel, diz o SENHOR, uma nação robusta, uma nação antiqüíssima, uma nação cuja língua ignorarás; e não entenderás o que ela falar.
16. A sua aljava é como uma sepultura aberta; todos eles são valentes.
17. E comerão a tua sega e o teu pão, que haviam de comer teus filhos e tuas filhas; comerão as tuas ovelhas e as tuas vacas; comerão a tua vide e a tua figueira; as tuas cidades fortes, em que confiavas, abatê-las-ão à espada.
18. Contudo, ainda naqueles dias, diz o SENHOR, não farei de vós uma destruição final.
19. E sucederá que, quando disserem: Por que nos fez o SENHOR, nosso Deus, todas estas coisas? Então, lhes dirás: Como vós me deixastes e servistes a deuses estranhos na vossa terra, assim servireis a estrangeiros, em terra que não é vossa.
20. Anunciai isto na casa de Jacó e fazei-o ouvir em Judá, dizendo:
21. Ouvi, agora, isto, ó povo louco e sem coração, que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos e não ouvis.
22. Não me temereis a mim? —diz o SENHOR; não temereis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar, por ordenança eterna, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não a traspassarão.
23. Mas este povo é de coração rebelde e pertinaz; rebelaram-se e foram-se.
24. E não dizem no seu coração: Temamos, agora, ao SENHOR, nosso Deus, que dá chuva, a temporã e a tardia, a seu tempo; e as semanas determinadas da sega nos conserva.
25. As vossas iniqüidades desviam estas coisas, e os vossos pecados afastam de vós o bem.
26. Porque ímpios se acham entre o meu povo; cada um anda espiando, como se acaçapam os passarinheiros; armam laços perniciosos, com que prendem os homens.
27. Como uma gaiola cheia de pássaros, são as suas casas cheias de engano; por isso, se engrandeceram e enriqueceram.
28. Engordam-se, alisam-se e ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam a causa dos órfãos, para que eles prosperem; nem julgam o direito dos necessitados.
29. Não castigaria eu estas coisas? —diz o SENHOR; não se vingaria a minha alma de uma nação como esta?
30. Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra:
31. os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disso?
1. Fugi para salvação vossa, filhos de Benjamim, do meio de Jerusalém; tocai a buzina em Tecoa e levantai o facho sobre Bete-Haquerém; porque da banda do Norte espreita um mal e um grande quebrantamento.
2. A formosa e delicada, a filha de Sião, eu deixarei desolada.
3. A ela virão pastores com os seus rebanhos; levantarão contra ela tendas em redor, e cada um apascentará no seu lugar.
4. Preparai a guerra contra ela, levantai-vos, e subamos ao pino do meio-dia; ai de nós, que já declina o dia, que já se vão estendendo as sombras da tarde!
5. Levantai-vos, e subamos de noite e destruamos os seus palácios.
6. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Cortai árvores e levantai tranqueiras contra Jerusalém; esta é a cidade que há de ser visitada; só opressão há no meio dela.
7. Como a fonte produz as suas águas, assim ela produz a sua malícia; violência e estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas há diante de mim continuadamente.
8. Corrige-te, ó Jerusalém, para que a minha alma não se aparte de ti, para que não te torne em assolação e terra não habitada.
9. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Diligentemente, respigarão os resíduos de Israel como uma vinha; torna a tua mão, como o vindimador, aos cestos.
10. A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela.
11. Pelo que estou cheio do furor do SENHOR; estou cansado de o conter; derramá-lo-ei sobre os meninos pelas ruas e nas reuniões dos jovens juntamente; porque até o marido com a mulher serão presos, e o velho, com o que está cheio de dias.
12. E as suas casas passarão a outros, herdades e mulheres juntamente; porque estenderei a mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR.
13. Porque, desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e, desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.
14. E curam a ferida da filha do meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.
15. Porventura, envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se; portanto, cairão entre os que caem; no tempo em que eu os visitar, tropeçarão, diz o SENHOR.
16. Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos.
17. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos à voz da buzina; mas dizem: Não escutaremos.
18. Portanto, ouvi, vós, nações, e informa-te tu, ó congregação, do que se faz entre eles!
19. Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei.
20. Para que, pois, me virá o incenso de Sabá e a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocaustos não me agradam, nem me são suaves os vossos sacrifícios.
21. Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que armarei tropeços a este povo, e tropeçarão neles pais e filhos juntamente; o vizinho e o seu companheiro perecerão.
22. Assim diz o SENHOR: Eis que um povo vem da terra do Norte, e uma grande nação se levantará das bandas da terra.
23. Arco e lança trarão; eles são cruéis e não usarão de misericórdia; a sua voz rugirá como o mar, e em cavalos irão montados, dispostos como homens de guerra contra ti, ó filha de Sião.
24. Ouvimos a sua fama, afrouxaram-se as nossas mãos; angústia nos tomou, e dores como de parturiente.
25. Não saiais ao campo, nem andeis pelo caminho; porque espada do inimigo e espanto há em redor.
26. Ó filha do meu povo, cinge-te de cilício e revolve-te na cinza; pranteia como por um filho único, pranto de amarguras; porque presto virá o destruidor sobre nós.
27. Por torre de guarda te pus entre o meu povo, por fortaleza, para que soubesses e examinasses o seu caminho.
28. Todos eles são os mais rebeldes e andam murmurando; são duros como bronze e ferro, todos eles andam corruptamente.
29. Já o fole se queimou, o chumbo se consumiu com o fogo; em vão vai fundindo o fundidor tão diligentemente, pois os maus não são arrancados.
30. Prata rejeitada lhes chamarão, porque o SENHOR os rejeitou.
1. A palavra que foi dita a Jeremias pelo SENHOR, dizendo:
2. Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
3. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.
4. Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este.
5. Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro,
6. se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7. eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, de século em século.
8. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas.
9. Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
10. e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres, podemos fazer todas estas abominações?
11. É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o SENHOR.
12. Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo de Israel.
13. Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, madrugando e falando, e não ouvistes, chamei-vos, e não respondestes,
14. farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló.
15. E vos arrojarei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos, a toda a geração de Efraim.
16. Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei.
17. Não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém?
18. Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.
19. Acaso é a mim que eles provocam à ira, diz o SENHOR, e não antes a si mesmos, para confusão dos seus rostos?
20. Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar, e sobre os homens, e sobre os animais, e sobre as árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-á e não se apagará.
21. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne.
22. Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que vos tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.
23. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.
24. Mas não ouviram, nem inclinaram os ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás e não para diante.
25. Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias madrugando e enviando-os.
26. Mas não me deram ouvidos, nem inclinaram os ouvidos, mas endureceram a sua cerviz e fizeram pior do que seus pais.
27. Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
28. E lhes dirás: Uma gente é esta que não dá ouvidos à voz do SENHOR, seu Deus, e não aceita a correção; já pereceu a verdade e se arrancou da sua boca.
29. Corta o cabelo da tua cabeça, e lança-o fora, e levanta o teu pranto sobre as alturas; porque já o SENHOR rejeitou e desamparou a geração do seu furor;
30. porque os filhos de Judá fizeram o que era mal aos meus olhos, diz o SENHOR; puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a contaminarem.
31. E edificaram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom, para queimarem a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração.
32. Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca se chamará mais Tofete, nem vale do filho de Hinom, mas o vale da Matança; e enterrarão em Tofete, por não haver mais lugar.
33. E os cadáveres deste povo servirão de pasto às aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém os espantará.
34. E farei cessar nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém a voz de folguedo, e a voz de alegria, e a voz de esposo, e a voz de esposa; porque a terra se tornará em desolação.
1. Naquele tempo, diz o SENHOR, tirarão os ossos dos reis de Judá, e os ossos dos seus príncipes, e os ossos dos sacerdotes, e os ossos dos profetas, e os ossos dos habitantes de Jerusalém para fora das suas sepulturas;
2. e expô-los-ão ao sol, e à lua, e a todo o exército do céu, a quem tinham amado, e a quem tinham servido, e após quem tinham ido, e a quem tinham buscado e diante de quem se tinham prostrado; não serão recolhidos nem sepultados; serão como esterco sobre a face da terra.
3. E escolher-se-á antes a morte do que a vida de todo o resto dos que restarem desta raça maligna que ficar nos lugares onde os lancei, diz o SENHOR dos Exércitos.
4. Dize-lhes mais: Assim diz o SENHOR: Cairão os homens e não se tornarão a levantar? Desviar-se-ão e não voltarão?
5. Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia contínua? Retém o engano e não quer voltar.
6. Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
7. Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e o grou, e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR.
8. Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do SENHOR está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas.
9. Os sábios foram envergonhados, foram espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria, pois, teriam?
10. Portanto, darei suas mulheres a outros, e as suas herdades, a quem as possua; porque, desde o menor até ao maior, cada um deles se dá à avareza; desde o profeta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade.
11. E curam a ferida da filha de meu povo levianamente, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.
12. Porventura, envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto, cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o SENHOR.
13. Certamente os apanharei, diz o SENHOR; já não há uvas na vide, nem figos na figueira, e a folha caiu; e até aquilo mesmo que lhes dei se irá deles.
14. Por que nos assentamos ainda? Juntai-vos, e entremos nas cidades fortes e ali estejamos calados; pois já o SENHOR, nosso Deus, nos fez calar e nos deu a beber água de fel; porquanto pecamos contra o SENHOR.
15. Espera-se a paz, e não há bem: o tempo da cura, e eis o terror.
16. Já desde Dã se ouve o resfolegar dos seus cavalos; toda a terra treme à voz dos rinchos dos seus fortes; e vêm e devoram a terra, e a sua abundância, e a cidade, e os que habitam nela.
17. Porque eis que enviarei entre vós serpentes e basiliscos, contra os quais não há encantamento, e vos morderão, diz o SENHOR.
18. Oh! Se eu pudesse consolar-me na minha tristeza! O meu coração desfalece em mim.
19. Eis a voz do clamor da filha do meu povo de terra mui remota: Não está o SENHOR em Sião? Não está nela o seu Rei? Por que me provocaram à ira com as suas imagens de escultura, com vaidades estranhas?
20. Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.
21. Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; ando de luto; o espanto se apoderou de mim.
22. Porventura, não há ungüento em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não teve lugar a cura da filha do meu povo?
1. Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo.
2. Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes! Então, deixaria o meu povo e me apartaria dele, porque todos eles são adúlteros, são um bando de aleivosos;
3. e estendem a língua, como se fosse o seu arco para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e a mim me não conhecem, diz o SENHOR.
4. Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que enganar, e todo amigo anda caluniando.
5. E zombará cada um do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a falar a mentira; andam-se cansando em obrar perversamente.
6. A tua habitação está no meio do engano; pelo engano recusam conhecer-me, diz o SENHOR.
7. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que eu os fundirei e os provarei; por que, de que outra maneira procederia com a filha do meu povo?
8. Uma flecha mortífera é a língua deles; fala engano; com a sua boca fala cada um de paz com o seu companheiro, mas no seu interior arma-lhe ciladas.
9. Porventura, por estas coisas não os visitaria? —diz o SENHOR; ou não se vingaria a minha alma de gente tal como esta?
10. Pelos montes levantarei choro e pranto e pelas pastagens do deserto, lamentação; porque já estão queimadas, e ninguém passa por elas; nem já se ouve mugido de gado; desde as aves dos céus até aos animais, andaram vagueando e fugiram.
11. E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de dragões, e das cidades de Judá farei uma assolação, de sorte que fiquem desabitadas.
12. Quem é o homem sábio, que entenda isso? E a quem falou a boca do SENHOR, para que o possa anunciar? Por que razão pereceu a terra e se queimou como deserto, de sorte que ninguém passa por ela?
13. E disse o SENHOR: Porque deixaram a minha lei, que publiquei perante a sua face, e não deram ouvidos à minha voz, nem andaram nela.
14. Antes, andaram após o propósito do seu coração e após os baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
15. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que darei de comer alosna a este povo e lhe darei a beber água de fel.
16. E os espalharei entre nações que não conheceram, nem eles nem seus pais, e mandarei a espada após eles, até que venha a consumi-los.
17. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai e chamai carpideiras, para que venham; e mandai procurar mulheres sábias, para que venham também.
18. E se apressem e levantem o seu lamento sobre nós; e desfaçam-se os nossos olhos em lágrimas, e as nossas pálpebras destilem águas.
19. Porque uma voz de pranto se ouviu de Sião: Como estamos arruinados! Estamos mui envergonhados, porque deixamos a terra, e eles transtornaram as nossas moradas.
20. Ouvi, pois, vós, mulheres, a palavra do SENHOR, e os vossos ouvidos recebam a palavra da sua boca; e ensinai o pranto a vossas filhas, e cada uma, à sua companheira, a lamentação.
21. Porque a morte subiu pelas nossas janelas e entrou em nossos palácios, para exterminar das ruas as crianças e os jovens das praças.
22. Fala: Assim diz o SENHOR: Até os cadáveres dos homens jazerão como esterco sobre a face do campo e como gavela atrás do segador, e não há quem a recolha.
23. Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas.
24. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.
25. Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que visitarei a todo circuncidado com o incircunciso.
26. Ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
1. Ouvi a palavra que o SENHOR vos fala a vós, ó casa de Israel.
2. Assim diz o SENHOR: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações.
3. Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado.
4. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.
5. São como a palmeira, obra torneada, mas não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar; não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco têm poder de fazer bem.
6. Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o teu nome em força.
7. Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isso só a ti pertence; porquanto, entre todos os sábios das nações e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti.
8. Mas eles todos se embruteceram e se tornaram loucos; ensino de vaidades é o madeiro.
9. Trazem prata estendida de Társis e ouro de Ufaz, trabalho do artífice e das mãos do fundidor; fazem suas vestes de azul celeste e púrpura; obra de sábios são todos eles.
10. Mas o SENHOR Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação.
11. Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo deste céu.
12. Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.
13. Fazendo ele soar a voz, logo há arruído de águas no céu, e sobem os vapores da extremidade da terra; ele faz os relâmpagos para a chuva e faz sair o vento dos seus tesouros.
14. Todo homem se embruteceu e não tem ciência; envergonha-se todo fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida mentira é, e não há espírito nela.
15. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação, virão a perecer.
16. Não é semelhante a estes a porção de Jacó; porque ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a vara da sua herança; SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
17. Ajunta da terra a tua mercadoria, ó habitante da fortaleza.
18. Porque assim diz o SENHOR: Eis que desta vez arrojarei, como se fora com uma funda, os moradores da terra e os angustiarei, para que venham a senti-lo, dizendo:
19. Ai de mim, por causa do meu quebrantamento! A minha chaga me causa grande dor; e eu tinha dito: Certamente isto é enfermidade que eu poderei suportar.
20. A minha tenda está destruída, e todas as minhas cordas se quebraram; os meus filhos foram-se de mim e não existem; ninguém há mais que estenda a minha tenda e que levante as minhas cortinas.
21. Porque os pastores se embruteceram e não buscaram ao SENHOR; por isso, não prosperaram, e todos os seus gados se espalharam.
22. Eis que vem uma voz de fama, grande tumulto da terra do Norte, para fazer das cidades de Judá uma assolação, uma morada de dragões.
23. Eu sei, ó SENHOR, que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos.
24. Castiga-me, ó SENHOR, mas com medida, não na tua ira, para que me não reduzas a nada.
25. Derrama a tua indignação sobre as nações que te não conhecem e sobre as gerações que não invocam o teu nome; porque devoraram a Jacó; devoraram-no, e consumiram-no, e assolaram a sua morada.
1. A palavra que veio a Jeremias, da parte do SENHOR, dizendo:
2. Ouvi as palavras deste concerto e falai aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém.
3. Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Maldito o homem que não escutar as palavras deste concerto,
4. que ordenei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: Dai ouvidos à minha voz e fazei conforme tudo que vos mando; e vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós por Deus;
5. para que confirme o juramento que fiz a vossos pais de dar-lhes uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Então, eu respondi e disse: Amém, ó SENHOR!
6. E disse-me o SENHOR: Apregoa todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo: Ouvi as palavras deste concerto e cumpri-as.
7. Porque, deveras, protestei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, até ao dia de hoje, madrugando, e protestando, e dizendo: Dai ouvidos à minha voz.
8. Mas não ouviram, nem inclinaram os ouvidos; antes, andaram cada um conforme o propósito do seu coração malvado; pelo que trouxe sobre eles todas as palavras deste concerto que lhes mandei que cumprissem, mas não cumpriram.
9. Disse-me mais o SENHOR: Uma conjuração se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém.
10. Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras; e eles andaram após deuses estranhos para os servir; a casa de Israel e a casa de Judá quebrantaram o meu concerto, que tinha feito com seus pais.
11. Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar, e clamarão a mim; e eu não os ouvirei.
12. Então, irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a que eles queimaram incenso; eles, porém, de nenhuma sorte, os livrarão no tempo do seu mal.
13. Porque, segundo o número das tuas cidades, foram os teus deuses, ó Judá! E, segundo o número das ruas de Jerusalém, levantaste altares à impudência, altares para queimares incenso a Baal.
14. Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim, por causa do seu mal.
15. Que tem o meu amado que fazer na minha casa, visto como muitos nela cometem grande abominação, e as carnes santas se desviaram de ti? Quando tu fazes mal, então, andas saltando de prazer.
16. Denominou-te o SENHOR oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos; mas, agora, à voz de um grande tumulto, acendeu fogo ao redor dela, e se quebraram os seus ramos.
17. Porque o SENHOR dos Exércitos, que te plantou, pronunciou contra ti o mal, pela maldade da casa de Israel e da casa de Judá, que para si mesmos fizeram, pois me provocaram à ira, queimando incenso a Baal.
18. E o SENHOR mo fez saber, e eu o soube; então, me fizeste ver as suas ações.
19. E eu era como um manso cordeiro, que levam à matança; porque não sabia que imaginavam projetos contra mim, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto e cortemo-lo da terra dos viventes, e não haja mais memória do seu nome.
20. Mas, ó SENHOR dos Exércitos, justo Juiz, que provas os pensamentos e o coração, veja eu a tua vingança sobre eles; pois a ti descobri a minha causa.
21. Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de Anatote, que procuram a tua morte, dizendo: Não profetizes no nome do SENHOR, para que não morras às nossas mãos.
22. Sim, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que eu os punirei; os jovens morrerão à espada, os seus filhos e as suas filhas morrerão de fome.
23. E não haverá deles um resto, porque farei vir o mal sobre os homens de Anatote, no ano da sua visitação.
1. Justo serias, ó SENHOR, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?
2. Plantaste-os, e eles arraigaram-se; avançam, dão também fruto; chegado estás à sua boca, mas longe do seu coração.
3. Mas tu, ó SENHOR, me conheces, tu me vês e provas o meu coração para contigo; impele-os como a ovelhas para o matadouro e prepara-os para o dia da matança.
4. Até quando lamentará a terra, e se secará a erva de todo o campo? Pela maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem: Ele não verá o nosso último fim.
5. Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, que farás na enchente do Jordão?
6. Porque até os teus irmãos e a casa de teu pai, eles próprios se hão deslealmente contigo; eles mesmos clamam após ti em altas vozes. Não te fies neles ainda que te digam coisas boas.
7. Desamparei a minha casa, abandonei a minha herança e entreguei a amada da minha alma na mão de seus inimigos.
8. Tornou-se a minha herança para mim como leão numa floresta; levantou a sua voz contra mim; por isso, eu a aborreci.
9. A minha herança é para mim ave de várias cores; andam as aves de rapina contra ela em redor; vinde, pois, ajuntai-vos, todos os animais do campo, vinde a devorá-la.
10. Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu campo e tornaram em desolado deserto o meu campo desejado.
11. Em assolação o tornaram, e a mim clama na sua desolação; toda a terra está assolada, porquanto não há ninguém que tome isso a peito.
12. Sobre todos os lugares altos do deserto vieram destruidores; porque a espada do SENHOR devora desde um extremo até outro extremo da terra; não há paz para nenhuma carne.
13. Semearam trigo e segaram espinhos; cansaram-se, mas de nada se aproveitaram; estais envergonhados das vossas colheitas, por causa do ardor da ira do SENHOR.
14. Assim diz o SENHOR acerca de todos os meus maus vizinhos, que tocam a minha herança, que fiz herdar ao meu povo de Israel: Eis que os arrancarei da sua terra e a casa de Judá arrancarei do meio deles.
15. E será que, depois de os haver arrancado, tornarei, e me compadecerei deles, e os farei tornar cada um à sua herança e cada um à sua terra.
16. E será que, se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: Vive o SENHOR, como ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então, edificar-se-ão no meio do meu povo.
17. Mas, se não quiserem ouvir, totalmente arrancarei a tal nação e a farei perecer, diz o SENHOR.
1. Assim me disse o SENHOR: Vai, e compra um cinto de linho, e põe-no sobre os teus lombos, mas não o metas na água.
2. E comprei o cinto, conforme a palavra do SENHOR, e o pus sobre os meus lombos.
3. Então, veio a palavra do SENHOR a mim, segunda vez, dizendo:
4. Toma o cinto que compraste, e trazes sobre os teus lombos, e levanta-te; vai ao Eufrates e esconde-o ali na fenda de uma rocha.
5. E fui e escondi-o junto ao Eufrates, como o SENHOR me havia ordenado.
6. Sucedeu, pois, ao cabo de muitos dias, que me disse o SENHOR: Levanta-te, vai ao Eufrates e toma dali o cinto que te ordenei que escondesses ali.
7. E fui ao Eufrates, e cavei, e tomei o cinto do lugar onde o havia escondido; e eis que o cinto tinha apodrecido e para nada prestava.
8. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
9. Assim diz o SENHOR: Do mesmo modo farei apodrecer a soberba de Judá e a muita soberba de Jerusalém.
10. Este povo maligno, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que caminha segundo o propósito do seu coração e anda após deuses alheios, para servi-los e inclinar-se diante deles, será tal como este cinto, que para nada presta.
11. Porque, como o cinto está ligado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória; mas não deram ouvidos.
12. Pelo que dize-lhes esta palavra: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Todo odre se encherá de vinho; e dir-te-ão: Não sabemos nós muito bem que todo odre se encherá de vinho?
13. Mas tu dize-lhes: Assim diz o SENHOR: Eis que eu encherei de embriaguez todos os habitantes desta terra, e os reis da estirpe de Davi, que estão assentados sobre o seu trono, e os sacerdotes, e os profetas, e todos os habitantes de Jerusalém.
14. E fá-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz o SENHOR; não perdoarei, nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que os não destrua.
15. Escutai, e inclinai os ouvidos, e não vos ensoberbeçais; porque o SENHOR falou.
16. Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão.
17. E, se isso não ouvirdes, a minha alma chorará em lugares ocultos, por causa da vossa soberba; e amargamente chorarão os meus olhos e se desfarão em lágrimas, porquanto o rebanho do SENHOR foi levado cativo.
18. Dize ao rei e à rainha: Humilhai-vos e assentai-vos no chão; porque já caiu todo o ornato de vossas cabeças, a coroa de vossa glória.
19. As cidades do Sul estão fechadas, e ninguém há que as abra; todo o Judá foi levado cativo; sim, inteiramente foi levado cativo.
20. Levantai os olhos e vede os que vêm do Norte; onde está o rebanho que se te deu, e as ovelhas da tua glória?
21. Que dirás, quando puser os teus amigos sobre ti como cabeça, se foste tu mesmo que contra ti os ensinaste? Porventura, não te tomarão as dores, como à mulher que está de parto?
22. Quando, pois, disseres no teu coração: Por que me sobrevieram estas coisas? Pela multidão das tuas maldades se descobriram as tuas fraldas, e os teus calcanhares sofrem violentamente.
23. Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.
24. Pelo que os espalharei como o restolho, restolho que passa com o vento do deserto.
25. Esta será a tua sorte, a porção que te será medida por mim, diz o SENHOR; pois te esqueceste de mim e confiaste em mentiras.
26. Assim também eu descobrirei as tuas fraldas até ao teu rosto; e aparecerá a tua ignomínia.
27. Vi as tuas abominações, e os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição sobre os outeiros no campo; ai de ti, Jerusalém! Não te purificarás? Até quando ainda?
1. A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, a respeito da grande seca.
2. Anda chorando Judá, e as suas portas estão enfraquecidas; andam de luto até ao chão, e o clamor de Jerusalém vai subindo.
3. E os seus mais ilustres mandam os seus pequenos buscar água; vêm às cavas e não acham água; voltam com os seus cântaros vazios, e envergonham-se, e confundem-se, e cobrem a cabeça.
4. Por causa da terra que se fendeu, pois que não há chuva sobre a terra, os lavradores se envergonham e cobrem a cabeça.
5. Porque até as cervas no campo parem e abandonam seus filhos, porquanto não há erva.
6. E os jumentos monteses se põem nos lugares altos, sorvem o vento como os dragões; desfalecem os seus olhos, porquanto não há erva.
7. Posto que as nossas maldades testifiquem contra nós, ó SENHOR, opera tu por amor do teu nome; porque as nossas rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos.
8. Oh! Esperança de Israel, Redentor seu no tempo da angústia! Por que serias como um estrangeiro na terra e como o viandante que se retira a passar a noite?
9. Por que serias como homem cansado, como valoroso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de nós, ó SENHOR, e nós somos chamados pelo teu nome; não nos desampares.
10. Assim diz o SENHOR acerca deste povo: Pois que tanto amaram o afastar-se e não detiveram os pés; por isso, o SENHOR se não agrada deles, mas agora se lembrará da maldade deles e visitará os seus pecados.
11. Disse-me mais o SENHOR: Não rogues por este povo para bem.
12. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste.
13. Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada e não tereis fome; antes, vos darei paz verdadeira neste lugar.
14. E disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam.
15. Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos profetas que profetizam em meu nome, sem que eu os tenha mandado, e dizem que nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome serão consumidos esses profetas.
16. E o povo a quem eles profetizam será lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da espada; e não haverá quem enterre as suas mulheres, e os seus filhos, e as suas filhas; assim derramarei sobre eles a sua maldade.
17. Portanto, lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia e não cessem porque a virgem, filha do meu povo, está ferida de grande ferida, de chaga mui dolorosa.
18. Se eu saio ao campo, eis aqui os mortos à espada; e, se entro na cidade, estão ali os debilitados pela fome; e até os profetas e os sacerdotes correram em redor da terra e não sabem nada.
19. De todo rejeitaste tu a Judá? Ou aborrece a tua alma a Sião? Por que nos feriste, e não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não aparece o bem; e o tempo da cura, e eis aqui turbação.
20. Ah! SENHOR! Conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti.
21. Não nos rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te e não anules o teu concerto conosco.
22. Haverá, porventura, entre as vaidades dos gentios, alguma que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és tu somente, ó SENHOR, nosso Deus? Portanto, em ti esperaremos, pois tu fazes todas estas coisas.
1. Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.
2. E será que, quando te disserem: Para onde iremos? Dir-lhes-ás: Assim diz o SENHOR: Os que são para a morte, para a morte; e os que são para a espada, para a espada; e os que são para a fome, para a fome; e os que são para o cativeiro, para o cativeiro.
3. Porque os visitarei com quatro gêneros de males, diz o SENHOR: com espada para matar, e com cães, para os arrastarem, e com as aves dos céus e os animais da terra, para os devorarem e destruírem.
4. Entregá-los-ei ao desterro em todos os reinos da terra; por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, por tudo quanto fez em Jerusalém.
5. Por que quem se compadeceria de ti, ó Jerusalém? Ou quem se entristeceria por ti? Ou quem se desviaria a perguntar pela tua paz?
6. Tu me deixaste, diz o SENHOR, voltaste para trás; por isso, estenderei a mão contra ti e te destruirei; estou cansado de me arrepender.
7. E padejá-los-ei com a pá nas portas da terra; desfilhei, destruí o meu povo; não voltaram dos seus caminhos.
8. As suas viúvas mais se multiplicaram do que as areias dos mares; trouxe ao meio-dia um destruidor sobre a mãe dos jovens; fiz que caísse de repente sobre ela e enchesse a cidade de terrores.
9. A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a sua alma; pôs-se o seu sol sendo ainda de dia; ela confundiu-se e envergonhou-se; e os que ficarem dela eu os entregarei à espada, diante dos seus inimigos, diz o SENHOR.
10. Ai de mim, minha mãe! Por que me deste à luz homem de rixa e homem de contenda para toda a terra? Nunca lhes emprestei com usura, nem eles me emprestaram a mim com usura, e, todavia, cada um deles me amaldiçoa.
11. Disse o SENHOR: Decerto que te fortalecerei para bem e, no tempo da calamidade e no tempo da angústia, farei que o inimigo te dirija súplicas.
12. Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do Norte, ou o aço?
13. A tua fazenda e os teus tesouros entregarei sem preço ao saque; e isso por todos os teus pecados, mesmo em todos os teus limites.
14. E levarei a ti com os teus inimigos para a terra que não conheces; porque o fogo se acendeu em minha ira e sobre vós arderá.
15. Tu, ó SENHOR, o sabes; lembra-te de mim, e visita-me, e vinga-me dos meus perseguidores; não me arrebates, por tua longanimidade; sabe que, por amor de ti, tenho sofrido afronta.
16. Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.
17. Nunca me assentei no congresso dos zombadores, nem me regozijei; por causa da tua mão, me assentei solitário, pois me encheste de indignação.
18. Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói, não admite cura? Serias tu para mim como ilusório ribeiro e como águas inconstantes?
19. Portanto, assim diz o SENHOR: Se tu voltares, então, te trarei, e estarás diante da minha face; e, se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles.
20. E eu te porei contra este povo como forte muro de bronze; e pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo para te guardar, para te livrar deles, diz o SENHOR.
21. E arrebatar-te-ei da mão dos malignos e livrar-te-ei das mãos dos fortes.
1. E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2. Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
3. Porque assim diz o SENHOR acerca dos filhos e das filhas que nascerem neste lugar, acerca de suas mães que os tiverem e de seus pais que os gerarem nesta terra:
4. Morrerão de enfermidades dolorosas e não serão pranteados nem sepultados; servirão de esterco para a terra; e, pela espada e pela fome, serão consumidos, e os seus cadáveres servirão de mantimento às aves do céu e aos animais da terra.
5. Porque assim diz o SENHOR: Não entres na casa do luto, nem vás a lamentar, nem te compadeças deles; porque deste povo, diz o SENHOR, retirei a minha paz, benignidade e misericórdia.
6. E morrerão grandes e pequenos nesta terra e não serão sepultados; e não os prantearão nem se farão por eles incisões, nem por eles se raparão os cabelos.
7. E nada se lhes dará por dó, para consolá-los por causa de morte; nem lhes darão a beber do copo de consolação, pelo pai de alguém ou pela mãe de alguém.
8. Nem entres na casa do banquete, para te assentares com eles a comer e a beber.
9. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que farei cessar neste lugar, perante os vossos olhos e em vossos dias, a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz do esposo, e a voz da esposa.
10. E será que, quando anunciares a este povo todas estas palavras, e eles te disserem: Por que pronuncia o SENHOR sobre nós todo este grande mal, e qual é a nossa iniqüidade, e qual é o nosso pecado, que pecamos contra o SENHOR, nosso Deus?
11. Então, lhes dirás: Porquanto vossos pais me deixaram, diz o SENHOR, e se foram após deuses alheios, e os serviram, e se inclinaram diante deles, e a mim me deixaram, e a minha lei não guardaram,
12. e vós fizestes pior do que vossos pais; porque, eis que cada um de vós anda após o propósito do seu malvado coração para me não dar ouvidos a mim.
13. Portanto, lançar-vos-ei fora desta terra, para uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais; e ali servireis a deuses estranhos, de dia e de noite, porque não usarei de misericórdia convosco.
14. Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que nunca mais se dirá: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
15. Mas: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, que dei a seus pais.
16. Eis que mandarei muitos pescadores, diz o SENHOR, os quais os pescarão; e depois enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão sobre todo monte, e sobre todo outeiro, e até nas fendas das rochas.
17. Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; não se escondem perante a minha face, nem a sua maldade se encobre aos meus olhos.
18. E primeiramente retribuirei em dobro a sua maldade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os cadáveres das suas coisas detestáveis e das suas abominações encheram a minha herança.
19. Ó SENHOR, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da angústia! A ti virão as nações desde os fins da terra e dirão: Nossos pais herdaram só mentiras e vaidade, em que não havia proveito.
20. Fará um homem para si deuses que, contudo, não são deuses?
21. Portanto, eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder, e saberão que o meu nome é SENHOR.
1. O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração e nos ângulos dos seus altares.
2. Seus filhos se lembram dos seus altares, e dos seus bosques, e das árvores verdes, sobre os altos outeiros.
3. Ó minha montanha no campo, a tua riqueza e todos os teus tesouros darei por presa, como também os teus altos por causa do pecado, em todos os teus termos!
4. Assim, por ti mesmo te privarás da tua herança que te dei, e far-te-ei servir os teus inimigos, na terra que não conheces; porque o fogo que acendeste na minha ira arderá para sempre.
5. Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!
6. Porque será como a tamargueira no deserto e não sentirá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.
7. Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR.
8. Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto.
9. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
10. Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.
11. Como a perdiz que ajunta ovos que não choca, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu fim se fará um insensato.
12. Um trono de glória, posto bem alto desde o princípio, é o lugar do nosso santuário.
13. Ó SENHOR, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; os que se apartam de mim serão escritos sobre a terra; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas.
14. Sara-me, SENHOR, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.
15. Eis que eles me dizem: Onde está a palavra do SENHOR? Venha agora!
16. Mas eu não me apressei em ser o pastor, após ti; nem tampouco desejei o dia de aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios está diante de tua face.
17. Não me sejas por espanto; meu refúgio és tu no dia do mal.
18. Envergonhem-se os que me perseguem, e não me envergonhe eu; assombrem-se eles, e não me assombre eu; traze sobre eles o dia do mal e destrói-os com dobrada destruição.
19. Assim me disse o SENHOR: Vai, põe-te à porta dos filhos do povo, pela qual entram os reis de Judá e pela qual saem, como também a todas as portas de Jerusalém,
20. e dize-lhes: Ouvi a palavra do SENHOR, vós, reis de Judá e todo o Judá e todos os moradores de Jerusalém, que entrais por estas portas.
21. Assim diz o SENHOR: Guardai a vossa alma e não tragais cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém;
22. nem tireis cargas de vossas casas no dia de sábado, nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como eu ordenei a vossos pais.
23. Mas não deram ouvidos, nem inclinaram as orelhas; antes, endureceram a sua cerviz, para não ouvirem e para não receberem correção.
24. Será, pois, que, se diligentemente me ouvirdes, diz o SENHOR, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de sábado, e santificardes o dia de sábado, não fazendo nele obra alguma;
25. então, entrarão pelas portas desta cidade reis e príncipes, assentados sobre o trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá e os moradores de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada.
26. E virão das cidades de Judá, e dos contornos de Jerusalém, e da terra de Benjamim, e das planícies, e das montanhas, e do Sul, trazendo holocaustos, e sacrifícios, e ofertas de manjares, e incenso, trazendo igualmente sacrifícios de louvores à Casa do SENHOR.
27. Mas, se não me derdes ouvidos, para santificardes o dia de sábado e para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará.
1. A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
2. Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
4. Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer.
5. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
6. Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
7. No momento em que eu falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,
8. se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.
9. E, no momento em que eu falar de uma gente e de um reino, para o edificar e para plantar,
10. se ele fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria.
11. Ora, pois, fala agora aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Eis que estou forjando mal contra vós e projeto um plano contra vós; convertei-vos, pois, agora, cada um do seu mau caminho, e melhorai os vossos caminhos e as vossas ações.
12. Mas eles dizem: Não há esperança, porque após as nossas imaginações andaremos; e fará cada um segundo o propósito do seu malvado coração.
13. Portanto, assim diz o SENHOR: Perguntai, agora, entre os gentios quem ouviu tal coisa? Coisa mui horrenda fez a virgem de Israel!
14. Porventura, deixar-se-á a neve do Líbano por uma rocha do campo? Ou deixar-se-ão as águas estranhas, frias e correntes?
15. Contudo, o meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso à vaidade; e fizeram-nos tropeçar nos seus caminhos e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas;
16. para fazerem da sua terra um espanto e uma irrisão perpétua; todo aquele que passar por ela se espantará e meneará a cabeça.
17. Com vento oriental os espalharei diante da face do inimigo; mostrar-lhes-ei as costas e não o rosto, no dia da sua perdição.
18. Então, disseram: Vinde, e maquinemos projetos contra Jeremias; porquanto não perecerá a lei do sacerdote, nem o conselho do sábio, nem a palavra do profeta; vinde, e firamo-lo com a língua e não escutemos nenhuma das suas palavras.
19. Olha para mim, SENHOR, e ouve a voz dos que contendem comigo.
20. Porventura, pagar-se-á mal por bem? Pois cavaram uma cova para a minha alma; lembra-te de que eu compareci na tua presença, para falar por seu bem, para desviar deles a tua indignação.
21. Portanto, entrega seus filhos à fome e entrega-os ao poder da espada; e sejam suas mulheres roubadas dos filhos e fiquem viúvas; e seus maridos sejam feridos de morte, e os seus jovens, feridos à espada na peleja.
22. Ouça-se o clamor de suas casas, quando trouxeres esquadrões sobre eles de repente. Porquanto cavaram uma cova para prender-me e armaram laços aos meus pés.
23. Mas tu, ó SENHOR, sabes todo o seu conselho contra mim para matar-me; não perdoes a sua maldade, nem apagues o seu pecado de diante da tua face; mas tropecem diante de ti; trata-os assim no tempo da tua ira.
1. Assim diz o SENHOR: Vai, e compra uma botija de oleiro, e leva contigo os anciãos do povo e os anciãos dos sacerdotes.
2. E sai ao vale do filho de Hinom, que está à entrada da Porta do Sol, e apregoa ali as palavras que eu te disser.
3. E dize: Ouvi a palavra do SENHOR, ó reis de Judá e moradores de Jerusalém. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei tão grande mal sobre este lugar, que quem quer que dele ouvir retinir-lhe-ão as orelhas.
4. Porquanto me deixaram, e profanaram este lugar, e nele queimaram incenso a outros deuses, que nunca conheceram, nem eles, nem seus pais, nem os reis de Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes.
5. Porque edificaram os altos de Baal, para queimarem seus filhos em holocausto a Baal; o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem subiu ao meu coração.
6. Por isso, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que este lugar não se chamará mais Tofete, nem o vale do filho de Hinom, mas o vale da Matança.
7. Porque dissiparei o conselho de Judá e de Jerusalém, neste lugar, e os farei cair à espada diante de seus inimigos e pela mão dos que buscam a vida deles; e darei os seus cadáveres por pasto às aves dos céus e aos animais da terra.
8. E porei esta cidade por espanto e por objeto de assobios; todo aquele que passar por ela se espantará e assobiará, por causa de todas as suas pragas.
9. E lhes farei comer a carne de seus filhos e a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne do seu próximo, no cerco e no aperto em que os apertarão os seus inimigos e os que buscam a vida deles.
10. Então, quebrarás a botija à vista dos homens que foram contigo;
11. e dir-lhes-ás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se, e os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro lugar para os enterrar.
12. Assim farei a este lugar, diz o SENHOR, e aos seus moradores; sim, para pôr esta cidade como Tofete.
13. E as casas de Jerusalém e as casas dos reis de Judá serão imundas como o lugar de Tofete; como também todas as casas sobre cujos terraços queimaram incenso a todo o exército dos céus e ofereceram libações a deuses estranhos.
14. Vindo, pois, Jeremias de Tofete, para onde o tinha enviado o SENHOR a profetizar, se pôs em pé no átrio da Casa do SENHOR e disse a todo o povo:
15. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre esta cidade e sobre todas as suas cidades todo o mal que pronunciei contra ela, porquanto endureceram a sua cerviz, para não ouvirem as minhas palavras.
1. E Pasur, filho de Imer, o sacerdote, que havia sido nomeado presidente na Casa do SENHOR, ouviu a Jeremias, que profetizava estas coisas.
2. E feriu Pasur ao profeta Jeremias, e o meteu no cepo que está na porta superior de Benjamim, a qual está na Casa do SENHOR.
3. E sucedeu que, no dia seguinte, Pasur tirou a Jeremias do cepo. Então, disse-lhe Jeremias: O SENHOR não chama o teu nome Pasur, mas Magor-Missabibe.
4. Porque assim diz o SENHOR: Eis que farei de ti um terror para ti mesmo e para todos os teus amigos; eles cairão à espada de seus inimigos, e teus olhos o verão; todo o Judá entregarei na mão do rei de Babilônia; ele os levará presos a Babilônia e feri-los-á à espada.
5. Também darei toda a fazenda desta cidade, e todo o seu trabalho, e todas as suas coisas preciosas; sim, todos os tesouros dos reis de Judá entregarei na mão de seus inimigos, os quais saqueá-los-ão, tomá-los-ão e levá-los-ão a Babilônia.
6. E tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa ireis para o cativeiro; e irás a Babilônia, e ali morrerás, e ali serás sepultado, tu e todos os teus amigos, aos quais profetizaste falsamente.
7. Iludiste-me, ó SENHOR, e iludido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim.
8. Porque, desde que falo, grito e clamo: Violência e destruição! Porque se tornou a palavra do SENHOR um opróbrio para mim e um ludíbrio todo o dia.
9. Então, disse eu: Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso.
10. Porque ouvi a murmuração de muitos: Há terror de todos os lados! Denunciai, e o denunciaremos! Todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então, prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele.
11. Mas o SENHOR está comigo como um valente terrível; por isso, tropeçarão os meus perseguidores e não prevalecerão; ficarão mui confundidos; como não se houveram prudentemente, terão uma confusão perpétua, que nunca se esquecerá.
12. Tu, pois, ó SENHOR dos Exércitos, que provas o justo e vês os pensamentos e o coração, veja eu a tua vingança sobre eles, pois te descobri a minha causa.
13. Cantai ao SENHOR, louvai ao SENHOR; pois livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores.
14. Maldito o dia em que nasci; o dia em que minha mãe me deu à luz não seja bendito.
15. Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho; alegrando-o com isso grandemente.
16. E seja esse homem como as cidades que o SENHOR destruiu sem que se arrependesse; e ouça ele clamor pela manhã e, ao tempo do meio-dia, um alarido.
17. Por que não me matou desde a madre? Ou minha mãe não foi minha sepultura? Ou não ficou grávida perpetuamente?
18. Por que saí da madre para ver trabalho e tristeza e para que se consumam os meus dias na confusão?
1. A palavra que veio a Jeremias da parte do SENHOR, quando o rei Zedequias lhe enviou a Pasur, filho de Malquias, e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, dizendo:
2. Pergunta, agora, por nós, ao SENHOR, por que Nabucodonosor, rei de Babilônia, guerreia contra nós; bem pode ser que o SENHOR opere conosco segundo todas as suas maravilhas e o faça retirar-se de nós.
3. Então, Jeremias lhes disse: Assim direis a Zedequias.
4. Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Eis que virarei contra vós as armas de guerra que estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra o rei de Babilônia e contra os caldeus, que vos têm cercado fora dos muros; e ajuntá-los-ei no meio desta cidade.
5. E eu pelejarei contra vós com mão estendida, e com braço forte, e com ira, e com indignação, e com grande furor.
6. E ferirei os habitantes desta cidade, assim os homens como os animais; de grande pestilência morrerão.
7. E, depois disto, diz o SENHOR, entregarei Zedequias, rei de Judá, e seus servos, e o povo, e os que desta cidade restarem da pestilência, e da espada, e da fome na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e na mão de seus inimigos, e na mão dos que buscam a sua vida; e feri-los-á a fio de espada; não os poupará, nem se compadecerá, nem terá misericórdia.
8. E a este povo dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.
9. O que ficar nesta cidade há de morrer à espada, ou à fome, ou da pestilência; mas o que sair e se render aos caldeus, que vos têm cercado, viverá e terá a sua vida por despojo.
10. Porque pus o rosto contra esta cidade para mal e não para bem, diz o SENHOR; na mão do rei de Babilônia se entregará, e ele a queimará a fogo.
11. E à casa do rei de Judá dirás: Ouvi a palavra do SENHOR!
12. Ó casa de Davi, assim diz o SENHOR: Julgai pela manhã justamente e livrai o espoliado da mão do opressor; para que não saia o meu furor como fogo e se acenda, sem que haja quem o apague, por causa da maldade de vossas ações.
13. Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale, ó rocha da campina, diz o SENHOR; contra vós que dizeis: Quem descerá contra nós? Ou: Quem entrará nas nossas moradas?
14. E eu vos visitarei segundo o fruto das vossas ações, diz o SENHOR; e acenderei o fogo no seu bosque, que consumirá a tudo o que está em redor dela.
1. Assim diz o SENHOR: Desce à casa do rei de Judá, e anuncia ali esta palavra,
2. e dize: Ouve a palavra do SENHOR, ó rei de Judá, que te assentas no trono de Davi; tu, e os teus servos, e o teu povo, que entrais por estas portas.
3. Assim diz o SENHOR: Exercei o juízo e a justiça e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar.
4. Porque, se, deveras, cumprirdes esta palavra, entrarão pelas portas desta casa os reis que se assentarão no lugar de Davi sobre o seu trono, em carros e montados em cavalos, eles, e os seus servos, e o seu povo.
5. Mas, se não derdes ouvidos a estas palavras, por mim mesmo tenho jurado, diz o SENHOR, que esta casa se tornará em assolação.
6. Porque assim diz o SENHOR acerca da casa do rei de Judá: Tu és para mim Gileade e a cabeça do Líbano; mas por certo que farei de ti um deserto e cidades desabitadas.
7. Porque prepararei contra ti destruidores, cada um com as suas armas; e cortarão os teus cedros escolhidos e lançá-los-ão no fogo.
8. E muitas nações passarão por esta cidade, e dirá cada um ao seu companheiro: Por que procedeu o SENHOR assim com esta grande cidade?
9. Então, responderão: Porque deixaram o concerto do SENHOR, seu Deus, e se inclinaram diante de deuses alheios, e os serviram.
10. Não choreis o morto, nem o lastimeis; chorai abundantemente aquele que sai, porque nunca mais tornará, nem verá a terra onde nasceu.
11. Porque assim diz o SENHOR acerca de Salum, filho de Josias, rei de Judá, que reinou em lugar de Josias, seu pai, e que saiu deste lugar: Nunca ali tornará mais.
12. Mas no lugar para onde o levaram cativo morrerá e nunca mais verá esta terra.
13. Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos sem direito; que se serve do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho;
14. que diz: Edificarei para mim uma casa espaçosa e aposentos largos, e lhe abre janelas, e está forrada de cedro e pintada de vermelhão.
15. Reinarás tu, só porque te encerras em cedro? Acaso, teu pai não comeu e bebeu e não exercitou o juízo e a justiça? Por isso, tudo lhe sucedeu bem.
16. Julgou a causa do aflito e do necessitado; então, lhe sucedeu bem; porventura, não é isto conhecer-me? —diz o SENHOR.
17. Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua avareza, e para o sangue inocente, a fim de derramá-lo, e para a opressão, e para a violência, a fim de levar isso a efeito.
18. Portanto, assim diz o SENHOR acerca de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá: Não lamentarão por ele, dizendo: Ai, irmão meu! Ou: Ai, minha irmã! Nem lamentarão por ele, dizendo: Ai, senhor! Ou: Ai, majestoso!
19. Em sepultura de jumento, o sepultarão, arrastando-o e lançando-o para bem longe, fora das portas de Jerusalém.
20. Sobe ao Líbano, e clama, e levanta a tua voz em Basã, e clama desde Abarim, porque estão quebrantados os teus namorados.
21. Falei contigo da tua prosperidade, mas tu disseste: Não ouvirei. Este é o teu caminho, desde a tua mocidade, pois nunca deste ouvidos à minha voz.
22. O vento apascentará todos os teus pastores, e os teus namorados irão para o cativeiro; certamente, então, te confundirás e te envergonharás, por causa de toda a tua maldade.
23. Ó tu que habitas no Líbano e fazes o teu ninho nos cedros! Quão lastimada serás quando te vierem as dores e os ais como da que está de parto!
24. Vivo eu, diz o SENHOR, que, ainda que Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, fosse o selo do anel da minha mão direita, eu dali te arrancaria.
25. E te entregarei na mão dos que buscam a tua vida, e na mão daqueles diante de quem tu temes, a saber, na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e na mão dos caldeus.
26. E lançar-te-ei a ti e à tua mãe, que te deu à luz, para uma terra estranha, em que não nasceste; e ali morrereis.
27. Mas à terra, para a qual eles levantam a sua alma, para ali tornarem, a ela não tornarão.
28. É, pois, este homem Jeconias um vil utensílio quebrado ou um utensílio de que ninguém se agrada? Por que razão foram arremessados fora, ele e a sua geração, e arrojados para uma terra que não conhecem?
29. Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR!
30. Assim diz o SENHOR: Escrevei que este homem está privado de seus filhos e é homem que não prosperará nos seus dias; nem prosperará algum da sua geração, para se assentar no trono de Davi e reinar mais em Judá.
1. Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR.
2. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR.
3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão.
4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o SENHOR.
5. Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
6. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O SENHOR, Justiça Nossa.
7. Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito,
8. mas: Vive o SENHOR que fez subir e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha arrojado. E habitarão na sua terra.
9. Quanto aos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado e como um homem vencido pelo vinho, por causa do SENHOR e por causa das palavras da sua santidade.
10. Porque a terra está cheia de adúlteros e a terra chora por causa da maldição; e os pastos do deserto se secam, pois a sua carreira é má, e a sua força não é reta.
11. Porque tanto o profeta como o sacerdote estão contaminados; até na minha casa achei a sua maldade, diz o SENHOR.
12. Portanto, o seu caminho lhes será como lugares escorregadios na escuridão; serão empurrados e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, o ano mesmo da sua visitação, diz o SENHOR.
13. Nos profetas de Samaria, bem vi eu loucura: profetizaram da parte de Baal e fizeram errar o meu povo de Israel.
14. Mas, nos profetas de Jerusalém, vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.
15. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel, porque dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra.
16. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR.
17. Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.
18. Porque quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra e a ouviu?
19. Eis que saiu com indignação a tempestade do SENHOR, e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.
20. Não se desviará a ira do SENHOR até que execute e cumpra os pensamentos do seu coração; no fim dos dias, entendereis isso claramente.
21. Não mandei os profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; todavia, eles profetizaram.
22. Mas, se estivessem no meu conselho, então, fariam ouvir as minhas palavras ao meu povo, e o fariam voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações.
23. Sou eu apenas Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?
24. Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? —diz o SENHOR. Porventura, não encho eu os céus e a terra? —diz o SENHOR.
25. Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei! Sonhei!
26. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras e que são só profetas do engano do seu coração?
27. Os quais cuidam que farão que o meu povo se esqueça do meu nome, pelos sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal.
28. O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele em quem está a minha palavra, que fale a minha palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? —diz o SENHOR.
29. Não é a minha palavra como fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a penha?
30. Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu companheiro.
31. Eis que eu sou contra os profetas, diz o SENHOR, que usam de sua língua e dizem: Ele disse.
32. Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem e não trouxeram proveito nenhum a este povo, diz o SENHOR.
33. Quando, pois, te perguntar este povo, ou qualquer profeta, ou sacerdote, dizendo: Qual é o peso do SENHOR?, então, lhe dirás: Vós sois o peso, eu vos deixarei, diz o SENHOR.
34. E, quanto ao profeta, e ao sacerdote, e ao povo que disser: Peso do SENHOR, eu castigarei o tal homem e a sua casa.
35. Assim direis, cada um ao seu companheiro e cada um ao seu irmão: Que respondeu o SENHOR? Que falou o SENHOR?
36. Mas nunca mais vos lembrareis do peso do SENHOR, porque a cada um lhe servirá de peso a sua própria palavra. Vós torceis as palavras do Deus vivo, do SENHOR dos Exércitos, o nosso Deus.
37. Assim dirás ao profeta: O que te respondeu o SENHOR? O que falou o SENHOR?
38. Mas, porque dizeis: Peso do SENHOR, assim o diz o SENHOR: Porque dizeis esta expressão Peso do SENHOR ( havendo-vos eu ordenado: não direis Peso do SENHOR ),
39. por isso, eis que também eu me esquecerei totalmente de vós e a vós, e à cidade que vos dei a vós, e a vossos pais, tirarei da minha presença.
40. E porei sobre vós perpétuo opróbrio e eterna vergonha, que não serão esquecidos.
1. Fez-me o SENHOR ver, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia.
2. Um cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos, mas o outro cesto tinha figos muito maus, que não se podiam comer, de maus que eram.
3. E disse-me o SENHOR: Que vês tu, Jeremias? E eu disse: Figos. Os figos bons, muito bons, e os maus, muito maus, que não se podem comer, de maus que são.
4. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
5. Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Como a estes bons figos, assim conhecerei aos de Judá levados em cativeiro e que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus, para seu bem.
6. Porei os olhos sobre eles, para seu bem, e os farei voltar a esta terra; e edificá-los-ei, e não os destruirei, e plantá-los-ei, e não os arrancarei.
7. E dar-lhes-ei coração para que me conheçam, porque eu sou o SENHOR; e ser-me-ão por povo, e eu lhes serei por Deus, porque se converterão a mim de todo o seu coração.
8. E, como aos figos maus, que se não podem comer, de maus que são ( porque assim diz o SENHOR ), assim entregarei Zedequias, rei de Judá, e os seus príncipes, e o resto de Jerusalém, tanto os que ficaram nesta terra como os que habitaram na terra do Egito.
9. Eu os entregarei para que sejam um terror, um mal para todos os reinos da terra, um opróbrio, provérbio, um escárnio e uma maldição em todos os lugares para onde os arrojei.
10. E enviarei entre eles a espada, a fome e a peste, até que se consumam de sobre a terra que dei a eles e a seus pais.
1. Palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá ( que é o primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia ),
2. a qual anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo:
3. Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até este dia ( que é o ano vinte e três ), veio a mim a palavra do SENHOR, e vo-la anunciei a vós, madrugando e falando; mas vós não escutastes.
4. Também vos enviou o SENHOR todos os seus servos, os profetas, madrugando e enviando-os ( mas vós não escutastes, nem inclinaste os ouvidos para ouvir ),
5. dizendo: Convertei-vos, agora, cada um do seu mau caminho e da maldade das suas ações e habitai na terra que o SENHOR vos deu e a vossos pais, de século em século;
6. e não andeis após deuses alheios para os servirdes e para vos inclinardes diante deles, nem me provoqueis à ira com a obra de vossas mãos, para que vos não faça mal.
7. Todavia, não me destes ouvidos, diz o SENHOR, mas me provocastes à ira com a obra de vossas mãos, para vosso mal.
8. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Visto que não escutastes as minhas palavras,
9. eis que eu enviarei, e tomarei a todas as gerações do Norte, diz o SENHOR, como também a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e pô-los-ei em espanto, e em assobio, e em perpétuos desertos.
10. E farei perecer, entre eles, a voz de folguedo, e a voz de alegria, e a voz do esposo, e a voz da esposa, e o som das mós, e a luz do candeeiro.
11. E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos.
12. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei da Babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniqüidade, e a da terra dos caldeus; farei deles um deserto perpétuo.
13. E trarei sobre esta terra todas as palavras que disse contra ela, tudo quanto está escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra todas estas nações.
14. Porque também deles se servirão muitas nações e grandes reis; assim lhes retribuirei segundo os seus feitos e segundo as obras das suas mãos.
15. Porque assim me disse o SENHOR, o Deus de Israel: Toma da minha mão este copo de vinho do furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar.
16. Para que bebam, e tremam, e enlouqueçam, por causa da espada que eu enviarei entre eles.
17. E tomei o copo da mão do SENHOR e dei a beber a todas as nações às quais o SENHOR me tinha enviado:
18. a Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis, e aos seus príncipes, para fazer deles um deserto, um espanto, um assobio e uma maldição, como hoje se vê;
19. e a Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus príncipes, e a todo o seu povo;
20. e a toda a mistura de gente, e a todos os reis da terra de Uz, e a todos os reis da terra dos filisteus, e a Asquelom, e a Gaza, e a Ecrom, e ao resto de Asdode;
21. e a Edom, e a Moabe, e aos filhos de Amom;
22. e a todos os reis de Tiro, e a todos os reis de Sidom, e aos reis das ilhas dalém do mar;
23. e a Dedã, e a Tema, e a Buz, e a todos os que habitam nos últimos cantos da terra;
24. e a todos os reis da Arábia, e a todos os reis do misturado povo que habita no deserto;
25. e a todos os reis de Zinri, e a todos os reis de Elão, e a todos os reis da Média;
26. e a todos os reis do Norte, os de perto e os de longe, um com outro, e a todos os reinos da terra; e o rei de Sesaque beberá depois deles.
27. Pois lhes dirás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Bebei, e embebedai-vos, e vomitai, e caí, e não torneis a levantar-vos, por causa da espada que eu vos enviarei.
28. E será que, se não quiserem tomar o copo da tua mão para beber, então, lhes dirás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Certamente, bebereis.
29. Porque, eis que, na cidade que se chama pelo meu nome, começo a castigar; e ficareis vós totalmente impunes? Não, não ficareis impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o SENHOR dos Exércitos.
30. Tu, pois, lhes profetizarás todas estas palavras e lhes dirás: O SENHOR, desde o alto, bramirá e fará ouvir a sua voz desde a morada da sua santidade; terrivelmente bramirá contra a sua habitação, com grito de alegria, como dos que pisam as uvas, contra todos os moradores da terra.
31. Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada, diz o SENHOR.
32. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra.
33. E serão os mortos do SENHOR, naquele dia, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; mas serão como estrume sobre a face da terra.
34. Uivai, pastores, e clamai, e revolvei-vos na cinza, principais do rebanho, porque já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos, e eu vos quebrantarei, e vós, então, caireis como um jarro precioso.
35. E não haverá fuga para os pastores, nem salvamento para os principais do rebanho.
36. Voz de grito dos pastores, e uivo dos principais do rebanho! Porque o SENHOR destruiu o pasto deles.
37. Porque as suas malhadas pacíficas serão desarraigadas por causa do furor da ira do SENHOR.
38. Desamparou a sua cabana, como o filho de leão, porque a sua terra foi posta em assolação, por causa do furor do opressor e por causa do furor da sua ira.
1. No princípio do reinado de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra do SENHOR, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá que vêm adorar à Casa do SENHOR todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra.
3. Bem pode ser que ouçam e se convertam cada um do seu mau caminho, e eu me arrependa do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações.
4. Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR: Se não me derdes ouvidos para andardes na minha lei que pus diante de vós,
5. para que ouvísseis as palavras dos meus servos, os profetas, que eu vos envio, madrugando e enviando, mas não ouvistes.
6. Então, farei que esta casa seja como Siló e farei desta cidade uma maldição para todas as nações da terra.
7. E ouviram os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, a Jeremias anunciando estas palavras na Casa do SENHOR.
8. E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o SENHOR lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente, morrerás.
9. Por que profetizaste no nome do SENHOR, dizendo: Será como Siló esta casa, e esta cidade será assolada, de sorte que fique sem moradores? E ajuntou-se todo o povo contra Jeremias, na Casa do SENHOR.
10. E, ouvindo os príncipes de Judá estas palavras, subiram da casa do rei à Casa do SENHOR e se assentaram à entrada da Porta Nova da Casa do SENHOR.
11. Então, falaram os sacerdotes e os profetas aos príncipes e a todo o povo, dizendo: Este homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com os vossos ouvidos.
12. E falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo, dizendo: O SENHOR me enviou a profetizar contra esta casa e contra esta cidade todas as palavras que ouvistes.
13. Agora, pois, melhorai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do SENHOR, vosso Deus, e arrepender-se-á o SENHOR do mal que falou contra vós.
14. Quanto a mim, eis que estou nas vossas mãos; fazei de mim conforme o que for bom e reto aos vossos olhos.
15. Sabei, porém, com certeza, que, se me matardes a mim, trareis sangue inocente sobre vós, e sobre esta cidade, e sobre os seus habitantes, porque, na verdade, o SENHOR me enviou a vós para dizer aos vossos ouvidos todas estas palavras.
16. Então, disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem não é réu de morte, porque, em nome do SENHOR, nosso Deus, nos falou.
17. Também se levantaram alguns dentre os anciãos da terra e falaram a toda a congregação do povo, dizendo:
18. Miquéias, o morastita, profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, dizendo: Assim disse o SENHOR dos Exércitos: Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa, como os altos de um bosque.
19. Mataram-no, porventura, Ezequias, rei de Judá, e todo o Judá? Antes, não temeu este ao SENHOR e não implorou o favor do SENHOR? E o SENHOR se arrependeu do mal que falara contra eles. E nós não fazemos um grande mal contra a nossa alma?
20. Também houve um homem que profetizava em nome do SENHOR: Urias, filho de Semaías, de Quiriate-Jearim. Ele profetizou contra esta cidade e contra esta terra, conforme todas as palavras de Jeremias.
21. E, ouvindo o rei Jeoaquim, e todos os seus valentes, e todos os príncipes as suas palavras, procurou o rei matá-lo. Mas, ouvindo isto Urias, temeu, e fugiu, e foi para o Egito.
22. Mas o rei Jeoaquim enviou uns homens e a Elnatã, filho de Acbor, ao Egito.
23. E eles tiraram a Urias do Egito e o trouxeram ao rei Jeoaquim, que o feriu à espada e lançou o seu cadáver nas sepulturas dos filhos do povo.
24. A mão, pois, de Aicão, filho de Safã, foi com Jeremias, para que o não entregassem nas mãos do povo, para ser morto.
1. No princípio do reinado de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, veio, da parte do SENHOR, esta palavra a Jeremias, dizendo:
2. Assim me disse o SENHOR: Faze umas prisões e jugos e pô-los-ás sobre o teu pescoço.
3. E envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pelas mãos dos mensageiros que vêm a Jerusalém ter com Zedequias, rei de Judá.
4. E lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores:
5. Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder e com o meu braço estendido, e os dou a quem me agrada.
6. E, agora, eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam.
7. E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.
8. E acontecerá que, se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz o SENHOR, até que a consuma pelas suas mãos.
9. E não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, e aos vossos sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia.
10. Porque mentiras vos profetizam, para vos mandarem para longe da vossa terra, e para que eu vos lance dela, e vós pereçais.
11. Mas a nação que meter o pescoço sob o jugo do rei da Babilônia e o servir, eu a deixarei na sua terra, diz o SENHOR, e lavrá-la-á e habitará nela.
12. E falei com Zedequias, rei de Judá, conforme todas estas palavras, dizendo: colocai o pescoço no jugo do rei da Babilônia, e servi-o, a ele e ao seu povo, e vivereis.
13. Por que morrerias tu e o teu povo à espada, e à fome, e de peste, como o SENHOR disse da gente que não servir ao rei da Babilônia?
14. E não deis ouvidos às palavras dos profetas que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia; pois vos profetizam mentiras.
15. Porque não os enviei, diz o SENHOR, e profetizam falsamente em meu nome, para que eu vos lance fora, e pereçais vós e os profetas que vos profetizam.
16. Também falei aos sacerdotes e a todo este povo, dizendo: Assim diz o SENHOR: Não deis ouvidos às palavras dos vossos profetas que vos profetizam, dizendo: Eis que os utensílios da Casa do SENHOR cedo voltarão da Babilônia; pois eles vos profetizam mentiras.
17. Não lhes deis ouvidos, servi ao rei da Babilônia e vivereis. Por que se tornaria esta cidade um deserto?
18. Porém, se são profetas, e se há palavras do SENHOR com eles, orem, agora, ao SENHOR dos Exércitos, para que os utensílios que ficaram na Casa do SENHOR, e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém não sejam levados para a Babilônia.
19. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca das colunas, e do mar, e das bases, e dos restantes utensílios que ficaram na cidade,
20. os quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, não levou, quando transportou de Jerusalém para a Babilônia a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, como também a todos os nobres de Jerusalém.
21. Assim, pois, diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca dos utensílios que ficaram na Casa do SENHOR, e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém:
22. À Babilônia serão levados e ali ficarão até ao dia em que os visitar, diz o SENHOR. Então, os farei subir e os tornarei a trazer a este lugar.
1. E sucedeu no mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, no ano quarto, no mês quinto, que Hananias, filho de Azur, o profeta de Gibeão, me falou na Casa do SENHOR, perante os olhos dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo:
2. Assim fala o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Eu quebrei o jugo do rei da Babilônia.
3. Depois de passados dois anos completos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do SENHOR que deste lugar tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia.
4. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os do cativeiro de Judá que entraram na Babilônia eu tornarei a trazer a este lugar, diz o SENHOR, porque quebrarei o jugo do rei da Babilônia.
5. Então, falou Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta, aos olhos dos sacerdotes e aos olhos de todo o povo que estava na Casa do SENHOR.
6. Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Que assim faça o SENHOR! Que o SENHOR confirme as tuas palavras que profetizaste e torne ele a trazer os utensílios da Casa do SENHOR e todos os do cativeiro da Babilônia a este lugar.
7. Mas ouve, agora, esta palavra que eu falo aos teus ouvidos e aos ouvidos de todo o povo:
8. Os profetas que houve antes de mim e antes de ti, desde a antiguidade, profetizaram contra muitas terras e contra grandes reinos guerra, e mal, e peste.
9. O profeta que profetizar paz, somente quando se cumprir a palavra desse profeta é que será conhecido como aquele a quem o SENHOR, na verdade, enviou.
10. Então, Hananias, o profeta, tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou.
11. E falou Hananias aos olhos de todo o povo, dizendo: Assim diz o SENHOR: Assim quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, depois de passados dois anos completos, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho.
12. Mas veio a palavra do SENHOR a Jeremias, depois que Hananias, o profeta, quebrou o jugo de sobre o pescoço do profeta Jeremias, dizendo:
13. Vai e fala a Hananias, dizendo: Assim diz o SENHOR: Jugos de madeira quebraste. Mas, em vez deles, farei jugos de ferro.
14. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Jugo de ferro pus sobre o pescoço de todas estas nações, para servirem a Nabucodonosor, rei da Babilônia; e servi-lo-ão, e até os animais do campo lhe dei.
15. E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o SENHOR, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras.
16. Pelo que assim diz o SENHOR: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra o SENHOR.
17. E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês.
1. E estas são as palavras da carta que Jeremias, o profeta, enviou, de Jerusalém, ao resto dos anciãos do cativeiro, como também aos sacerdotes, e aos profetas, e a todo o povo que Nabucodonosor havia transportado de Jerusalém para a Babilônia,
2. ( depois que saíram o rei Jeconias, e a rainha, e os eunucos, e os príncipes de Judá e Jerusalém, e os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém ),
3. pelas mãos de Elasa, filho de Safã, e de Gemarias, filho de Hilquias ( os quais Zedequias, rei de Judá, tinha enviado à Babilônia, a Nabucodonosor, rei da Babilônia ), dizendo:
4. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os que foram transportados, que eu fiz transportar de Jerusalém para a Babilônia:
5. Edificai casas e habitai-as; plantai jardins e comei o seu fruto.
6. Tomai mulheres e gerai filhos e filhas; tomai mulheres para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos ali e não vos diminuais.
7. Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.
8. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais.
9. Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o SENHOR.
10. Porque assim diz o SENHOR: Certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar.
11. Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
12. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
13. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
14. E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos cativos, e congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.
15. Porque dizeis: O SENHOR nos levantou profetas na Babilônia.
16. Porque assim diz o SENHOR a respeito do rei que se assenta no trono de Davi e de todo o povo que habita nesta cidade, vossos irmãos, que não saíram convosco para o cativeiro.
17. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que enviarei entre eles a espada, e a fome, e a peste e fá-los-ei como a figos podres, que não se podem comer, de maus que são.
18. E persegui-los-ei com a espada, e com a fome, e com a peste; dá-los-ei para andarem de um lado para outro entre todos os reinos da terra e para serem uma maldição, e um espanto, e um assobio, e um opróbrio entre todas as nações para onde os tiver lançado;
19. porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o SENHOR, enviando-lhes eu os meus servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o SENHOR.
20. Vós, pois, ouvi a palavra do SENHOR, todos os do cativeiro que enviei de Jerusalém para a Babilônia.
21. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías, e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.
22. E tomarão deles a maldição que estava sobre todos os transportados de Judá que estão em Babilônia, dizendo: O SENHOR te faça como a Zedequias e como a Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo!
23. Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram adultério com as mulheres de seus companheiros, e anunciaram falsamente em meu nome palavras que não lhes mandei dizer; e eu o sei e sou testemunha disso, diz o SENHOR.
24. E a Semaías, o neelamita, falarás, dizendo:
25. Assim fala o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Porquanto tu enviaste no teu nome cartas a todo o povo que está em Jerusalém, como também a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, e a todos os sacerdotes, dizendo:
26. O SENHOR te pôs por sacerdote em lugar de Joiada, o sacerdote, para que sejas encarregado da Casa do SENHOR sobre todo homem obsesso e que profetiza, para o lançares na prisão e no tronco.
27. Agora, pois, por que não repreendeste a Jeremias, o anatotita, que vos profetiza?
28. Ele até nos mandou dizer à Babilônia: O cativeiro muito há de durar; edificai casas e habitai-as; plantai jardins e comei o seu fruto.
29. ( Mas lera Sofonias, o sacerdote, esta carta aos ouvidos de Jeremias, o profeta. )
30. E veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
31. Manda a todos os do cativeiro, dizendo: Assim diz o SENHOR acerca de Semaías, o neelamita: Semaías vos profetizou, e eu não o enviei, e vos fez confiar em mentiras.
32. Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que visitarei a Semaías, o neelamita, e a sua descendência; ele não terá ninguém que habite entre este povo e não verá o bem que hei de fazer ao meu povo, diz o SENHOR, porquanto falou em rebelião contra o SENHOR.
1. Palavra que, da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo:
2. Assim fala o SENHOR, Deus de Israel, dizendo: Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito.
3. Porque eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei tornar do cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o SENHOR; e torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão.
4. E estas são as palavras que disse o SENHOR acerca de Israel e de Judá:
5. Assim diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor, de temor, mas não de paz.
6. Perguntai, pois, e vede se um homem tem dores de parto. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos, como a que está dando à luz? E por que se têm tornado macilentos todos os rostos?
7. Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela.
8. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; e nunca mais se servirão dele os estranhos,
9. mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei.
10. Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize.
11. Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente.
12. Porque assim diz o SENHOR: Teu quebrantamento é mortal, e a tua chaga é dolorosa.
13. Não há quem defenda a tua causa; para que possas ser curado, não tens remédios nem emplasto.
14. Todos os teus amantes se esqueceram de ti e não perguntam por ti; porque te feri com ferida de inimigo e com castigo de cruel, pela grandeza de tua maldade e multidão de teus pecados.
15. Por que gritas em razão de teu quebrantamento? Tua dor é mortal. Pela grandeza de tua maldade e pela multidão de teus pecados, eu fiz estas coisas.
16. Mas também todos os que te devoram serão devorados; e todos os teus adversários irão, todos eles, para o cativeiro; e os que te roubam serão roubados, e a todos os que te despojam entregarei ao saque.
17. Porque restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz o SENHOR; pois te chamam a enjeitada, dizendo: É Sião, por quem ninguém pergunta.
18. Assim diz o SENHOR: Eis que acabarei o cativeiro das tendas de Jacó e apiedar-me-ei das suas moradas; e a cidade será reedificada sobre o seu montão, e o palácio permanecerá como habitualmente.
19. E sairá deles o louvor e a voz de júbilo; e multiplicá-los-ei, e não serão diminuídos; e glorificá-los-ei, e não serão humilhados.
20. E seus filhos serão como na antiguidade, e a sua congregação será confirmada perante o meu rosto; e punirei todos os seus opressores.
21. E o seu príncipe será deles; e o seu governador sairá do meio deles, e o farei aproximar, e ele se chegará a mim; porque quem é aquele que se tem empenhado em se chegar a mim? —diz o SENHOR.
22. E ser-me-eis por povo, e eu vos serei por Deus.
23. Eis que a tormenta do SENHOR, a sua indignação, saiu; é uma tormenta varredora e cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.
24. Não voltará atrás o furor da ira do SENHOR, até que tenha executado e até que tenha cumprido os desígnios do seu coração; no fim dos dias, entendereis isto.
1. Naquele tempo, diz o SENHOR, serei o Deus de todas as gerações de Israel, e elas serão o meu povo.
2. Assim diz o SENHOR: O povo que escapou da espada encontrou graça no deserto; é Israel mesmo, quando eu o fizer descansar.
3. Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí.
4. Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes e sairás com o coro dos que dançam.
5. Ainda plantarás vinhas nos montes de Samaria; os plantadores plantarão e comerão dos frutos.
6. Porque haverá um dia em que gritarão os vigias sobre o monte de Efraim: Levantai-vos, e subamos a Sião, ao SENHOR, nosso Deus.
7. Porque assim diz o SENHOR: Cantai sobre Jacó, com alegria; e exultai por causa do Chefe das nações; proclamai, cantai louvores e dizei: Salva, SENHOR, o teu povo, o resto de Israel.
8. Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, com eles, os cegos, os aleijados, as mulheres grávidas e as de parto juntamente; em grande congregação, voltarão para aqui.
9. Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, em que não tropeçarão; porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.
10. Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anunciai-a nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho.
11. Porque o SENHOR resgatou a Jacó e o livrou das mãos do que era mais forte do que ele.
12. Hão de vir, e exultarão na altura de Sião, e correrão aos bens do SENHOR: o trigo, e o mosto, e o azeite, e os cordeiros, e os bezerros; e a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes.
13. Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza.
14. E saciarei a alma dos sacerdotes de gordura, e o meu povo se fartará dos meus bens, diz o SENHOR.
15. Assim diz o SENHOR: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem.
16. Assim diz o SENHOR: Reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o SENHOR; pois eles voltarão da terra do inimigo.
17. E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o SENHOR, porque teus filhos voltarão para o seu país.
18. Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o SENHOR, meu Deus.
19. Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e, depois que me conheci, bati na minha coxa; fiquei confuso; sim, envergonhei-me, porque suportei o opróbrio da minha mocidade.
20. Não é Efraim para mim um filho precioso, uma criança das minhas delícias? Porque, depois que falo contra ele, ainda me lembro dele solicitamente; por isso, se comove por ele o meu coração; deveras me compadecerei dele, diz o SENHOR.
21. Ergue para ti marcos, levanta para ti pirâmides, aplica o coração à vereda, ao caminho em que andaste; regressa, ó virgem de Israel, regressa a estas tuas cidades.
22. Até quando andarás errante, ó filha rebelde? Porque o SENHOR criou uma coisa nova na terra: uma mulher cercará um varão.
23. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda dirão esta palavra na terra de Judá e nas suas cidades, quando eu acabar o seu cativeiro: O SENHOR te abençoe, ó morada de justiça, ó monte de santidade!
24. E nela habitarão Judá e todas as suas cidades juntamente, como também os lavradores e os que andam com o rebanho.
25. Porque satisfiz a alma cansada, e toda a alma entristecida saciei.
26. Sobre isto despertei e olhei, e o meu sono foi doce para mim.
27. Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais.
28. E será que, como velei sobre eles, para arrancar, e para derribar, e para transtornar, e para destruir, e para afligir, assim velarei sobre eles, para edificar e para plantar, diz o SENHOR.
29. Naqueles dias, nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, mas foram os dentes dos filhos que se embotaram.
30. Ao contrário, cada um morrerá pela sua iniqüidade, e de todo homem que comer uvas verdes os dentes se embotarão.
31. Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR.
33. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
34. E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o SENHOR; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
35. Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que fende o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
36. Se se desviarem estas ordenanças de diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a semente de Israel de ser uma nação diante de mim, para sempre.
37. Assim disse o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus para cima, e sondados os fundamentos da terra para baixo, também eu rejeitarei toda a semente de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR.
38. Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que esta cidade será reedificada para o SENHOR, desde a torre de Hananel até à Porta da Esquina.
39. E a linha de medir estender-se-á para diante, até ao outeiro de Garebe, e virar-se-á para Goa.
40. E todo o vale dos cadáveres e da cinza e todos os campos até ao ribeiro de Cedrom, até à esquina da Porta dos Cavalos para o oriente, serão consagrados ao SENHOR; não se arrancarão, nem se derribarão mais, eternamente.
1. Palavra que veio a Jeremias, da parte do SENHOR, no ano décimo de Zedequias, rei de Judá; este ano foi o ano décimo oitavo de Nabucodonosor.
2. ( Cercava, porém, então, o exército do rei da Babilônia a Jerusalém; e Jeremias, o profeta, estava encerrado no pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá;
3. porque Zedequias, rei de Judá, o tinha encerrado, dizendo: Por que profetizas tu, dizendo: Assim diz o SENHOR: Eis que entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, e ele a tomará;
4. e Zedequias, rei de Judá, não escapará das mãos dos caldeus, mas, certamente, será entregue nas mãos do rei da Babilônia e com ele falará boca a boca, e os seus olhos verão os dele;
5. e ele levará Zedequias para a Babilônia e ali estará até que eu o visite, diz o SENHOR; e, ainda que pelejeis contra os caldeus, não ganhareis? )
6. Disse, pois, Jeremias: Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
7. Eis que Hananel, filho de Salum, teu tio, virá a ti, dizendo: Compra para ti a minha herdade que está em Anatote, pois tens o direito de resgate para comprá-la.
8. Veio, pois, a mim Hananel, filho de meu tio, segundo a palavra do SENHOR, ao pátio da guarda, e me disse: Compra, agora, a minha herdade que está em Anatote, na terra de Benjamim, porque teu é o direito de herança, e tens o resgate; compra-a para ti. Então, entendi que isto era a palavra do SENHOR.
9. Comprei, pois, a herdade de Hananel, filho de meu tio, a qual está em Anatote; e pesei-lhe o dinheiro: dezessete siclos de prata.
10. Subscrevi o auto e selei-o; ele foi confirmado por testemunhas, e pesei-lhe o dinheiro numa balança.
11. E tomei o auto da compra, tanto o que estava selado, conforme a lei e os estatutos, como o que estava aberto.
12. E dei o auto da compra a Baruque, filho de Nerias, filho de Maaséias, perante os olhos de Hananel, filho de meu tio, e perante os olhos das testemunhas que subscreveram a escritura da compra e perante os olhos de todos os judeus que se assentavam no pátio da guarda.
13. E dei ordem a Baruque, perante os olhos deles, dizendo:
14. assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Toma estes autos, este auto de compra, tanto o selado como o aberto, e mete-os num vaso de barro, para que se possam conservar muitos dias;
15. porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão casas, e campos, e vinhas nesta terra.
16. E, depois que dei o auto da compra a Baruque, filho de Nerias, orei ao SENHOR, dizendo:
17. Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma.
18. Tu usas de benignidade com milhares e tornas a maldade dos pais ao seio dos filhos depois deles; tu és o grande e poderoso Deus cujo nome é SENHOR dos Exércitos,
19. grande em conselho e magnífico em obras; porque os teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras.
20. Tu puseste sinais e maravilhas na terra do Egito até o dia de hoje, tanto em Israel como entre os outros homens, e te criaste um nome, qual é o que tens neste dia.
21. E tiraste o teu povo de Israel da terra do Egito, com sinais, e com maravilhas, e com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto;
22. e lhe deste esta terra que juraste a seus pais que lhes havias de dar; terra que mana leite e mel.
23. E entraram nela e a possuíram, mas não obedeceram à tua voz, nem andaram na tua lei; tudo o que lhes mandaste que fizessem, eles não o fizeram; pelo que ordenaste lhes sucedesse todo este mal.
24. Eis aqui os valados! Já vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está dada nas mãos dos caldeus, que pelejam contra ela pela espada, e pela fome, e pela pestilência; e o que disseste se cumpriu, e eis aqui o estás presenciando.
25. Contudo, tu me disseste, ó SENHOR Deus: Compra para ti o campo por dinheiro e faze que o atestem testemunhas, embora a cidade esteja já dada nas mãos dos caldeus.
26. Então, veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
27. Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne. Acaso, seria qualquer coisa maravilhosa demais para mim?
28. Portanto, assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos dos caldeus, e nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia; e ele tomá-la-á.
29. E os caldeus, que pelejam contra esta cidade, entrarão nela, porão fogo a esta cidade, e queimarão as casas sobre cujos terraços queimaram incenso a Baal e ofereceram libações a outros deuses, para me provocarem à ira.
30. Porque os filhos de Israel e os filhos de Judá não fizeram senão mal aos meus olhos, desde a sua mocidade; porque os filhos de Israel não fizeram senão provocar-me à ira com as obras das suas mãos, diz o SENHOR.
31. Porque para minha ira e para meu furor me tem sido esta cidade, desde o dia em que a edificaram até ao dia de hoje, para que a tirasse da minha presença,
32. por todas as maldades dos filhos de Israel e dos filhos de Judá que fizeram, para me provocarem à ira, eles e os seus reis, os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus profetas, como também os homens de Judá e os moradores de Jerusalém.
33. E viraram para mim as costas e não o rosto; ainda que eu os ensinava, madrugando e ensinando-os, eles não deram ouvidos para receberem o ensino;
34. antes, puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a profanarem.
35. E edificaram os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.
36. Por isso, agora, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual vós dizeis: Já está dada nas mãos do rei da Babilônia, pela espada, e pela fome, e pela pestilência.
37. Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os houver lançado na minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar e farei que habitem nele seguramente.
38. E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
39. E lhes darei um mesmo coração, e um mesmo caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos, depois deles.
40. E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.
41. E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma.
42. Porque assim diz o SENHOR: Como eu trouxe sobre este povo todo este grande mal, assim eu trarei sobre ele todo o bem que lhes tenho prometido.
43. E comprar-se-ão campos nesta terra, da qual vós dizeis: Está deserta, sem homens nem animais; está dada nas mãos dos caldeus.
44. Comprarão campos por dinheiro, e subscreverão os autos, e os selarão, e farão que os atestem testemunhas na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, e nas cidades das montanhas, e nas cidades das planícies, e nas cidades do Sul; porque os farei voltar do seu cativeiro, diz o SENHOR.
1. E veio a palavra do SENHOR a Jeremias, segunda vez, estando ele ainda encerrado no pátio da guarda, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR que faz isto, o SENHOR que forma isto, para o estabelecer ( o seu nome ): é SENHOR.
3. Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.
4. Porque assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, sobre as casas desta cidade e sobre as casas dos reis de Judá, que foram derribadas com os trabucos e à espada.
5. Eles entraram a pelejar contra os caldeus, mas para que os encha de cadáveres de homens, que feri na minha ira e no meu furor, porquanto escondi o rosto desta cidade, por causa de toda a sua maldade.
6. Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.
7. E removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel e os edificarei como no princípio;
8. e os purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra mim e perdoarei todas as suas iniqüidades com que pecaram contra mim e com que transgrediram contra mim.
9. E esta cidade me servirá de nome de alegria, de louvor e de glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou.
10. Assim diz o SENHOR: Neste lugar ( de que vós dizeis que está deserto, sem homens nem animais ), nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvirá
11. a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque bom é o SENHOR, porque a sua benignidade é para sempre; e a voz dos que trazem louvor à Casa do SENHOR; pois farei que torne o cativeiro da terra como no princípio, diz o SENHOR.
12. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda neste lugar que está deserto, sem homens e sem animais e em todas as suas cidades haverá uma morada de pastores que façam repousar o gado.
13. Nas cidades das montanhas, e nas cidades das planícies, e nas cidades do Sul, e na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, ainda passará o gado pelas mãos dos contadores, diz o SENHOR.
14. Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que cumprirei a palavra boa que falei à casa de Israel e à casa de Judá.
15. Naqueles dias e naquele tempo, farei que brote a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra.
16. Naqueles dias, Judá será salvo, e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É Nossa Justiça.
17. Porque assim diz o SENHOR: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel,
18. nem aos sacerdotes levíticos faltará varão diante de mim, para que ofereça holocausto, e queime oferta de manjares, e faça sacrifício todos os dias.
19. E veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
20. Assim diz o SENHOR: Se puderdes invalidar o meu concerto do dia, e o meu concerto da noite, de tal modo que não haja dia e noite a seu tempo,
21. também se poderá invalidar o meu concerto com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono, como também com os levitas sacerdotes, meus ministros.
22. Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim.
23. E veio ainda a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
24. Não tens visto o que este povo fala, dizendo: As duas gerações que o SENHOR elegeu, agora as rejeitou? E desprezam o meu povo, como se não fora já um povo diante deles.
25. Assim diz o SENHOR: Se o meu concerto do dia e da noite não permanecer, e eu não puser as ordenanças dos céus e da terra,
26. também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua semente quem domine sobre a semente de Abraão, Isaque e Jacó; porque removerei o seu cativeiro e apiedar-me-ei deles.
1. A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão, e todos os povos pelejavam contra Jerusalém e contra todas as suas cidades, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.
3. E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos; e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.
4. Todavia ouve a palavra do SENHOR, ó Zedequias, rei de Judá. Assim diz o SENHOR a teu respeito: Não morrerás à espada.
5. Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo: Ah! Senhor! Porque sou eu que digo a palavra, diz o SENHOR.
6. E anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá, todas estas palavras, em Jerusalém,
7. quando o exército do rei da Babilônia pelejava contra Jerusalém, contra todas as cidades de Judá que ficaram de resto, contra Laquis e contra Azeca; porque estas fortes cidades foram as que ficaram dentre as cidades de Judá.
8. A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez concerto com todo o povo que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade:
9. que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, hebreu ou hebréia, de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos.
10. E ouviram todos os príncipes e todo o povo que entrou no concerto que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; ouviram, pois, e os soltaram.
11. Mas, depois, se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que tinham libertado, e os sujeitaram por servos e por servas.
12. Veio, pois, a palavra do SENHOR a Jeremias, da parte do SENHOR, dizendo:
13. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu fiz concerto com vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da casa da servidão, dizendo:
14. Ao fim de sete anos libertareis cada um a seu irmão hebreu que te for vendido a ti e te houver servido a ti seis anos; e despedi-lo-ás forro de ti; mas vossos pais me não ouviram, nem inclinaram os ouvidos.
15. E vos havíeis, hoje, convertido e tínheis feito o que é reto aos meus olhos, apregoando liberdade cada um ao seu próximo; e tínheis feito diante de mim um concerto, na casa que se chama pelo meu nome.
16. Mudastes, porém, e profanastes o meu nome, e fizestes voltar cada um ao seu servo, e cada um, à sua serva, os quais já tínheis despedido forros, conforme a sua vontade; e os sujeitastes, para que se vos fizessem servos e servas.
17. Portanto, assim diz o SENHOR: Vós não me ouvistes a mim, para apregoardes a liberdade, cada um ao seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregôo a liberdade, diz o SENHOR, para a espada, para a pestilência e para a fome; e dar-vos-ei por espanto a todos os reinos da terra.
18. E entregarei os homens que traspassaram o meu concerto, que não confirmaram as palavras do concerto, como eles fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções.
19. Os príncipes de Judá, e os príncipes de Jerusalém, e os eunucos, e os sacerdotes, e todo o povo da terra que passou por meio das porções do bezerro,
20. entregá-los-ei, digo, nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, e os cadáveres deles servirão de mantimento às aves dos céus e aos animais da terra.
21. E até o rei Zedequias, rei de Judá, e seus príncipes entregarei nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, e nas mãos do exército do rei da Babilônia, que já se retirou de vós.
22. Eis que eu darei ordem, diz o SENHOR, e os farei tornar a esta cidade, e pelejarão contra ela, e a tomarão, e a queimarão; e as cidades de Judá porei em assolação, de sorte que ninguém habite nelas.
1. Palavra que do SENHOR veio a Jeremias, nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
2. Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à Casa do SENHOR, a uma das câmaras, e dá-lhes vinho a beber.
3. Então, tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas;
4. e os levei à Casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem de Deus, que está junto à câmara dos príncipes, que está sobre a câmara de Maaséias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
5. e pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e disse-lhes: Bebei vinho.
6. Mas eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;
7. não edificareis casa, nem semeareis semente, não plantareis, nem possuireis vinha alguma; mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra em que vós andais peregrinando.
8. Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou; de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;
9. nem edificamos casas para nossa habitação, nem temos vinha, nem campo, nem semente,
10. mas habitamos em tendas. Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai.
11. Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei da Babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus e por causa do exército dos siros; e assim ficamos em Jerusalém.
12. Então, veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
13. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Vai e dize aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém: Porventura, nunca aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras? —diz o SENHOR.
14. As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberam até este dia; antes, ouviram o mandamento de seu pai; a mim, porém, que vos tenho falado a vós, madrugando e falando, vós não me ouvistes.
15. E vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando, e enviando, e dizendo: Convertei-vos, agora, cada um do seu mau caminho, e fazei boas as vossas ações, e não sigais a outros deuses para servi-los; e assim ficareis na terra que vos dei a vós e a vossos pais; mas não inclinastes os ouvidos, nem me obedecestes a mim.
16. Visto que os filhos de Jonadabe, filho de Recabe, guardaram o mandamento de seu pai, que ele lhes ordenou, mas este povo não me obedeceu,
17. assim diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre Judá e sobre todos os moradores de Jerusalém todo o mal que falei contra eles; pois lhes tenho falado, e não ouviram; e clamei a eles, e não responderam.
18. E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou,
19. assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias.
1. Sucedeu, pois, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, que veio esta palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
2. Toma o rolo de um livro e escreve nele todas as palavras que te tenho falado sobre Israel, e sobre Judá, e sobre todas as nações, desde o dia em que eu te falei a ti, desde os dias de Josias até hoje.
3. Ouvirão, talvez, os da casa de Judá todo o mal que eu intento fazer-lhes, para que cada qual se converta do seu mau caminho, e eu perdoe a sua maldade e o seu pecado.
4. Então, Jeremias chamou a Baruque, filho de Nerias; e escreveu Baruque da boca de Jeremias todas as palavras do SENHOR, que ele lhe tinha revelado, no rolo de um livro.
5. E Jeremias deu ordem a Baruque, dizendo: Eu estou encerrado e não posso entrar na Casa do SENHOR.
6. Entra, pois, tu e lê pelo rolo que escreveste da minha boca as palavras do SENHOR aos ouvidos do povo, na Casa do SENHOR, no dia de jejum; e também aos ouvidos de todo o Judá vindo das suas cidades as lerás.
7. Pode ser que caia a sua súplica diante do SENHOR, e se converta cada um do seu mau caminho, porque grande é a ira e o furor que o SENHOR tem manifestado contra este povo.
8. E fez Baruque, filho de Nerias, conforme tudo quanto lhe havia ordenado Jeremias, o profeta, lendo naquele livro as palavras do SENHOR na Casa do SENHOR.
9. E aconteceu, no ano quinto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, no mês nono, que apregoaram jejum diante do SENHOR a todo o povo em Jerusalém, como também a todo o povo que vinha das cidades de Judá a Jerusalém.
10. Leu, pois, Baruque naquele livro as palavras de Jeremias na Casa do SENHOR, na câmara de Gemarias, filho de Safã, o escriba, no átrio superior, à entrada da Porta Nova da Casa do SENHOR, aos ouvidos de todo o povo.
11. E, ouvindo Miquéias, filho de Gemarias, filho de Safã, todas as palavras do SENHOR, naquele livro,
12. desceu à casa do rei, à câmara do escriba. E eis que todos os príncipes estavam ali assentados: Elisama, o escriba; e Delaías, filho de Semaías; e Elnatã, filho de Acbor; e Gemarias, filho de Safã; e Zedequias, filho de Hananias; e todos os outros príncipes.
13. E Miquéias anunciou-lhes todas as palavras que ouvira, lendo-as Baruque, pelo livro, aos ouvidos do povo.
14. Então, todos os príncipes mandaram Jeudi, filho de Netanias, filho de Selemias, filho de Cusi, dizer a Baruque: O rolo que leste aos ouvidos do povo, toma-o nas tuas mãos, e vem. E Baruque, filho de Nerias, tomou o rolo nas suas mãos, e veio a eles.
15. E disseram-lhe: Assenta-te, agora, e lê-o aos nossos ouvidos. E leu Baruque aos ouvidos deles.
16. E sucedeu que, ouvindo eles todas aquelas palavras, se voltaram temerosos uns para os outros e disseram a Baruque: Sem dúvida nenhuma, anunciaremos ao rei todas estas palavras.
17. E perguntaram a Baruque, dizendo: Declara-nos, agora, como escreveste da sua boca todas estas palavras.
18. E disse-lhes Baruque: Com a sua boca, ditava-me todas estas palavras, e eu as escrevia, no livro, com tinta.
19. Então, disseram os príncipes a Baruque: Vai e esconde-te, tu e Jeremias, e ninguém saiba onde estais.
20. E foram ter com o rei ao átrio; mas depositaram o rolo na câmara de Elisama, o escriba, e anunciaram aos ouvidos do rei todas aquelas palavras.
21. Então, enviou o rei a Jeudi, para que trouxesse o rolo; e Jeudi tomou-o da câmara de Elisama, o escriba, e leu-o aos ouvidos do rei e aos ouvidos de todos os príncipes que estavam em torno do rei.
22. ( Estava, então, o rei assentado na casa de inverno, pelo nono mês; e estava diante dele um braseiro aceso. )
23. E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, cortou-o o rei com um canivete de escrivão e lançou-o ao fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro.
24. E não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras.
25. Posto que Elnatã, e Delaías, e Gemarias tivessem pedido ao rei que não queimasse o rolo, ele não lhes deu ouvidos;
26. antes, deu ordem o rei a Jerameel, filho de Hameleque, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de Abdeel, que prendessem Baruque, o escrivão, e Jeremias, o profeta. Mas o SENHOR tinha-os escondido.
27. Então, veio a Jeremias a palavra do SENHOR, depois que o rei queimara o rolo, com as palavras que Baruque escrevera da boca de Jeremias, dizendo:
28. Toma ainda outro rolo e escreve nele todas as palavras que estavam no primeiro volume, o qual Jeoaquim, rei de Judá, queimou.
29. E a Jeoaquim, rei de Judá, dirás: Assim diz o SENHOR: Tu queimaste este rolo, dizendo: Por que escreveste nele anunciando: Certamente, virá o rei da Babilônia, e destruirá esta terra, e fará cessar nela homens e animais?
30. Portanto, assim diz o SENHOR acerca de Jeoaquim, rei de Judá: Não terá quem se assente sobre o trono de Davi, e será lançado o seu cadáver ao calor de dia e à geada de noite.
31. E visitarei sobre ele, e sobre a sua semente, e sobre os seus servos a sua iniqüidade; e trarei sobre ele, e sobre os moradores de Jerusalém, e sobre os homens de Judá todo aquele mal que lhes tenho falado sem que me ouvissem.
32. Tomou, pois, Jeremias outro rolo e o deu a Baruque, filho de Nerias, o escrivão, o qual escreveu nele, da boca de Jeremias, todas as palavras do livro que Jeoaquim, rei de Judá, tinha queimado; e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes.
1. E reinou o rei Zedequias, filho de Josias, em lugar de Conias, filho de Jeoaquim, a quem Nabucodonosor, rei da Babilônia, constituiu rei na terra de Judá.
2. Mas nem ele, nem os seus servos, nem o povo da terra deram ouvidos às palavras do SENHOR que falou pelo ministério de Jeremias, o profeta.
3. Contudo, mandou o rei Zedequias a Jucal, filho de Selemias, e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, ao profeta Jeremias, para lhe dizerem: Roga, agora, por nós ao SENHOR, nosso Deus.
4. E entrava e saía Jeremias entre o povo, porque não o tinham encerrado na prisão.
5. Contudo, o exército de Faraó saiu do Egito; ouvindo os caldeus que tinham sitiado Jerusalém esta notícia, retiraram-se de Jerusalém.
6. Então, veio a Jeremias, o profeta, a palavra do SENHOR, dizendo:
7. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Assim direis ao rei de Judá, que vos enviou a mim, para se informar: Eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socorro, voltará para a sua terra no Egito.
8. E voltarão os caldeus, e pelejarão contra esta cidade, e a tomarão, e a queimarão.
9. Assim diz o SENHOR: Não enganeis a vossa alma, dizendo: Sem dúvida, se irão os caldeus de nós; porque não se irão.
10. Porque, ainda que ferísseis a todo o exército dos caldeus que peleja contra vós, e ficassem deles apenas homens traspassados, cada um se levantaria na sua tenda e queimaria a fogo esta cidade.
11. E sucedeu que, subindo de Jerusalém o exército dos caldeus, por causa do exército de Faraó,
12. saiu Jeremias de Jerusalém, a fim de ir à terra de Benjamim para receber a sua parte no meio do povo.
13. Estando ele à porta de Benjamim, achava-se ali um capitão da guarda, cujo nome era Jerias, filho de Selemias, filho de Hananias, o qual prendeu a Jeremias, o profeta, dizendo: Tu foges para os caldeus.
14. E Jeremias disse: Isso é falso; não fujo para os caldeus. Mas ele não lhe deu ouvidos; e assim Jerias prendeu a Jeremias e o levou aos príncipes.
15. E os príncipes se iraram muito contra Jeremias, e o feriram, e o puseram na prisão, na casa de Jônatas, o escrivão; porque a tinham transformado em cárcere.
16. Entrando, pois, Jeremias na casa do calabouço e nas suas celas, ficou ali Jeremias muitos dias.
17. E mandou o rei Zedequias soltá-lo. Então, o rei lhe perguntou em sua casa, em segredo, dizendo: Há alguma palavra do SENHOR? E disse Jeremias: Há. E disse ainda: Na mão do rei da Babilônia serás entregue.
18. Disse mais Jeremias ao rei Zedequias: Em que tenho pecado contra ti, e contra os teus servos, e contra este povo, para que me pusésseis na prisão?
19. Onde estão, agora, os vossos profetas que vos profetizavam, dizendo: O rei da Babilônia não virá contra vós nem contra esta terra?
20. Agora, pois, ó rei, meu senhor, caia a minha súplica diante de ti: não me deixes tornar à casa de Jônatas, o escriba, para que não venha a morrer ali.
21. Então, ordenou o rei Zedequias que pusessem Jeremias no átrio da guarda; e deram-lhe um bolo de pão cada dia, da rua dos padeiros, até que se acabou todo o pão da cidade. Assim, ficou Jeremias no átrio da guarda.
1. Ouviu, pois, Sefatias, filho de Matã, e Gedalias, filho de Pasur, e Jucal, filho de Selemias, e Pasur, filho de Malquias, as palavras que anunciava Jeremias a todo o povo, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR: Aquele que ficar nesta cidade morrerá à espada, à fome e de pestilência; mas quem for para os caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo, e viverá.
3. Assim diz o SENHOR: Esta cidade, infalivelmente, será entregue nas mãos do exército do rei da Babilônia, e ele a tomará.
4. E disseram os príncipes ao rei: Morra este homem, visto que ele, assim, enfraquece as mãos dos homens de guerra que restam nesta cidade e as mãos de todo o povo, dizendo-lhes tais palavras; porque este homem não busca a paz para este povo, senão o mal.
5. E disse o rei Zedequias: Eis que ele está na vossa mão, porque o rei nada pode contra vós.
6. Então, tomaram Jeremias e o lançaram no calabouço de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram Jeremias com cordas; mas, no calabouço, não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama.
7. Ouviu, pois, Ebede-Meleque, o etíope, um eunuco que, então, estava na casa do rei, que tinham metido a Jeremias no calabouço. Estava, porém, o rei assentado à Porta de Benjamim.
8. Logo, Ebede-Meleque saiu da casa do rei e falou ao rei, dizendo:
9. Ó rei, senhor meu, agiram mal estes homens em tudo quanto fizeram a Jeremias, o profeta, lançando-o no calabouço; decerto, morreria de fome no lugar onde se acha, pois não há mais pão na cidade.
10. Então, deu ordem o rei a Ebede-Meleque, o etíope, dizendo: Toma contigo daqui trinta homens e tira Jeremias, o profeta, do calabouço, antes que morra.
11. E tomou Ebede-Meleque os homens consigo, e foi à casa do rei, por debaixo da tesouraria, e tomou dali uns trapos velhos e rotos e roupas velhas em bocados, e desceu-os a Jeremias, no calabouço, por meio de cordas.
12. E disse Ebede-Meleque, o etíope, a Jeremias: Põe, agora, estes trapos velhos e rotos, já apodrecidos, nas covas dos teus braços, por debaixo das cordas. E Jeremias o fez assim.
13. E puxaram a Jeremias com as cordas e o tiraram do calabouço; e ficou Jeremias no átrio da guarda.
14. Então, enviou o rei Zedequias e fez vir à sua presença Jeremias, o profeta, à terceira entrada, que estava na Casa do SENHOR; e disse o rei a Jeremias: Pergunto-te uma coisa; não me encubras nada.
15. Disse Jeremias a Zedequias: Se eu ta declarar, com certeza, não me matarás? E, aconselhando-te eu, ouvir-me-ás?
16. Então, jurou o rei Zedequias a Jeremias, em segredo, dizendo: Vive o SENHOR, que nos fez esta alma, que não te matarei, nem te entregarei nas mãos destes homens que procuram a tua morte.
17. Então, Jeremias disse a Zedequias: Assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Se, voluntariamente, saíres, aos príncipes do rei da Babilônia, então, viverá a tua alma, e esta cidade não será queimada, e viverás tu e a tua casa.
18. Mas, se não saíres aos príncipes do rei da Babilônia, então, será entregue esta cidade nas mãos dos caldeus, e eles a queimarão, e tu não escaparás das mãos deles.
19. Então, disse o rei Zedequias a Jeremias: Receio-me dos judeus que se passaram para os caldeus; que me entreguem nas suas mãos e escarneçam de mim.
20. Disse Jeremias: Não te entregarão; ouve, te peço, a voz do SENHOR, conforme a qual eu te falo; e bem te irá, e viverá a tua alma.
21. Mas, se tu não quiseres sair, esta é a palavra que me mostrou o SENHOR.
22. Eis que todas as mulheres que ficaram na casa do rei de Judá serão levadas aos príncipes do rei da Babilônia, e elas mesmas dirão: Os teus pacificadores te incitaram e prevaleceram contra ti; e, agora, que se atolaram os teus pés na lama, eles voltaram atrás.
23. Assim, a todas as tuas mulheres e a teus filhos levarão aos caldeus, e tu não escaparás das suas mãos; antes, pela mão do rei da Babilônia, serás preso, e esta cidade ele queimará.
24. Então, disse Zedequias a Jeremias: Ninguém saiba estas palavras, e não morrerás.
25. E, quando os príncipes, ouvindo que falei contigo, vierem a ti e te disserem: Declara-nos, agora, o que disseste ao rei; não no-lo encubras, e não te mataremos; e disserem também: Que te disse o rei?
26. Então, lhes dirás: Eu lancei a minha súplica diante do rei, para que não me fizesse tornar à casa de Jônatas, para morrer ali.
27. Vindo, pois, todos os príncipes a Jeremias e interrogando-o, declarou-lhes conforme todas as palavras que o rei lhe havia ordenado; e o deixaram, porque não se revelou o negócio.
28. E ficou Jeremias no átrio da guarda até o dia em que foi tomada Jerusalém e ainda ali estava quando foi tomada Jerusalém.
1. No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército contra Jerusalém e a cercaram.
2. No ano undécimo de Zedequias, no quarto mês, aos nove do mês, se fez a brecha na cidade.
3. E entraram todos os príncipes do rei da Babilônia, e pararam na Porta do Meio, os quais eram Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos os outros príncipes do rei da Babilônia.
4. E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros; e saiu pelo caminho da campina.
5. Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou.
6. E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei da Babilônia todos os nobres de Judá.
7. E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia.
8. E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.
9. E o resto do povo que ficara na cidade, e os rebeldes que se tinham passado para ele, e o resto do povo que ficou levou Nebuzaradã, capitão da guarda, para Babilônia.
10. Mas os pobres de entre o povo, que não tinham nada, deixou Nebuzaradã, capitão da guarda, na terra de Judá; e deu-lhes vinhas e campos naquele dia.
11. Mas Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia ordenado acerca de Jeremias, a Nebuzaradã, capitão dos da guarda, dizendo:
12. Toma-o, e põe sobre ele os olhos, e não lhe faças nenhum mal; antes, como ele te disser, assim procederás para com ele.
13. Deste modo, Nebuzaradã, capitão dos da guarda, ordenou a Nebusazbã, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague e todos os príncipes do rei da Babilônia.
14. Mandaram retirar Jeremias do átrio da guarda e o entregaram a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, para que o levasse à sua casa; e ele ficou entre o povo.
15. Ora, tinha vindo a Jeremias a palavra do SENHOR, estando ele ainda encerrado no átrio da guarda, dizendo:
16. Vai e fala a Ebede-Meleque, o etíope, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu trarei as minhas palavras sobre esta cidade para mal e não para bem; e se cumprirão diante de ti naquele dia.
17. A ti, porém, eu livrarei naquele dia, diz o SENHOR, e não serás entregue nas mãos dos homens perante cuja face tu temes.
18. Porque, certamente, te salvarei, e não cairás à espada; mas a tua alma terás por despojo, porquanto confiaste em mim, diz o SENHOR.
1. Palavra que veio a Jeremias, da parte do SENHOR, depois que Nebuzaradã, capitão da guarda, o deixou ir de Ramá, quando o tomou, estando ele atado com cadeias no meio de todos os do cativeiro de Jerusalém e de Judá, que foram levados cativos para a Babilônia;
2. porque o capitão da guarda levou a Jeremias e lhe disse. O SENHOR, teu Deus, pronunciou este mal contra este lugar;
3. e o SENHOR o trouxe e fez como tinha dito, porque pecastes contra o SENHOR e não obedecestes à sua voz; pelo que vos sucedeu tudo isto.
4. Agora, pois, eis que te soltei, hoje, das cadeias que estavam sobre as tuas mãos. Se te apraz vir comigo para a Babilônia, vem, e eu velarei por ti; mas, se te não apraz vir comigo para Babilônia, deixa de vir. Olha: toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos que vás, para ali vai.
5. Mas, como ele ainda não tinha voltado, disse-lhe: Volta a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, a quem o rei da Babilônia pôs sobre as cidades de Judá, e habita com ele no meio do povo; ou, se para qualquer outra parte te aprouver ir, vai. Deu-lhe o capitão da guarda sustento para o caminho e um presente e o deixou ir.
6. Assim, veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a Mispa e habitou com ele no meio do povo que havia ficado na terra.
7. Ouvindo, pois, todos os príncipes dos exércitos que estavam no campo, eles e os seus homens, que o rei da Babilônia tinha posto sobre a terra a Gedalias, filho de Aicão, e que lhe havia confiado os homens, e as mulheres, e os meninos, e os mais pobres da terra, que não foram levados cativos para a Babilônia,
8. vieram ter com Gedalias, a Mispa; e eram: Ismael, filho de Netanias, e Joanã e Jônatas, filhos de Careá, e Seraías, filho de Tanumete, e os filhos de Efai, o netofatita, e Jezanias, filho de um maacatita, eles e os seus homens.
9. Jurou Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, a eles e aos seus homens, dizendo: Não temais servir aos caldeus; ficai na terra e servi ao rei da Babilônia, e bem vos irá.
10. Eu, porém, eis que habito em Mispa, para estar às ordens dos caldeus que vierem a nós; e vós, recolhei o vinho, e as frutas de verão, e o azeite, e metei-os nas vossas vasilhas, e habitai nas cidades que tomastes.
11. Do mesmo modo, quando todos os judeus que estavam em Moabe, e entre os filhos de Amom, e em Edom, e os que havia em todas aquelas terras ouviram que o rei da Babilônia havia deixado um resto em Judá e que havia posto sobre eles a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã,
12. tornaram, então, todos os judeus de todos os lugares para onde foram lançados, e vieram à terra de Judá, a Gedalias, a Mispa, e recolheram vinho e frutas do verão com muita abundância.
13. Joanã, filho de Careá, e todos os príncipes dos exércitos que estavam no campo vieram a Gedalias, a Mispa.
14. E disseram-lhe: Bem sabes que Baalis, rei dos filhos de Amom, enviou a Ismael, filho de Netanias, para te tirar a vida. Mas não lhes deu crédito Gedalias, filho de Aicão.
15. Todavia, Joanã, filho de Careá, falou a Gedalias em segredo, em Mispa, dizendo: Irei, agora, e ferirei a Ismael, filho de Netanias, sem que ninguém o saiba. Por que razão te tiraria ele a vida, e todo o Judá que se tem congregado a ti seria disperso, e pereceria o resto de Judá?
16. Mas disse Gedalias, filho de Aicão, a Joanã, filho de Careá: Não faças tal coisa, porque falas falsamente contra Ismael.
1. Sucedeu, porém, no mês sétimo, que veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de sangue real, e os capitães do rei, a saber, dez homens com ele, a Gedalias, filho de Aicão, a Mispa; e ali eles comeram pão juntos em Mispa.
2. E levantou-se Ismael, filho de Netanias, com os dez homens que estavam com ele, e feriram a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, à espada, matando, assim, aquele que o rei da Babilônia havia posto sobre a terra.
3. Também feriu Ismael todos os judeus que estavam com Gedalias em Mispa, como também aos caldeus, homens de guerra, que se achavam ali.
4. Sucedeu, pois, no dia seguinte, depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber,
5. que vieram homens de Siquém, de Siló e de Samaria, oitenta homens, com a barba rapada, e as vestes rasgadas, e o corpo retalhado; e traziam nas suas mãos ofertas de manjares e incenso, para levarem à Casa do SENHOR.
6. E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias, desde Mispa, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os, lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão.
7. Sucedeu, porém, que, indo eles até ao meio da cidade, matou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou num poço, ele e os homens que estavam com ele.
8. Mas houve entre eles dez homens que disseram a Ismael: Não nos mates a nós; porque temos no campo tesouros escondidos, trigo, e cevada, e azeite, e mel. E ele, por isso, os deixou e não os matou, como a seus irmãos.
9. E o poço em que Ismael lançou todos os cadáveres dos homens que feriu por causa de Gedalias é o mesmo que fez o rei Asa, por causa de Baasa, rei de Israel; foi esse mesmo que Ismael, filho de Netanias, encheu de mortos.
10. E Ismael levou cativo a todo o resto do povo que estava em Mispa; as filhas do rei, e todo o povo que ficara em Mispa, que Nebuzaradã, capitão da guarda, havia confiado a Gedalias, filho de Aicão, levou-os cativos Ismael, filho de Netanias; e foi-se, para passar aos filhos de Amom.
11. Ouvindo, pois, Joanã, filho de Careá, e todos os príncipes dos exércitos que estavam com ele todo o mal que havia feito Ismael, filho de Netanias,
12. tomaram todos os seus homens e foram pelejar contra Ismael, filho de Netanias; e acharam-no ao pé das muitas águas que há em Gibeão.
13. E aconteceu que, vendo todo o povo que estava com Ismael a Joanã, filho de Careá, e a todos os príncipes dos exércitos que vinham com ele, se alegrou.
14. E todo o povo que Ismael levara cativo de Mispa virou as costas, e voltou, e foi para Joanã, filho de Careá.
15. Mas Ismael, filho de Netanias, escapou com oito homens de diante de Joanã e se foi para os filhos de Amom.
16. Então, tomou Joanã, filho de Careá, e todos os príncipes dos exércitos que estavam com ele a todo o resto do povo que ele havia recobrado de Ismael, filho de Netanias, desde Mispa, depois que tinha sido ferido Gedalias, filho de Aicão, e aos homens valentes de guerra, e às mulheres, e aos meninos, e aos eunucos que havia recobrado de Gibeão.
17. E partiram, indo habitar em Gerute-Quimã, que está perto de Belém, para dali entrarem no Egito,
18. por causa dos caldeus; porque os temiam, por ter Ismael, filho de Netanias, ferido a Gedalias, filho de Aicão, a quem o rei da Babilônia tinha posto sobre a terra.
1. Então, chegaram todos os príncipes dos exércitos, e Joanã, filho de Careá, e Jezanias, filho de Hosaías, e todo o povo, desde o menor até ao maior,
2. e disseram a Jeremias, o profeta: Caia, agora, a nossa súplica diante de ti, e roga por nós ao SENHOR, teu Deus, por todo este resto; porque de muitos restamos uns poucos, como vêem os teus olhos;
3. para que o SENHOR, teu Deus, nos ensine o caminho por onde havemos de andar e aquilo que havemos de fazer.
4. E disse-lhes Jeremias, o profeta: Eu vos ouvi; eis que orarei ao SENHOR, vosso Deus, conforme as vossas palavras; e seja o que for que o SENHOR vos responder, eu vo-lo declararei; não vos ocultarei nada.
5. Então, eles disseram a Jeremias: Seja o SENHOR entre nós testemunha da verdade e fidelidade, se não fizermos conforme toda a palavra com que te enviar a nós o SENHOR, teu Deus.
6. Seja ela boa ou seja má, à voz do SENHOR, nosso Deus, a quem te enviamos, obedeceremos, para que nos suceda bem, obedecendo à voz do SENHOR, nosso Deus.
7. E sucedeu que, ao fim de dez dias, veio a palavra do SENHOR a Jeremias.
8. Então, chamou a Joanã, filho de Careá, e a todos os príncipes dos exércitos que havia com ele, e a todo o povo, desde o menor até ao maior,
9. e disse-lhes: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, a quem me enviastes, para lançar a vossa súplica diante dele:
10. Se de boa mente ficardes nesta terra, então, vos edificarei e não vos derribarei; e vos plantarei e não vos arrancarei, porque estou arrependido do mal que vos tenho feito.
11. Não temais o rei da Babilônia, a quem vós temeis; não o temais, diz o SENHOR, porque eu sou convosco, para vos salvar e para vos fazer livrar das suas mãos.
12. E vos farei misericórdia, para que ele tenha misericórdia de vós e vos faça voltar à vossa terra.
13. Mas, se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra, não obedecendo à voz do SENHOR, vosso Deus,
14. dizendo: Não; antes, iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos.
15. Nesse caso, ouvi a palavra do SENHOR, ó resto de Judá; assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Se vós, absolutamente, puserdes o vosso rosto para entrardes no Egito e entrardes para lá peregrinar;
16. acontecerá, então, que a espada que vós temeis ali vos alcançará na terra do Egito, e a fome que vós receais estará convosco no Egito, e ali morrereis.
17. Assim será com todos os homens que puseram o seu rosto para entrarem no Egito, a fim de lá peregrinarem: morrerão à espada, à fome e da peste; e deles não haverá quem reste e escape do mal que eu farei vir sobre eles.
18. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Como se derramaram a minha ira e a minha indignação sobre os habitantes de Jerusalém, assim se derramará a minha indignação sobre vós, quando entrardes no Egito; e sereis uma maldição, e um espanto, e uma execração, e um opróbrio e não vereis mais este lugar.
19. Falou o SENHOR acerca de vós, ó resto de Judá: Não entreis no Egito. Sabei, decerto, que testifiquei contra vós, hoje.
20. Porquanto, enganastes a vossa alma, pois me enviastes ao SENHOR, vosso Deus, dizendo: Ora por nós ao SENHOR, nosso Deus; e, conforme tudo o que disser o SENHOR, Deus nosso, declara-no-lo assim, e o faremos.
21. E vo-lo tenho declarado hoje; mas não destes ouvidos à voz do SENHOR, vosso Deus, em coisa alguma pela qual ele me enviou a vós.
22. Agora, pois, sabei, por certo, que à espada, à fome e da peste morrereis no mesmo lugar onde desejastes entrar, para lá peregrinardes.
1. E sucedeu que, acabando Jeremias de anunciar a todo o povo todas as palavras do SENHOR, Deus deles, com as quais o SENHOR, Deus deles, o havia enviado, e que foram todas aquelas palavras,
2. então, falou Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens soberbos, dizendo a Jeremias: Tu dizes mentiras; o SENHOR, nosso Deus, não te enviou a dizer: Não entreis no Egito, para lá peregrinardes.
3. Baruque, filho de Nerias, é que te incita contra nós, para nos entregar nas mãos dos caldeus, para eles nos matarem ou para nos transportarem para a Babilônia.
4. Não obedeceu, pois, Joanã, filho de Careá, nem nenhum de todos os príncipes dos exércitos, nem o povo todo à voz do SENHOR, para ficarem na terra de Judá.
5. Antes, tomou Joanã, filho de Careá, e todos os príncipes dos exércitos a todo o resto de Judá que havia voltado dentre todas as nações para onde haviam sido lançados com o fim de peregrinarem na terra de Judá;
6. aos homens, e às mulheres, e aos meninos, e às filhas do rei, e a toda alma que deixara Nebuzaradã, capitão da guarda, com Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã; como também a Jeremias, o profeta, e a Baruque, filho de Nerias.
7. E entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do SENHOR; e vieram até Tafnes.
8. Então, veio a palavra do SENHOR a Jeremias, em Tafnes, dizendo:
9. Toma na tua mão pedras grandes e esconde-as entre o barro no forno que está à porta da casa de Faraó em Tafnes, perante os olhos de homens judeus.
10. E dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu enviarei, e tomarei a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras que escondi; e ele estenderá a sua tenda real sobre elas.
11. E virá e ferirá a terra do Egito: quem para a morte, para a morte; e quem para o cativeiro, para o cativeiro; e quem para a espada, para a espada.
12. E lançarei fogo às casas dos deuses do Egito, e ele queimá-los-á e levá-los-á cativos; e ornar-se-á da terra do Egito, como veste o pastor sua veste, e sairá dali em paz.
13. E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito queimará.
1. Palavra que veio a Jeremias acerca de todos os judeus habitantes da terra do Egito, que habitavam em Migdol, e em Tafnes, e em Nofe, e na terra de Patros, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Vós vistes todo o mal que fiz cair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá; e eis que elas são, hoje, um deserto, e ninguém habita nelas;
3. por causa da sua maldade que fizeram, para me irarem, indo queimar incenso e servir a deuses estranhos, que eles nunca conheceram, eles, vós e vossos pais.
4. E eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que aborreço.
5. Mas eles não deram ouvidos, nem inclinaram os ouvidos, para se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a deuses estranhos.
6. Derramaram-se, pois, a minha indignação e a minha ira e acenderam-se nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; e elas tornaram-se em deserto e em assolação, como hoje se vê.
7. Agora, pois, assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Por que fazeis vós tão grande mal contra a vossa alma, para desarraigardes ao homem, e à mulher, à criança, e ao que mama do meio de Judá, a fim de não deixardes ali resto algum;
8. irando-me com as obras de vossas mãos, queimando incenso a deuses estranhos na terra do Egito, onde vós entrastes, para lá peregrinardes, para que a vós mesmos vos desarraigueis e para que sirvais de maldição, de opróbrio entre todas as nações da terra?
9. Esquecestes já as maldades de vossos pais, e as maldades dos reis de Judá, e as maldades das suas mulheres, e as vossas maldades, e as maldades das vossas mulheres, que cometeram na terra de Judá e nas ruas de Jerusalém?
10. Não se humilharam até ao dia de hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de vossos pais.
11. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o rosto contra vós, para mal e para desarraigar a todo o Judá.
12. E tomarei o resto de Judá, que pôs o rosto para entrar na terra do Egito, a fim de lá peregrinar; e ele será todo consumido na terra do Egito; cairá à espada e de fome morrerá; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e à fome morrerão e serão uma execração, e um espanto, e uma maldição, e um opróbrio.
13. Porque visitarei os que habitam na terra do Egito, como visitei Jerusalém, com a espada, com a fome e com a peste.
14. De maneira que não haverá quem escape e fique da parte remanescente do Judá que entrou na terra do Egito, a fim de lá peregrinar, para tornar à terra de Judá, à qual era grande desejo da sua alma voltar e habitar lá; mas não tornarão senão os que escaparem.
15. Então, responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam incenso a deuses estranhos e todas as mulheres que estavam em pé em grande multidão, como também todo o povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo:
16. Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do SENHOR, não te obedeceremos a ti;
17. antes, certamente, cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; e tivemos, então, fartura de pão, e andávamos alegres, e não vimos mal algum.
18. Mas, desde que cessamos de queimar incenso à Rainha dos Céus e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo e fomos consumidos pela espada e pela fome.
19. Quando nós queimávamos incenso à Rainha dos Céus e lhe oferecíamos libações, fizemos-lhe bolos para a adorar e oferecemos-lhe libações sem nossos maridos?
20. Então, disse Jeremias a todo o povo, aos homens e às mulheres, e a todo o povo que lhe havia dado esta resposta, dizendo:
21. Porventura, não se lembrou o SENHOR, e não lhe subiu ao coração o incenso que queimastes nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós e vossos pais, vossos reis e vossos príncipes, como também o povo da terra?
22. De maneira que o SENHOR não podia por mais tempo sofrer a maldade das vossas ações, as abominações que cometestes; pelo que se tornou a vossa terra em deserto, e em espanto, e em maldição, sem habitantes, como hoje se vê.
23. Visto que queimastes incenso, e pecastes contra o SENHOR, e não obedecestes à voz do SENHOR, e na sua lei e nos seus testemunhos não andastes, vos sucedeu este mal, como se vê neste dia.
24. Disse mais Jeremias a todo o povo e a todas as mulheres: Ouvi a palavra do SENHOR, vós, todo o Judá que estais na terra do Egito.
25. Assim fala o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulheres não somente falastes por vossa boca, senão também o fizestes por vossas mãos, dizendo: Certamente, cumpriremos os nossos votos que fizemos, de queimar incenso à Rainha dos Céus e de lhe oferecer libações; perfeitamente confirmastes os vossos votos e perfeitamente cumpristes os vossos votos.
26. Portanto, ouvi a palavra do SENHOR, todo o Judá que habitais na terra do Egito: Eis que eu juro pelo meu grande nome, diz o SENHOR, que nunca mais será pronunciado o meu nome pela boca de homem de Judá em toda a terra do Egito, dizendo: Vive o Senhor JEOVÁ!
27. Eis que velarei sobre eles para mal e não para bem; e serão consumidos todos os homens de Judá que estão na terra do Egito à espada e à fome, até que se acabem de todo.
28. E os que escaparem da espada tornarão da terra do Egito à terra de Judá, poucos em número; e saberá todo o resto de Judá que entrou na terra do Egito, para peregrinar ali, se subsistirá a minha palavra ou a sua.
29. E isto vos servirá de sinal, diz o SENHOR, que eu vos castigarei neste lugar, para que saibais que, certamente, subsistirão as minhas palavras contra vós para mal.
30. Assim diz o SENHOR: Eis que eu entregarei o Faraó Hofra, rei do Egito, nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, como entreguei Zedequias, rei de Judá, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, seu inimigo e que procurava a sua morte.
1. Palavra que falou Jeremias, o profeta, a Baruque, filho de Nerias, escrevendo ele aquelas palavras, num livro, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
2. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque:
3. Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza à minha dor! Estou cansado do meu gemido e não acho descanso.
4. Isto lhe dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que o que edifiquei eu derribo e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.
5. E procuras tu grandezas? Não as busques, porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; a ti, porém, darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.
1. Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, o profeta, contra as nações.
2. Acerca do Egito, contra o exército de Faraó Neco, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates, em Carquemis; ao qual feriu Nabucodonosor, rei da Babilônia, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá:
3. Preparai o escudo e o pavês e chegai-vos para a peleja.
4. Selai os cavalos, e montai, cavaleiros, e apresentai-vos com elmos; alimpai as lanças e vesti-vos de couraças.
5. Por que razão vejo os medrosos voltando as costas? Os seus heróis estão abatidos e vão fugindo, sem olharem para trás; terror há ao redor, diz o SENHOR.
6. Não fuja o ligeiro, e não escape o herói; para a banda do Norte, junto à borda do rio Eufrates, tropeçaram e caíram.
7. Quem é este que vem subindo como o Nilo e cujas águas se movem como os rios?
8. O Egito vem subindo como o Nilo, e as suas águas se movem como os rios; ele disse: Subirei, cobrirei a terra, destruirei a cidade e os que habitam nela.
9. Avançai, ó cavalos, e estrondeai, ó carros, e saiam os valentes: os etíopes, e os de Pute, que tomam o escudo, e os lídios, que tomam e entesam o arco.
10. Porque este dia é o dia do Senhor JEOVÁ dos Exércitos, dia de vingança para se vingar dos seus adversários; e a espada devorará, e fartar-se-á, e embriagar-se-á com o sangue deles; porque o Senhor JEOVÁ dos Exércitos tem um sacrifício na terra do Norte, junto ao rio Eufrates.
11. Sobe a Gileade e toma bálsamo, ó virgem filha do Egito; debalde, multiplicas remédios; não há cura para ti.
12. As nações ouviram falar da tua vergonha, e a terra está cheia do teu clamor; porque o valente tropeçou no valente, e ambos caíram juntos.
13. Palavra que falou o SENHOR a Jeremias, o profeta, acerca da vinda de Nabucodonosor, rei da Babilônia, para ferir a terra do Egito:
14. Anunciai no Egito e fazei ouvir isto em Migdol; fazei também ouvi-lo em Nofe e em Tafnes; dizei: Apresenta-te e prepara-te, porque a espada devorou o que está ao redor de ti.
15. Por que foram derribados os teus valentes? Não se puderam ter em pé, porque o SENHOR os abateu.
16. Multiplicou os que tropeçavam; também caíram uns sobre os outros e disseram: Levanta-te, e voltemos ao nosso povo e à terra do nosso nascimento, por causa da espada que oprime.
17. Clamaram ali: Faraó, rei do Egito, é apenas um som; deixou passar o tempo assinalado.
18. Vivo eu, diz o rei, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos, que, certamente, como o Tabor entre os montes e como o Carmelo junto ao mar, assim ele virá.
19. Prepara-te para ires para o cativeiro, ó moradora, filha do Egito; porque Nofe será tornada em desolação e será abrasada, até que ninguém mais aí more.
20. Bezerra mui formosa é o Egito, mas já vem a destruição; vem do Norte.
21. Até os seus mercenários no meio dela são como bezerros cevados; mas também eles viraram as costas e fugiram juntos; não estiveram firmes, porque veio sobre eles o dia da sua ruína e o tempo da sua visitação.
22. A sua voz irá como a da serpente, porque marcharão com um exército e virão a ela com machados, como cortadores de lenha.
23. Cortaram o seu bosque, diz o SENHOR, que era impenetrável, porque se multiplicaram mais do que os gafanhotos; são inumeráveis.
24. A filha do Egito está envergonhada; foi entregue na mão do povo do Norte.
25. Diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu visitarei Amom de Nô, e a Faraó, e ao Egito, e aos seus deuses, e aos seus reis; ao próprio Faraó e aos que confiam nele.
26. E os entregarei nas mãos dos que procuram a sua morte, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia e nas mãos dos seus servos; mas, depois, será habitada como nos dias antigos, diz o SENHOR.
27. Não temas, pois, tu, servo meu, Jacó, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei mesmo de longe e a tua semente da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e descansará, e sossegará, e não haverá quem o atemorize.
28. Não temas, servo meu, Jacó, diz o SENHOR, porque estou contigo; porque porei termo a todas as nações entre as quais te lancei; mas a ti não porei termo, mas castigar-te-ei com medida e não te deixarei de todo impune.
1. Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, o profeta, contra os filisteus, antes que Faraó ferisse a Gaza.
2. Assim diz o SENHOR: Eis que se levantam as águas do Norte, e tornar-se-ão em torrente transbordante, e alagarão a terra e sua plenitude, a cidade e os que moram nela; e os homens clamarão, e todos os moradores da terra se lamentarão,
3. ao ruído estrepitoso das unhas dos seus fortes cavalos, ao barulho de seus carros, ao estrondo das suas rodas; os pais não atendem aos filhos, por causa da fraqueza das mãos;
4. por causa do Dia que vem para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o resto que os socorra; porque o SENHOR destruirá os filisteus, o resto da ilha de Caftor.
5. A calvície veio sobre Gaza, e foi desarraigada Asquelom, com o resto do seu vale; até quando te retalharás?
6. Ah! Espada do SENHOR! Até quando deixarás de repousar? Volta para a tua bainha, descansa e aquieta-te.
7. Como podes estar quieta, se o SENHOR te deu uma ordem contra Asquelom e contra as bordas do mar? Ali, lho tem prescrito.
1. Contra Moabe assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Ai de Nebo, porque foi destruída! Envergonhada está Quiriataim e já é tomada; Misgabe está envergonhada e espantada.
2. A glória de Moabe não existe mais; em Hesbom, pensaram mal contra ela, dizendo: Vinde, e desarraiguemo-la, para que não seja mais povo; também tu, ó Madmém, serás desarraigada; a espada te irá seguindo.
3. Voz de grito de Horonaim: Ruína e grande destruição!
4. Está destruída Moabe; seus filhinhos fizeram ouvir gritos.
5. Porque, pela subida de Luíte, eles irão com choro contínuo; porque, na descida de Horonaim, os adversários de Moabe ouviram um lastimoso clamor.
6. Fugi, salvai a vossa vida e sereis como a tamargueira no deserto.
7. Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemos sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
8. Porque virá o destruidor sobre cada uma das cidades, e nenhuma escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á a campina, porque o SENHOR o disse.
9. Dai asas a Moabe, porque, voando, sairá, e as suas cidades se tornarão em assolação, e ninguém morará nelas.
10. Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR fraudulentamente! E maldito aquele que preserva a sua espada do sangue!
11. Moabe esteve descansado desde a sua mocidade, e as suas fezes repousaram; não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso, conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou.
12. Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que lhe enviarei derramadores que o farão andar a grandes passos; e despejarão as suas vasilhas e romperão os seus odres.
13. E Moabe terá vergonha de Quemos, como se envergonhou a casa de Israel de Betel, sua confiança.
14. Como direis: Somos valentes e homens fortes para guerra?
15. Moabe está destruída e subiu das suas cidades, e os seus jovens escolhidos desceram à matança, diz o Rei, cujo nome é o SENHOR dos Exércitos.
16. Está prestes a vir a perdição de Moabe; e apressa-se muito o seu mal.
17. Condoei-vos dele, todos os que estais em redor dele e todos os que sabeis o seu nome; dizei: Como se quebrou a vara forte, o cajado formoso!
18. Desce da tua glória e assenta-te em seco, ó moradora, filha de Dibom; porque o destruidor de Moabe subiu contra ti e desfez as tuas fortalezas.
19. Põe-te no caminho e espia, ó moradora do Aroer; pergunta ao que vai fugindo, e à que escapou dize: Que sucedeu?
20. Moabe está envergonhado, porque foi quebrantado; uivai e gritai; anunciai em Arnom que Moabe está destruído.
21. Também o julgamento veio sobre a terra da campina, e sobre Holom, e sobre Jaza, e sobre Mefaate,
22. e sobre Dibom, e sobre Nebo, e sobre Bete-Diblataim,
23. e sobre Quiriataim, e sobre Bete-Gamul, e sobre Bete-Meom,
24. e sobre Queriote, e sobre Bozra e até sobre todas as cidades da terra de Moabe, as de longe e as de perto.
25. Está cortado o poder de Moabe, e quebrantado o seu braço, diz o SENHOR.
26. Embriagai-o, porque contra o SENHOR se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito e será ele também um objeto de escárnio.
27. Pois não foi também Israel objeto de escárnio para ti? Porventura, foi achado entre ladrões? Por que, então, desde que falas dele, te ris?
28. Deixai as cidades e habitai no rochedo, ó moradores de Moabe; e sede como a pomba que se aninha nas extremidades da boca da caverna.
29. Ouvimos falar da soberba de Moabe, que é soberbíssimo, da sua arrogância, e do seu orgulho, e da sua altivez, e da altura do seu coração.
30. Eu conheço, diz o SENHOR, a sua indignação, mas isso nada é; as suas mentiras nada farão.
31. Por isso, gemerei por Moabe; sim, gritarei por todo o Moabe, pois os homens de Quir-Heres se lamentarão.
32. Com o choro de Jazer, chorar-te-ei, ó vide de Sibma; os teus ramos passaram o mar, chegaram até ao mar de Jazer; mas o destruidor caiu sobre os frutos do teu verão e sobre a tua vindima.
33. Tirou-se, pois, o folguedo e a alegria do campo fértil e da terra de Moabe; porque fiz que o vinho acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo; o júbilo não será júbilo.
34. Ouviu-se o grito de Hesbom até Eleale e até Jaza; e, desde Zoar até Horonaim, se ouviu a sua voz, como de bezerra de três anos; porque até as águas do Ninrim se tornarão em assolação.
35. E farei desaparecer de Moabe, diz o SENHOR, quem sacrifique nos altos e queime incenso aos seus deuses.
36. Por isso, soará como flautas o meu coração por Moabe; e como flautas soará o meu coração pelos homens de Quir-Heres; porquanto a abundância que ajuntou se perdeu.
37. Porque toda a cabeça ficará calva, e toda a barba, diminuída; sobre todas as mãos haverá incisões, e sobre os lombos, panos de saco.
38. Sobre todos os telhados de Moabe e nas suas ruas haverá um pranto geral; porque quebrei a Moabe, como a um vaso que não agrada, diz o SENHOR.
39. Como está quebrantado! Como uivam! Como virou Moabe as costas e se envergonhou! Assim será Moabe objeto de escárnio e de espanto para todos os que estão em redor dele.
40. Porque assim diz o SENHOR: Eis que voará como a águia e estenderá as asas sobre Moabe.
41. São tomadas as cidades e ocupadas as fortalezas; e será o coração dos valentes de Moabe, naquele dia, como o coração da mulher em suas dores.
42. E Moabe será destruído, para que não seja povo, porque se engrandeceu contra o SENHOR.
43. Temor, e cova, e laço vêm sobre ti, ó morador de Moabe, diz o SENHOR.
44. O que fugir do temor cairá na cova, e o que sair da cova ficará preso no laço, porque trarei sobre ele, sobre Moabe, o ano da sua visitação, diz o SENHOR.
45. Os que fugiam ficaram sem força e pararam à sombra de Hesbom; mas fogo saiu de Hesbom, e a labareda, do meio de Seom, e devorou o canto de Moabe e o poder dos turbulentos.
46. Ai de ti, Moabe! Pereceu o povo de Quemos, porque teus filhos ficaram cativos, e tuas filhas, em cativeiro.
47. Mas farei voltar os cativos de Moabe no último dos dias, diz o SENHOR. Até aqui o juízo de Moabe.
1. Contra os filhos de Amom. Assim diz o SENHOR: Acaso, não tem filhos Israel, nem tem herdeiros? Por que, pois, herdou Malcã a Gade, e o seu povo habitou nas suas cidades?
2. Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que farei ouvir em Rabá dos filhos de Amom o alarido de guerra, e tornar-se-á num montão de ruínas, e os lugares da sua jurisdição serão queimados; e Israel herdará aqueles que o herdaram, diz o SENHOR.
3. Uiva, ó Hesbom, porque é destruída Ai; clamai, ó filhas de Rabá, cingi-vos de panos de saco, lamentai e dai voltas pelos valados, porque Malcã irá em cativeiro, e os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
4. Por que te glorias nos vales, teus luxuriantes vales, ó filha rebelde, que confias nos teus tesouros, dizendo: Quem virá contra mim?
5. Eis que eu trarei temor sobre ti, diz o Senhor JEOVÁ dos Exércitos, de todos os que estão ao redor de ti; e sereis lançados fora, cada um em frente, e ninguém recolherá o desgarrado.
6. Mas, depois disto, farei voltar os cativos dos filhos de Amom, diz o SENHOR.
7. Contra Edom. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Acaso, não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Corrompeu-se a sua sabedoria?
8. Fugi, voltai e habitai em profundezas, ó moradores de Dedã, porque eu trouxe sobre ele a ruína de Esaú, no tempo em que o visitei.
9. Se vindimadores viessem a ti, não deixariam alguns rabiscos? Se ladrões, de noite, não te danificariam quanto julgassem suficiente?
10. Mas eu despi a Esaú, descobri os seus esconderijos, e não se poderá esconder; é destruída a sua descendência, como também seus irmãos e seus vizinhos, e ele já não existe.
11. Deixa os teus órfãos; eu os guardarei em vida; e as tuas viúvas confiarão em mim.
12. Porque assim diz o SENHOR: Eis que aqueles que não estavam condenados a beber o copo totalmente o beberão, e tu ficarias inteiramente impune? Não ficarás impune, mas, certamente, o beberás.
13. Porque por mim mesmo jurei, diz o SENHOR, que Bozra servirá de espanto, de opróbrio, de assolação e de execração; e todas as suas cidades se tornarão em assolações perpétuas.
14. Ouvi um rumor vindo do SENHOR, que um embaixador é enviado às nações, para lhes dizer: Ajuntai-vos, e vinde contra ela, e levantai-vos para a guerra.
15. Porque eis que te fiz pequeno entre as nações, desprezado entre os homens.
16. Quanto à tua terribilidade, a arrogância do teu coração te enganou. Tu, que habitas nas cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derribarei, diz o SENHOR.
17. Assim servirá Edom de espanto; todo aquele que passar por ele se espantará e assobiará por causa de todas as suas pragas.
18. Será como a destruição de Sodoma e Gomorra e dos seus vizinhos, diz o SENHOR; não habitará ninguém ali, nem morará nela filho de homem.
19. Eis que, como leão, subirá da enchente do Jordão contra a morada do forte; porque, num momento, o farei correr dali; e quem é o escolhido que porei sobre ela? Porque quem é semelhante a mim? E quem me emprazaria? E quem é o pastor que subsistiria perante mim?
20. Portanto, ouvi o conselho do SENHOR, que ele decretou contra Edom, e os seus desígnios, que ele intentou contra os moradores de Temã; certamente, os menores do rebanho os arrastarão; certamente, assolará as suas moradas sobre eles.
21. A terra estremeceu com o estrondo da sua queda; e do seu grito até ao mar Vermelho se ouviu o som.
22. Eis que, como águia, subirá, e voará, e estenderá as asas sobre Bozra; e o coração dos valentes de Edom, naquele dia, será como o coração da mulher que está em suas dores.
23. Contra Damasco. Envergonhou-se Hamate e Arpade e, porquanto ouviram más novas, desmaiaram; no mar há angústia; não se pode sossegar.
24. Enfraquecida está Damasco; virou as costas para fugir, e tremor a tomou; angústia e dores a tomaram como da mulher que está de parto.
25. Como não está abandonada a afamada cidade, a cidade de meu folguedo?
26. Portanto, cairão os seus jovens nas suas ruas; e todos os homens de guerra serão consumidos naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos.
27. E acenderei fogo no muro de Damasco, o qual consumirá os palácios de Ben-Hadade.
28. Contra Quedar e contra os reinos de Hazor, que Nabucodonosor, rei da Babilônia, feriu. Assim diz o SENHOR: Levantai-vos, subi contra Quedar e destruí os filhos do Oriente.
29. Tomarão as suas tendas, e os seus gados, as suas cortinas, e todos os seus utensílios, e os seus camelos levarão para si; e lhes gritarão: Há medo de todos os lados!
30. Fugi, desviai-vos para mui longe e habitai nas profundezas, ó moradores de Hazor, diz o SENHOR, porque Nabucodonosor, rei da Babilônia, tomou conselho contra vós e intentou um desígnio contra vós.
31. Levantai-vos e subi contra uma nação em repouso, que habita confiadamente, diz o SENHOR; que não tem portas, nem ferrolhos; eles habitam sós.
32. E os seus camelos serão para presa, e a multidão dos seus gados, para despojo; e espalharei a todo vento, aqueles que têm cortados os cantos do seu cabelo, e de todos os lados lhes trarei a sua ruína, diz o SENHOR.
33. E Hazor se tornará em morada de dragões, em assolação para sempre; ninguém habitará ali, nem morará nela filho de homem.
34. Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, o profeta, contra Elão, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, dizendo:
35. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que eu quebrarei o arco de Elão, o principal do seu poder.
36. E trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro ângulos do céu e os espalharei na direção de todos estes ventos; e não haverá nação aonde não venham os fugitivos de Elão.
37. E farei que Elão tema diante de seus inimigos e diante dos que procuram a sua morte; e farei vir sobre eles o mal, o furor da minha ira, diz o SENHOR; e enviarei após eles a espada, até que venha a consumi-los.
38. E porei o meu trono em Elão; e destruirei dali o rei e príncipes, diz o SENHOR.
39. Acontecerá, porém, no último dos dias, que farei voltar os cativos de Elão, diz o SENHOR.
1. Palavra que falou o SENHOR contra a Babilônia, contra a terra dos caldeus, por Jeremias, o profeta.
2. Anunciai entre as nações, e fazei ouvir, e arvorai um estandarte, e fazei ouvir, e não encubrais; dizei: Tomada é a Babilônia, confundido está Bel, atropelado está Merodaque, confundidos estão os seus ídolos, e caídos estão os seus deuses.
3. Porque subiu contra ela uma nação do Norte, que fará da sua terra uma solidão, e não haverá quem habite nela; desde os homens até os animais fugiram e se foram.
4. Naqueles dias e naquele tempo, diz o SENHOR, os filhos de Israel virão, eles e os filhos de Judá juntamente; andando e chorando, virão e buscarão ao SENHOR, seu Deus.
5. Pelo caminho de Sião perguntarão, para ali dirigirão o rosto; virão e se ajuntarão ao SENHOR num concerto eterno, que nunca será esquecido.
6. Ovelhas perdidas foram o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as deixaram desviar; de monte em outeiro andaram, esqueceram-se do lugar de seu repouso.
7. Todos os que as achavam as devoraram; e os seus adversários diziam: Culpa nenhuma teremos; porque pecaram contra o SENHOR e a morada da justiça, sim, o SENHOR, a Esperança de seus pais.
8. Fugi do meio da Babilônia e saí da terra dos caldeus; e sede como os carneiros diante do rebanho.
9. Porque eis que eu suscitarei e farei subir contra a Babilônia uma congregação de grandes nações da terra do Norte, e se prepararão contra ela; dali, será tomada; as suas flechas serão como de valente herói; nenhuma tornará sem efeito.
10. E a Caldéia servirá de presa; todos os que a saquearem ficarão fartos, diz o SENHOR,
11. porquanto vos alegrastes, e saltastes de prazer, ó saqueadores da minha herança, e vos inchastes como bezerra gorda, e rinchastes como cavalos vigorosos.
12. Será mui confundida vossa mãe, ficará envergonhada a que vos deu à luz; eis que ela será a última das nações, um deserto, uma terra seca e uma solidão.
13. Por causa do furor do SENHOR, não será habitada; antes, se tornará em total assolação; qualquer que passar por Babilônia se espantará e assobiará, vendo todas as suas pragas.
14. Preparai-vos para cercar Babilônia, todos os que armais arcos; atirai-lhe, não poupeis as flechas, porque pecou contra o SENHOR.
15. Gritai contra ela, rodeando-a; ela já se submeteu; caíram seus fundamentos, estão derribados os seus muros, porque esta é a vingança do SENHOR; vingai-vos dela; como ela fez, fazei-lhe.
16. Arrancai da Babilônia aquele que semeia e aquele que leva a foice no tempo da sega; por causa da espada aflitiva, virar-se-á cada um para o seu povo e fugirá cada um para a sua terra.
17. Cordeiro desgarrado é Israel; os leões o afugentaram. O primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria; e, por último, Nabucodonosor, rei da Babilônia, lhe quebrou os ossos.
18. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que visitarei o rei da Babilônia e a sua terra, como visitei o rei da Assíria.
19. E farei tornar Israel para a sua morada e pastará no Carmelo e em Basã; e fartar-se-á a sua alma no monte de Efraim e em Gileade.
20. Naqueles dias e naquele tempo, diz o SENHOR, buscar-se-á a maldade de Israel e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão, porque perdoarei os que eu deixar de resto.
21. Sobe contra a terra de Merataim, sobe contra ela e contra os moradores de Pecode; assola e inteiramente destrói tudo após eles, diz o SENHOR, e faze conforme tudo o que te mandei.
22. Estrondo de batalha há na terra e de grande destruição.
23. Como foi cortado e quebrado o martelo de toda a terra! Como se tornou a Babilônia em espanto entre as nações!
24. Laços te armei, e também foste presa, ó Babilônia, e tu não o soubeste; foste achada e também apanhada, porque contra o SENHOR te entremeteste.
25. O SENHOR abriu o seu tesouro e tirou os instrumentos da sua indignação, porque o Senhor JEOVÁ dos Exércitos, tem uma obra a realizar na terra dos caldeus.
26. Vinde contra ela dos confins da terra, abri os seus celeiros, trilhai-a como a feixes e destruí-a de todo; nada lhe fique de resto.
27. Matai à espada a todos os seus novilhos, que eles desçam ao degoladouro; ai deles! Porque veio o seu dia, o tempo da sua visitação.
28. Tal é a voz dos que fugiram e escaparam da terra da Babilônia para anunciarem em Sião a vingança do SENHOR, nosso Deus, a vingança do seu templo.
29. Convocai contra Babilônia os flecheiros, todos os que armam arcos; acampai-vos contra ela em redor, que ninguém escape dela; pagai-lhe conforme a sua obra; conforme tudo o que fez, fazei-lhe; porque se houve arrogantemente contra o SENHOR, contra o Santo de Israel.
30. Portanto, cairão os seus jovens nas suas ruas; e todos os seus homens de guerra serão desarraigados naquele dia, diz o SENHOR.
31. Eis que eu sou contra ti, ó soberbo, diz o SENHOR Deus dos Exércitos, porque veio o teu dia, o tempo em que te hei de visitar.
32. Então, tropeçará o soberbo e cairá, e ninguém haverá que o levante; e porei fogo às suas cidades, o qual consumirá todos os seus contornos.
33. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os filhos de Israel e os filhos de Judá foram oprimidos juntamente; todos os que os levaram cativos os retiveram e não os quiseram soltar.
34. Mas o seu Redentor é forte, o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; certamente, pleiteará a causa deles, para dar descanso à terra e inquietar os moradores da Babilônia.
35. A espada virá sobre os caldeus, diz o SENHOR, e sobre os moradores da Babilônia, e sobre os seus príncipes, e sobre os seus sábios.
36. A espada virá sobre os mentirosos, e ficarão insensatos; a espada virá sobre os seus valentes, e desmaiarão.
37. A espada virá sobre os seus cavalos, e sobre os seus carros, e sobre todo o povo misto que está no meio dela; e eles serão como mulheres; a espada virá sobre os seus tesouros, e serão saqueados.
38. Cairá a seca sobre as suas águas, e secarão, porque é uma terra de imagens de escultura, e eles, pelos seus ídolos, andam enfurecidos.
39. Por isso, habitarão nela as feras do deserto, com os animais bravos das ilhas; também habitarão nela os avestruzes; e nunca mais será povoada, nem será habitada de geração em geração.
40. Como quando Deus transtornou a Sodoma e a Gomorra e aos seus vizinhos, diz o SENHOR, assim ninguém habitará ali, nem morará nela filho de homem.
41. Eis que um povo vem do Norte, e uma grande nação e reis poderosos se levantarão dos lados mais remotos da terra.
42. Arco e lança tomarão; eles são cruéis e não conhecem a compaixão; a sua voz bramará como o mar, e eles cavalgarão cavalos, como um homem, apercebido para a batalha, contra ti, ó filha da Babilônia.
43. O rei da Babilônia ouviu a fama deles, e desfaleceram as suas mãos; angústia se apoderou dele, dores, como da que está de parto.
44. Eis que um como leão subirá da enchente do Jordão contra a morada forte, mas, num momento, o farei correr dali; e ao escolhido porei contra ela, porque quem é semelhante a mim? E quem me citaria a mim? E quem é o pastor que subsistiria perante mim?
45. Portanto, ouvi o conselho que o SENHOR decretou contra Babilônia e os seus desígnios que intentou contra a terra dos caldeus; certamente, os menores do rebanho os arrastarão; certamente, será assolada a morada deles.
46. Ao estrondo da tomada da Babilônia, estremeceu a terra, e o grito se ouviu entre as nações.
1. Assim diz o SENHOR: Eis que levantarei um vento destruidor contra a Babilônia e contra os que habitam no coração dos que se levantam contra mim.
2. E enviarei padejadores contra a Babilônia, que a padejarão e despojarão a sua terra, porque virão contra ela em redor no dia da calamidade.
3. O flecheiro arme o seu arco contra aquele que arma o seu arco e contra o que presume da sua couraça; e não perdoeis a seus jovens; destruí a todo o seu exército.
4. E mortos cairão na terra dos caldeus e atravessados pelas ruas.
5. Porque Israel e Judá não foram abandonados pelo seu Deus, pelo SENHOR dos Exércitos, ainda que a sua terra esteja cheia de culpas perante o Santo de Israel.
6. Fugi do meio da Babilônia, e livre cada um a sua alma; não vos destruais a vós na sua maldade, porque este é o tempo da vingança do SENHOR; ele lhe dará a sua recompensa.
7. A Babilônia era um copo de ouro na mão do SENHOR, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram.
8. Num momento, caiu a Babilônia e ficou arruinada; gemei sobre ela, tomai bálsamo para a sua dor; porventura, sarará.
9. Queríamos sarar a Babilônia, mas ela não sarou; deixai-a, e vá cada um para a sua terra, porque o seu juízo chegou até ao céu e se elevou até às mais altas nuvens.
10. O SENHOR trouxe a nossa justiça à luz; vinde e contemos em Sião a obra do SENHOR, nosso Deus.
11. Alimpai as flechas, preparai perfeitamente os escudos; o SENHOR despertou o espírito dos reis da Média, porque o seu intento contra a Babilônia é para a destruir; pois esta é a vingança do SENHOR, a vingança do seu templo.
12. Arvorai um estandarte sobre os muros de Babilônia, reforçai a guarda, colocai sentinelas e preparai as ciladas; porque o SENHOR intentou e fez o que tinha dito acerca dos moradores da Babilônia.
13. Ó tu que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! Chegou o teu fim, a medida da tua avareza.
14. Jurou o SENHOR dos Exércitos por si mesmo, dizendo: Certamente, te encherei de homens, como de pulgão, e eles cantarão com júbilo sobre ti.
15. Ele fez a terra com o seu poder, e ordenou o mundo com a sua sabedoria, e estendeu os céus com o seu entendimento.
16. Fazendo ele ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e sobem os vapores desde o fim da terra; faz os relâmpagos com a chuva e tira o vento dos seus tesouros.
17. Embruteceu-se todo homem e não tem ciência; envergonhou-se todo ourives de imagem de escultura, porque a sua imagem de fundição é mentira, e não há espírito em nenhuma delas.
18. Vaidade são e obra de enganos; no tempo em que eu as visitar, perecerão.
19. Não é semelhante a estes a porção de Jacó, porque ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
20. Tu és meu martelo e minhas armas de guerra; e contigo despedaçarei nações e contigo destruirei os reis;
21. e contigo despedaçarei o cavalo e o seu cavaleiro; e contigo despedaçarei o carro e o que vai nele;
22. e contigo despedaçarei o homem e a mulher; e contigo despedaçarei o velho e o moço; e contigo despedaçarei o jovem e a virgem;
23. e contigo despedaçarei o pastor e o seu rebanho; e contigo despedaçarei o lavrador e a sua junta de bois; e contigo despedaçarei os capitães e os magistrados.
24. E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia toda a maldade que fizeram em Sião, à vossa vista, diz o SENHOR.
25. Diz o SENHOR: Eis-me aqui contra ti, ó monte destruidor, que destróis toda a terra; e estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte de incêndio.
26. E não tomarão de ti pedra para esquina, nem pedra para fundamentos, porque te tornarás numa assolação perpétua, diz o SENHOR.
27. Arvorai um estandarte na terra, tocai a buzina entre as nações, santificai as nações contra ela e convocai contra ela os reinos de Ararate, Mini e Asquenaz; ordenai contra ela um capitão, fazei subir cavalos, como pulgão agitado.
28. Santificai contra ela as nações, os reis da Média, os seus capitães, todos os seus magistrados e toda a terra do seu domínio.
29. Então, tremerá a terra e doer-se-á, porque cada um dos desígnios do SENHOR está firme contra Babilônia, para fazer da terra de Babilônia uma assolação, sem habitantes.
30. Os valentes de Babilônia cessaram de pelejar, ficaram nas fortalezas, desfaleceu a sua força, tornaram-se como mulheres; incendiaram as suas moradas, quebrados foram os seus ferrolhos.
31. Um correio correrá ao encontro de outro correio, e um mensageiro, ao encontro de outro mensageiro, para anunciar ao rei da Babilônia que a sua cidade foi tomada de todos os lados.
32. E os vaus estão ocupados, e os canaviais, queimados; e os homens de guerra ficaram assombrados.
33. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: A filha de Babilônia é como uma eira no tempo da debulha; ainda um pouco, e o tempo da sega lhe virá.
34. Nabucodonosor, rei da Babilônia, me devorou, pisou-me, fez de mim um vaso vazio, como dragão me tragou, encheu o seu ventre das minhas delicadezas e lançou-me fora.
35. A violência que se me fez a mim e à minha carne venha sobre a Babilônia, diga a moradora de Sião; e o meu sangue caia sobre os moradores da Caldéia, diga Jerusalém.
36. Pelo que assim diz o SENHOR: Eis que pleitearei a tua causa e te vingarei da vingança que se tomou contra ti; secarei o seu mar e farei que se esgote o seu manancial.
37. E Babilônia se tornará em montões, morada de dragões, espanto e assobio, sem um só habitante.
38. Juntamente, rugirão como filhos dos leões, bramarão como filhotes de leões.
39. Estando eles excitados, lhes darei a sua bebida e os embriagarei, para que andem saltando; mas dormirão um perpétuo sono e não acordarão, diz o SENHOR.
40. Fá-los-ei descer como cordeiros ao matadouro, como carneiros com os bodes.
41. Como foi tomada Sesaque, e apanhada de surpresa a glória de toda a terra! Como se tornou Babilônia um espanto entre as nações!
42. O mar subiu sobre Babilônia, com a multidão das suas ondas se cobriu.
43. Tornaram-se as suas cidades em assolação, terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela filho de homem.
44. E visitarei a Bel na Babilônia e tirarei da sua boca o que ele tragou, e nunca mais concorrerão a ele as nações; também o muro de Babilônia caiu.
45. Saí do meio dela, ó povo meu, e livre cada um a sua alma, por causa do ardor da ira do SENHOR.
46. E não se enterneça o vosso coração, nem temais pelo rumor que se ouvir na terra; porque virá, num ano, um rumor, e depois, noutro ano, outro rumor; e haverá violência na terra, dominador contra dominador.
47. Portanto, eis que vêm dias em que visitarei as imagens de escultura da Babilônia, e toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus traspassados cairão no meio dela.
48. E os céus e a terra, com tudo quanto neles há, jubilarão sobre a Babilônia, porque do Norte lhe virão os destruidores, diz o SENHOR.
49. Como Babilônia fez cair os traspassados de Israel, assim em Babilônia cairão os traspassados de toda a terra.
50. Vós que escapastes da espada, ide-vos, não pareis; de longe, lembrai-vos do SENHOR, e suba Jerusalém ao vosso coração.
51. Direis: Envergonhados estamos, porque ouvimos opróbrio; vergonha cobriu o nosso rosto, porque vieram estrangeiros sobre os santuários da Casa do SENHOR.
52. Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que visitarei as suas imagens de escultura; e gemerá o traspassado em toda a sua terra.
53. Ainda que a Babilônia subisse aos céus, e ainda que fortificasse a altura da sua fortaleza, de mim viriam destruidores sobre ela, diz o SENHOR.
54. O som de um clamor se ouve da Babilônia e de grande destruição, da terra dos caldeus;
55. porque o SENHOR destrói Babilônia e fará perecer nela a sua grande voz; e as suas ondas bramirão como muitas águas; ouvir-se-á o arruído da sua voz.
56. Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilônia, e os seus valentes serão presos; já estão quebrados os seus arcos, porque o SENHOR, Deus das recompensas, certamente, lhe retribuirá.
57. E embriagarei os seus príncipes, e os seus sábios, e os seus capitães, e os seus magistrados, e os seus valentes; e dormirão um sono perpétuo e não acordarão, diz o Rei cujo nome é o SENHOR dos Exércitos.
58. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia totalmente serão derribados, e as suas portas excelsas serão abrasadas pelo fogo; e trabalharão os povos em vão, e as nações serão para o fogo e cansar-se-ão.
59. A palavra que mandou Jeremias, o profeta, a Seraías, filho de Nerias, filho de Maaséias, indo ele com Zedequias, rei de Judá, à Babilônia, no ano quarto do seu reinado; e Seraías era um príncipe pacífico.
60. Escreveu, pois, Jeremias num livro todo o mal que havia de vir sobre a Babilônia; todas estas palavras que estavam escritas contra a Babilônia.
61. E disse Jeremias a Seraías: Em tu chegando a Babilônia, verás e lerás todas estas palavras.
62. E dirás: SENHOR! Tu falaste a respeito deste lugar, que o havias de desarraigar, até não ficar nele morador algum, desde o homem até ao animal, mas que se tornaria em perpétuas assolações.
63. E será que, acabando tu de ler este livro, o atarás a uma pedra e o lançarás no meio do Eufrates.
64. E dirás: Assim será afundada a Babilônia e não se levantará, por causa do mal que eu hei de trazer sobre ela; eles se cansarão. Até aqui as palavras de Jeremias.
1. Era Zedequias da idade de vinte e um anos quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e o nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.
2. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Jeoaquim.
3. Por esta razão, sucedeu que, por causa da ira do SENHOR contra Jerusalém e Judá, ele os lançou fora da sua presença; e Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia.
4. E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor.
5. Assim esteve cercada a cidade, até ao ano undécimo do rei Zedequias.
6. No mês quarto, aos nove do mês, quando a fome prevalecia na cidade, e o povo da terra não tinha pão,
7. foi aberta uma brecha na cidade, e todos os homens de guerra fugiram, e saíram de noite, pelo caminho da porta, entre os dois muros que estavam junto ao jardim do rei ( porque os caldeus estavam contra a cidade ao redor ), e foram pelo caminho da campina.
8. Mas o exército dos caldeus seguiu o rei, e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e todo o seu exército se espalhou, abandonando-o.
9. E prenderam o rei e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, o qual lhe lavrou ali a sentença.
10. E o rei da Babilônia degolou os filhos de Zedequias à sua vista e também degolou a todos os príncipes de Judá, em Ribla.
11. E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze; e o rei da Babilônia o levou para a Babilônia e o conservou na prisão até o dia da sua morte.
12. E, no quinto mês, no décimo dia do mês ( este era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia ), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do rei da Babilônia, a Jerusalém.
13. E queimou a Casa do SENHOR, e a casa do rei, e também a todas as casas de Jerusalém, e incendiou todas as casas dos grandes.
14. E todo o exército dos caldeus que estavam com o capitão da guarda derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém.
15. E os mais pobres do povo, e a parte do povo que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei da Babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos.
16. Mas dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, capitão da guarda, ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores.
17. Quebraram mais os caldeus as colunas de bronze que estavam na Casa do SENHOR, e as bases, e o mar de bronze que estavam na Casa do SENHOR e levaram todo o bronze para a Babilônia.
18. Também tomaram os caldeirões, e as pás, e os garfos, e as bacias, e os perfumadores, e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava.
19. E tomou o capitão da guarda os copos, e os incensários, e as bacias, e os caldeirões, e os castiçais, e os perfumadores, e as galhetas, tanto o que era de puro ouro como o que era de prata maciça.
20. As duas colunas, e o único mar, e os doze bois de bronze que estavam no lugar das bases e que fizera o rei Salomão para a Casa do SENHOR, o bronze de todos estes utensílios era sem medida.
21. Quanto às colunas, a altura de uma coluna era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados a cercava; e era a sua espessura de quatro dedos, e era oca.
22. E havia sobre ela um capitel de bronze, e altura do capitel era de cinco côvados, e a rede e as romãs em roda do capitel; e tudo era de bronze; e semelhante a esta era a outra coluna, com as romãs.
23. E havia noventa e seis romãs em cada banda; as romãs todas eram um cento, em roda da rede.
24. Levou também o capitão da guarda a Seraías, o sumo-sacerdote, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e aos três guardas do umbral da porta.
25. E da cidade levou um eunuco que tinha a seu cargo a gente de guerra, e a sete homens dos que viam a face do rei que se acharam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra para a guerra, e mais sessenta homens do povo da terra que se acharam no meio da cidade.
26. Tomando-os, pois, Nebuzaradã, capitão da guarda, os trouxe ao rei da Babilônia, a Ribla.
27. E o rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate; assim Judá foi levado da sua terra para o cativeiro.
28. Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus.
29. No ano décimo oitavo de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas almas.
30. No ano vigésimo terceiro de Nabucodonosor, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou cativos, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco almas; todas as almas são quatro mil e seiscentas.
31. Sucedeu, pois, no ano trigésimo sétimo do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e cinco do mês, que Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano primeiro do seu reinado, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, e o tirou da casa da prisão;
32. e falou com ele benignamente e pôs o seu trono acima dos tronos dos reis que estavam com ele em Babilônia;
33. e lhe mudou as vestes da sua prisão, e Joaquim comeu pão sempre na sua presença, todos os dias da sua vida.
34. E, quanto ao seu tratamento, foi-lhe sempre dado o tratamento comum do rei da Babilônia, a sua porção cotidiana, até o dia da sua morte, todos os dias da sua vida.